Desde janeiro, 170 morreram tentando chegar à Europa pelo mar
Segundo o Acnur, maioria das mortes foi nos mares da Grécia, Itália e Líbia; na segunda-feira, mais um barco afundou entre Lampedusa e Trípoli, matando 17 migrantes que iam tentar a vida no continente europeu.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, calcula que 170 pessoas já morreram somente neste ano tentando alcançar a Europa. A maioria das mortes ocorreu nas águas da Grécia, da Itália e da Líbia.
O porta-voz da agência, Adrian Edwards, confirmou que pelo menos 17 pessoas morreram afogadas após um barco afundar entre Lampedusa e Trípoli na segunda-feira. Navios da França e de Vanuatu conseguiram resgatar 226 pessoas, que receberam cuidados médicos.
Vítimas
Três outros barcos já tinham afundado na última quinzena na costa da Líbia, com pelo menos 121 mortes. Segundo o Acnur, entre vítimas e sobreviventes estão pessoas que fogem da violência e de perseguição.
A agência da ONU lamentou o aumento das mortes por acidentes no Mar Mediterrâneo e também o maior número de pedidos de asilo e de refúgio.
Proteção
O apelo do Acnur é que as operações de busca e de resgate sejam reforçadas, especialmente em mares com maior número de incidentes.
Aos governos, o conselho é que forneçam alternativas legais para as viagens perigosas, e que garantam que os “desesperados em buscar refúgio possam procurar e encontrar proteção e asilo”. Entre as opções estão o reassentamento, a admissão humanitária e o acesso facilitado ao reagrupamento nas famílias.
Já o diretor do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Yury Fedotov, destacou que a comunidade internacional precisa tomar medidas firmes para pôr um fim ao contrabando de migrantes.
*Apresentação: Leda Letra.