O documento fornece instruções sobre os cuidados com crianças hospitalizadas no departamento de oncopediatria, incluindo a prevenção de infecções, regras de higiene, direitos das crianças e apoio aos pacientes e familiares.
atenção
paisevisitantes,
ajudenaprevençãoda
infecçãohospitalar.
A infecção hospitalaré uma doença grave, causada por bactérias
desenvolvidas dentro do hospital e por isso, são mais resistentes ao tratamento.
Para preveni-la, basta seguir as regras básicas de higiene:
Ao entrar ou sair do hospital, deve-se sempre:
• Lavar as mãos
• Não sentar na cama do paciente;
• Não comer de sua comida;
• Não usar seus talheres;
• Não usar o mesmo copo.
Lembre-se:
• Não é permitido trazer cobertores, travesseiros, bichos de pelúcia;
• Não é permitido trazer alimentos ou bebidas de casa;
• Não é permitido circular entre os outros leitos ou visitar outras alas;
• Evite manipular equipamentos hospitalares;
• Não é permitido aos pais/acompanhantes o uso de trajes impróprios na
Oncopediatria (como: shorts, sem camisa, mini-saias, decotes, pijamas, roupas
transparentes etc);
• Não é permitido o uso de bebidas alcoólicas e cigarros.
3.
DÊ
amore
carinho
O internamento daOncopediatria do Hospital do Câncer de
Cascavel-UOPECCAN, atende crianças e adolescentes com câncer de forma
humanizada e especializada.
A criança hospitalizada necessita além do apoio e amor um responsável
atuante para colaborar nos cuidados, a ausência da mãe ou da família, leva o
paciente a sentir-se abandonado.
Esta previsto pelo estatuto da criança a presença do acompanhante, durante
os internamentos da oncopediatria é permitida a presença de 1 familiar por
criança.
4.
É de responsabilidadedos pais manterem-se informados junto ao
médico/equipe, podendo, assim, repassar aos filhos as informações necessárias
sobre a doença, os exames, o cuidado com a alimentação, as roupas que deverão
usar, os horários a serem seguidos e sobre as pessoas que estarão cuidando de
sua saúde: Médicos, Enfermeiras, Técnicas e Equipe de Suporte.
Para proteger a criança, não devemos omitir a verdade. Quando as
informações são transmitidas a ela, evitamos que fique ansiosa, angustiada e
nervosa, fazendo com que sua recuperação seja melhor. Regras e limites ajudam a
criança a compreender o mundo, respeitar seus semelhantes e lidar melhor com
as dificuldades. Essa educação deve ser contínua, mesmo durante o estágio
doentio da criança.
2
deixea
criança
bem
informada
+
5.
O ambiente hospitalaré um mistério, assim como seus procedimentos. É
normal que o uso de equipamentos como eletrocardiógrafo, equipo de soro,
aparelho de Raio-X, sondas, drenos e outros, possam gerar ansiedade na criança.
Assim, é dever dos Pais, juntamente com a equipe do hospital, explicar à criança
sobre o procedimento que será realizado.
O impacto do ambiente causado à criança também depende da criatividade
dos pais. É possível diminuir as tensões emocionais decorando o ambiente com
desenhos, objetos familiares, brinquedos prediletos e outros objetos de
preferência da criança. Porém, antes de tomar qualquer atitude, informe-se com a
equipe de saúde da Pediatria o que é permitido trazer para dentro do hospital, pois
qualquer objeto que possa ser levado ao quarto da criança, possui o risco de
contaminação.
Lembre-se também de que, qualquer objeto ou material retirado/emprestado
da ala de Pediatria, deve ser mantido limpo e devolvido ao setor.
ambientecriativo
6.
preserveosilêncio
Existem alterações importantesna frequência cardíaca e ritmo de sono
relacionadas diretamente com os ruídos do ambiente. Por isso, procura-se evitar
ao máximo os barulhos desnecessários para prevenir problemas orgânicos ou
emocionais. Lembre-se de falar em tom de voz moderado (mesmo ao telefone),
deixar celulares em volume baixo ou em vibra, não ligar aparelhos sonoros sem
permissão, moderar volume da TV e brinquedos que provoquem ruídos por longo
tempo.
Distrair a criança é uma boa alternativa para amenizar os ruídos dos aparelhos,
diminuir a tensão e o choro.
7.
Atividades recreativas sãonecessárias para que a criança continue a
exercitar suas habilidades como: Focalização de olhar, coordenação motora e
desenvolvimento das sensibilidades táteis e sensoriais. Assim ela consegue se
expressar e interagir com o ambiente que a cerca.
A recreação também é importante para a diminuição da ansiedade e da
angústia. Porém deve-se tomar cuidado para que a televisão não ocupe o papel da
recreação, e, também deve ser evitado programas não adequados para crianças
(canais que tenham violência, sexo, linguagem inadequada, etc.), permitindo
apenas programas infantis para a criança.
A Brinquedoteca fica aberta durante o horário em que voluntários e
equipe disponibilizam para a realização de atividades com as crianças. Todos são
convidados a participar, inclusive os pais, e, ao término das atividades, todos
devem colaborar com a manutenção do espaço (guardar materiais, deixar o local
limpo e preservar os brinquedos e materiais).
Obs.: Atenção, não é permitido a ninguém comer na Brinquedoteca (Apenas é
liberado o lanche em dias em que há festinhas programadas pela UOPECCAN).
recreação
8.
Durante a internação,a criança permanece junto à presença constante da
Mãe ou do Pai (ou outro familiar autorizado), mas pode receber visitas diárias, de
acordo com os horários de visita estabelecidos pela UOPECCAN. A visita faz com
a criança se sinta mais segura e confiante.
Na Oncopediatria da UOPECCAN são autorizados 2 visitantes ao dia, por
isso, deve haver a colaboração de todos os familiares, devendo ater-se a visita
apenas a criança que faz parte de sua família. Não é permitido a entrada nos
demais quartos, pois há o risco de contaminação. Lembre-se sempre também da
importância da lavagem das mãos antes de entrar no quarto, e também ao sair.
incentiveavisita6D
D
9.
A atuação dopsicólogo junto às crianças hospitalizadas, objetiva
fundamentalmente a diminuição do sofrimento inerente ao processo do adoecer e
hospitalização. O psicólogo atua no sentido de fazer com que a hospitalização e a
situação de doença sejam melhor compreendidas pela criança e sua família, bem
como a evitar situações difíceis e traumáticas. “Brincando” e “conversando” com o
psicólogo, as crianças expressam seus medos, dúvidas, angústias, aliviando
assim seu sofrimento, caminhando para uma recuperação mais rápida.
O serviço de psicologia realiza visitas frequentes no internamento e
disponibiliza atendimento psicológico aos pacientes e familiares mediante
solicitação.
Em caso de convênios e particulares os responsáveis poderão obter
informações junto ao setor financeiro/tesouraria.
apoio
psicológico
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10.
HIGIENIZAÇÃO8
Recomenda-se banho diáriopela manhã à criança hospitalizada (após o
banho é feita troca de curativos). Antes do banho, pergunte a equipe de
enfermagem sobre os cuidados em áreas que estejam recebendo tratamento;
Lave as mãos; Prenda os cabelos, Verifique a higiene do local e materiais usados;
Confira a temperatura da água; Evite expor a criança ao frio e correntes de ar.
Banho de Chuveiro: Auxilie a criança a providenciar objetos de uso pessoal e a
retirar as roupas, supervisione a limpeza de determinadas áreas do corpo,
certifique-se que o piso não seja escorregadio.
Banho de Banheira: Lave e desinfete toda a banheira, mantenha a criança
apoiada em seu braço para maior segurança
banho
11.
roupas
Pais e acompanhantespossuem local
específico para banho, procure a equipe de
enfermagem para mais informações.
banhodosacompanhantes
O hospital disponibiliza roupas para
crianças internadas. Troque-as diariamente e
as encaminhe para a lavagem, evitando vírus e
bactérias.
Atenção: Não há serviço de lavanderia
destinado as roupas pessoais de pacientes e
familiares, não é permitido lavagem /secagem
de roupas nos quartos de internamento.
O hospital possui uma rotina diária de
limpeza nos quartos e alas, mas os familiares e
pacientes devem manter seus pertences
impos e guardados, fazendo também a limpeza
dos brinquedos e jogos que são utilizados pela
criança no quarto e na brinquedoteca. Evite
também o acúmulo de lixo no interior dos
quartos.
quartolimpo
Traga a escova da criança de casa e
escove seus dentes pela manhã, após as
refeições e antes de dormir, nos casos de
feridas na boca informe-se com o dentista da
UOPECCAN.
escovaçãodosdentes
sabonete
12.
O jejum dacriança varia de acordo com o tipo de cirurgia ou procedimento e
pode ter duração de 08 horas ou mais. Como podem haver emergências (com
outros pacientes) no dia em que seu filho for realizar a cirurgia, deve-se
compreender que poderá ocorrer a suspensão em alguns casos do horário
marcado.
É necessário que os pais respeitem o jejum não dando alimentos ou água para
a criança.
• Não leve qualquer tipo de alimento para o paciente, pois cada um possui uma
dieta específica;
• Não mexa no soro da criança ou dê medicação não indicada pelo médico;
• Não bata em seu filho se ele não quiser receber algum tipo de medicamento
ou não quiser fazer certo tipo de exame. Uma boa orientação sobre a necessidade
e importância dos mesmos para sua recuperação, faz com que a criança aceite e
colabore. Seja compreensivo, mas explique para seu filho sobre as necessidades
do tratamento e a importância dos limites e da educação!
jejum
9
13.
restriçõesdemovimento10
Ou seja, aimobilização do local em que será aplicado o tratamento (exemplo:
braços ou pernas devido ao uso de quimioterapia, curativos, limpeza de cateter).
Normalmente realizado em crianças pequenas, mas quando feito em crianças
maiores, deve-se orienta-los para o bom comportamento durante o
procedimento.
A restrição de movimentos é feita com os seguintes objetivos:
• facilitar a realização de exames e a aplicação de tratamentos;
• proteger a criança contra acidentes devido a sua agitação;
• evitar que a criança retire com as mãos: sondas, drenos, coletores e
aplicações de soro;
• evitar que a criança provoque lesões na área do tratamento.
14.
Visando nortear aconduta dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar,
a Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou e apresentou o texto a seguir, na
vigésima sétima Assembleia Ordinária do Conselho Nacional de Defesa dos
Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA - com sede no Ministério da
Justiça em Brasília, aprovado por unanimidade e transformado em resolução de
número 41 em 17 de outubro de 1995.
1. Direito a proteção à vida e à saúde, com absoluta prioridade e sem qualquer
forma de discriminação.
2. Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem
distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.
3. Direito a não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por
qualquer razão alheia ao melhor tratamento de sua enfermidade.
direitosdacriança
hospitalizada
15.
4. Direito aser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o
período de sua hospitalização, bem como receber visitas.
5. Direito a não ser separado de sua mãe ao nascer.
6. Direito a receber aleitamento materno sem restrições.
7. Direito a não sentir dor, quando existam meios para evitá-la.
8. Direito a ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados
terapêuticos e diagnósticos a serem utilizados, do prognóstico, respeitando sua
fase cognitiva, além de receber amparo psicológico, quando se fizer necessário.
9. Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de
educação para a saúde, acompanhamento do curriculum escolar, durante sua
permanência hospitalar.
10. Direito a que seus pais ou responsáveis participem ativamente do seu
diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os
procedimentos a que será submetido.
11. Direito a receber apoio espiritual e religioso conforme prática de sua
família.
12. Direito a não ser objeto de ensaio clínico, provas diagnósticas e
terapêuticas, sem o consentimento informado de seus pais ou responsáveis e o
seu próprio, quando tiver discernimento para tal.
13. Direito a receber todos os recursos terapêuticos disponíveis para sua
cura, reabilitação e ou prevenção secundária e terciária.
14. Direito a proteção contra qualquer forma de discriminação, negligência ou
maus tratos.
15. Direito ao respeito a sua integridade física, psíquica e moral.
16. Direito a prevenção de sua imagem, identidade, autonomia de valores, dos
espaços e objetos pessoais.
17. Direito a não ser utilizado pelos meios de comunicação, sem a expressa
vontade de seus pais ou responsáveis, ou a sua própria vontade, resguardando-se
a ética.
18. Direito a confidência dos seus dados clínicos, bem como Direito a tomar
conhecimento dos mesmos, arquivados na Instituição, pelo prazo estipulado por
lei.
19. Direito a ter seus Direitos Constitucionais e os contidos no Estatuto da
Criança e Adolescente, respeitados pelos hospitais integralmente.
20. Direito a ter uma morte digna, junto a seus familiares, quando esgotados
todos os recursos terapêuticos disponíveis.