Minhas preocupações sobre o futuro da tecnologia

Então, eu trabalho na indústria de tecnologia, mas deixe-me dizer, toda vez que mergulho nessa profunda toca de coelho chamada tecnologia, não posso deixar de sentir uma sensação de inevitabilidade sobre o que está por vir. Percorremos um longo caminho, sem dúvida. Mas às vezes me pergunto sobre as pequenas coisas, como cancelar uma assinatura ou fazer alterações em um site de comércio eletrônico. É possível que os fornecedores possam remover intencionalmente essas opções, tornando quase impossível cancelarmos? Parece que a tecnologia está tirando o poder de nós, usuários, e dando tudo a essas grandes corporações ou superusuários. Acabamos à mercê deles, contando com os privilégios que eles nos concedem. É como aquele "princípio de privilégio mínimo" de que falam os administradores de sistema. Não posso deixar de me perguntar se chegaremos a um ponto em que os fornecedores simplesmente decidem remover todas as escotilhas de fuga e nos trancar em seus serviços para sempre.

E vamos falar sobre a quantidade insana de pegada digital que criamos por meio de plataformas de mídia social como Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e TikTok. Quem está se preocupando em limpar as contas daqueles que já faleceram? A internet se transformou em uma espécie de "Velho Oeste" onde vale tudo. É uma zona de "cuidado com o comprador" e, honestamente, não tenho certeza se há uma solução rápida para essa bagunça. Somos bombardeados com anúncios personalizados para nós com base em nossa proximidade com produtos, nossas conversas, nossas pesquisas e até mesmo as pesquisas de pessoas que conhecemos. É um ataque sem fim. Os dados que as empresas podem coletar sobre nossos hábitos de compra são incompreensíveis. E nem me fale sobre inteligência artificial (IA). É como essa caixa preta que alimentamos com perguntas e ela cospe respostas, mas não podemos compreender completamente como ela chegou a esses resultados. Acabamos de ter esses sistemas sofisticados de IA como "ChatGPT4/Bard" que podemos perguntar qualquer coisa, e pronto, eles nos fornecem respostas. É como um salto gigantesco para o desconhecido.

A tecnologia passa por esses ciclos loucos de inovação. Ele acelera, desacelera e depois acelera novamente. E sabe de uma coisa? Nossas estruturas regulatórias não conseguem acompanhar o ritmo de sempre. Acabamos contando com a boa vontade dos atores envolvidos para fazer a coisa certa. Mas aqui está a coisa: esses atores são, em última análise, movidos pelo lucro e pelo potencial de exploração.

Então, em poucas palavras, estou surpreso e preocupado com o rumo que a tecnologia está tomando. O desequilíbrio de poder, a natureza indomável da internet e os mistérios da IA me fazem pensar. À medida que navegamos neste cenário em constante mudança, precisamos nos esforçar para obter equilíbrio, responsabilidade e considerações éticas. É crucial que moldemos um futuro que aproveite o potencial da tecnologia, salvaguardando os direitos e o bem-estar dos indivíduos e da sociedade como um todo. Vamos trabalhar para isso, certo?