REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Gomes Freire de Andrade, D. João VI, Manuel Fernandes Tomás,
ratificação da Constituição de 1822 por D. João VI.
A Revolução Liberal Portuguesa
3.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A Revolução Liberal Portuguesa
Para entender a Revolução
Liberal de 1820, precisamos
de conhecer os seus
antecedentes.
4.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Em 1807, a família real saiu de Portugal em direção à colónia
brasileira, devido à invasão das tropas napoleónicas.
A Revolução Liberal Portuguesa
5.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A chegada da corte ao Brasil foi aplaudida pelos colonos. A
colónia sentiu de imediato os efeitos dessa presença: o
futuro rei D. João VI, ainda regente, decretou a abertura
dos portos brasileiros às nações estrangeiras (1808), com
grande vantagem para a burguesia brasileira.
A Revolução Liberal Portuguesa
6.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Em Portugal, as tropas
francesas eram combatidas
com a ajuda dos ingleses,
sob as orientações de
Beresford.
7.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A população defendia-se como podia das investidas e saques dos
franceses. Sentia-se abandonada pelo rei, governada por um
estrangeiro, sofria com as perdas humanas, os feridos, os abusos
dos militares ingleses, a miséria de uma economia cada vez mais
frágil e arruinada. A burguesia portuguesa, habituada a não ter
concorrência internacional na comercialização dos produtos
brasileiros, estava cada vez mais insatisfeita com
a redução dos seus lucros.
Acidente da Ponte das Barcas, no Porto, a 29 de março de 1809,
quando a população da cidade fugia aos franceses.
8.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Entretanto, a presença dos franceses ajudou
a difundir as ideias liberais da Revolução
Francesa, que já eram conhecidas.
De Espanha vinham os ecos de uma nova
experiência política liberal.
As organizações secretas existentes em Portugal,
como a Maçonaria e o Sinédrio,
proporcionavam o ambiente para a
conspiração…
9.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A primeira tentativa de revolta
contra a situação que se vivia
em Portugal teve lugar em
Lisboa, em 1817.
10.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Com o apoio da Maçonaria, um grupo de homens, maioritariamente
militares, chefiado pelo general Gomes Freire de Andrade, tentou
instaurar o liberalismo, mas a conspiração chegou ao conhecimento de
Beresford e os responsáveis foram presos e condenados à morte pelos
ingleses.
Os revoltosos foram enforcados no Campo de Santana, em Lisboa,
que passou a chamar-se Campo dos Mártires da Pátria, em sua
homenagem.
Gomes Freire de Andrade.
11.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A condenação dos liberais,
envolvidos na conspiração de
1817, aumentou o
descontentamento contra a
presença dos ingleses no país.
Alguns liberais portuenses
associaram-se a uma
sociedade secreta, o Sinédrio,
e é a partir desta associação, à
frente da qual estava o juiz
Manuel Fernandes Tomás, que
vai partir a organização da
revolução.
Manuel Fernandes Tomás.
12.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A 24 de agosto de 1820, aproveitando a ausência de
Beresford no Brasil, a dinâmica e rica burguesia do Porto,
apoiou o movimento revolucionário que os elementos do
Sinédrio haviam desencadeado nas ruas do Porto.
Foi proclamada a necessidade de uma Constituição.
Alegoria à Constituição. Torre dos Clérigos, Porto.
13.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
O governo foi entregue à
Junta Provisional do
Supremo Governo do
Reino, que preparou as
eleições às Cortes
Constituintes, que
elaborariam a Constituição.
A REVOLUÇÃO LIBERAL PORTUGUESA – 1820/22
As Cortes Constituintes, enquanto elaboravam a Constituição,
prepararam um conjunto de leis que acabou com o Antigo Regime.
14.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
CORTES
CONSTITUINTES
As leis que
acabaram com o
Antigo Regime
As primeiras leis liberais e outras exigências
• Foram abolidos os forais e outros direitos senhoriais.
• Nacionalizaram os bens da Coroa.
• Extinguiram o Tribunal do Santo Ofício.
• Decretaram a liberdade de imprensa.
• Amnistiaram os crimes políticos.
• Aboliram o decreto de D. João VI sobre o direito dos
navios estrangeiros aportarem no Brasil e aí fazerem
diretamente o comércio.
• Exigiram o regresso do rei a Portugal.
O fim do Antigo Regime
A Revolução Liberal Portuguesa
15.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Manuel Fernandes Tomás discursa nas
Cortes Constituintes.
Os trabalhos das Cortes Constituintes.
As Cortes Constituintes
A Revolução Liberal Portuguesa
16.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A Constituição foi
aprovada em 1822,
instaurando um novo
regime: a monarquia
constitucional.
Constituição de 1822 e a monarquia constitucional
A Revolução Liberal Portuguesa
17.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A monarquia constitucional
A Revolução Liberal Portuguesa
Monarquia absoluta Monarquia constitucional
O rei faz as leis PODER LEGISLATIVO As leis são feitas pelos
deputados, nas Cortes.
O rei governa PODER EXECUTIVO O rei e os ministros
governam aplicando as leis.
O rei é o juiz supremo PODER JUDICIAL Os juízes julgam quem não
cumpre a lei.
18.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
e o rei continuava no Brasil…
A Revolução Liberal Portuguesa
E no Brasil?
O rei gostava de estar
no Brasil?
Não queria voltar?
19.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
O beija-mão real.
A sociedade brasileira.
Imagens do Brasil de D. João VI
20.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
No Brasil, estavam o rei, D. João VI, a
rainha, D. Carlota Joaquina, e os filhos,
entre eles os príncipes D. Pedro e
D. Miguel.
Em Portugal, D. João VI jura a nova
Constituição.
Em 1821, respondendo a uma exigência
das Cortes Constituintes, o rei regressa e
deixa D. Pedro na regência do Brasil. Em
setembro de 1822, a colónia torna-se
independente e o príncipe D. Pedro
assume os destinos do novo país.
Do Brasil para Portugal
21.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A Carta Constitucional
Após a morte de D. João VI, D. Pedro,
imperador do Brasil, abdicou do trono
de Portugal a favor da filha D. Maria da
Glória ainda uma criança e a viver no
Brasil. D. Miguel, já a viver em Portugal,
casou com a sobrinha por procuração e
assumiu a regência. Sob a influência da
mãe, D. Carlota Joaquina, defensora do
absolutismo, D. Miguel não aceitou
bem a Constituição de 1822. Em 1826,
D. Pedro envia-lhe a Carta
Constitucional, onde os poderes do rei
ficavam fortalecidos.
22.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A principal diferença entre a
Constituição de 1822 e a Carta
Constitucional de 1826 é que
nesta última é concedido ao rei
o direito de veto.
Ou seja,
enfraquecia o
poder legislativo
dos deputados!
Constituição de 1822 ou Carta Constitucional?
23.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Apesar de ter jurado a Carta Constitucional, D. Miguel passou
a governar como rei absoluto o que conduziu a uma divisão
da sociedade portuguesa.
Vintistas Cartistas
Defendiam a
Constituição de 1822.
Defendiam a Carta
Constitucional de 1826.
A instabilidade política levou a execuções, perseguições e prisões.
Guerra civil
A sucessão
A Revolução Liberal Portuguesa
24.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Na guerra civil defrontavam-
-se os liberais fiéis a D. Pedro,
apoiados externamente pela
Inglaterra, e os absolutistas
de D. Miguel, que recebiam o
apoio do Império Austro-
-Húngaro.
A guerra civil
A Revolução Liberal Portuguesa
25.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Perante a situação que se vivia em Portugal, D. Pedro abdicou do
trono do Brasil e juntou-se aos liberais refugiados na Inglaterra e
nos Açores. Com um pequeno exército, desembarca numa praia,
perto do Porto, para onde segue, sem resistência. D. Miguel cerca
a cidade durante um ano. Outro grupo de liberais desembarca no
Sul e a guerra alastra a todo o país.
Desembarque das tropas liberais na praia dos Ladrões, em Matosinhos, comandadas por D. Pedro.
A guerra civil
A Revolução Liberal Portuguesa
26.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Atualmente, a praia onde desembarcaram os liberais passou
a chamar-se praia da Memória e nela foi mandado erigir, no
reinado de D. Maria II, filha de D. Pedro, um obelisco em
memória e homenagem aos heróis liberais. D. Maria II
deslocou-se ao local para colocar a primeira pedra.
A guerra civil
A Revolução Liberal Portuguesa
27.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Medidas de consolidação do liberalismo
Extinção dos morgadios.
Abolição da dízima paga ao clero.
Abolição da pena de confisco de bens.
Abolição dos tributos à livre circulação interna.
Fim dos monopólios das grandes companhias de
comércio e indústria, nomeadamente da Companhia
Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.
Reforma da administração pública e da justiça e
reorganização territorial.
Os responsáveis pelas reformas
liberais: Mouzinho da Silveira e
Joaquim António de Aguiar.
O triunfo e consolidação do liberalismo
A Revolução Liberal Portuguesa
28.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
O reinado de D. Maria II foi rico em revoltas e golpes.
A paz só se estabeleceu a partir da segunda metade do século XIX.
Ano Revoltas, golpes e conspirações
1836
• Setembrismo
• Belenzada
1837 • Revoltas militares e conspirações
1842 • Cabralismo
1846/4
7
• Revoltas da Maria da Fonte e da Patuleia
Uma paz difícil
A Revolução Liberal Portuguesa