Curso “Aproveitamento de
água de chuva em cisternas
para o semi-árido”
Tema 3:
Construção de cisternas
5 a 8 de maio de 2009
Rodolfo Luiz Bezerra Nóbrega
Universidade Federal de Campina Grande
Instituições Participantes:
Financiadores:
Objetivo
Apresentar as técnicas de construção de cisternas
mais utilizadas no Semi-Árido, destacando suas
principais características e limitações.
Arte: José Ivomar P. de Sá
Roteiro
• Cisternas de ferrocimento
– Cisternas de tela e arame com fôrma
– Cisternas de tela galvanizada de alambrado
• Cisternas de tijolos e argamassa
• Cisternas de placas de cimento
Arte: José Ivomar P. de Sá
Foto: Haroldo Schistek
Foto: Dieter Bühne
Cisternas de ferrocimento
• Em 1824 o inglês Josef Aspin
patenteou o Cimento Portland;
• Em 1855 foi registrado o
primeiro uso do ferrocimento
pelo francês Lambot: um barco
a remo.
http://www.lystsejleren.dk/billeder/lambot_dingy_.gif
Cisternas de ferrocimento
Tela e arame com fôrma
• Construída sob a superfície
• Tem cerca de 2 metros de altura
• A base precisa ser concretada
• Chapas de aço plano (2 m x 1 m)
• Fixação das chapas por cantoneiras
e parafusos, em forma cilíndrica
Foto: Haroldo Schistek
Foto: Haroldo Schistek
Cisternas de ferrocimento
Tela e arame com fôrma
• Primeiramente a forma é
levantada e coberta com tela
de arame
• A tela de arame deve passar
por debaixo da forma e
cobrir uma largura de
aproximadamente 50 cm no
fundo da cisterna.Foto: Haroldo Schistek
Foto: Haroldo Schistek
• Depois de colocadas duas camadas de argamassa
na parte exterior, a forma de aço é retirada,
podendo ser reusada para construir outras
cisternas.
• O interior é rebocado duas vezes e depois coberto
com nata de cimento.
Roteiro
• Cisternas de ferrocimento
– Cisternas de tela e arame com fôrma
– Cisternas de tela galvanizada de alambrado
• Cisterna de tijolos e argamassa
• Cisternas de placas de cimento
Autoria: José Ivomar P. de Sá
Foto: Haroldo Schistek
Foto: Dieter Bühne
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
• Malha de 5 x 15 cm
• Arame de 3 mm de diâmetro
• Resistência a ruptura de 65/70
kgf/mm²
Procedimentos e imagens sobre este tipo de cisterna são de propriedade do IRPAA (www.irpaa.org.br).
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
• O primeiro passo é a fabricação
das placas de cobertura.
O concreto precisa estar
sempre úmido para atingir
resistência
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Corte da tela
conforme das
dimensões da fôrma
Alinhar a tela
Nivelar a superfície
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Colocar a tela recortada sobre
a argamassa ainda fresca e
aplicar outra com argamassa
Pressionar a segunda camada
contra a de baixo, de modo a
garantir uma união perfeita
dessas duas camadas
Traço: 3 latas de areia grossa e 1 lata
de cimento
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
• O raio da base deverá ter 1,59
metros;
• Essa medida significa a distância
do centro até as paredes da
cisterna;
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
• Após nivelada a base de areia
grossa , coloca-se uma camada de
concreto.
Traço: 4 latas de brita, 3 latas de areia
lavada e 1 lata de cimento
• Deve-se montar um cilindro
com 10,20 metros de
alambrado
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
• Dobra-se as extremidades
com sobreposição de 20 cm
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
• O contrapiso deve ser
preenchido na parte externa.
• Para manter o formato
cilíndrico da tela de alambrado
recomenda-se o uso de
escoras;
• Durante a colocação do
contrapiso, deve-se deixar
uma pequena cavidade, a cada
metro, para posterior
colocação das escoras.
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Os sacos precisam ser lavados para promover a remoção de substâncias
hidrofóbicas, originadas do processo de fabricação.
1ª camada externa
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Traço: 2 latas de areia grossa, 1 lata de areia média e 1 lata de cimento
• Esta camada serva para
fixar, estabilizar o
conjunto tela de
alambrado/sombrite;
• Utiliza-se uma espátula
flexível de nylon.
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Parede vista do lado de dentro,
após a aplicação da primeira
camada.
Verificar se a argamassa penetrou
bem na malha.
Manter a superfície umedecida
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
Viabilizar
acesso à
área
interna
• Deve ser utilizada uma
desempoladeira de aço
para colocação da
argamassa e uma de
madeira para o alisamento;
• Espessura da camada: 1
cm;
• Deixar as pontas da tela de
alambrado livres.
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
2ª camada externa
• Se procede da mesma
maneira que as camadas
externas;
• A espessura final da parede
final será entre 4 e 5 cm;
• Entre as aplicações de cada
camada (interna ou
externa) deverá ser dado
um intervalo de uma noite
(máximo de 12 horas).
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
1ª e 2ª camadas internas
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
No dia seguinte a
colocação da última
camada interna,
colocar uma camada
de 4 cm de
argamassa no piso.
Confeccionar uma
junção da parede com
o piso em formato
“meia-lua”.
No dia seguinte
aplica-se no piso uma
camada de nata de
cimento.
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
A superfície superior do disco
precisa estar distante da borda
super da cisterna 52 cm
A colocação das placas deve
ser realizada em sentidos
opostos e deve ficar um
espaço de aproximadamente
2,5 cm entre elas.
Cisternas de ferrocimento
Tela galvanizada de alambrado
A cisterna pronta
Cisternas de ferrocimento
• Principais vantagens:
– esse modo de construir assemelha-se à maneira de construir
uma casa de taipa;
– apropriado tanto para vários tipos de projetos de construção
de cisternas;
– escavação desnecessária e rápida construção
• Principais desvantagens:
– a proporção entre cimento, água e areia tem
que ser respeitada rigorosamente;
– as paredes não devem ressecar durante a obra
e nas duas semanas seguintes;
– a água aquece facilmente. Foto: Haroldo Schistek
Roteiro
• Cisternas de ferrocimento
– Cisternas de tela e arame com fôrma
– Cisternas de tela galvanizada de alambrado
• Cisternas de tijolos e argamassa
• Cisternas de placas de cimento
Autoria: José Ivomar P. de Sá
Foto: Haroldo Schistek
Foto: Dieter Bühne
Cisternas de tijolos e argamassa
• Nesse contexto enquadram-
se:
– Cisternas de tijolos e cal;
– Cisternas de alvenaria com
elementos estruturais.
Cisternas de tijolos e argamassa
• Características:
–Não possuem padrão definido;
–Geralmente são totalmente subterrâneas;
–Muito utilizadas em áreas urbanas.
Cisternas de tijolos e argamassa
• Principais vantagens:
– Técnica de construção conhecida;
– A construção pode ser interrompida;
– Estrutura mais resistente a tensões.
• Principais desvantagens:
– Necessárias atividades de escavação;
– Uso de aditivos para impermeabilização;
– Construção mais demorada e onerosa;
– Exige uma maior habilidade técnica dos pedreiros.
Arte: José Ivomar P. de Sá
Roteiro
• Cisternas de ferrocimento
– Cisternas de tela e arame com fôrma
– Cisternas de tela galvanizada de alambrado
• Cisternas de tijolos e argamassa
• Cisternas de placas de cimento
Autoria: José Ivomar P. de Sá
Foto: Haroldo Schistek
Foto: Dieter Bühne
Cisternas de placas de cimento
• Características:
– Tipo de cisterna que tem sido mais construído no
Semi-Árido Brasileiro;
– Possui modelo padronizado e bem difundido: 16 m³;
– Sua multiplicação foi motivada pela possibilidade de
incluir a participação dos moradores na sua
construção;
– Idéia criada por um pedreiro do interior de Sergipe,
há mais de 35 anos;
– Possui metodologia de construção dividida em
etapas bem definidas.
Cisternas de placas de cimento
• Etapas:
– Diagnóstico e planejamento da
obra;
– Marcação e escavação do buraco;
– Fabricação das placas e dos
caibros;
– Levantamento das paredes;
– Montagem da cobertura;
– Colocação do sistema de captação
e manejo da água.
http://www.fomezero.gov.br/noticias/imagens/imagens-
noticias/arquivo-1/cisterna-brunospada.jpg
Procedimentos e algumas imagens sobre este tipo de cisterna são de
propriedade do CÁRITAS (www.caritas.org.br).
Cisternas de placas de cimento
• Diagnóstico e planejamento da obra:
– Análise da eficiência do modelo de 16 m³ para as
condições do local.
http://www.sectma.pe.gov.br/Image/foto1.jpg
Cisternas de placas de cimento
• Marcação e escavação do buraco.
Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq
www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
Cisternas de placas de cimento
• Marcação e escavação do buraco.
Piso da cisterna visto de cima
Cisternas de placas de cimento
• Fabricação das placas e dos caibros.
Utiliza-se colher de pedreiro e
régua
Traço: 4,5 latas de areia média para 1 lata de cimento
Cisternas de placas de cimento
• Fabricação das placas e dos caibros.
Para a cisterna de 16 m³ são
aproximadamente necessárias
aproximadamente 63 placas.
Para retirada das fôrmas, são
necessárias pequenas
pancadas.
Cisternas de placas de cimento
• Fabricação das placas e dos caibros.
A fabricação dos caibros é feita
com massa de concreto e com
vergalhão retorcido.
Fazer um molde de 6 x 6 x 6 cm
com comprimento de 1,66 m
Cisternas de placas de cimento
Fazer uma camada de concreto
entre 3 e 4 centímetros de
espessura na base;
Iniciar o assentamento das
placas, antes da base secar.
Traço: 3 latas de brita e 1 lata de cimento.
• Levantamento das paredes.
Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq
www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
Cisternas de placas de cimento
• Levantamento das paredes.
Cisternas de placas de cimento
• Levantamento das paredes.
Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq
www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
Cisternas de placas de cimento
• Levantamento das paredes.
Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq
www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
Cisternas de placas de cimento
• Montagem da cobertura.
Cisternas de placas de cimento
• Montagem da cobertura.
Cisternas de placas de cimento
• Montagem da cobertura.
Cisternas de placas de cimento
• Montagem da cobertura.
Cisternas de placas de cimento
• Montagem da cobertura.
Cisternas de placas de cimento
• Montagem da cobertura.
Cisternas de placas de cimento
• Colocação do sistema de captação e manejo de
água.
Cisternas de placas de cimento
• Principais vantagens:
– Ferramentas e materiais disponíveis em quase todos os locais
da zona rural;
– Muito eficaz para projetos que precisam de várias cisternas
em um curto espaço de tempo;
– Baixo custo de construção.
• Principais desvantagens:
– Tensões podem facilmente provocar fissuras na parede da
cisterna;
– Difícil detecção de vazamentos na parte sob a superfície.
Bibliografia recomendada
• Anais dos Simpósios Brasileiros de Captação e Manejo de Água
de Chuva – ABCMAC.
• Apresentação Técnica de Diferentes Tipos de Cisternas,
Construídas em Comunidades Rurais do Semi-árido Brasileiro.
Gnadlinger, J. 1997. In: I Simpósio Brasileiro de Captação e
Manejo de Água de Chuva. Petrolina – PE.
• Uma nova tecnologia de construção de cisternas usando como
estrutura básicas tela galvanizada de alambrado. Schistek, H.
2005. In: V Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água
de Chuva. Teresina – PI.
• Construindo a solidariedade no Semi-Árido: cisterna de placas
(manual). Cáritas Brasileira. Disponível em:
www.cliquesemiarido.org.br

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Construcaodecisternas rodolfo luiz bezerra nobreg

  • 1. Curso “Aproveitamento de água de chuva em cisternas para o semi-árido” Tema 3: Construção de cisternas 5 a 8 de maio de 2009 Rodolfo Luiz Bezerra Nóbrega Universidade Federal de Campina Grande Instituições Participantes: Financiadores:
  • 2. Objetivo Apresentar as técnicas de construção de cisternas mais utilizadas no Semi-Árido, destacando suas principais características e limitações. Arte: José Ivomar P. de Sá
  • 3. Roteiro • Cisternas de ferrocimento – Cisternas de tela e arame com fôrma – Cisternas de tela galvanizada de alambrado • Cisternas de tijolos e argamassa • Cisternas de placas de cimento Arte: José Ivomar P. de Sá Foto: Haroldo Schistek Foto: Dieter Bühne
  • 4. Cisternas de ferrocimento • Em 1824 o inglês Josef Aspin patenteou o Cimento Portland; • Em 1855 foi registrado o primeiro uso do ferrocimento pelo francês Lambot: um barco a remo. http://www.lystsejleren.dk/billeder/lambot_dingy_.gif
  • 5. Cisternas de ferrocimento Tela e arame com fôrma • Construída sob a superfície • Tem cerca de 2 metros de altura • A base precisa ser concretada • Chapas de aço plano (2 m x 1 m) • Fixação das chapas por cantoneiras e parafusos, em forma cilíndrica Foto: Haroldo Schistek Foto: Haroldo Schistek
  • 6. Cisternas de ferrocimento Tela e arame com fôrma • Primeiramente a forma é levantada e coberta com tela de arame • A tela de arame deve passar por debaixo da forma e cobrir uma largura de aproximadamente 50 cm no fundo da cisterna.Foto: Haroldo Schistek Foto: Haroldo Schistek • Depois de colocadas duas camadas de argamassa na parte exterior, a forma de aço é retirada, podendo ser reusada para construir outras cisternas. • O interior é rebocado duas vezes e depois coberto com nata de cimento.
  • 7. Roteiro • Cisternas de ferrocimento – Cisternas de tela e arame com fôrma – Cisternas de tela galvanizada de alambrado • Cisterna de tijolos e argamassa • Cisternas de placas de cimento Autoria: José Ivomar P. de Sá Foto: Haroldo Schistek Foto: Dieter Bühne
  • 8. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado • Malha de 5 x 15 cm • Arame de 3 mm de diâmetro • Resistência a ruptura de 65/70 kgf/mm² Procedimentos e imagens sobre este tipo de cisterna são de propriedade do IRPAA (www.irpaa.org.br).
  • 9. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado • O primeiro passo é a fabricação das placas de cobertura. O concreto precisa estar sempre úmido para atingir resistência
  • 10. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado
  • 11. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado Corte da tela conforme das dimensões da fôrma Alinhar a tela Nivelar a superfície
  • 12. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado Colocar a tela recortada sobre a argamassa ainda fresca e aplicar outra com argamassa Pressionar a segunda camada contra a de baixo, de modo a garantir uma união perfeita dessas duas camadas Traço: 3 latas de areia grossa e 1 lata de cimento
  • 13. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado
  • 14. • O raio da base deverá ter 1,59 metros; • Essa medida significa a distância do centro até as paredes da cisterna; Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado • Após nivelada a base de areia grossa , coloca-se uma camada de concreto. Traço: 4 latas de brita, 3 latas de areia lavada e 1 lata de cimento
  • 15. • Deve-se montar um cilindro com 10,20 metros de alambrado Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado • Dobra-se as extremidades com sobreposição de 20 cm
  • 16. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado • O contrapiso deve ser preenchido na parte externa.
  • 17. • Para manter o formato cilíndrico da tela de alambrado recomenda-se o uso de escoras; • Durante a colocação do contrapiso, deve-se deixar uma pequena cavidade, a cada metro, para posterior colocação das escoras. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado
  • 18. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado Os sacos precisam ser lavados para promover a remoção de substâncias hidrofóbicas, originadas do processo de fabricação.
  • 19. 1ª camada externa Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado Traço: 2 latas de areia grossa, 1 lata de areia média e 1 lata de cimento • Esta camada serva para fixar, estabilizar o conjunto tela de alambrado/sombrite; • Utiliza-se uma espátula flexível de nylon.
  • 20. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado Parede vista do lado de dentro, após a aplicação da primeira camada. Verificar se a argamassa penetrou bem na malha.
  • 21. Manter a superfície umedecida Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado Viabilizar acesso à área interna
  • 22. • Deve ser utilizada uma desempoladeira de aço para colocação da argamassa e uma de madeira para o alisamento; • Espessura da camada: 1 cm; • Deixar as pontas da tela de alambrado livres. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado 2ª camada externa
  • 23. • Se procede da mesma maneira que as camadas externas; • A espessura final da parede final será entre 4 e 5 cm; • Entre as aplicações de cada camada (interna ou externa) deverá ser dado um intervalo de uma noite (máximo de 12 horas). Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado 1ª e 2ª camadas internas
  • 24. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado No dia seguinte a colocação da última camada interna, colocar uma camada de 4 cm de argamassa no piso. Confeccionar uma junção da parede com o piso em formato “meia-lua”. No dia seguinte aplica-se no piso uma camada de nata de cimento.
  • 25. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado A superfície superior do disco precisa estar distante da borda super da cisterna 52 cm A colocação das placas deve ser realizada em sentidos opostos e deve ficar um espaço de aproximadamente 2,5 cm entre elas.
  • 26. Cisternas de ferrocimento Tela galvanizada de alambrado A cisterna pronta
  • 27. Cisternas de ferrocimento • Principais vantagens: – esse modo de construir assemelha-se à maneira de construir uma casa de taipa; – apropriado tanto para vários tipos de projetos de construção de cisternas; – escavação desnecessária e rápida construção • Principais desvantagens: – a proporção entre cimento, água e areia tem que ser respeitada rigorosamente; – as paredes não devem ressecar durante a obra e nas duas semanas seguintes; – a água aquece facilmente. Foto: Haroldo Schistek
  • 28. Roteiro • Cisternas de ferrocimento – Cisternas de tela e arame com fôrma – Cisternas de tela galvanizada de alambrado • Cisternas de tijolos e argamassa • Cisternas de placas de cimento Autoria: José Ivomar P. de Sá Foto: Haroldo Schistek Foto: Dieter Bühne
  • 29. Cisternas de tijolos e argamassa • Nesse contexto enquadram- se: – Cisternas de tijolos e cal; – Cisternas de alvenaria com elementos estruturais.
  • 30. Cisternas de tijolos e argamassa • Características: –Não possuem padrão definido; –Geralmente são totalmente subterrâneas; –Muito utilizadas em áreas urbanas.
  • 31. Cisternas de tijolos e argamassa • Principais vantagens: – Técnica de construção conhecida; – A construção pode ser interrompida; – Estrutura mais resistente a tensões. • Principais desvantagens: – Necessárias atividades de escavação; – Uso de aditivos para impermeabilização; – Construção mais demorada e onerosa; – Exige uma maior habilidade técnica dos pedreiros. Arte: José Ivomar P. de Sá
  • 32. Roteiro • Cisternas de ferrocimento – Cisternas de tela e arame com fôrma – Cisternas de tela galvanizada de alambrado • Cisternas de tijolos e argamassa • Cisternas de placas de cimento Autoria: José Ivomar P. de Sá Foto: Haroldo Schistek Foto: Dieter Bühne
  • 33. Cisternas de placas de cimento • Características: – Tipo de cisterna que tem sido mais construído no Semi-Árido Brasileiro; – Possui modelo padronizado e bem difundido: 16 m³; – Sua multiplicação foi motivada pela possibilidade de incluir a participação dos moradores na sua construção; – Idéia criada por um pedreiro do interior de Sergipe, há mais de 35 anos; – Possui metodologia de construção dividida em etapas bem definidas.
  • 34. Cisternas de placas de cimento • Etapas: – Diagnóstico e planejamento da obra; – Marcação e escavação do buraco; – Fabricação das placas e dos caibros; – Levantamento das paredes; – Montagem da cobertura; – Colocação do sistema de captação e manejo da água. http://www.fomezero.gov.br/noticias/imagens/imagens- noticias/arquivo-1/cisterna-brunospada.jpg Procedimentos e algumas imagens sobre este tipo de cisterna são de propriedade do CÁRITAS (www.caritas.org.br).
  • 35. Cisternas de placas de cimento • Diagnóstico e planejamento da obra: – Análise da eficiência do modelo de 16 m³ para as condições do local. http://www.sectma.pe.gov.br/Image/foto1.jpg
  • 36. Cisternas de placas de cimento • Marcação e escavação do buraco. Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
  • 37. Cisternas de placas de cimento • Marcação e escavação do buraco. Piso da cisterna visto de cima
  • 38. Cisternas de placas de cimento • Fabricação das placas e dos caibros. Utiliza-se colher de pedreiro e régua Traço: 4,5 latas de areia média para 1 lata de cimento
  • 39. Cisternas de placas de cimento • Fabricação das placas e dos caibros. Para a cisterna de 16 m³ são aproximadamente necessárias aproximadamente 63 placas. Para retirada das fôrmas, são necessárias pequenas pancadas.
  • 40. Cisternas de placas de cimento • Fabricação das placas e dos caibros. A fabricação dos caibros é feita com massa de concreto e com vergalhão retorcido. Fazer um molde de 6 x 6 x 6 cm com comprimento de 1,66 m
  • 41. Cisternas de placas de cimento Fazer uma camada de concreto entre 3 e 4 centímetros de espessura na base; Iniciar o assentamento das placas, antes da base secar. Traço: 3 latas de brita e 1 lata de cimento. • Levantamento das paredes. Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
  • 42. Cisternas de placas de cimento • Levantamento das paredes.
  • 43. Cisternas de placas de cimento • Levantamento das paredes. Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
  • 44. Cisternas de placas de cimento • Levantamento das paredes. Projeto Cisternas – MCT/FINEP/CNPq www.hidro.ufcg.edu.br/cisternas
  • 45. Cisternas de placas de cimento • Montagem da cobertura.
  • 46. Cisternas de placas de cimento • Montagem da cobertura.
  • 47. Cisternas de placas de cimento • Montagem da cobertura.
  • 48. Cisternas de placas de cimento • Montagem da cobertura.
  • 49. Cisternas de placas de cimento • Montagem da cobertura.
  • 50. Cisternas de placas de cimento • Montagem da cobertura.
  • 51. Cisternas de placas de cimento • Colocação do sistema de captação e manejo de água.
  • 52. Cisternas de placas de cimento • Principais vantagens: – Ferramentas e materiais disponíveis em quase todos os locais da zona rural; – Muito eficaz para projetos que precisam de várias cisternas em um curto espaço de tempo; – Baixo custo de construção. • Principais desvantagens: – Tensões podem facilmente provocar fissuras na parede da cisterna; – Difícil detecção de vazamentos na parte sob a superfície.
  • 53. Bibliografia recomendada • Anais dos Simpósios Brasileiros de Captação e Manejo de Água de Chuva – ABCMAC. • Apresentação Técnica de Diferentes Tipos de Cisternas, Construídas em Comunidades Rurais do Semi-árido Brasileiro. Gnadlinger, J. 1997. In: I Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva. Petrolina – PE. • Uma nova tecnologia de construção de cisternas usando como estrutura básicas tela galvanizada de alambrado. Schistek, H. 2005. In: V Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva. Teresina – PI. • Construindo a solidariedade no Semi-Árido: cisterna de placas (manual). Cáritas Brasileira. Disponível em: www.cliquesemiarido.org.br