Leptospirose
Síndrome de Weil
LEPTOSPIROSE
 Ocorrência no Brasil todos os meses do ano em todas
as regiões do país.
 Maior frequência nos meses com maior índice de
chuvas regionais.
Descrição
 Doença infecciosa febril, que dura de 3 a 7 dias,
diagnosticada precocemente como síndrome gripal ,
virose, dengue ou influenza.
 Letalidade pode chegar a 40% nos casos mais graves.
 Ocorrência relacionada a infestação por roedores. As
inundações propiciam a disseminação do agente
causador no ambiente.
Agente etiológico
 Bactéria helicoidal do gênero Leptospira (14 espécies
patogênicas) sendo a mais importante a L.
interrogans.
 A leptospirose é primariamente infecção de animais
silvestres e domésticos (ratos, cachorros, bovinos e
suínos)
 Existem vários sorotipos e a sobrevivência no meio
ambiente chega a 180 dias.
Reservatórios
Roedores das espécies
 Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto),
 Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto)
 Mus musculus (camundongo ou catita)
 Tornam-se portadores, não desenvolvem a doença,
albergam a leptospira nos rins, eliminando-a viva no meio
ambiente.
 Os seres humanos são hospedeiros acidentais e terminais
na cadeia de transmissão.
Modo de transmissão
 Contato direto ou indireto com urina de animais infectados.
Penetração da leptospira
 através da pele com lesões,
 exposição prolongada da pele íntegra em água contaminada
ou lama,
 pela mucosa.
 A leptospira dissemina-se pela corrente sanguínea
atingindo todos os órgãos provocando vasculite.
Período de incubação
 De 1 a 30 dias (média de 5 a 14 dias)
Período de transmissibilidade: os
animais infectados podem eliminar a leptospira pela
urina durante meses, anos ou por toda a vida.
Imunidade: adquirida apenas para o sorotipo
específico, podendo a pessoa ter a doença mais de uma
vez se for outro sorotipo.
Manifestações Clínicas
Fase precoce ou leptospirêmica
 Febre abrupta ( 39º.C)
 Cefaléia
 Mialgia intensa na região lombar e panturrilhas.
 Anorexia
 Náuseas e vômitos
 Pode ocorrer: Diarréia, Artralgia, Hiperemia ou hemorragia
conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse seca.
 Exantema no tronco ou região pré-tibial: em 10 a 20% dos pacientes.
 Regride em 3 a 7 dias sem sequelas.
Manifestações Clínicas
Fase tardia ou Imune: ocorre em 15% dos pacientes
Síndrome de Weil (Adolpho Weil, 1886): tríade
 Icterícia intensa com tonalidade alaranjada
 IRA
 Hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e
sangramento pulmonar intenso: tosse seca, dispnéia,
expectoração hemoptóica, dor torácica e cianose –
SARA (letalidade chega a 50%).
Convalescença e sequelas
 A convalescença dura de 1 a 2 meses podendo
persistir a febre, cefaléia, mialgias e mal-estar geral.
 A icterícia desaparece lentamente.
 Pode ocorrer astenia e anemia.
 A eliminação de leptospiras pela urina pode
continuar por 1 semana até vários meses após o
desaparecimento dos sintomas.
Diagnóstico
Suspeita clínica
Exames laboratoriais:
 Na fase precoce : leptospiras no sangue – demora
semanas para o resultado.
 Fase tardia: leptospiras na urina.
Sorologia para leptospirose
Tratamento
Fase precoce:
 Amoxacilina
Adultos: 500mg VO 8/8h de 5 a 7 dias.
Criança: 50mg/kg/dia a cada 6 a 8h durante 5 a 7 dias
ou
 Doxiciclina 100mg VO de 12 em 12h durante 5 a 7
dias para crianças maiores de 9 anos.
Tratamento
Fase tardia
 Adultos:
 Penicilina G Cristalina: 1,5 milhões UI, EV de 6/6h
ou Ampicilina 1g EV de 6/6h ou Ceftriaxona 1 a 2g
EV de 24/24h ou Cefotaxima 1g de 6/6h.
 Crianças: os mesmos antibióticos em dosagens de
acordo com o peso da criança.
 Duração do Tratamento: 7 dias.
Medidas Terapêuticas de Suporte
 Acompanhamento do volume urinário e da função
renal - diálise peritoneal precoce (reduz o dano renal
e a letalidade da doença)
 Reposição hidroeletrolítica
 Assistência cardiorespiratória
 Transfusão de sangue e derivados
 Nutrição enteral ou parenteral
Epidemiologia
 É uma doença endêmica
 Epidêmica: períodos chuvosos – enchentes +
aglomeração de populacional de baixa renda +
condições inadequadas de saneamento e + alta
infestação de roedores infectados.
 Profissões de risco: trabalhadores em limpeza e
desentupimento de esgotos, garis, catadores de lixo,
bombeiros, entre outros.
 É uma doença de notificação compulsória
 Casos suspeitos: pessoa com febre, cefaléia e mialgia
+ nos 30 dias anteriores teve exposição à enchentes,
alagamentos, lama, fossas, esgoto, lixo.
 Precauções padrão
Estratégias de prevenção
Controle da população de roedores:
Antirratização: modificar as características ambientais
– eliminar acesso a alimentos, água e abrigo.
Desratização: eliminação direta dos roedores.
Métodos mecânicos: ratoeiras
Métodos químicos: raticidas
Existe o risco da pessoa pegar
leptospirose bebendo cerveja
ou refrigerantes em latinhas?
Referencias
 Guia de bolso
 Veronesi
 Leptospirose: Diagnóstico e Manejo Clínico:
Ministério da Saúde . Secretaria de Vigilância em
Saúde, 2009. Disponível em: ftp://
ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/ZOO/LEPTO09_G
UIA_MANEJO.pdf

Leptospirosee seus agravos e cuidados de enfermagem

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  • 2.
    LEPTOSPIROSE  Ocorrência noBrasil todos os meses do ano em todas as regiões do país.  Maior frequência nos meses com maior índice de chuvas regionais.
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    Descrição  Doença infecciosafebril, que dura de 3 a 7 dias, diagnosticada precocemente como síndrome gripal , virose, dengue ou influenza.  Letalidade pode chegar a 40% nos casos mais graves.  Ocorrência relacionada a infestação por roedores. As inundações propiciam a disseminação do agente causador no ambiente.
  • 4.
    Agente etiológico  Bactériahelicoidal do gênero Leptospira (14 espécies patogênicas) sendo a mais importante a L. interrogans.  A leptospirose é primariamente infecção de animais silvestres e domésticos (ratos, cachorros, bovinos e suínos)  Existem vários sorotipos e a sobrevivência no meio ambiente chega a 180 dias.
  • 5.
    Reservatórios Roedores das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto),  Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto)  Mus musculus (camundongo ou catita)  Tornam-se portadores, não desenvolvem a doença, albergam a leptospira nos rins, eliminando-a viva no meio ambiente.  Os seres humanos são hospedeiros acidentais e terminais na cadeia de transmissão.
  • 6.
    Modo de transmissão Contato direto ou indireto com urina de animais infectados. Penetração da leptospira  através da pele com lesões,  exposição prolongada da pele íntegra em água contaminada ou lama,  pela mucosa.  A leptospira dissemina-se pela corrente sanguínea atingindo todos os órgãos provocando vasculite.
  • 8.
    Período de incubação De 1 a 30 dias (média de 5 a 14 dias) Período de transmissibilidade: os animais infectados podem eliminar a leptospira pela urina durante meses, anos ou por toda a vida. Imunidade: adquirida apenas para o sorotipo específico, podendo a pessoa ter a doença mais de uma vez se for outro sorotipo.
  • 9.
    Manifestações Clínicas Fase precoceou leptospirêmica  Febre abrupta ( 39º.C)  Cefaléia  Mialgia intensa na região lombar e panturrilhas.  Anorexia  Náuseas e vômitos  Pode ocorrer: Diarréia, Artralgia, Hiperemia ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse seca.  Exantema no tronco ou região pré-tibial: em 10 a 20% dos pacientes.  Regride em 3 a 7 dias sem sequelas.
  • 10.
    Manifestações Clínicas Fase tardiaou Imune: ocorre em 15% dos pacientes Síndrome de Weil (Adolpho Weil, 1886): tríade  Icterícia intensa com tonalidade alaranjada  IRA  Hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento pulmonar intenso: tosse seca, dispnéia, expectoração hemoptóica, dor torácica e cianose – SARA (letalidade chega a 50%).
  • 11.
    Convalescença e sequelas A convalescença dura de 1 a 2 meses podendo persistir a febre, cefaléia, mialgias e mal-estar geral.  A icterícia desaparece lentamente.  Pode ocorrer astenia e anemia.  A eliminação de leptospiras pela urina pode continuar por 1 semana até vários meses após o desaparecimento dos sintomas.
  • 12.
    Diagnóstico Suspeita clínica Exames laboratoriais: Na fase precoce : leptospiras no sangue – demora semanas para o resultado.  Fase tardia: leptospiras na urina. Sorologia para leptospirose
  • 13.
    Tratamento Fase precoce:  Amoxacilina Adultos:500mg VO 8/8h de 5 a 7 dias. Criança: 50mg/kg/dia a cada 6 a 8h durante 5 a 7 dias ou  Doxiciclina 100mg VO de 12 em 12h durante 5 a 7 dias para crianças maiores de 9 anos.
  • 14.
    Tratamento Fase tardia  Adultos: Penicilina G Cristalina: 1,5 milhões UI, EV de 6/6h ou Ampicilina 1g EV de 6/6h ou Ceftriaxona 1 a 2g EV de 24/24h ou Cefotaxima 1g de 6/6h.  Crianças: os mesmos antibióticos em dosagens de acordo com o peso da criança.  Duração do Tratamento: 7 dias.
  • 15.
    Medidas Terapêuticas deSuporte  Acompanhamento do volume urinário e da função renal - diálise peritoneal precoce (reduz o dano renal e a letalidade da doença)  Reposição hidroeletrolítica  Assistência cardiorespiratória  Transfusão de sangue e derivados  Nutrição enteral ou parenteral
  • 16.
    Epidemiologia  É umadoença endêmica  Epidêmica: períodos chuvosos – enchentes + aglomeração de populacional de baixa renda + condições inadequadas de saneamento e + alta infestação de roedores infectados.  Profissões de risco: trabalhadores em limpeza e desentupimento de esgotos, garis, catadores de lixo, bombeiros, entre outros.
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     É umadoença de notificação compulsória  Casos suspeitos: pessoa com febre, cefaléia e mialgia + nos 30 dias anteriores teve exposição à enchentes, alagamentos, lama, fossas, esgoto, lixo.  Precauções padrão
  • 18.
    Estratégias de prevenção Controleda população de roedores: Antirratização: modificar as características ambientais – eliminar acesso a alimentos, água e abrigo. Desratização: eliminação direta dos roedores. Métodos mecânicos: ratoeiras Métodos químicos: raticidas
  • 19.
    Existe o riscoda pessoa pegar leptospirose bebendo cerveja ou refrigerantes em latinhas?
  • 20.
    Referencias  Guia debolso  Veronesi  Leptospirose: Diagnóstico e Manejo Clínico: Ministério da Saúde . Secretaria de Vigilância em Saúde, 2009. Disponível em: ftp:// ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/ZOO/LEPTO09_G UIA_MANEJO.pdf