Mulheres têm mais medo de perder emprego do que os homens

O medo do desemprego também cresceu entre os entrevistados com educação superior e entre aqueles com grau de instrução inferior ao ensino médio completo.

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Publicado em:07/01/2021 às 13:58
Atualizado em:07/01/2021 às 13:58

O Índice do Medo do Desemprego divulgado nesta quinta-feira, 7, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 57,1 pontos em dezembro de 2020, acima da média histórica de 50,2 pontos. Com isso, os números mostram que o medo da população brasileira de ficar sem emprego é crescente. 

No recorte do público feminino, com idade entre 16 e 24 anos, baixa escolaridade e moradoras de periferia a situação é o mais alto: o indicador delas ficou em 64,2 pontos, enquanto o do gênero masculino é de 49,4 pontos. 

A preocupação também é grande entre os entrevistados com educação superior. Nesse caso, o índice passou de 50,1 pontos em setembro para 54,7 pontos em dezembro. 

"Ainda assim, esse grupo da população apresenta o menor índice de medo do desemprego entre os estratos por grau de instrução", diz a CNI. 

O medo também é maior entre os entrevistados com grau de instrução inferior ao ensino médio completo:

  • 59,1 pontos entre os com instrução até a 4ª série da educação fundamental; e 
  • 59,2 pontos entre os com da 5ª à 8ª série.

Já na análise geográfica, o receio de ficar sem trabalho cresceu mais entre os moradores das periferias. O índice subiu de 55,9 pontos, em setembro, para 65,5 pontos em dezembro. Entre os moradores das capitais, o índice é de 57,5 pontos e, nas cidades do interior, de 55,2 pontos.

 

Índice medo do desemprego
Medo do desemprego teve crescimento em dezembro de 2020
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)


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CNI também apresenta dados do Índice de Satisfação com a Vida 

O levantamento apresentado pela CNI também traz dados sobre o Índice de Satisfação com a Vida (ISV). Em dezembro de 2020, esse índice alcançou 70,2 pontos, ficando acima da sua média histórica, de 69,6 pontos. 

Para o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca, essa melhora na satisfação com a vida da população brasileira pode estar relacionada "tanto à percepção, no início de dezembro, de melhora da crise sanitária e econômica, como ao auxílio emergencial que proveu maior segurança econômica às famílias de baixa renda". 

Segundo a CNI, o aumento na satisfação com a vida foi maior entre os entrevistados com renda familiar até dois salários mínimos, mas mesmo assim esse grupo apresenta o menor índice. A satisfação cresce na medida em que aumenta a renda familiar e o grau de instrução do entrevistado.

O crescimento da satisfação também é percebido entre os mais jovens. O índice cai de 72,8 pontos, entre os entrevistados com 16 anos a 24 anos de idade, para 68,9 pontos entre os com 55 anos ou mais.

 

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