Discussão de Caso
Adolescente com caroço
no pescoço
INTERNA: BIANCA LAZARINI FORREQUE
PROFª: BETH
FACULDADE DE MEDICINA – UFF – 2014
Caso Clínico
DJCF, masculino, pardo, 12 anos, natural da zona rural de Itaperuna (onde permaneceu até 3
meses atrás) e morador de São Gonçalo.
Mãe: I.B.C., 36 anos, parda, do lar.
QP: “Caroço no pescoço”.
Anamnese
HDA: A mãe do adolescente relata que o paciente apresenta quadro de tumefação cervical
bilateral de seis meses de evolução. De acordo com a informante, os “caroços” iniciaram com o
tamanho pequeno e progrediram desde então. O motivo do comparecimento para consulta
médica foi a preocupação da mãe com o tamanho significativo das lesões e com a presença de
secreção amarelada em uma das lesões cervicais. O paciente vem apresentando nos últimos três
meses cerca de 1-2 picos febris diários (38,2ºC - 38,5ºC), geralmente no final do dia. Nega
emagrecimento desde o início do quadro. O paciente veio encaminhado do Ambulatório de
Adolescentes do HUAP para a investigação diagnóstica.
HPP: Passado de duas internações (aos 8 e aos 10 anos de idade) para investigação de quadro
pulmonar, sem diagnóstico na ocasião. Apresentou varicela aos três meses de vida e herpes
zoster em coxa direita (dois dermátomos) aos nove anos de idade. Tem passado de “chieira
torácica”, sempre tratado ambulatorialmente. Nega alergias e/ou traumatismos.
Anamnese
HG: G VII P VI A I (espontâneo)
HN: Parto vaginal, a termo, domiciliar.
Peso: 3,85 kg – Comprimento: 50 cm – PC: 35,5 cm – Apgar: ? / ?
Ps: dados obtidos após a admissão da criança no pós-parto na maternidade. Recebeu alta com 48h de
vida, em aleitamento materno exclusivo.
HD: Sustentou a cabeça com 2 meses; sentou com apoio aos 5 meses; rolou com 6 meses e sentou
sem apoio aos 7 meses; balbuciou desde os 9 meses; engatinhou aos 10 meses; e anda com apoio
desde os 12 meses.
HA: Recebeu aleitamento materno exclusivo por seis meses, sendo iniciada nesta data a
complementação com papa de frutas e aos oito meses iniciada a papa de legumes. Amamentação por
um período total de dois anos. Alimentação atual: cardápio familiar.
Anamnese
HV: Mãe não sabe informar sobre as vacinas. Alega que, como tinha muitas crianças, não
conseguia levá-las todas para receber vacinas. Não trouxe o cartão de vacinas do adolescente.
HF: Pai auxiliar de serviços gerais, tabagista e com história de tosse crônica, há cerca de 6
meses; escolaridade: 1ª série do 1º grau. Mãe saudável, escolaridade: 2ª série do 1º grau. Cinco
irmãos hígidos.
HS: residem atualmente (há 3 meses) em casa de alvenaria com 4 cômodos, água tratada e
sem rede de esgoto. Pais casados, com contexto familiar tranquilo. Contato com cães e gatos no
domicílio. Até 3 meses atrás moravam na zona rural de Itaperuna, onde tinha contato freqüente
com pombos, cães e gatos.
Exame Físico
Peso: 45,8 kg * Estatura: 152 cm * Tax: 36,6ºC * Tanner: G2P2 * FC: 84 bpm * FR: 22 irpm * PA: 110x70 mmHg
Ectoscopia: Bom estado geral, tranquilo ao exame. Hipocorado +/4+, hidratado, eupneico, afebril e com boa
perfusão periférica. Ausência de cicatriz da vacina BCG.
Cabeça e pescoço: presença de volumosa tumefação cervical bilateral, mais importante à direita, sem
limites precisos, de consistência endurecida, bem aderida ao planos profundos. Presença de secreção
amarelada em região cervical direita, no local da tumefação.
AR: MVUA sem ruídos adventícios
ACV: RCR em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. Pulsos cheios e perfusão capilar imediata.
Abdome: atípico, peristáltico, flácido, aparentemente indolor à palpação superficial e profunda. Fígado a
3cm do RCD. Baço a 2cm do RCE.
Membros: pulsos periféricos palpáveis, com boa amplitude. Sem edema de MMII.
Lista de Problemas
1) Adenomegalia
◦ Cervical bilateral
◦ Crônica
◦ Sem limites precisos
◦ Endurecida
◦ Aderida aos planos profundos
◦ Fistulizada
◦ Crescimento progressivo
5) História de Varicela e Herpes Zoster (Epstein-
Barr virus)
6) Sem cicatriz da BCG e sem carteira vacinal
7) Familiar com história de tosse crônica há 6
meses
8) Ex-morador de zona rural
9) Hepatoesplenomegalia
2) Febre vespertina (intermitente)
3) Hipocorado
4) História de internação por quadro
pulmonar sem diagnóstico
Adenomegalia
na Pediatria
Adenomegalia na Infância
◦ O aumento de linfonodos é um achado comum na infância;
◦ A resposta linfóide é mais exacerbada;
◦ Regional (infecção localizada) x Generalizada (doença sistêmica);
◦ As adenomegalias têm origem benigna na maioria dos casos;
◦ Apenas uma minoria de casos representa patologias graves.
Gânglios
◦ Não costumam ser palpados em recém-nascidos.
◦ Pré-escolares e escolares normalmente tem gânglios palpáveis.
◦ Cervicais, axilares,e inguinais são frequentemente palpáveis na infância.
◦ Não são considerados aumentados se não excederem 1cm (cervical e axilar) ou 1,5 cm
(inguinal).
◦ Supraclaviculares, epitrocleares, poplíteos, mediastínicos e abdominais normalmente não são
palpáveis.
Fisiopatologia
◦ Por que os gânglios aumentam?
◦ Proliferação de linfócitos, histiócitos e outras células intrínsecas do
linfonodo
◦ Infiltração de células extrínsecas
Causas
◦ A maioria dos casos associa-se:
◦ 1) Ao crescimento normal do tecido linfóide
◦ 2) A processo reativo de doenças benignas e autolimitadas.
◦ Ocasionalmente deve-se a:
◦ 1) Neoplasias
◦ 2) Auto-imunidade
◦ 3) Distúrbio metabólico
Importância da Anamnese
e do Exame Físico
Evolução
Lateralidade
Tamanho
Sintomas
associados
Agudo x Crônico
Unilateral x Bilateral
Cresceu? Diminuiu?
Dor, Perda de peso, Febre, Artralgia, Rash cutâneo, Conjuntivite...
Contato com
pessoas
doentes
Infecções respiratórias virais (rhinovirus, adenovirus)
CMV, EBV, Streptococcus B-hemolítico grupo A
Tuberculose
Infecção
Alimentar
Leite não pasteurizado (Brucelose, M. Bovis)
Carne mal cozida (Toxoplasmose)
Problemas
dentários
Anaeróbios
Lesão na
Pele
Exposição
Animal
Carteira de
Vacinação
Arranhadura do gato
Staphylococcus aureus
Strepto B-hem do grupo A
Gatos – Arranhadura do gato; Toxoplasmose
Caprinos – Brucelose
Difteria
Sarampo
Rubéola
Medicações
Fenitoína
Carbamazepina
Localização
Geográfica
Ou Viagens
Tuberculose
Paracoccidioidomicose
Exame Físico
Geral
(Desnutrição ou
Déficit de
crescimento)
Tuberculose
Malignidade
Imunodeficiência
Cadeias
Linfonodais
Única – Localizada
Múltiplas e não contíguas – Generalizada
Linfonodos
Palpáveis
(Pesquisa
obrigatória)
Medir tamanho – Importante para comparações futuras!
Flogose
Mobilidade
Consistência
Fistúla
Descrição Linfonodal
Linfonodos
Reativos
Pequenos
Móveis
Múltiplos
Fibroelásticos
Linfonodos
Infectados
Linfonodos
Malignos
Duros
Fixos e/ou Aderidos
Pouca mobilidade
Isolados
Únicos
Assimétricos
Sinais Flogísticos
Flutuação
Menor mobilidade
Quando Biopsiar?
o Linfonodos maiores que 3 cm, presentes por
mais de seis semanas;
o Linfonodos maiores que 3 cm que continuam
crescendo após dois meses; massas
ganglionares com linfonodos endurecidos e
confluentes;
o Linfonodos supraclaviculares.
Lembre-se que o
linfonodo deve ser
completamente
retirado, inclusive
sua cápsula!
Principais causas
◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica
◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose)
◦ Infecção viral: EBV, CMV
◦ Doença da arranhadura do gato
◦ Toxoplasmose
◦ Linfoma
◦ Doença de Kawasaki
◦ Paracoccidioidomicise
 Adenomegalia cervical fistulizada;
 Febre vespertina;
 Quadro pulmonar prévio;
 Sem cicatriz de BCG;
 Familiar com tosse crônica;
 Herpes Zoster (imunossupressão?)
 Morava em zona rural;
 Hepatoesplenomegalia
Principais causas
◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica
◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose)
◦ Infecção viral: EBV, CMV
◦ Doença da arranhadura do gato
◦ Toxoplasmose
◦ Linfoma
◦ Doença de Kawasaki
◦ Paracoccidioidomicise
 Adenomegalia cervical;
 Febre;
 Hepatoesplenomegalia
 Contato com animais;
 Morava em zona rural;
Principais causas
◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica
◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose)
◦ Infecção viral: EBV, CMV
◦ Doença da arranhadura do gato
◦ Toxoplasmose
◦ Linfoma
◦ Doença de Kawasaki
◦ Paracoccidioidomicise
 Adenomegalia cervical
endurecida, aderida a
planos profundos e de
crescimento progressivo;
 Febre;
 Hepatoesplenomegalia
Principais causas
◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica
◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose)
◦ Infecção viral: EBV, CMV
◦ Doença da arranhadura do gato
◦ Toxoplasmose
◦ Linfoma
◦ Doença de Kawasaki
◦ Paracoccidioidomicise
 Linfadenomegalia
fistulizada;
 Hepatoesplenomegalia;
 Febre;
 Morava em Zona Rural;
Hipóteses Diagnósticas
◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose)
◦ Doença da Arranhadura do Gato
◦ Paracoccidioidomicose
◦ Linfoma
Tuberculose
◦ Bacilo aeróbico Mycobacterium
tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK);
◦ 1,3 milhões novos casos ocorrem em
crianças de menos de 15 anos nos
países em desenvolvimento (dados de
2006)
◦ Transmissão
◦ Inalação dos bacilos (perdigoto)
Tuberculose Ganglionar na Infância
◦ Epidemiologia
◦ 43% das linfadenopatias periféricas nos países em desenvolvimento
◦ Aumento com epidemia de HIV (ocorre em 60% das coinfecções TB + HIV)
◦ Divisão:
◦ Periférica
◦ Mediastinal
◦ Intra-abdominal
◦ Patogênese
◦ Reativação
◦ Disseminação
Tuberculose Ganglionar na Infância
◦ Manifestações clínicas no envolvimento cervical:
◦ Aumento do gânglio ( firme/ indolor/ fixos/ unilateral )
◦ A pele sobrejacente pode estar endurecida
◦ Fistulização
◦ Escrófula
◦ Manifestações clínicas em HIV+
◦ Febre
◦ Sudorese
◦ Perda de peso
Tuberculose Ganglionar na Infância
◦ Diagnóstico:
◦ Radiografia de Tórax
◦ USG, TC e/ou RNM do pescoço – avaliação dos gânglios profundos
◦ PPD
◦ PAAF: maior linfonodo palpável ou com flutuação;
◦ Baciloscopia direta
◦ Cultura
◦ Citologia
◦ PCR
◦ Se PAAF inconclusivo: biópsia excisional do linfonodo.
Tuberculose Ganglionar na Infância
◦ Tratamento:
Formas Severas de tuberculose extra-pulmonar
(exceto TB meníngea e TB osteoarticular)
Fase Intensiva (2 meses)
Rifampicina
Isoniazida
Pirametamina
Etambutol
Fase de Manutenção (4 meses)
Isoniazida
Rifampicina
Doença da Arranhadura do Gato
◦ Etiologia
◦ Bartonella henselae é o agente na maioria dos casos;
◦ Inoculação direta por contato com gato;
◦ Manifestação Clínica:
Eritema e vesícula
(no local de inoculação)
Pápula ou pústula: de 3-10 dias por até 3 semanas
Linfonodomegalia dolorosa que supura:
7 semanas por até 4 meses.
(cabeça, região cervical e membros superiores)
Conjuntivite
+
Adenite ipsilateral
(submandibular
ou periauricular)
Síndrome
de Parinaud
Doença da Arranhadura do Gato
◦Diagnóstico (Critérios):
• História de contato positiva
• Investigação laboratorial negativa
para outras causas
• Hemograma – leucocitose leve ou
moderada; eosinofilia pode ocorrer.
• Teste cutâneo – é considerado +
quando há induração maior ou igual
a 5mm, após 72h.
• Sorologia – teste ELISA IgM e
Imunofluorescência Indireta.
• Cultura bacteriológica – isolamento
em cultura não é fácil, nem
rotineiro.
• Histopatologia – biópsia de
linfonodo para afastar outras
doenças.
Doença da Arranhadura do Gato
◦Tratamento:
Suporte
Drenagem
Eritromicina (40 mg/kg/dia)
– VO – 10 a 14 diasNão está
indicado em
casos leves ou
moderados!*
* Salvo imunocomprometidos
Paracoccidioidomicose
◦ Transmissão:
◦ Inalação de partículas infectantes (conídios), dispersos na
natureza e através de ferimentos cutâneos.
◦ Etiologia:
◦ Paracoccidioides brasiliensis
◦ Em crianças e adolescentes (forma juvenil)
Forma aguda ou subaguda
◦ Fonte de Infecção:
◦ Manejo do solo contaminado com o fungo.
Paracoccidioidomicose
◦ Quadro Clínico da forma
Aguda/Subaguda:
◦ Linfadenomegalia ( não é raro fistulizar )
◦ Manifestações digestivas
◦ Hepatoesplenomegalia
◦ Envolvimento ósteo-articular
◦ Lesões cutâneas
Paracoccidioidomicose
◦ Diagnóstico:
◦ Pesquisa direta do fungo ou cultura do escarro – aspirado linfonodal ou raspados das lesões
cutâneas;
◦ Exame histológico (biópsias: pulmonar, linfonodal, cutânea)
◦ Sorologia
◦ Tratamento:
Itraconazol
Sulfametoxazol/
Trimetropim Anfotericina BOU OU
Linfoma
◦ 3ª doença maligna mais comum na infância;
◦ Dividido em:
◦ Doença de Hodgkin
◦ LNH (Burkitt – EBV)
◦ Quadro clínico:
◦ Linfonodo indolor/ firme (cervical ou supraclavicular)
◦ Sintomas B: febre; sudorese noturna; perda ponderal
Linfoma
◦ Diagnóstico:
De tecido ou
fluido pleural/
peritoneal
Hemograma
VHS
Eletrólitos
Cálcio
Fósforo
LDH
Ácido úrico
Laboratório:
Radiografia de
tórax
– observar
gânglios
torácicos
Imagem:Biópsia:
Linfoma
◦ Estadiamento:
◦ Ann Arbor (local do linfonodo e órgão extralinfático)
◦ Tratamento:
◦ Quimioterapia e Radioterapia
Obrigada!

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Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"

  • 1. Discussão de Caso Adolescente com caroço no pescoço INTERNA: BIANCA LAZARINI FORREQUE PROFª: BETH FACULDADE DE MEDICINA – UFF – 2014
  • 2. Caso Clínico DJCF, masculino, pardo, 12 anos, natural da zona rural de Itaperuna (onde permaneceu até 3 meses atrás) e morador de São Gonçalo. Mãe: I.B.C., 36 anos, parda, do lar. QP: “Caroço no pescoço”.
  • 3. Anamnese HDA: A mãe do adolescente relata que o paciente apresenta quadro de tumefação cervical bilateral de seis meses de evolução. De acordo com a informante, os “caroços” iniciaram com o tamanho pequeno e progrediram desde então. O motivo do comparecimento para consulta médica foi a preocupação da mãe com o tamanho significativo das lesões e com a presença de secreção amarelada em uma das lesões cervicais. O paciente vem apresentando nos últimos três meses cerca de 1-2 picos febris diários (38,2ºC - 38,5ºC), geralmente no final do dia. Nega emagrecimento desde o início do quadro. O paciente veio encaminhado do Ambulatório de Adolescentes do HUAP para a investigação diagnóstica. HPP: Passado de duas internações (aos 8 e aos 10 anos de idade) para investigação de quadro pulmonar, sem diagnóstico na ocasião. Apresentou varicela aos três meses de vida e herpes zoster em coxa direita (dois dermátomos) aos nove anos de idade. Tem passado de “chieira torácica”, sempre tratado ambulatorialmente. Nega alergias e/ou traumatismos.
  • 4. Anamnese HG: G VII P VI A I (espontâneo) HN: Parto vaginal, a termo, domiciliar. Peso: 3,85 kg – Comprimento: 50 cm – PC: 35,5 cm – Apgar: ? / ? Ps: dados obtidos após a admissão da criança no pós-parto na maternidade. Recebeu alta com 48h de vida, em aleitamento materno exclusivo. HD: Sustentou a cabeça com 2 meses; sentou com apoio aos 5 meses; rolou com 6 meses e sentou sem apoio aos 7 meses; balbuciou desde os 9 meses; engatinhou aos 10 meses; e anda com apoio desde os 12 meses. HA: Recebeu aleitamento materno exclusivo por seis meses, sendo iniciada nesta data a complementação com papa de frutas e aos oito meses iniciada a papa de legumes. Amamentação por um período total de dois anos. Alimentação atual: cardápio familiar.
  • 5. Anamnese HV: Mãe não sabe informar sobre as vacinas. Alega que, como tinha muitas crianças, não conseguia levá-las todas para receber vacinas. Não trouxe o cartão de vacinas do adolescente. HF: Pai auxiliar de serviços gerais, tabagista e com história de tosse crônica, há cerca de 6 meses; escolaridade: 1ª série do 1º grau. Mãe saudável, escolaridade: 2ª série do 1º grau. Cinco irmãos hígidos. HS: residem atualmente (há 3 meses) em casa de alvenaria com 4 cômodos, água tratada e sem rede de esgoto. Pais casados, com contexto familiar tranquilo. Contato com cães e gatos no domicílio. Até 3 meses atrás moravam na zona rural de Itaperuna, onde tinha contato freqüente com pombos, cães e gatos.
  • 6. Exame Físico Peso: 45,8 kg * Estatura: 152 cm * Tax: 36,6ºC * Tanner: G2P2 * FC: 84 bpm * FR: 22 irpm * PA: 110x70 mmHg Ectoscopia: Bom estado geral, tranquilo ao exame. Hipocorado +/4+, hidratado, eupneico, afebril e com boa perfusão periférica. Ausência de cicatriz da vacina BCG. Cabeça e pescoço: presença de volumosa tumefação cervical bilateral, mais importante à direita, sem limites precisos, de consistência endurecida, bem aderida ao planos profundos. Presença de secreção amarelada em região cervical direita, no local da tumefação. AR: MVUA sem ruídos adventícios ACV: RCR em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros. Pulsos cheios e perfusão capilar imediata. Abdome: atípico, peristáltico, flácido, aparentemente indolor à palpação superficial e profunda. Fígado a 3cm do RCD. Baço a 2cm do RCE. Membros: pulsos periféricos palpáveis, com boa amplitude. Sem edema de MMII.
  • 7. Lista de Problemas 1) Adenomegalia ◦ Cervical bilateral ◦ Crônica ◦ Sem limites precisos ◦ Endurecida ◦ Aderida aos planos profundos ◦ Fistulizada ◦ Crescimento progressivo 5) História de Varicela e Herpes Zoster (Epstein- Barr virus) 6) Sem cicatriz da BCG e sem carteira vacinal 7) Familiar com história de tosse crônica há 6 meses 8) Ex-morador de zona rural 9) Hepatoesplenomegalia 2) Febre vespertina (intermitente) 3) Hipocorado 4) História de internação por quadro pulmonar sem diagnóstico
  • 9. Adenomegalia na Infância ◦ O aumento de linfonodos é um achado comum na infância; ◦ A resposta linfóide é mais exacerbada; ◦ Regional (infecção localizada) x Generalizada (doença sistêmica); ◦ As adenomegalias têm origem benigna na maioria dos casos; ◦ Apenas uma minoria de casos representa patologias graves.
  • 10. Gânglios ◦ Não costumam ser palpados em recém-nascidos. ◦ Pré-escolares e escolares normalmente tem gânglios palpáveis. ◦ Cervicais, axilares,e inguinais são frequentemente palpáveis na infância. ◦ Não são considerados aumentados se não excederem 1cm (cervical e axilar) ou 1,5 cm (inguinal). ◦ Supraclaviculares, epitrocleares, poplíteos, mediastínicos e abdominais normalmente não são palpáveis.
  • 11. Fisiopatologia ◦ Por que os gânglios aumentam? ◦ Proliferação de linfócitos, histiócitos e outras células intrínsecas do linfonodo ◦ Infiltração de células extrínsecas
  • 12. Causas ◦ A maioria dos casos associa-se: ◦ 1) Ao crescimento normal do tecido linfóide ◦ 2) A processo reativo de doenças benignas e autolimitadas. ◦ Ocasionalmente deve-se a: ◦ 1) Neoplasias ◦ 2) Auto-imunidade ◦ 3) Distúrbio metabólico
  • 13. Importância da Anamnese e do Exame Físico
  • 14. Evolução Lateralidade Tamanho Sintomas associados Agudo x Crônico Unilateral x Bilateral Cresceu? Diminuiu? Dor, Perda de peso, Febre, Artralgia, Rash cutâneo, Conjuntivite... Contato com pessoas doentes Infecções respiratórias virais (rhinovirus, adenovirus) CMV, EBV, Streptococcus B-hemolítico grupo A Tuberculose Infecção Alimentar Leite não pasteurizado (Brucelose, M. Bovis) Carne mal cozida (Toxoplasmose) Problemas dentários Anaeróbios
  • 15. Lesão na Pele Exposição Animal Carteira de Vacinação Arranhadura do gato Staphylococcus aureus Strepto B-hem do grupo A Gatos – Arranhadura do gato; Toxoplasmose Caprinos – Brucelose Difteria Sarampo Rubéola Medicações Fenitoína Carbamazepina Localização Geográfica Ou Viagens Tuberculose Paracoccidioidomicose
  • 16. Exame Físico Geral (Desnutrição ou Déficit de crescimento) Tuberculose Malignidade Imunodeficiência Cadeias Linfonodais Única – Localizada Múltiplas e não contíguas – Generalizada Linfonodos Palpáveis (Pesquisa obrigatória) Medir tamanho – Importante para comparações futuras! Flogose Mobilidade Consistência Fistúla
  • 17. Descrição Linfonodal Linfonodos Reativos Pequenos Móveis Múltiplos Fibroelásticos Linfonodos Infectados Linfonodos Malignos Duros Fixos e/ou Aderidos Pouca mobilidade Isolados Únicos Assimétricos Sinais Flogísticos Flutuação Menor mobilidade
  • 18. Quando Biopsiar? o Linfonodos maiores que 3 cm, presentes por mais de seis semanas; o Linfonodos maiores que 3 cm que continuam crescendo após dois meses; massas ganglionares com linfonodos endurecidos e confluentes; o Linfonodos supraclaviculares. Lembre-se que o linfonodo deve ser completamente retirado, inclusive sua cápsula!
  • 19. Principais causas ◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica ◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose) ◦ Infecção viral: EBV, CMV ◦ Doença da arranhadura do gato ◦ Toxoplasmose ◦ Linfoma ◦ Doença de Kawasaki ◦ Paracoccidioidomicise  Adenomegalia cervical fistulizada;  Febre vespertina;  Quadro pulmonar prévio;  Sem cicatriz de BCG;  Familiar com tosse crônica;  Herpes Zoster (imunossupressão?)  Morava em zona rural;  Hepatoesplenomegalia
  • 20. Principais causas ◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica ◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose) ◦ Infecção viral: EBV, CMV ◦ Doença da arranhadura do gato ◦ Toxoplasmose ◦ Linfoma ◦ Doença de Kawasaki ◦ Paracoccidioidomicise  Adenomegalia cervical;  Febre;  Hepatoesplenomegalia  Contato com animais;  Morava em zona rural;
  • 21. Principais causas ◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica ◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose) ◦ Infecção viral: EBV, CMV ◦ Doença da arranhadura do gato ◦ Toxoplasmose ◦ Linfoma ◦ Doença de Kawasaki ◦ Paracoccidioidomicise  Adenomegalia cervical endurecida, aderida a planos profundos e de crescimento progressivo;  Febre;  Hepatoesplenomegalia
  • 22. Principais causas ◦ Infecção orofaríngea: viral, estreptocócica do grupo A, estafilocócica ◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose) ◦ Infecção viral: EBV, CMV ◦ Doença da arranhadura do gato ◦ Toxoplasmose ◦ Linfoma ◦ Doença de Kawasaki ◦ Paracoccidioidomicise  Linfadenomegalia fistulizada;  Hepatoesplenomegalia;  Febre;  Morava em Zona Rural;
  • 23. Hipóteses Diagnósticas ◦ Linfadenite micobacteriana (tuberculose) ◦ Doença da Arranhadura do Gato ◦ Paracoccidioidomicose ◦ Linfoma
  • 24. Tuberculose ◦ Bacilo aeróbico Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK); ◦ 1,3 milhões novos casos ocorrem em crianças de menos de 15 anos nos países em desenvolvimento (dados de 2006) ◦ Transmissão ◦ Inalação dos bacilos (perdigoto)
  • 25. Tuberculose Ganglionar na Infância ◦ Epidemiologia ◦ 43% das linfadenopatias periféricas nos países em desenvolvimento ◦ Aumento com epidemia de HIV (ocorre em 60% das coinfecções TB + HIV) ◦ Divisão: ◦ Periférica ◦ Mediastinal ◦ Intra-abdominal ◦ Patogênese ◦ Reativação ◦ Disseminação
  • 26. Tuberculose Ganglionar na Infância ◦ Manifestações clínicas no envolvimento cervical: ◦ Aumento do gânglio ( firme/ indolor/ fixos/ unilateral ) ◦ A pele sobrejacente pode estar endurecida ◦ Fistulização ◦ Escrófula ◦ Manifestações clínicas em HIV+ ◦ Febre ◦ Sudorese ◦ Perda de peso
  • 27. Tuberculose Ganglionar na Infância ◦ Diagnóstico: ◦ Radiografia de Tórax ◦ USG, TC e/ou RNM do pescoço – avaliação dos gânglios profundos ◦ PPD ◦ PAAF: maior linfonodo palpável ou com flutuação; ◦ Baciloscopia direta ◦ Cultura ◦ Citologia ◦ PCR ◦ Se PAAF inconclusivo: biópsia excisional do linfonodo.
  • 28. Tuberculose Ganglionar na Infância ◦ Tratamento: Formas Severas de tuberculose extra-pulmonar (exceto TB meníngea e TB osteoarticular) Fase Intensiva (2 meses) Rifampicina Isoniazida Pirametamina Etambutol Fase de Manutenção (4 meses) Isoniazida Rifampicina
  • 29. Doença da Arranhadura do Gato ◦ Etiologia ◦ Bartonella henselae é o agente na maioria dos casos; ◦ Inoculação direta por contato com gato; ◦ Manifestação Clínica: Eritema e vesícula (no local de inoculação) Pápula ou pústula: de 3-10 dias por até 3 semanas Linfonodomegalia dolorosa que supura: 7 semanas por até 4 meses. (cabeça, região cervical e membros superiores)
  • 31. Doença da Arranhadura do Gato ◦Diagnóstico (Critérios): • História de contato positiva • Investigação laboratorial negativa para outras causas • Hemograma – leucocitose leve ou moderada; eosinofilia pode ocorrer. • Teste cutâneo – é considerado + quando há induração maior ou igual a 5mm, após 72h. • Sorologia – teste ELISA IgM e Imunofluorescência Indireta. • Cultura bacteriológica – isolamento em cultura não é fácil, nem rotineiro. • Histopatologia – biópsia de linfonodo para afastar outras doenças.
  • 32. Doença da Arranhadura do Gato ◦Tratamento: Suporte Drenagem Eritromicina (40 mg/kg/dia) – VO – 10 a 14 diasNão está indicado em casos leves ou moderados!* * Salvo imunocomprometidos
  • 33. Paracoccidioidomicose ◦ Transmissão: ◦ Inalação de partículas infectantes (conídios), dispersos na natureza e através de ferimentos cutâneos. ◦ Etiologia: ◦ Paracoccidioides brasiliensis ◦ Em crianças e adolescentes (forma juvenil) Forma aguda ou subaguda ◦ Fonte de Infecção: ◦ Manejo do solo contaminado com o fungo.
  • 34. Paracoccidioidomicose ◦ Quadro Clínico da forma Aguda/Subaguda: ◦ Linfadenomegalia ( não é raro fistulizar ) ◦ Manifestações digestivas ◦ Hepatoesplenomegalia ◦ Envolvimento ósteo-articular ◦ Lesões cutâneas
  • 35. Paracoccidioidomicose ◦ Diagnóstico: ◦ Pesquisa direta do fungo ou cultura do escarro – aspirado linfonodal ou raspados das lesões cutâneas; ◦ Exame histológico (biópsias: pulmonar, linfonodal, cutânea) ◦ Sorologia ◦ Tratamento: Itraconazol Sulfametoxazol/ Trimetropim Anfotericina BOU OU
  • 36. Linfoma ◦ 3ª doença maligna mais comum na infância; ◦ Dividido em: ◦ Doença de Hodgkin ◦ LNH (Burkitt – EBV) ◦ Quadro clínico: ◦ Linfonodo indolor/ firme (cervical ou supraclavicular) ◦ Sintomas B: febre; sudorese noturna; perda ponderal
  • 37. Linfoma ◦ Diagnóstico: De tecido ou fluido pleural/ peritoneal Hemograma VHS Eletrólitos Cálcio Fósforo LDH Ácido úrico Laboratório: Radiografia de tórax – observar gânglios torácicos Imagem:Biópsia:
  • 38. Linfoma ◦ Estadiamento: ◦ Ann Arbor (local do linfonodo e órgão extralinfático) ◦ Tratamento: ◦ Quimioterapia e Radioterapia