REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II
REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Gomes Freire de Andrade, D. João VI, Manuel Fernandes Tomás,
ratificação da Constituição de 1822 por D. João VI.
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A Revolução Liberal Portuguesa
Para entender a Revolução
Liberal de 1820, precisamos
de conhecer os seus
antecedentes.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Em 1807, a família real saiu de Portugal em direção à colónia
brasileira, devido à invasão das tropas napoleónicas.
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A chegada da corte ao Brasil foi aplaudida pelos colonos. A
colónia sentiu de imediato os efeitos dessa presença: o
futuro rei D. João VI, ainda regente, decretou a abertura
dos portos brasileiros às nações estrangeiras (1808), com
grande vantagem para a burguesia brasileira.
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Em Portugal, as tropas
francesas eram combatidas
com a ajuda dos ingleses,
sob as orientações de
Beresford.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A população defendia-se como podia das investidas e saques dos
franceses. Sentia-se abandonada pelo rei, governada por um
estrangeiro, sofria com as perdas humanas, os feridos, os abusos
dos militares ingleses, a miséria de uma economia cada vez mais
frágil e arruinada. A burguesia portuguesa, habituada a não ter
concorrência internacional na comercialização dos produtos
brasileiros, estava cada vez mais insatisfeita com
a redução dos seus lucros.
Acidente da Ponte das Barcas, no Porto, a 29 de março de 1809,
quando a população da cidade fugia aos franceses.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Entretanto, a presença dos franceses ajudou
a difundir as ideias liberais da Revolução
Francesa, que já eram conhecidas.
De Espanha vinham os ecos de uma nova
experiência política liberal.
As organizações secretas existentes em Portugal,
como a Maçonaria e o Sinédrio,
proporcionavam o ambiente para a
conspiração…
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A primeira tentativa de revolta
contra a situação que se vivia
em Portugal teve lugar em
Lisboa, em 1817.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Com o apoio da Maçonaria, um grupo de homens, maioritariamente
militares, chefiado pelo general Gomes Freire de Andrade, tentou
instaurar o liberalismo, mas a conspiração chegou ao conhecimento de
Beresford e os responsáveis foram presos e condenados à morte pelos
ingleses.
Os revoltosos foram enforcados no Campo de Santana, em Lisboa,
que passou a chamar-se Campo dos Mártires da Pátria, em sua
homenagem.
Gomes Freire de Andrade.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A condenação dos liberais,
envolvidos na conspiração de
1817, aumentou o
descontentamento contra a
presença dos ingleses no país.
Alguns liberais portuenses
associaram-se a uma
sociedade secreta, o Sinédrio,
e é a partir desta associação, à
frente da qual estava o juiz
Manuel Fernandes Tomás, que
vai partir a organização da
revolução.
Manuel Fernandes Tomás.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A 24 de agosto de 1820, aproveitando a ausência de
Beresford no Brasil, a dinâmica e rica burguesia do Porto,
apoiou o movimento revolucionário que os elementos do
Sinédrio haviam desencadeado nas ruas do Porto.
Foi proclamada a necessidade de uma Constituição.
Alegoria à Constituição. Torre dos Clérigos, Porto.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
O governo foi entregue à
Junta Provisional do
Supremo Governo do
Reino, que preparou as
eleições às Cortes
Constituintes, que
elaborariam a Constituição.
A REVOLUÇÃO LIBERAL PORTUGUESA – 1820/22
As Cortes Constituintes, enquanto elaboravam a Constituição,
prepararam um conjunto de leis que acabou com o Antigo Regime.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
CORTES
CONSTITUINTES
As leis que
acabaram com o
Antigo Regime
As primeiras leis liberais e outras exigências
• Foram abolidos os forais e outros direitos senhoriais.
• Nacionalizaram os bens da Coroa.
• Extinguiram o Tribunal do Santo Ofício.
• Decretaram a liberdade de imprensa.
• Amnistiaram os crimes políticos.
• Aboliram o decreto de D. João VI sobre o direito dos
navios estrangeiros aportarem no Brasil e aí fazerem
diretamente o comércio.
• Exigiram o regresso do rei a Portugal.
O fim do Antigo Regime
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Manuel Fernandes Tomás discursa nas
Cortes Constituintes.
Os trabalhos das Cortes Constituintes.
As Cortes Constituintes
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A Constituição foi
aprovada em 1822,
instaurando um novo
regime: a monarquia
constitucional.
Constituição de 1822 e a monarquia constitucional
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A monarquia constitucional
A Revolução Liberal Portuguesa
Monarquia absoluta Monarquia constitucional
O rei faz as leis PODER LEGISLATIVO As leis são feitas pelos
deputados, nas Cortes.
O rei governa PODER EXECUTIVO O rei e os ministros
governam aplicando as leis.
O rei é o juiz supremo PODER JUDICIAL Os juízes julgam quem não
cumpre a lei.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
e o rei continuava no Brasil…
A Revolução Liberal Portuguesa
E no Brasil?
O rei gostava de estar
no Brasil?
Não queria voltar?
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
O beija-mão real.
A sociedade brasileira.
Imagens do Brasil de D. João VI
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
No Brasil, estavam o rei, D. João VI, a
rainha, D. Carlota Joaquina, e os filhos,
entre eles os príncipes D. Pedro e
D. Miguel.
Em Portugal, D. João VI jura a nova
Constituição.
Em 1821, respondendo a uma exigência
das Cortes Constituintes, o rei regressa e
deixa D. Pedro na regência do Brasil. Em
setembro de 1822, a colónia torna-se
independente e o príncipe D. Pedro
assume os destinos do novo país.
Do Brasil para Portugal
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A Carta Constitucional
Após a morte de D. João VI, D. Pedro,
imperador do Brasil, abdicou do trono
de Portugal a favor da filha D. Maria da
Glória ainda uma criança e a viver no
Brasil. D. Miguel, já a viver em Portugal,
casou com a sobrinha por procuração e
assumiu a regência. Sob a influência da
mãe, D. Carlota Joaquina, defensora do
absolutismo, D. Miguel não aceitou
bem a Constituição de 1822. Em 1826,
D. Pedro envia-lhe a Carta
Constitucional, onde os poderes do rei
ficavam fortalecidos.
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
A principal diferença entre a
Constituição de 1822 e a Carta
Constitucional de 1826 é que
nesta última é concedido ao rei
o direito de veto.
Ou seja,
enfraquecia o
poder legislativo
dos deputados!
Constituição de 1822 ou Carta Constitucional?
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Apesar de ter jurado a Carta Constitucional, D. Miguel passou
a governar como rei absoluto o que conduziu a uma divisão
da sociedade portuguesa.
Vintistas Cartistas
Defendiam a
Constituição de 1822.
Defendiam a Carta
Constitucional de 1826.
A instabilidade política levou a execuções, perseguições e prisões.
Guerra civil
A sucessão
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Na guerra civil defrontavam-
-se os liberais fiéis a D. Pedro,
apoiados externamente pela
Inglaterra, e os absolutistas
de D. Miguel, que recebiam o
apoio do Império Austro-
-Húngaro.
A guerra civil
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Perante a situação que se vivia em Portugal, D. Pedro abdicou do
trono do Brasil e juntou-se aos liberais refugiados na Inglaterra e
nos Açores. Com um pequeno exército, desembarca numa praia,
perto do Porto, para onde segue, sem resistência. D. Miguel cerca
a cidade durante um ano. Outro grupo de liberais desembarca no
Sul e a guerra alastra a todo o país.
Desembarque das tropas liberais na praia dos Ladrões, em Matosinhos, comandadas por D. Pedro.
A guerra civil
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Atualmente, a praia onde desembarcaram os liberais passou
a chamar-se praia da Memória e nela foi mandado erigir, no
reinado de D. Maria II, filha de D. Pedro, um obelisco em
memória e homenagem aos heróis liberais. D. Maria II
deslocou-se ao local para colocar a primeira pedra.
A guerra civil
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
Medidas de consolidação do liberalismo
Extinção dos morgadios.
Abolição da dízima paga ao clero.
Abolição da pena de confisco de bens.
Abolição dos tributos à livre circulação interna.
Fim dos monopólios das grandes companhias de
comércio e indústria, nomeadamente da Companhia
Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.
Reforma da administração pública e da justiça e
reorganização territorial.
Os responsáveis pelas reformas
liberais: Mouzinho da Silveira e
Joaquim António de Aguiar.
O triunfo e consolidação do liberalismo
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Joana Cirne | Marília Henriques
O reinado de D. Maria II foi rico em revoltas e golpes.
A paz só se estabeleceu a partir da segunda metade do século XIX.
Ano Revoltas, golpes e conspirações
1836
• Setembrismo
• Belenzada
1837 • Revoltas militares e conspirações
1842 • Cabralismo
1846/4
7
• Revoltas da Maria da Fonte e da Patuleia
Uma paz difícil
A Revolução Liberal Portuguesa
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS II
REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
A Revolução Liberal Portuguesa

As Revoluções Liberais Atlânticas II.pptx

  • 1.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES A Revolução Liberal Portuguesa
  • 2.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Gomes Freire de Andrade, D. João VI, Manuel Fernandes Tomás, ratificação da Constituição de 1822 por D. João VI. A Revolução Liberal Portuguesa
  • 3.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A Revolução Liberal Portuguesa Para entender a Revolução Liberal de 1820, precisamos de conhecer os seus antecedentes.
  • 4.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Em 1807, a família real saiu de Portugal em direção à colónia brasileira, devido à invasão das tropas napoleónicas. A Revolução Liberal Portuguesa
  • 5.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A chegada da corte ao Brasil foi aplaudida pelos colonos. A colónia sentiu de imediato os efeitos dessa presença: o futuro rei D. João VI, ainda regente, decretou a abertura dos portos brasileiros às nações estrangeiras (1808), com grande vantagem para a burguesia brasileira. A Revolução Liberal Portuguesa
  • 6.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Em Portugal, as tropas francesas eram combatidas com a ajuda dos ingleses, sob as orientações de Beresford.
  • 7.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A população defendia-se como podia das investidas e saques dos franceses. Sentia-se abandonada pelo rei, governada por um estrangeiro, sofria com as perdas humanas, os feridos, os abusos dos militares ingleses, a miséria de uma economia cada vez mais frágil e arruinada. A burguesia portuguesa, habituada a não ter concorrência internacional na comercialização dos produtos brasileiros, estava cada vez mais insatisfeita com a redução dos seus lucros. Acidente da Ponte das Barcas, no Porto, a 29 de março de 1809, quando a população da cidade fugia aos franceses.
  • 8.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Entretanto, a presença dos franceses ajudou a difundir as ideias liberais da Revolução Francesa, que já eram conhecidas. De Espanha vinham os ecos de uma nova experiência política liberal. As organizações secretas existentes em Portugal, como a Maçonaria e o Sinédrio, proporcionavam o ambiente para a conspiração…
  • 9.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A primeira tentativa de revolta contra a situação que se vivia em Portugal teve lugar em Lisboa, em 1817.
  • 10.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Com o apoio da Maçonaria, um grupo de homens, maioritariamente militares, chefiado pelo general Gomes Freire de Andrade, tentou instaurar o liberalismo, mas a conspiração chegou ao conhecimento de Beresford e os responsáveis foram presos e condenados à morte pelos ingleses. Os revoltosos foram enforcados no Campo de Santana, em Lisboa, que passou a chamar-se Campo dos Mártires da Pátria, em sua homenagem. Gomes Freire de Andrade.
  • 11.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A condenação dos liberais, envolvidos na conspiração de 1817, aumentou o descontentamento contra a presença dos ingleses no país. Alguns liberais portuenses associaram-se a uma sociedade secreta, o Sinédrio, e é a partir desta associação, à frente da qual estava o juiz Manuel Fernandes Tomás, que vai partir a organização da revolução. Manuel Fernandes Tomás.
  • 12.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A 24 de agosto de 1820, aproveitando a ausência de Beresford no Brasil, a dinâmica e rica burguesia do Porto, apoiou o movimento revolucionário que os elementos do Sinédrio haviam desencadeado nas ruas do Porto. Foi proclamada a necessidade de uma Constituição. Alegoria à Constituição. Torre dos Clérigos, Porto.
  • 13.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques O governo foi entregue à Junta Provisional do Supremo Governo do Reino, que preparou as eleições às Cortes Constituintes, que elaborariam a Constituição. A REVOLUÇÃO LIBERAL PORTUGUESA – 1820/22 As Cortes Constituintes, enquanto elaboravam a Constituição, prepararam um conjunto de leis que acabou com o Antigo Regime.
  • 14.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques CORTES CONSTITUINTES As leis que acabaram com o Antigo Regime As primeiras leis liberais e outras exigências • Foram abolidos os forais e outros direitos senhoriais. • Nacionalizaram os bens da Coroa. • Extinguiram o Tribunal do Santo Ofício. • Decretaram a liberdade de imprensa. • Amnistiaram os crimes políticos. • Aboliram o decreto de D. João VI sobre o direito dos navios estrangeiros aportarem no Brasil e aí fazerem diretamente o comércio. • Exigiram o regresso do rei a Portugal. O fim do Antigo Regime A Revolução Liberal Portuguesa
  • 15.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Manuel Fernandes Tomás discursa nas Cortes Constituintes. Os trabalhos das Cortes Constituintes. As Cortes Constituintes A Revolução Liberal Portuguesa
  • 16.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A Constituição foi aprovada em 1822, instaurando um novo regime: a monarquia constitucional. Constituição de 1822 e a monarquia constitucional A Revolução Liberal Portuguesa
  • 17.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A monarquia constitucional A Revolução Liberal Portuguesa Monarquia absoluta Monarquia constitucional O rei faz as leis PODER LEGISLATIVO As leis são feitas pelos deputados, nas Cortes. O rei governa PODER EXECUTIVO O rei e os ministros governam aplicando as leis. O rei é o juiz supremo PODER JUDICIAL Os juízes julgam quem não cumpre a lei.
  • 18.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques e o rei continuava no Brasil… A Revolução Liberal Portuguesa E no Brasil? O rei gostava de estar no Brasil? Não queria voltar?
  • 19.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques O beija-mão real. A sociedade brasileira. Imagens do Brasil de D. João VI
  • 20.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques No Brasil, estavam o rei, D. João VI, a rainha, D. Carlota Joaquina, e os filhos, entre eles os príncipes D. Pedro e D. Miguel. Em Portugal, D. João VI jura a nova Constituição. Em 1821, respondendo a uma exigência das Cortes Constituintes, o rei regressa e deixa D. Pedro na regência do Brasil. Em setembro de 1822, a colónia torna-se independente e o príncipe D. Pedro assume os destinos do novo país. Do Brasil para Portugal
  • 21.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A Carta Constitucional Após a morte de D. João VI, D. Pedro, imperador do Brasil, abdicou do trono de Portugal a favor da filha D. Maria da Glória ainda uma criança e a viver no Brasil. D. Miguel, já a viver em Portugal, casou com a sobrinha por procuração e assumiu a regência. Sob a influência da mãe, D. Carlota Joaquina, defensora do absolutismo, D. Miguel não aceitou bem a Constituição de 1822. Em 1826, D. Pedro envia-lhe a Carta Constitucional, onde os poderes do rei ficavam fortalecidos.
  • 22.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques A principal diferença entre a Constituição de 1822 e a Carta Constitucional de 1826 é que nesta última é concedido ao rei o direito de veto. Ou seja, enfraquecia o poder legislativo dos deputados! Constituição de 1822 ou Carta Constitucional?
  • 23.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Apesar de ter jurado a Carta Constitucional, D. Miguel passou a governar como rei absoluto o que conduziu a uma divisão da sociedade portuguesa. Vintistas Cartistas Defendiam a Constituição de 1822. Defendiam a Carta Constitucional de 1826. A instabilidade política levou a execuções, perseguições e prisões. Guerra civil A sucessão A Revolução Liberal Portuguesa
  • 24.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Na guerra civil defrontavam- -se os liberais fiéis a D. Pedro, apoiados externamente pela Inglaterra, e os absolutistas de D. Miguel, que recebiam o apoio do Império Austro- -Húngaro. A guerra civil A Revolução Liberal Portuguesa
  • 25.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Perante a situação que se vivia em Portugal, D. Pedro abdicou do trono do Brasil e juntou-se aos liberais refugiados na Inglaterra e nos Açores. Com um pequeno exército, desembarca numa praia, perto do Porto, para onde segue, sem resistência. D. Miguel cerca a cidade durante um ano. Outro grupo de liberais desembarca no Sul e a guerra alastra a todo o país. Desembarque das tropas liberais na praia dos Ladrões, em Matosinhos, comandadas por D. Pedro. A guerra civil A Revolução Liberal Portuguesa
  • 26.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Atualmente, a praia onde desembarcaram os liberais passou a chamar-se praia da Memória e nela foi mandado erigir, no reinado de D. Maria II, filha de D. Pedro, um obelisco em memória e homenagem aos heróis liberais. D. Maria II deslocou-se ao local para colocar a primeira pedra. A guerra civil A Revolução Liberal Portuguesa
  • 27.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques Medidas de consolidação do liberalismo Extinção dos morgadios. Abolição da dízima paga ao clero. Abolição da pena de confisco de bens. Abolição dos tributos à livre circulação interna. Fim dos monopólios das grandes companhias de comércio e indústria, nomeadamente da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Reforma da administração pública e da justiça e reorganização territorial. Os responsáveis pelas reformas liberais: Mouzinho da Silveira e Joaquim António de Aguiar. O triunfo e consolidação do liberalismo A Revolução Liberal Portuguesa
  • 28.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES Joana Cirne | Marília Henriques O reinado de D. Maria II foi rico em revoltas e golpes. A paz só se estabeleceu a partir da segunda metade do século XIX. Ano Revoltas, golpes e conspirações 1836 • Setembrismo • Belenzada 1837 • Revoltas militares e conspirações 1842 • Cabralismo 1846/4 7 • Revoltas da Maria da Fonte e da Patuleia Uma paz difícil A Revolução Liberal Portuguesa
  • 29.
    REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICASII REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES A Revolução Liberal Portuguesa