Dr Flávio Ribeiro Dantas de Aguiar
Regulação do volume e composição dos fluidos; Excreção de produtos do metabolismo; Produção de enzimas e hormônios (Eritropoietina 1,25-diidroxivitamina D – calcitriol, Renina) Função tubular Reabsorção Secreção Túbulo proximal,  alça de henle ( mecanismo de contracorrente e concentração urinária, bomba Na-k-2Cl),  tubulo distal e coletor
 
CLEARANCE –  taxa de clareamento plasmático pelos rins em determinado tempo Melhor medida da função ( somatório das taxas de filtração  de  todos os  2 milhões de néfrons); Filtramos  180 litros = 2-3 litros de urina Não informa causa da disfunção  Ex 1: homem 40 anos Cr=1 RFG=120, Cr=2 RFG=42, Cr=3 RFG 23 = Pequenas variações significam grandes reduções Ex 2: homem 60 anos, 72kg, choque cardiogênico, cr=1,5 na admissão, anúrico há 12h ( RFG=0) mas o estimado 50mL/min = nos casos de IRA grave, não há tempo para creatinina acumular e refletir a realidade
Boa correlação entre o nível sérico, RFG e ClCr por isso o uso como sinônimo da função renal; Dissociação entre Cr e RFG – fatores que interferem na produção, secreção tubular  ou dosagem  PRODUÇÃO Aumento da produção: negros, atléticos, carne, suplementos, rabdomiólise Diminuição: mulheres, envelhecimento, dieta vegetariana, amputação, caquexia Sem influência: obesidade SECREÇÃO Secreção tubular = 15% da Cr U é da secreção e pode chegar a 50% na disfunção avançada ( superestimação do Cl) Pequenos aumentos da creatinina devem ser valorizados Cimetidina e trimetropima reduzem a secreção tubular MÉTODO Reação de Jaffé - Picrato alcalino (colorimétrico) – pode reconhecer outras substâncias como acetoacetato , cefoxitina, flucitosina, bilirrubina.
IRA em suporte dialítico estiver na fase de recuperação da função renal com débito maior que 30mL/h Ajuste das doses ou do intervalo de administração das drogas com excreção renal principalmente  ANTIBIÓTICOS
Aminas dos aminoácidos em excesso é convertida em uréia, uma via de excreção de NH4+  ( produto final do catabolismo protéico processado pelo fígado) É livremente filtrada e 50% reabsorvida passivamente (TCP) Produção não é constante e influenciada pela dieta, fatores catabólicos ( trauma, corticóide, lise tumoral, hemorragia digestiva) Doença hepática e SIADH reduzem a Uréia * Desidratação= reabsorção de água e sódio e tb da uréia = aumenta a uréia sérica
Série de substâncias nitrogenadas com peso <500 dáltons derivadas do metabolismo protéico com suposto efeito tóxico ex.: ácido guanidinosuccínico inibe a atividade plaquetária induzida pelo ADP Outros: Peptídeos e pequenas proteínas  (b2microglobulina), fenóis, aminas alifáticas, furanos, polióis, nucleosídeos, oxalato etc
Digestivas  : inapetência, náuseas, vômitos incoercíveis, soluços, sangramento digestivo Cardiorrespiratórias  : dispnéia, edema, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, EAP, arritmias, pericardite Neurológicas  : sonolência, tremores, agitação, convulsão, coma Hematológicos  : sangramentos, anemia Imunológicas  : depressão imunológica, infecções Nutricionais  : catabolismo aumentado, balanço nitrogenado negativo, perda massa muscular Cutânea  : prurido
Uma das funções é  reabsorver  sódio e volume  FENa = UNa/ PNa / Ucr/ Pcr Influencia: dieta, diuréticos IRA pré renal temos FENa <1% IRA por NTA FENa>1% Podemos usar a uréia FEU<35% indica que o túbulo está preservado.
Na desidratação rins conservam água e podem produzir <1L/dia  com osmolalidade 1.200mOsm/kg, quando ingesta grande,  até 14 L com osmolalidade de 100mOsm/kg ADH é o responsável por essa regulação Falta ( tumores , TCE, meningites, AVC) pode apresentar = poliúria e hiper Na = Diabetes insípidus Densidade urinária >1018 = concentração preservada 1010 é a isostenúrica ( similar a osmolalidade plasma) é observada  na NTA ou DRC >1040 = agente osmótico extrínseco ou glicosúria <1004= intoxicação por água, DI. *Podemos usar para diferenciar IRA pré da NTA
 
Cada vez mais frequente Até 5% do internados desenvolvem Nos mais enfermos até 35% Grande controvérsia  acerca das definições e classificações ADQI AKIN 2004 RIFLE
qualquer redução da função renal 2/3 apresenta oligúria AKIN define:qualquer redução abrupta da função renal (em até 48h) aumento absoluto da Cr >=0,3 ou de percentual =>50%, ou ainda pela redução do débito urinário a níveis inferiores a 0,5mL/kg/h por 6h Cr>=4,0 com aumento recente de 0,5mg/dL
Mortalidade altíssima. Mesmo com novas modalidades dialíticas e avanços no cuidado dos pacientes críticos; Hoje, os pacientes são mais graves, mais idosos, e com múltiplas comorbidades; Essa morbimortalidade associada a IRA é elevada tanto durante quanto  a longo prazo; Repercute sobre tempo de internação  e estende-se até  um ano após a alta hospitalar; O prognóstico da IRA continua sombrio;
RIFLE  ( Risk, Injury, Failure, Lesion <3m, End> 3m)  R=  Cr  1,5  diurese < 0,5mL/kg/h em 6h I = Cr  2  < 0,5  em 12h F= Cr  3  <0,3  em 24h ou anúria AKIN ( acute kidney injury network) Cr >= 0,3 em 48h Cr  50% Diurese < 0,5 mL/Kg/h em 6h
IRA pré-renal Doenças que causam hipoperfusão renal, porém a integridade do parênquima renal está preservada  (55%-60%) IRA renal Doenças envolvendo o parênquima renal  (35%-40%) IRA pós-renal Doenças associadas com obstrução aguda do trato urinário  (< 5%)
 
 
 
IRA?  IR subaguda? IRC?  IRC agudizada?
Pré renal Obstrutiva Intrínseca Tubular ? Necrose tubular aguda (NTA) Nefrite intersticial Toxica ou isquêmica Glomerular? glomerulonefrites Vascular? vasculites
História clínica Antecedentes de doenças renais, doenças sistêmicas, uso de remédios, função renal prévia, cronologia Exame físico Padrões de doença renal ( nefrítica, nefrótica, DRC) Revisar prontuário ( procedimentos/prescrição/ iatrogenia/ controles de enfermagem – hipotensão, diarréia, vômitos) Reconhecer: pré, renal, pós renal Solicitar exames Programação terapêutica
Procurar um exame antigo para comparar; Sugere cronicidade: Anemia Alterações do cálcio e fósforo; PTH elevado Desproporção entre grau de azotemia e sintomas Ultrasonografia Renal Tamanho dos rins diminiuidos (lembrar das causas de DRC com rins aumentado: N. diabética e falciforme, amiloidose, nefropatia obstrutiva, rins policísticos, esclerodermia) Boa diferença de econgenicidade entre o parênquima (hipo) e o tecido onde estão os cálices, pelve, gordura (hiper)
Exame solicitado Volume urinário Proteinúria Sedimento urinário Densidade urinária Osmolaridade urinária  (mOsm / Kg) U/P creatinina Sódio urinário (mEq/l) Excreção fracional de sódio (%) Pré-renal Pequeno Ausente Normal > 1.018 > 500 > 1.3 < 20 < 1 NTA Pequeno Presente Cilindros granulosos  e hematúria ~ 1.010 < 350 < 1.1 > 40 > 1
Um homem 68 anos Aneurisma de aorta infra-renal Pré op:  u=40mg/dL, Cr=1,4mg/dL, EAS nl Cirurgia foi complicada com períodos de hipotensão ( recebeu soro e sangue) Pós operatório: estável hemodinamicamente mas com diurese 10mL/h 6h após: u=66, cr=2,5, NaU=61, FENa=3,4% EAS= cilindros granulares marrons escuros Diurético= débito aumenta para 80ml/h
Monitorização cardíaca ECG Gluconato de cálcio Insulina+ glicose Agonista b adrenérgico Bicarbonato de sódio Diurético Resinas trocadoras de cátions
IRA hemodinâmica
Diminuição da capacidade renal de auto-regulação. Incapacidade de  diminuir  a resistência arteriolar como ocorre na idade avançada, aterosclerose, estenose renal, HAS crônica, IRC e HAS acelerada ou maligna. vc da a.a = sepse, hipercalcemia, síndrome hepatorrenal, ciclosporina, contraste. I ECA e BRA impede a  vc a. eferente  quando hipotensão ou hipovolemia AINES (-)prostaglandinas =  vc aa elas são importantes pp nas situações de baixo fluxo ou doença renal prévia, pois VD a.a
Alteração fisiopatológica na qual a disfunção aguda ou crônica e um  induz a disfunção do outro ICC leva IRA ( IAM, choque cardiogênico,  pré-renal) FE baixa   IRA pré  IRC IRA leva ICC ( GNDA, hipervolemia) IRC leva ICC  Doença sistêmica leva ICC e IRA IC Sistólica - baixo débito cardíaco e perfusional  IC diastólica- aumento da pressão venosa sistêmica Nesse contexto a IRA é de difícil manejo: Vasodilatadores  para diminuir a pressão diastólica ventricular e diuréticos para diminuir volume = queda da PAM e do volume sistólico efetivo   piora da função renal
Vasodilatação Retenção hidrossalina Sangramento digestivos Encefalopatia diminui ingesta ALTERAÇÃO HEMODINÂMICA INTRA-RENAL IRA não reverte com 1-1,5L de SF0,9% e suspensão de diréticos, FENa baixos, sem proteinúria, sem hematúria ou leucocitúria, ausência de sepse nem drogas nefrotóxicas. USG nl Tipo 1 rápida, 2 lenta
Lesão muscular    efeito citopático direto pela mioglobina, ác. Úrico, subst.  vasoconstrictoras= obstrução( cilindros) Eleva mioglobina, CPK , ác. Urico, fósforo, hipocalcemia Recomenda-se Diurese 200-300mL por hora Ph urinário >6,5 ( adicionar bicarbonato de sódio 8,4%) Manitol ( nos pacientes com volemia adequada)
Patogênese: citotoxicidade direta +  hipoxemia da medula renal por vasoconstricção IRA não oligúrica iniciada 12-24h depois, pico segundo dia Fatores de risco: IRC, MM, DM, cate, ICC e hipovolemia. Toxicidade é dose dependente  (Volume ) Tipos: 1ª geração ( hiperosmolar/ iônico), 2ª ( hipo/ não iônico  * mais ainda hiperosmolar em relação ao plasma) e 3ª (isso/não iônico) NÃO HÁ TRATAMENTO ESPECÍFICO – SÓ PROFILAXIA Usar N-acetilcisteína, suspender medicações que interferem na auto-regulação ( IECA, BRA e AINES) Hidratação Solução Bicarbonatada IRA pós procedimentos ou pós anticoagulação plena =  ateroembolismo renal Gadolínio – FIBROSE NEFROGÊNICA SISTÊMICA EVITAR QUANDO CLEARANCE <30 , SE IMPRESCINDÍVEL HD POR 2-3 DIAS CONSECUTIVOS
Gênero  Bothrops  (jararaca) 90% dos acidentes no Brasil. Atividade inflamatória aguda, coagulação, hemorrágica
 
 
90% UTI Mortalidade de 70% Lesão heterogênia  fases
Uremia- sonolência, tremores, convulsão, coma, pericardite, sangramentos, náuseas e vômitos; Hipervolemia intratável – edema , hipertensão, congestão pulmonar, icc, ascite, derrame pericárdico e pleural; Hiperpotassemia resistente; Acidose metabólica severa, resistente ao tratamento conservador; Outros- hipo ou hiper Natremia, Calcemia, uricemia, fosfatemia, icc não responsiva , intoxicações exógenas.
DEFINIÇÃO DE LESÃO RENAL AGUDA VALORIZAR VARIAÇÕES NA CREATININA; ( TER CREATININA DE ENTRADA) VALORIZAR DIURESE NOVOS BIOMARCADORES
EVITAR: HIPERHIDRATAÇÃO HIPER K ACIDOSE ANEMIA (hemodiluição, perdas, fragilidade dos eritrócitos, diminuição da EPO NUTRIR ADEQUADAMENTE SEPSIS SANGRAMENTO TGI - ALTERAR A HISTÓRIA NATURAL
HIDRATAÇÃO HEMODINÂMICA HEMATÓCRITO OXIGENAÇÃO EVITAR DROGAS NEFROTÓXICAS CHAMAR O NEFROLOGISTA

Mais conteúdo relacionado

PPT
PPT
Insuficiencia respiratória
PPT
PPTX
Insuficiência Respiratória
PPTX
Aula Insuficiência Renal Aguda
PPTX
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...
PPTX
1.insuficiencia renal cronica
PPTX
Aula Insuficiência Renal Crônica
Insuficiencia respiratória
Insuficiência Respiratória
Aula Insuficiência Renal Aguda
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantida...
1.insuficiencia renal cronica
Aula Insuficiência Renal Crônica

Mais procurados (20)

PPT
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
PPT
Insuficiência Renal Aguda
PPTX
Insuficiência Renal
PPTX
Distúrbios hidroeletrolíticos
PDF
Insuficiência Renal Crônica
PPTX
Desequilibrios hidroeletroliticos
PPTX
Propedeutica das hemorragias digestivas
PPTX
Insuficiência Renal Crônica
PPT
Ins renal aguda e crônica
PPTX
A insuficência renal e assistência de enfermagem
PPTX
Pancreatite
PPTX
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
PPT
Edema Agudo de Pulmão
PPT
Infarto agudo do miocárdio
PDF
Hemodiálise
PDF
Ecg básico
PPTX
Insuficiência renal crônica
PDF
Arritimias cardíacas
PPT
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Insuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal
Distúrbios hidroeletrolíticos
Insuficiência Renal Crônica
Desequilibrios hidroeletroliticos
Propedeutica das hemorragias digestivas
Insuficiência Renal Crônica
Ins renal aguda e crônica
A insuficência renal e assistência de enfermagem
Pancreatite
Insuficiencia Renal Aguda e Crônica - por Eduarda Gobbi
Edema Agudo de Pulmão
Infarto agudo do miocárdio
Hemodiálise
Ecg básico
Insuficiência renal crônica
Arritimias cardíacas
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Anúncio

Destaque (20)

PPSX
Insuficiência renal crônica
PPTX
Insuficiencia Renal Aguda.ppt
PPTX
Insuficiencia Renal Aguda
PPT
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
PDF
Iv curso de medicina intensiva i renal a
PPSX
Apresentação insuficiência renal crônica
PPTX
Insuficiencia renal aguda 2013
PPT
Insuficiencia renal cronica y aguda
PPTX
Insuficiencia renal cronica
PPT
Insuficiencia renal aguda diapositivas
PPTX
Fisiopatología de la insuficiencia renal aguda
PPTX
Revisão -Lesão renal aguda
DOCX
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
PPTX
Insuficiência renal crónica
PPTX
Rins - Apresentação
DOCX
Hemodiálise
PPT
Insuficiencia Renal
PPTX
Hemodiálise e diálise peritoneal
PPTX
Insuficiencia renal crónica
PPTX
Rabdomiolise hcm 2015
Insuficiência renal crônica
Insuficiencia Renal Aguda.ppt
Insuficiencia Renal Aguda
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Iv curso de medicina intensiva i renal a
Apresentação insuficiência renal crônica
Insuficiencia renal aguda 2013
Insuficiencia renal cronica y aguda
Insuficiencia renal cronica
Insuficiencia renal aguda diapositivas
Fisiopatología de la insuficiencia renal aguda
Revisão -Lesão renal aguda
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
Insuficiência renal crónica
Rins - Apresentação
Hemodiálise
Insuficiencia Renal
Hemodiálise e diálise peritoneal
Insuficiencia renal crónica
Rabdomiolise hcm 2015
Anúncio

Semelhante a Insuficiência renal aguda (20)

PDF
Ira irc pdf ok
PDF
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
PDF
PDF_Doencas_Renais_aula_completa.pdfFFFFFFFFFFFFF
PPTX
DOENÇAS RENAIS material de urianalises com exames
PDF
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
PPTX
PPTX
DOENÇA RENAL EM CÃES E GATOS / DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO
PPTX
Aula 9 e 10. Insuficiência Renal Aguda.pptx
PDF
Irc 2014
PPTX
cepeti-hepatopatia-cronica-descompensada-93cb03c5.pptx
PDF
Pacientes Graves - 13.pdf
PPTX
Cirrosis
PPTX
Sd hepato renal - caso clinico
PPTX
Shr jornada hbdf
PPTX
SHR jornada hbdf
PDF
aula desequlibrio hodroeletrolitico 3.pdf
PPT
Síndromes hepatorrenal e hepatopulmonar
PDF
12 diureticos ds
PPTX
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
PPTX
Complicações precoces pos operatórias.pptx
Ira irc pdf ok
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
PDF_Doencas_Renais_aula_completa.pdfFFFFFFFFFFFFF
DOENÇAS RENAIS material de urianalises com exames
Principais diisturbios do sistema urinario 2015
DOENÇA RENAL EM CÃES E GATOS / DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO
Aula 9 e 10. Insuficiência Renal Aguda.pptx
Irc 2014
cepeti-hepatopatia-cronica-descompensada-93cb03c5.pptx
Pacientes Graves - 13.pdf
Cirrosis
Sd hepato renal - caso clinico
Shr jornada hbdf
SHR jornada hbdf
aula desequlibrio hodroeletrolitico 3.pdf
Síndromes hepatorrenal e hepatopulmonar
12 diureticos ds
LILIANA MENDES Mini curso jovem gastro df cirrose e suas complicações
Complicações precoces pos operatórias.pptx

Mais de Ana Nataly (6)

PPTX
Caso Clínico IRA
PDF
Entendendo a oliguria do doente critico
PPT
Hiponatremia
PPTX
Distrbios hidro eletrolticos
PPT
Aula disturbios acido basicos ufrn - minicurso
PPT
Fisiologia renal
Caso Clínico IRA
Entendendo a oliguria do doente critico
Hiponatremia
Distrbios hidro eletrolticos
Aula disturbios acido basicos ufrn - minicurso
Fisiologia renal

Último (20)

PPTX
Anamnese e Exame Clínico em propedeutica
PDF
Anatomia Humana Básica - UN1 - Vídeo 02 (1).pdf
PPT
Teorias_assistenciais na_Enfermagem_opt1.ppt
PDF
PR1 - Aspec. históricos, obtenção de imagem, terminologia de posicionamento.pdf
PPSX
LIPEDEMA X OBESIDADE - agatha lindo - APRESENTAÇÃO.ppsx
PDF
Agentes Comunitários de Saúde têm um Guia para a Saúde do Homem / PAISH - Min...
PPTX
Treinamento_LOTO.pptx_Bloqueio energias perigosas
PPTX
Apresentação Lombalgia ………………………………………..
PDF
DIAGNOSE MÉDICA QUARTOSEMESTRE - MEDURCA
PPTX
CUIDADOS DIÁRIOS DURANTE O TRATAMENTO DE CÂNCER
PDF
Diretrizes da Rede de atenção as urgencia e emergencias
PPTX
Apresentação - Aula Morte Celular - Camilla.pptx
PPTX
MÉTODOS DE APOIO DIAGNÓSTICO EM SAÚDE.pptx
PPT
Nr-10-Basico Combate-a-Incendio Formação
PDF
Unicef: Cartilha pelo Parto Humanizado e contra as CESARIANAS desnecessárias
PPT
545888618-AULA-Curativos- ye-Feridas.ppt
PPTX
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ENFERMAGEM
PPT
A respiração aeróbica e a obtenção de energia.ppt
PPT
cirurgias seguras salvam vidas ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
PPT
apresentacaomodelos_assistenciais_em_saude_seminario_ppopsaude_0.ppt
Anamnese e Exame Clínico em propedeutica
Anatomia Humana Básica - UN1 - Vídeo 02 (1).pdf
Teorias_assistenciais na_Enfermagem_opt1.ppt
PR1 - Aspec. históricos, obtenção de imagem, terminologia de posicionamento.pdf
LIPEDEMA X OBESIDADE - agatha lindo - APRESENTAÇÃO.ppsx
Agentes Comunitários de Saúde têm um Guia para a Saúde do Homem / PAISH - Min...
Treinamento_LOTO.pptx_Bloqueio energias perigosas
Apresentação Lombalgia ………………………………………..
DIAGNOSE MÉDICA QUARTOSEMESTRE - MEDURCA
CUIDADOS DIÁRIOS DURANTE O TRATAMENTO DE CÂNCER
Diretrizes da Rede de atenção as urgencia e emergencias
Apresentação - Aula Morte Celular - Camilla.pptx
MÉTODOS DE APOIO DIAGNÓSTICO EM SAÚDE.pptx
Nr-10-Basico Combate-a-Incendio Formação
Unicef: Cartilha pelo Parto Humanizado e contra as CESARIANAS desnecessárias
545888618-AULA-Curativos- ye-Feridas.ppt
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ENFERMAGEM
A respiração aeróbica e a obtenção de energia.ppt
cirurgias seguras salvam vidas ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
apresentacaomodelos_assistenciais_em_saude_seminario_ppopsaude_0.ppt

Insuficiência renal aguda

  • 1. Dr Flávio Ribeiro Dantas de Aguiar
  • 2. Regulação do volume e composição dos fluidos; Excreção de produtos do metabolismo; Produção de enzimas e hormônios (Eritropoietina 1,25-diidroxivitamina D – calcitriol, Renina) Função tubular Reabsorção Secreção Túbulo proximal, alça de henle ( mecanismo de contracorrente e concentração urinária, bomba Na-k-2Cl), tubulo distal e coletor
  • 3.  
  • 4. CLEARANCE – taxa de clareamento plasmático pelos rins em determinado tempo Melhor medida da função ( somatório das taxas de filtração de todos os 2 milhões de néfrons); Filtramos 180 litros = 2-3 litros de urina Não informa causa da disfunção Ex 1: homem 40 anos Cr=1 RFG=120, Cr=2 RFG=42, Cr=3 RFG 23 = Pequenas variações significam grandes reduções Ex 2: homem 60 anos, 72kg, choque cardiogênico, cr=1,5 na admissão, anúrico há 12h ( RFG=0) mas o estimado 50mL/min = nos casos de IRA grave, não há tempo para creatinina acumular e refletir a realidade
  • 5. Boa correlação entre o nível sérico, RFG e ClCr por isso o uso como sinônimo da função renal; Dissociação entre Cr e RFG – fatores que interferem na produção, secreção tubular ou dosagem PRODUÇÃO Aumento da produção: negros, atléticos, carne, suplementos, rabdomiólise Diminuição: mulheres, envelhecimento, dieta vegetariana, amputação, caquexia Sem influência: obesidade SECREÇÃO Secreção tubular = 15% da Cr U é da secreção e pode chegar a 50% na disfunção avançada ( superestimação do Cl) Pequenos aumentos da creatinina devem ser valorizados Cimetidina e trimetropima reduzem a secreção tubular MÉTODO Reação de Jaffé - Picrato alcalino (colorimétrico) – pode reconhecer outras substâncias como acetoacetato , cefoxitina, flucitosina, bilirrubina.
  • 6. IRA em suporte dialítico estiver na fase de recuperação da função renal com débito maior que 30mL/h Ajuste das doses ou do intervalo de administração das drogas com excreção renal principalmente ANTIBIÓTICOS
  • 7. Aminas dos aminoácidos em excesso é convertida em uréia, uma via de excreção de NH4+ ( produto final do catabolismo protéico processado pelo fígado) É livremente filtrada e 50% reabsorvida passivamente (TCP) Produção não é constante e influenciada pela dieta, fatores catabólicos ( trauma, corticóide, lise tumoral, hemorragia digestiva) Doença hepática e SIADH reduzem a Uréia * Desidratação= reabsorção de água e sódio e tb da uréia = aumenta a uréia sérica
  • 8. Série de substâncias nitrogenadas com peso <500 dáltons derivadas do metabolismo protéico com suposto efeito tóxico ex.: ácido guanidinosuccínico inibe a atividade plaquetária induzida pelo ADP Outros: Peptídeos e pequenas proteínas (b2microglobulina), fenóis, aminas alifáticas, furanos, polióis, nucleosídeos, oxalato etc
  • 9. Digestivas : inapetência, náuseas, vômitos incoercíveis, soluços, sangramento digestivo Cardiorrespiratórias : dispnéia, edema, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, EAP, arritmias, pericardite Neurológicas : sonolência, tremores, agitação, convulsão, coma Hematológicos : sangramentos, anemia Imunológicas : depressão imunológica, infecções Nutricionais : catabolismo aumentado, balanço nitrogenado negativo, perda massa muscular Cutânea : prurido
  • 10. Uma das funções é reabsorver sódio e volume FENa = UNa/ PNa / Ucr/ Pcr Influencia: dieta, diuréticos IRA pré renal temos FENa <1% IRA por NTA FENa>1% Podemos usar a uréia FEU<35% indica que o túbulo está preservado.
  • 11. Na desidratação rins conservam água e podem produzir <1L/dia com osmolalidade 1.200mOsm/kg, quando ingesta grande, até 14 L com osmolalidade de 100mOsm/kg ADH é o responsável por essa regulação Falta ( tumores , TCE, meningites, AVC) pode apresentar = poliúria e hiper Na = Diabetes insípidus Densidade urinária >1018 = concentração preservada 1010 é a isostenúrica ( similar a osmolalidade plasma) é observada na NTA ou DRC >1040 = agente osmótico extrínseco ou glicosúria <1004= intoxicação por água, DI. *Podemos usar para diferenciar IRA pré da NTA
  • 12.  
  • 13. Cada vez mais frequente Até 5% do internados desenvolvem Nos mais enfermos até 35% Grande controvérsia acerca das definições e classificações ADQI AKIN 2004 RIFLE
  • 14. qualquer redução da função renal 2/3 apresenta oligúria AKIN define:qualquer redução abrupta da função renal (em até 48h) aumento absoluto da Cr >=0,3 ou de percentual =>50%, ou ainda pela redução do débito urinário a níveis inferiores a 0,5mL/kg/h por 6h Cr>=4,0 com aumento recente de 0,5mg/dL
  • 15. Mortalidade altíssima. Mesmo com novas modalidades dialíticas e avanços no cuidado dos pacientes críticos; Hoje, os pacientes são mais graves, mais idosos, e com múltiplas comorbidades; Essa morbimortalidade associada a IRA é elevada tanto durante quanto a longo prazo; Repercute sobre tempo de internação e estende-se até um ano após a alta hospitalar; O prognóstico da IRA continua sombrio;
  • 16. RIFLE ( Risk, Injury, Failure, Lesion <3m, End> 3m) R= Cr 1,5 diurese < 0,5mL/kg/h em 6h I = Cr 2 < 0,5 em 12h F= Cr 3 <0,3 em 24h ou anúria AKIN ( acute kidney injury network) Cr >= 0,3 em 48h Cr 50% Diurese < 0,5 mL/Kg/h em 6h
  • 17. IRA pré-renal Doenças que causam hipoperfusão renal, porém a integridade do parênquima renal está preservada (55%-60%) IRA renal Doenças envolvendo o parênquima renal (35%-40%) IRA pós-renal Doenças associadas com obstrução aguda do trato urinário (< 5%)
  • 18.  
  • 19.  
  • 20.  
  • 21. IRA? IR subaguda? IRC? IRC agudizada?
  • 22. Pré renal Obstrutiva Intrínseca Tubular ? Necrose tubular aguda (NTA) Nefrite intersticial Toxica ou isquêmica Glomerular? glomerulonefrites Vascular? vasculites
  • 23. História clínica Antecedentes de doenças renais, doenças sistêmicas, uso de remédios, função renal prévia, cronologia Exame físico Padrões de doença renal ( nefrítica, nefrótica, DRC) Revisar prontuário ( procedimentos/prescrição/ iatrogenia/ controles de enfermagem – hipotensão, diarréia, vômitos) Reconhecer: pré, renal, pós renal Solicitar exames Programação terapêutica
  • 24. Procurar um exame antigo para comparar; Sugere cronicidade: Anemia Alterações do cálcio e fósforo; PTH elevado Desproporção entre grau de azotemia e sintomas Ultrasonografia Renal Tamanho dos rins diminiuidos (lembrar das causas de DRC com rins aumentado: N. diabética e falciforme, amiloidose, nefropatia obstrutiva, rins policísticos, esclerodermia) Boa diferença de econgenicidade entre o parênquima (hipo) e o tecido onde estão os cálices, pelve, gordura (hiper)
  • 25. Exame solicitado Volume urinário Proteinúria Sedimento urinário Densidade urinária Osmolaridade urinária (mOsm / Kg) U/P creatinina Sódio urinário (mEq/l) Excreção fracional de sódio (%) Pré-renal Pequeno Ausente Normal > 1.018 > 500 > 1.3 < 20 < 1 NTA Pequeno Presente Cilindros granulosos e hematúria ~ 1.010 < 350 < 1.1 > 40 > 1
  • 26. Um homem 68 anos Aneurisma de aorta infra-renal Pré op: u=40mg/dL, Cr=1,4mg/dL, EAS nl Cirurgia foi complicada com períodos de hipotensão ( recebeu soro e sangue) Pós operatório: estável hemodinamicamente mas com diurese 10mL/h 6h após: u=66, cr=2,5, NaU=61, FENa=3,4% EAS= cilindros granulares marrons escuros Diurético= débito aumenta para 80ml/h
  • 27. Monitorização cardíaca ECG Gluconato de cálcio Insulina+ glicose Agonista b adrenérgico Bicarbonato de sódio Diurético Resinas trocadoras de cátions
  • 29. Diminuição da capacidade renal de auto-regulação. Incapacidade de diminuir a resistência arteriolar como ocorre na idade avançada, aterosclerose, estenose renal, HAS crônica, IRC e HAS acelerada ou maligna. vc da a.a = sepse, hipercalcemia, síndrome hepatorrenal, ciclosporina, contraste. I ECA e BRA impede a vc a. eferente quando hipotensão ou hipovolemia AINES (-)prostaglandinas = vc aa elas são importantes pp nas situações de baixo fluxo ou doença renal prévia, pois VD a.a
  • 30. Alteração fisiopatológica na qual a disfunção aguda ou crônica e um induz a disfunção do outro ICC leva IRA ( IAM, choque cardiogênico, pré-renal) FE baixa  IRA pré  IRC IRA leva ICC ( GNDA, hipervolemia) IRC leva ICC Doença sistêmica leva ICC e IRA IC Sistólica - baixo débito cardíaco e perfusional IC diastólica- aumento da pressão venosa sistêmica Nesse contexto a IRA é de difícil manejo: Vasodilatadores para diminuir a pressão diastólica ventricular e diuréticos para diminuir volume = queda da PAM e do volume sistólico efetivo  piora da função renal
  • 31. Vasodilatação Retenção hidrossalina Sangramento digestivos Encefalopatia diminui ingesta ALTERAÇÃO HEMODINÂMICA INTRA-RENAL IRA não reverte com 1-1,5L de SF0,9% e suspensão de diréticos, FENa baixos, sem proteinúria, sem hematúria ou leucocitúria, ausência de sepse nem drogas nefrotóxicas. USG nl Tipo 1 rápida, 2 lenta
  • 32. Lesão muscular  efeito citopático direto pela mioglobina, ác. Úrico, subst. vasoconstrictoras= obstrução( cilindros) Eleva mioglobina, CPK , ác. Urico, fósforo, hipocalcemia Recomenda-se Diurese 200-300mL por hora Ph urinário >6,5 ( adicionar bicarbonato de sódio 8,4%) Manitol ( nos pacientes com volemia adequada)
  • 33. Patogênese: citotoxicidade direta + hipoxemia da medula renal por vasoconstricção IRA não oligúrica iniciada 12-24h depois, pico segundo dia Fatores de risco: IRC, MM, DM, cate, ICC e hipovolemia. Toxicidade é dose dependente (Volume ) Tipos: 1ª geração ( hiperosmolar/ iônico), 2ª ( hipo/ não iônico * mais ainda hiperosmolar em relação ao plasma) e 3ª (isso/não iônico) NÃO HÁ TRATAMENTO ESPECÍFICO – SÓ PROFILAXIA Usar N-acetilcisteína, suspender medicações que interferem na auto-regulação ( IECA, BRA e AINES) Hidratação Solução Bicarbonatada IRA pós procedimentos ou pós anticoagulação plena = ateroembolismo renal Gadolínio – FIBROSE NEFROGÊNICA SISTÊMICA EVITAR QUANDO CLEARANCE <30 , SE IMPRESCINDÍVEL HD POR 2-3 DIAS CONSECUTIVOS
  • 34. Gênero Bothrops (jararaca) 90% dos acidentes no Brasil. Atividade inflamatória aguda, coagulação, hemorrágica
  • 35.  
  • 36.  
  • 37. 90% UTI Mortalidade de 70% Lesão heterogênia fases
  • 38. Uremia- sonolência, tremores, convulsão, coma, pericardite, sangramentos, náuseas e vômitos; Hipervolemia intratável – edema , hipertensão, congestão pulmonar, icc, ascite, derrame pericárdico e pleural; Hiperpotassemia resistente; Acidose metabólica severa, resistente ao tratamento conservador; Outros- hipo ou hiper Natremia, Calcemia, uricemia, fosfatemia, icc não responsiva , intoxicações exógenas.
  • 39. DEFINIÇÃO DE LESÃO RENAL AGUDA VALORIZAR VARIAÇÕES NA CREATININA; ( TER CREATININA DE ENTRADA) VALORIZAR DIURESE NOVOS BIOMARCADORES
  • 40. EVITAR: HIPERHIDRATAÇÃO HIPER K ACIDOSE ANEMIA (hemodiluição, perdas, fragilidade dos eritrócitos, diminuição da EPO NUTRIR ADEQUADAMENTE SEPSIS SANGRAMENTO TGI - ALTERAR A HISTÓRIA NATURAL
  • 41. HIDRATAÇÃO HEMODINÂMICA HEMATÓCRITO OXIGENAÇÃO EVITAR DROGAS NEFROTÓXICAS CHAMAR O NEFROLOGISTA