Aula sobre aspectos psicológicos da gestação, parto e pós-parto - Giana Frizzo

- Aspectos psicológicos da
gestação, parto e pós-parto-
• Aspectos psicossociais do parto e nascimento e a segurança do paciente
• Webinar PROQUALIS FIOCRUZ
Profa. Dra. Giana B. Frizzo

Maternidade e Paternidade: a construção
da Parentalidade
DESAFIO PARENTALIDADE : JAMAIS ALGUÉM ESTÁ TOTALMENTE
PREPARADO
• Parentalidade só pode ser aprendida no exercício prático, num processo de
interação com o filho
• Bebê - nova etapa de proximidade entre a família de origem e seus pais
• criar um contexto de cuidados adequados para o bebê

Chegada da criança
Entrelaçamento de três fios evolutivos:
•Ciclo de vida do indivíduo
•Ciclo de vida da família
•Contexto mais geral – ex:
pandemia

O Cuidado em saúde
materno-infantil e seus
desafios
➢ Gestação, parto, pós-parto
➢Perda fetal, luto parental e adoção
➢Maior mudança após parto:
desenvolver relação com bebê
(Brockington, 2004; 2017)

O Cuidado em saúde
materno-infantil e seus
desafios
• Ajustamento à gravidez
• Complicações psiquiátricas e de
saúde na gravidez
• Psicopatologia do Parto
• Saúde mental no Pós-parto
• Problemas com a criança (Brockington et al, 2018)

Conceituando a depressão na gestação e pós-parto
➢ Segundo o DSM 5, a depressão pós-parto enquadra-se como um especificador do
transtorno depressivo maior, compreendendo o período gestacional e as quatro semanas
iniciais após o parto. Não há um diagnóstico específico para depressão pré-natal (Field et al, 2018)
➢ Sintomas:
➢ Humor deprimido, perda de interesse ou prazer
➢ Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva que podem ser delirantes
➢ Causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (APA, 2013)
➢ Irritabilidade
Dificuldades no diagnóstico, gestação e pós-parto:
✓ subdiagnosticado ou tardiamente diagnosticados

•Depressão - disponibilidade
cognitiva e emocional da
mãe -contingência das
respostas
• Sofrimento duplo – por
não estar bem e pelo bebê
•Implicações para o
desenvolvimento do apego
(Bowlby, 1989)

CONCEITUANDO A
DEPRESSÃO PÓS-
PARTO
➢Os sintomas da depressão materna
podem surgir em algum outro
momento no primeiro ano de vida do
bebê e não necessariamente nas
primeiras semanas do pós-parto
(APA, 2013; Beck, Reynolds & Rutowsky, 1992; Brown, Lumley, Small & Astbury, 1994; Goodman, 2004; Klaus, Kennel &
Klaus, 2000;; Murray, Cox, Chapman & Jones, 1995, Nonacs & Cohen, 2005).

PREVALÊNCIA ENTRE 10 E 20% DE ACORDO COM A
MAIORIA DOS ESTUDOS (Brockington et al.,2018; Galvão et al, 2015)
CONCEITUANDO A DEPRESSÃO
PÓS-PARTO
Dependendo muito dos instrumentos e formas de avaliação

MÃES DEPRIMIDAS
Impressões e sentimentos negativos em relação a seus
bebês
( F r i z zo e t a l , 2 0 1 3 )
Menor satisfação quanto ao desempenho do seu papel
( S c h w e n b e r & P i c c i n i n i , 2 0 0 5 ; F r i z zo , B r y s , L o p e s & P i c c i n i n i , 2 0 1 0 )
Dificuldade na vinculação
( S c h w e n b e r & P i c c i n i n i , 2 0 0 5 )
Sintomas obsessivos: pensamento agressivo com o bebê
( Z a m b a l d i e t a l , 2 0 0 8 )
CONCEITUANDO A DEPRESSÃO
PÓS-PARTO

PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL PARENTAL
MANIFESTAÇÕES
SOMÁTICAS E
COMPORTAMENTAIS DO
BEBÊ
Sono, alimentares,
respiratórios, de pele, de
comportamento,digestivos
e gástricos
Problemas de regulação
emocional na infância e
adolescência (Field, 2017)
Em função de cuidado
empobrecido ou será que
também há marcadores
biológicos envolvidos?
(Field, 2018)

Fatores de risco para saúde mental na gestação, parto e pós-parto
● Causas biológicas para a depressão materna – inconsistência
● Medicações promissoras ?
● Depressão paterna no pós-parto (Wang et al, 2021)
● Depressão no pós-adoção (Foli et al, 2014)

● Estresse e Depressão na gestação (Field, 2011; Meijer et al. 2014)
● Saúde mental na gestação (Alvarenga & Frizzo, 2017)
● História pessoal e familiar de transtornos do humor
(Cooper & Murray, 1995; Dunnewold, 1997; O’Hara, 1997, O’Hara, Rehm & Campbell, 1983)
● Problemas de saúde física da mãe na gravidez (Bandeira et al, 2020)
● Não planejamento da gravidez (Bandeira et al, 2020 ;Brito et al, 2015), mesmo que na adolescência (Metei et al., 2021)
● Não planejamento da gravidez X aceitação da gravidez
● Uso de tabaco (Metei et al., 2021)
● Presença de fatores estressantes ao longo da gravidez (Frizzo & Alvarenga, 2017; Metei et al.,
2021)
● Violência obstétrica (Matos et al, 2021)

● Desemprego materno e paterno (Linares & Campo, 2000)
● Abandono por parte do pai da criança
● Grandes dificuldades financeiras (O’Hara, 1997;Shetter & Tuner, 2012)
● Falta de apoio social (Bedaso et al, 2021; Bowlby, 1989; O’Hara, 1997; )
● Qualidade do relacionamento conjugal (Cooper & Murray, 1995; Dessaulles,
Johnson & Denton, 2003; Hollist et al, 2012)

COMO TRATAR?
• Precisão diagnóstica (Brockington et al, 2018)
• Depressão leve já tem grande impacto na relação mãe-bebê
• Confusão com desgaste do puerpério
• Possibilidade de tratamento multidisciplinar
• Visitas domiciliares
• Intervenções psicossociais e psicológicas podem auxiliar na prevenção e tratamento de forma
eficaz (Dennis et al, 2014)
• Evidências ainda fracas quanto a uso seguro e eficaz de antidepressivos (Brown et al, 2021)

Quais os desafios?
IMPORTÂNCIA DE
INTERVENÇÕES PARA
AUXILIAR NA RELAÇÃO
MÃE-BEBÊ
Melhor vinculação da dupla
Diminuição dos sintomas depressivos
maternos
(Clark, 2003)
MODALIDADE DE
ATENDIMENTO EM GRUPO
COMO UM DOS DISPOSITIVOS
POSSÍVEIS
Compartilhamento experiências comuns
(Clark, 2003)
Negação sintomas – fachada
(Linares & Campo, 2000; Frizzo et al, 2011)
Mito do amor materno
(Badinter, 1985)

Considerações
Finais
REPLICAÇÃO ESTUDO E
USO DE OUTROS
DELINEAMENTOS –
ENSAIOS CLÍNICOS
randomizados
Importância de ambos aspectos para
um desenvolvimento saudável para
bebê, mãe e família
MUDANÇAS NA INTERAÇÃO MÃE-BEBÊ
A PARTIR DA MELHORA DOS
SINTOMAS depressivos maternos que repercutiram no seu modo de se relacionar com o bebê

Considerações
Finais
Importância de ambos aspectos para um
desenvolvimento saudável para bebê, mãe e família
MUDANÇAS NA INTERAÇÃO MÃE-BEBÊ A PARTIR
DA MELHORA DOS SINTOMAS depressivos maternos que repercutiram no seu modo de se relacionar com o
bebê
Importância de sensibilizar profissionais da
saúde que trabalham com gestação, parto, pós-
parto e puericultura

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Referências

• Obrigada pela atenção!
• www.ufrgs.br/nufabe
• @nufabe
• nufabe@gmail.com

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