Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 1
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 2
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Dados Internacionais de Catalogação Publicação Digital
livro
LIVRO BATISMO NAS ÁGUAS
São Paulo 28/05/2009
46 páginas
As citações bíblica utilizadas neste livro foram extraídas
Da versão Almeida revista e corrigida (ARC), salvo
Indicação especifica, e visam incentivar a leitura das
Sagradas Escrituras.
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Este livro está de acordo com ortográfica, que entrou em
vigor a parti de 2013
Editora Central Digital Books Ltda
1º edição 2013
Escritor : Carlos Alberto c da silva
Celular : (11)95725-592
Editora books
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empresas que utilizam papel
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agridam à natureza.
Copyright © 2013 Books
Capítulo 1 - A Bíblia Sagrada
Capítulo 2 - O Pecado
Capítulo 3 - A Salvação
Capítulo 4 - A Santificação
Capítulo 5 - A Igreja
Capítulo 6 - O Batismo Cerimonial
Capítulo 7 - A Ceia do Senhor
Capítulo 8 - O Culto Cristão
Capítulo 9 - A Oração
Capítulo 10 - A Contribuição
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nessa obra de preparação ao batismo, faz-se
necessário que as informações básicas sobre a
doutrina cristã sejam repassadas aos batizados de
forma tal que os mesmos ao se submeterem ao
batismo o façam de maneira consciente.
Todo-Poderoso Deus abençoar este trabalho visto que
o mesmo foi feito com a intenção de facilitar o trabalho
da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, e ao mesmo
tempo, glorificar o Seu santo Nome.
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➢
Capítulo 1
➢ A BÍBLIA SAGRADA
1. Conceito
Chama-se de Bíblia o conjunto de 66 livros
inspirados por Deus, aceitos pela Igreja
Evangélica como única regra de fé e prática do
cristão.
2. A Divisão da Bíblia
A Bíblia Sagrada divide-se em duas grandes
partes: O Antigo e o Novo Testamento.
A Palavra Testamento, relacionada à Bíblia
Sagrada, significa Pacto ou Aliança.
3. Classificação dos livros da Bíblia
Classificamos os livros da Bíblia Sagrada da
seguinte maneira:
a) Antigo Testamento (39 livros)
a) Pentateuco (Os livros da Lei) - Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio.
b) Os Livros Históricos - Josué, Juízes, Rute, 1
Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis,
1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
c) Os Livros Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios,
Eclesiastes e Cantares.
d) Os Livros Proféticos - Isaías, Jeremias,
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Lamentações, Ezequiel e Daniel (Profetas
Maiores); Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu,
Zacarias e Malaquias (Profetas Menores).
Os títulos Profetas Maiores e Profetas Menores
não têm nada haver com a importância do profeta
nem com a sua mensagem e sim com a
quantidade de capítulos e versículos, bem como
quanto ao tempo de ministério do profeta no meio
do povo de Israel.
b) Novo Testamento (27 livros)
a) os Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João.
b) O Livro Histórico - Atos dos Apóstolos.
c) As Cartas Paulinas - Romanos, 1 Coríntios, 2
Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2
Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e
Filemon.
d) A Carta aos Hebreus.
e) As Epístolas Gerais - Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1
João, 2 João, 3 João e Judas.
f) O livro da Revelação - Apocalipse.
4. A Inspiração da Bíblia
Por inspiração da Bíblia queremos dizer que Deus,
na pessoa do Espírito Santo, influenciou de
maneira sobrenatural os autores dos livros das
Sagradas Escrituras, fazendo assim com que os
seus relatos se convertessem em autênticos
registros da verdade revelada.
Assim sendo, toda a Bíblia foi inspirada por Deus
Verbal (2 Pe 1.20,21) e Plenariamente (2 Tm 3.16).
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Por Inspiração Verbal, queremos dizer que a
influência do Espírito Santo foi além da direção
dos pensamentos, chegando até a seleção das
palavras usadas para transmitir a mensagem que
foi registrada nos escritos originais.
Por Inspiração Plenária, queremos dizer que todas
as palavras da Bíblia, desde a primeira do livro de
Gênesis até a última do livro de Apocalipse, foram
inspiradas por Deus.
5. Autoria e Tempo de Preparo da Bíblia
A Bíblia foi escrita por mais ou menos 40
escritores de diversos matizes culturais, num
período de aproximadamente dezesseis séculos. O
mais antigo escritor de livro da Bíblia foi Moisés e
o mais recente, o apóstolo João.
6 - As Línguas Originais
O Velho Testamento foi escrito em quase sua
totalidade em hebraico a língua dos judeus, exceto
pequenos trechos escritos em aramaico (Ed 4.8-
6.18; 7.12-26; Dn 2.4-7.28; Jr 10.11), a língua
comercial da época. O Novo Testamento foi
escrito em sua totalidade na língua grega (grego
koinê = popular).
7 - O Personagem Central da Bíblia
O Senhor Jesus Cristo é o personagem central da
Bíblia. Jesus é identificado nos livros das
Sagradas Escrituras através dos tipos, das
figuras, dos símbolos, das profecias diretas, de
sua biografia e dos escritos dos seus apóstolos.
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Vejamos a identificação de Jesus em cada livro da
Bíblia Sagrada:
Gênesis - A Semente da Mulher
Êxodo - O Cordeiro Pascoal
Levítico - O Sacrifício Expiatório
Números - A Rocha que foi ferida
Deuteronômio- O Profeta Prometido
Josué - O Príncipe do Exército do Senhor
Juizes - O Libertador
Rute - O Parente Remidor
1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas - O Rei de
Israel
Esdras e Neemias - O Restaurador
Ester - O Advogado
Jó - O Redentor que Vive
Salmos - Tudo em todos
Provérbios - A Sabedoria Divina
Eclesiastes - A Razão Suprema do Viver
Cantares - O Amado da minha alma
Isaías... Malaquias - O Messias
Os Evangelhos (Mateus... João) - O Cristo
Atos dos Apóstolos - O Espírito
As Epístolas (Romanos... Judas) - A Cabeça da
Igreja
Apocalipse - O Alfa e o Ômega
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➢Capítulo
➢ 2 O PECADO
1 - Conceito
a) “Pecado é qualquer falta de conformidade com
a Lei de Deus, ou a transgressão dessa Lei.”
b) Pecado é tudo aquilo que falamos, pensamos
ou praticamos e que vai de encontro à vontade de
Deus revelada em Sua Palavra.
2 - Origem do Pecado
a) No Céu - O pecado teve origem no Céu, entre os
anjos de Deus, quando Lúcifer, o querubim
ungido, rebelou-se contra o Criador, sendo
expulso do Céu juntamente com um terço dos
anjos que o seguiram (Is 14.12-17; Ez 28.11-19; Ap
12.3,4).
b) Na Terra - O pecado surgiu na terra quando os
nossos primeiros pais, Adão e Eva,
desobedeceram à ordem dada por Deus e
comeram, por instigação do Diabo, do fruto da
árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn
2.16,17; 3.1-6,17).
3 - As Consequências do Pecado de Adão
O pecado dos nossos primeiros pais trouxe para
eles e seus descendentes a morte, conforme Deus
tinha dito (Gn 2.16,17).
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A morte, que é o salário do pecado (Rm 6.23), tem
três dimensões, a saber:
a) Morte Física - É a separação da parte espiritual
(alma ou espírito) da parte material (corpo) (Gn
3.19; 35.18; Ec 12.7; Tg 2.26).
b) Morte Espiritual - É a destituição no homem da
glória de Deus. É a separação do homem de Deus,
desde o seu nascimento (Rm 3.23; Ef 2.1; Cl 2.13;
Jo 5.24)
c) Morte Eterna -É a eterna separação entre o
homem e Deus. Ela acontece quando a pessoa
morre fisicamente, estando morto espiritualmente,
isto é, separado de Deus, sem o perdão de seus
pecados e sem a salvação de sua alma, que só
pode ser proporcionada por nosso Senhor Jesus
Cristo (2 Ts 1.9; Dn 12.2; Mt 10.28; 25.41; Lc 16.22;
Ap 20.15).
4 - Abrangência do Pecado
a) Corrupção Total da Natureza Humana.
O pecado atingiu o ser humano em sua totalidade -
o seu corpo, a sua alma ou o seu espírito (Is 1.4-6;
Rm 7.15-20; Mt 15.18-20; Sl 51.5; Ef 2.3)
b) Propagação Universal
O pecado propagou-se em todos os seres
humanos, através de Adão e Eva. Isso quer dizer
que a raça humana é uma raça pecadora; pois o
homem traz, desde quando nasce, o germe do
pecado em seu coração (Rm 3.9-19,23; 5.12,17,18;
Sl 51.5).
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5- A Hediondez do Pecado
O pecado é hediondo porque provoca as
seguintes coisas:
a) Fere a Santidade de Deus
Deus é um Ser Puro, Santo, Imaculado e exige de
suas criaturas morais (o homem e a mulher)
santidade de vida. Qualquer pecado do ser
humano fere frontalmente a santidade divina (Lv
19.2; 20.7; 1 Pe 1.15,16; Is 6.3).
b) Escraviza o homem
O homem foi feito por Deus uma criatura livre, mas
o pecado se assenhoreou dele e o fez seu escravo
(Jo 8.34; Rm 6.16; 7.14; Cl 1.13).
c) Destrói no Homem a Imagem de Deus
O pecado descaracteriza o homem deformando a
imagem de Deus, com a qual foi criado (Gn
1.26,27; Rm 3.23; Ef 4.17-19,22).
d) Condena o Homem a Perdição Eterna
O pecado, por causa de suas conseqüências, leva
o homem à perdição eterna, caso não receba a
salvação através de Jesus Cristo. “O salário do
pecado é a morte...” Rm 6.23. Veja ainda Rm 5.12;
Ez 18.4,20; Tg 1.15
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Capítulo 3
➢ A SALVAÇÃO
1 - Conceito
É a manifestação da graça de Deus, através de
Jesus Cristo, na vida de uma pessoa, salvando-a
da perdição eterna, quando ela, arrependida, num
ato voluntário de fé aceita e crê em Jesus como
seu único, suficiente e eterno Salvador.
2 - A Concepção da Salvação
A salvação do pecador perdido foi concebida pelo
conselho da Santíssima Trindade, segundo o
eterno propósito de Deus em Cristo Jesus, antes
dos tempos eternos (1 Pe 1.18-20; Ef 1.3-5; 3.8-12;
At 4.26-28; Ap 13.8).
3 - O Fundamento da Salvação
A salvação do pecador perdido está fundamentada
no grandioso amor que Deus tem pelas suas
criaturas morais. Esse amor, que é um dos
atributos morais da Deidade, é o amor sacrificial,
desinteressado, não circunstancial. É o amor
eterno que Deus nos tem em Cristo Jesus (Jo 3.16;
Rm 5.8; Gl 2.20; 2 Ts 2.16; 1 Jo 4.8-10,16,19; Ap
1.5).
4 - A Realização do Ato Salvífico
A salvação foi realizada por nosso Senhor Jesus
Cristo, Filho Eterno de Deus, que veio a este
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mundo em carne e ofereceu a sua preciosa vida
em sacrifício na cruz do Calvário, para salvar da
perdição eterna que pesava sobre o homem por
causa de seus pecados. Para autenticar o ato
Redentor feito pela Sua morte, Jesus ressuscitou
dentre os mortos pelo poder de Deus (Jo 3.16; 1
Tm 1.15; 2.5; Hb 5.9; 7.25; 1 Co 15.3,4; Ef 1.5-7; Cl
1.13,14; At 4.12).
5 - O Oferecimento Gratuito da Salvação
Deus em Cristo Jesus oferece, gratuitamente, a
salvação a todos os pecadores perdidos. A
salvação é um dom gratuito de Deus ao homem
(Rm 6.23; Tt 2.11; Is 55.1-3; Jo 7.37; Mt 11.28-30; Ef
2.8; Ap 22.17)
6 - A Apropriação da Salvação
Para se apropriar da salvação dois passos são
exigidos ao ser humano por Deus: o primeiro é o
arrependimento e o segundo é a fé (Mc 1.15; At
2.38; 3.19; Ef 2.8).
a) Arrependimento - Deus exige que o ser humano,
para receber dele o perdão, arrependa-se de seus
pecados, isto é, reconheça a sua condição de
pecador perdido aos olhos do Todo-Poderoso e
tome a firme decisão de abandonar a vida
pecaminosa (Lc 15.17-20; 18.13; 24.47; At 17.30,31;
Mc 1.15)
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b) A fé (Crer em Jesus) - O outro passo que deve
ser tomada é o passo da fé. A salvação oferecida,
gratuitamente, por Deus ao pecador perdido, deve
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ser recebida pela fé. O pecador, arrependido, deve
aceitar e crer em Jesus como seu único, suficiente
e eterno Salvador (Mc 1.15; Mc 16.15,16; Ef 2.8; At
16.31; Rm 5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11).
7 - O Alcance da Salvação
Assim como o pecado atingiu toda a estrutura do
ser humano (corpo, alma ou espírito), assim
também, a salvação alcança o homem
integralmente. Para um grande mal, o maior dos
remédios. A Bíblia diz em 1 Ts 5.23: “E o mesmo
Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o
vosso espírito, alma e corpo sejam conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo” (1 Co 15.53,54; 5.4,5; Lc 1.46,47).
Para o corpo a salvação garante glorificação (Fp
3.20,21: 1 Co 15.50-54) .
Para a alma ou espírito a salvação proporciona o
perdão (Ef 4.32; 1 Jo 2.12) e vivificação (Ef 2.1,2,5;
Rm 6.11).
8 - A Posse da Salvação
A salvação é gozada neste mundo, a partir do
momento em que a pessoa arrependida crer em
Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um
prolongamento por toda a eternidade através da
vida eterna dada por Deus (Jo 5.24; 3.16; 6.47; Lc
23.43; 1 Jo 5.11,12).
9 - As Bênçãos Decorrentes da Salvação
Grandes são as bênçãos decorrentes da salvação,
senão vejamos:
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a) Perdão dos pecados - No ato da conversão,
todos os pecados da pessoa são perdoados pelo
poder do sangue de Jesus. “E ele (Jesus) é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente
pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo
inteiro.” 1 Jo 2.2. (Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13; Mt 9.2; 1
Jo 2.12; Sl 32.1).
b) Justificação - No ato da conversão a pessoa é
declarada justificada diante de Deus pela
imputação da justiça ou méritos de Cristo. “Tendo
em vista a manifestação da sua justiça no tempo
presente, para ele mesmo ser justo e o justificador
daquele que tem fé em Jesus” Rm 3.26. (Rm
3.24,28; 5.1,9; 8.30,33; Tt 3.7).
c) Redenção - Quando da conversão a pessoa é
resgatada da escravidão do pecado e do poder do
Diabo e transportada, espiritualmente, para o
Reino da Luz, graças ao poder redentor do sangue
de Jesus derramado na cruz do Calvário.
“Sabendo que não foi mediante coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados do vosso fútil procedimento que
vossos pais vos legaram, mas pelo precioso
sangue, como de cordeiro sem defeito e sem
mácula, o sangue de Cristo” 1 Pe 1.18,19. (Rm
3.24; 1 Co 1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12; 1 Co 6.20;
7.23).
d) Regeneração - No ato da conversão, a pessoa é
regenerada, transformada em nova criatura,
nascendo de novo pela instrumentalidade do
Espírito Santo. “Não por obras de justiça
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praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo, que
ele derramou sobre nós ricamente, por meio de
Jesus Cristo, nosso Salvador.” Tt 3.5,6. (Jo 3.3; 1
Pe 1.3,23; 2 Co 5.17).
e) Adoção - No ato da conversão a pessoa é
adotada por Deus como filho, passando a gozar, a
partir daí, dos direitos e privilégios inerentes a
essa nova relação estabelecida com o Pai
Celestial. Isso implica também na
responsabilidade que recai sobre o crente de viver
conforme o Evangelho de Cristo. “Mas, a todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, aos que crê no seu
nome.” Jo 1.12. (Rm 8.15; Gl 4.5-7; Ef 1.5; 1 Jo
3.1,2).
f) Reconciliação - No ato da salvação, a pessoa é
reconciliada com Deus por intermédio de Jesus
Cristo, desfazendo-se, assim, a inimizade que
existia entre Deus e o homem por causa do
pecado. “Ora, tudo provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e
nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não imputando aos homens as suas
transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação.” 2 Co 5.18,19. (1 Tm 2.5; Rm 5.10,11;
Ef 2.12-19; Cl 1.20; Hb 9.15; 12.24).
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g) Santificação - No ato da conversão, a pessoa é
purificada de seus pecados numa ação
instantânea da graça de Deus. Isso é chamado de
Santificação Posicional. Daí por diante o crente
tem que se esforçar para manter o seu coração
puro diante de Deus. Chama-se essa fase da
santificação de Experimental.
“Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos
libertou dos nossos pecados.” Ap 1.5. (1 Jo 1.9; 1
Co 6.11; Hb 10.10,29; 1 Ts 4.3,7; 5.23).
g) Glorificação - No programa de Deus, em relação
à Igreja, há uma bênção futura para todo os
crentes, que é a redenção ou glorificação do
corpo. Isso quer dizer que todos os salvos,
quando do arrebatamento da Igreja, terão os seus
corpos glorificados, habilitando-os, assim, a
viverem para sempre com o Senhor.
“Pois a nossa pátria está nos Céus, de onde
também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo, o qual transformará o nosso corpo de
humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória,
segundo a eficácia do poder que ele tem de até
subordinar a si todas as coisas.” Fp 3.20,21. (Rm
8.17,30; Cl 3.4; 1 Pe 5.1; 1 Jo 3.2; Ef 5.27; 1 Co
15.53-57).
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 17
Capítulo 4
➢ A SANTIFICAÇÃO
1 - Conceito
a) “Santificação é a obra da livre graça de Deus,
pela qual somos renovados no homem interior,
segundo a imagem de Deus, e habilitados a morrer
cada vez mais para o pecado e viver para retidão.”
b) “Santificação é aquela operação graciosa e
contínua do Espírito Santo pela qual ele purifica o
pecador da contaminação do pecado, renova toda
a sua natureza à imagem de Deus, e o habilita a
praticar boas obras.”
2 - Classificação
a) Posicional (ocorrida no ato da conversão) Todo
o salvo é chamado de santo ou de santificado em
Cristo Jesus. (Rm 1.7; 1 Co 1.2; 2 Co 1.1; Ef 1.1; Fp
1.1; Cl 1.2; 1 Co 6.10,11).
b) Experimental (um processo que nos
acompanhará por toda a nossa existência terrena)
(1 Ts 5.23; 3.13; Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 1.29; Ef
2.21; 1 Pe 2.2; 2 Pe 3.18).
3 - Abrangência da Santificação
a) O Interior da Pessoa - Assim como o pecado
tem origem no interior da pessoa, assim também a
obra de santificação deve começar por aí, pois é
do coração que procedem as saídas da vida.
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 18
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o
coração, porque dele procedem as fontes da vida.”
Pv 4.23. (Mt 23.25,26; Mt 7.17-20; Sl 19.14; 1 Ts
5.23).
b) O Exterior da Pessoa - A obra de santificação
abrange também a vida exterior da pessoa, ou seja
os seus atos e as suas palavras. “Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Ts 5.23; 1 Co
6.20; 1 Pe 1.15; Fp 2.15).
4 - Os Agentes da Santificação
a) O Agente Divino (Deus, através da ação
poderosa do Espírito Santo, é quem gera um viver
santificado no salvo) “Santifica-os na verdade; a
tua palavra é a verdade.” Jo 17.17. (1 Ts 5.23; Rm
1.4; Ef 5.26; 2 Ts 2.13; 1 Jo 1.7).
b) O Agente Humano (o salvo também é
responsável pela santificação de sua vida,
colaborando assim com Deus na grande obra de
um viver que agrade ao Senhor) “Segui a paz com
todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor.” Hb 12.14. (1 Ts 4.3,7; Js 3.5; 1 Pe 1.15; Ef
4.17-32).
5 - Os Recursos Usados para a Santificação
Deus, na sua graça, pôs a nossa disposição
poderosos recursos para vivermos uma vida
santificada, senão vejamos:
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 19
a) A Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada é um dos
poderosos instrumentos usados por Deus para
santificar a vida do crente.
“De que maneira poderá o jovem guardar puro o
seu caminho? Observando-o segundo a tua
palavra.” Sl 119.9. (Jo 17.17; Hb 4.12; Ef 5.26,27; 2
Tm 3.16,17).
b) O Espírito Santo - A terceira pessoa da
Santíssima Trindade, O Espírito Santo, nos foi
dado por Deus também para trabalhar na área de
santificação da vida.
Ele habitando no crente, que é parte do plano de
Deus na Dispensação da Graça, é o grande
motivador de uma vida de santidade. “Porque os
que se inclinam para a carne cogitam das coisas
da carne; mas os que se inclinam para o Espírito,
das coisas do Espírito.” Rm 8.5. (Rm 8.6; Gl
5.22,23; 5.16,17; Tg 4.4,5).
c) A Oração - A oração sincera, feita em nome de
Jesus, é outro poderoso instrumento que Deus
usa para santificar a vida da pessoa salva.
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o
espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é
fraca.” Mt 26.41. (Ef 6.18; Lc 22.31,32; Tg 5.16; 1 Ts
5.17; Cl 4.2; Ef 3.14-20).
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 20
c) O Sangue do Senhor Jesus Cristo - O sangue de
nosso Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz
do Calvário para nossa eterna redenção e contínua
purificação de nossos pecados.
Há um glorioso poder purificador no sangue de
Jesus. “Se, porém, andarmos na luz, como ele
está na luz, mantemos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos
purifica de todo pecado.” 1 Jo 1.7. “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados e nos purificar
de toda injustiça.” 1 Jo 1.9. (Ap 1.5; Hb 9.14; 13.12;
10.10,14).
6 - A Razão de Ser da Santificação
a) Por Causa da Santidade de Deus - A
santificação se faz necessária na vida do crente
devido a um dos atributos morais de Deus, a Sua
santidade. “...Como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em toda a
vossa maneira de viver.” 1 Pe 1.15. (1 Pe 1.16; Lv
11.44; 19.2; 20.7; 1 Jo 3.3: Mt 5.48).
b) Por Causa da Glória de Deus - Nós, o povo de
Deus, temos uma grande missão neste mundo,
que é glorificar o nome do Senhor nosso Deus,
principalmente,
com a nossa maneira de viver. “Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 21
Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Pe 2.12; Jo
15.8; 1 Co 6.20; 10.31; Fp 1.27).
c) Por Causa da Necessidade de Sermos Usados
por Deus - Nós fomos salvos para servir a Deus
neste mundo. A Igreja é o instrumento usado por
Deus para fazer as virtudes de nosso Senhor
Jesus Cristo conhecidas de todos; e Ele só pode
nos usar se vivermos uma vida de santificação.
“Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar
destes erros, será utensílio para honra, santificado
e útil ao seu possuidor, estando preparado para
toda boa obra.” 2 Tm 2.21. (Ez 22.30; Is 52.11; Is
6.5-8; Js 3.5).
7 - A Santificação Plena (Perfeição)
A santificação plena que nós chamamos também
de perfeição, no programa divino, é um ato futuro,
e ocorrerá quando da segunda vinda de Jesus e o
conseqüente arrebatamento dos crentes com
corpos glorificados. “E, quando este corpo
corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o
que é mortal se revestir de imortalidade, então, se
cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a
morte pela vitória.” 1 Co 15.54. (1 Co 13.10,12;
15.47-53; Pv 4.18).
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 22
Capítulo 5
➢ A IGREJA
1 - O Significado da Palavra
A palavra Igreja é de origem grega (Ekklésia) e
significa grupo de pessoas tiradas para fora.
2 - Sua Fundação
A Igreja foi fundada oficialmente no dia de
Pentecostes, quando da descida do Espírito Santo
sobre aqueles 120 irmãos que estavam reunidos
no Cenáculo (At 1.12-15; 2.1). Observemos que
Jesus, em Mateus 16.18, tinha dito que sobre
aquela pedra (a afirmativa dita por Pedro - “Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo) edificaria a Sua
Igreja, o que aconteceu naquela festividade
judaica. (At 2.1-4)
3 - Seu Alicerce
A Igreja tem como alicerce a pessoa gloriosa do
Senhor Jesus Cristo. Ele é a pedra angular, eleita e
preciosa, na qual todo o edifício é construído.
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento,
além do que está posto, o qual é Jesus Cristo.” 1
Co 3.11. “Por isso, na Escritura se diz: Eis que
ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita
e preciosa; e quem nela crer não será confundido.
E assim para vós, os que credes, é a preciosidade;
mas para os descrentes, a pedra que os
edificadores rejeitaram, esta foi posta como a
principal da esquina.” 1 Pe 2.6,7. “...Tu és o Cristo,
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 23
o Filho do Deus vivo... sobre esta pedra edificarei
a minha Igreja, e as portas do hades não
prevalecerão contra ela.” Mt 16.16-18.
4 - Sua Natureza
A Igreja é um organismo e ao mesmo tempo uma
organização. Como organismo, a Igreja é o corpo
imortal do Cristo vivo, sendo Ele mesmo a cabeça
da Igreja. Dele flui a vida espiritual que mantém o
organismo vivo. “Antes, seguindo a verdade em
amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e
ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a
justa operação de cada parte, efetua o seu
crescimento para a edificação de si mesmo em
amor”. Ef 4.15,16. Veja, ainda, Ef 1.22,23; 1 Co
12.12-27; Ef 5.23. Como organização, a Igreja é
uma instituição local, criada por Deus, para que os
seus membros, devidamente organizados em
comunidade, possam juntos se edificar
mutuamente, crescendo na graça e no
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pelo
fato de a Igreja ser uma organização, o Senhor
Jesus instituiu ministérios e ofícios dentro dela,
para que ela tivesse um crescimento harmonioso.
“E a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente
apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
mestres, depois operadores de milagres, depois
dons de curar, socorros, governos, variedades de
línguas”. 1 Co 12.28. “E Ele deu uns como
apóstolos, e outros como profetas, e outros como
evangelistas, e outros como pastores e mestres,
tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 24
Corpo de Cristo”. Ef 4.11,12. Além dos ministérios
acima, foram instituídos pelo Senhor, para auxiliar
a administração da Igreja local, os ofícios de
presbítero (o pastor é um presbítero docente) e de
diácono, cabendo ao primeiro a atividade de
auxílio de governo espiritual e ao último a de
beneficência. "Por esta causa te deixei em Creta
para que pusesses em ordem as coisas restantes,
bem como, em cada cidade, constituísses
presbíteros, conforme te prescrevi.” Tt 1.5. “Mas,
irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos
quais encarregaremos deste serviço;” At 6.3.
5 - Sua Dimensão
A Igreja, em sua dimensão, divide-se em Igreja
Universal ou Invisível, Igreja Militante e Igreja
Local.
a) A Igreja Universal ou Invisível- É aquela que já
está formada no plano de Deus desde a
eternidade. Esta Igreja é formada de todos os
salvos, os do passado, os que estão vivos e
aqueles que irão ainda se salvar na atual
Dispensação. “Mas tendes chegado... a universal
assembléia e igreja dos primogênitos arrolados
nos céus...” Hb 12.22,23.
b) A Igreja Militante - É aquela que se encontra
espalhada pelo mundo, em todas as Igrejas Locais
e até fora delas, lutando pelo progresso do
Evangelho. “Paulo... à Igreja de Deus que está em
Corinto,... com todos os que em todo lugar
invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
Senhor deles e nosso”. 1 Co 1.1,2.
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 25
c) A Igreja Local - É aquela Igreja organizada num
determinado local, geograficamente falando, com
todas as condições de funcionarem como uma
entidade jurídica, segundo critérios estabelecidos
na santa Palavra de Deus. “Dizendo: o que vês
escreve em livro e manda as sete Igrejas: Éfeso,
Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e
Laodicéia”. Ap 1.11. (Rm 1.7; 1 Co 1.2; Ef 1.1; Fp
1.1; Cl 1.1; 1 Ts 1.1).
6 - Sua Administração
Para administrar a Igreja local, o Senhor instituiu
os ofícios de Pastor, Presbíteros e Diáconos,
cabendo ao primeiro a superintendência geral do
trabalho, ao segundo a co-adjuvância no governo
espiritual da Igreja e ao terceiro a administração
das temporalidades, especialmente a beneficência.
Este é o modelo bíblico de administração da
Igreja. “E ele mesmo deu uns para... pastores...” Ef
4.11. “Lembrai-vos dos vosso guias, os quais vos
pregaram a Palavra de Deus; e, considerando
atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que
tiveram”. Hb 13.7. “Por esta causa te deixei em
Creta para que pusésseis em ordem as coisas
restantes, bem como em cada cidade,
constituísses presbíteros, conforme te prescrevi”.
Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete
homens de boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria aos quais encarregaremos deste
serviço (beneficência). At 6.3. “Semelhantemente,
quanto a diáconos, é necessário que sejam
irrepreensíveis, de uma só palavra...” 1 Tm 3.8.
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 26
7 - Sua Finalidade
A Igreja foi fundada por Jesus Cristo com
finalidades específicas, a saber:
a) (Adoração) Prestar culto a Deus - “Rogo-vos,
pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional.” Rm 12.1. “Por meio de Jesus, pois,
ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor,
que é o fruto de lábios que confessam o seu
nome.” Hb 13.15.
b) (Edificação) Edificar a vida espiritual dos seus
membros - “Mas, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e
consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo
a justa cooperação de cada parte, efetua o seu
próprio aumento para a edificação de si mesmo
em amor.” Ef 4.15,16.
c) (Proclamação) Anunciar o Evangelho - “E disse-
lhes Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o
Evangelho a toda criatura”. Mc 16.15. “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo.” Mt 28.19.
d) (Beneficência) Cuidar dos santos necessitados -
“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número
dos discípulos, houve murmuração dos helenistas
contra os hebreus, porque as viúvas deles
estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
Então os doze convocaram a comunidade dos
discípulos e disseram: Não é razoável que nós
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 27
abandonemos a Palavra de Deus para servir às
mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete
homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos
deste serviço.” (At 6.1-3). “Recomendando-nos
somente que nos lembrássemos dos pobres, o
que também me esforcei por fazer.” (Gl 2.10).
8 - Seu Futuro
O futuro da Igreja é glorioso. Ela hoje aguarda
pacientemente o dia em que, segundo o propósito
eterno de Deus, será revestida de glória, como
noiva que é do Cordeiro de Deus. “Quando Cristo,
que é a nossa vida, se manifestar, então vós
também sereis manifestados com ele em glória.”
Cl 3.4. “E todos com o rosto desvendado,
contemplando, como por espelho, a Glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória,
na sua própria imagem, como pelo Senhor, o
Espírito.” 2 Co 3.18. “O qual transformará o nosso
corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de
sua glória, segundo a eficácia do poder que ele
tem de até subordinar a si todas as coisas.” Fp
3.21.
A Igreja tem as seguintes classes de Oficiais:
a) Pastor - é o Ministro do Evangelho eleito pela Igreja
para pastorear o rebanho de Deus, tendo cuidado dele,
como preceitua a Palavra de Deus.
(At 20.28; 1 Pe 5.1-4).
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 28
b) Presbítero - é aquele oficial que é eleito pela Igreja
para auxiliar o Pastor no governo espiritual da Igreja
local. (Tt 1.5-9; 1 Tm 5.17).
c) Diácono - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para
cuidar dos crentes necessitados (Beneficência) (At 6.1-
6).
9 - Sua Estrutura Eclesiástica:
Para o funcionamento adequado da Igreja, a seguinte
estrutura eclesiástica é utilizada: Na parte superior da
estrutura está a assembléia de membros, órgão
máximo. Logo abaixo vem o Pastorado que, por
delegação, recebe da assembléia poderes para junto
com os oficiais Presbíteros gerir a parte eclesial da
Igreja. Depois do Pastor ou Pastores vem o corpo de
Oficiais, composto de Presbíteros e Diáconos, cada um
com atribuições específicas. Depois, seguem-se os
Departamentos e Congregações da Igreja e Pontos de
Pregação, quando houver.
10 - Sua Estrutura Administrativa:
Por estrutura administrativa, entenda-se o
funcionamento da parte ligada a área patrimonial da
Igreja (móveis, imóveis, pessoas sustentadas e/ou
contratadas pela Igreja, etc). No topo da estrutura
aparece a assembléia, órgão máximo do regime
Congregados l. Logo abaixo segue-se o Pastorado que,
por delegação, é o Presidente ex-ofício da Estrutura
Administrativa. Logo após, encontramos a Diretoria do
Patrimônio, seguida dos Departamentos e
Congregações da Igreja.
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 29
Capítulo 6
O BATISMO CERIMONIAL
1- Seu Significado
“É uma manifestação externa de uma graça interna.”. É
o testemunho público da fé que a pessoa tem no
Senhor Jesus Cristo.
2. Seu Simbolismo
O Batismo Cerimonial com água simboliza a ação
purificadora do sangue de Jesus Cristo na vida do
salvo, ou ainda, o lavar regenerador e renovador
produzido pelo Espírito Santo no pecador perdido no
ato da conversão. (Hb 9.13,14; Tt 3.5,6; 1 Pe 1.2; Ez
36.25)
3. A Sua Obrigatoriedade
O Batismo Cerimonial é obrigatório porque é uma
ordenança deixada por Jesus à Sua Igreja. “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações,
BATIZANDO-OS em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo.” Mt 28.19 (At 2.38; 8.36-38; 10.47,48).
4. Formas de Batismo
Há uma grande divergência, no meio evangélico,
quanto a forma de realização do batismo.
As maiores polêmicas giram em torno da imersão e da
aspersão. Nós Congregacionais, batizamos por
aspersão considerando que, na análise dos textos
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 30
bíblicos sobre o assunto, bem como na geografia da
Terra Santa e no significado do batismo cerimonial, a
balança pende para o lado dessa forma de batismo,
senão vejamos:
a. É sabido que em Jerusalém, onde a Igreja começou a
existir e onde foram salvas três mil pessoas na
pregação de Pedro, não existia água corrente (o rio
Jordão fica distante de Jerusalém e o Mar Mediterrâneo
muito mais ainda) e sim água em poços artesianos e
piscinas ou tanques. (Jo 5.2; 9.7).
b. As lideranças religiosa e política de Israel, na época
do início da Igreja, não tinham nenhuma simpatia pelo
Cristianismo e jamais permitiriam que suas escassas
águas fossem usadas numa cerimônia não aceita por
eles. (At 4.1-3,17,18; 5.17,18,33,40; 7.57-59; 9.1,2).
21
c. Caso a liderança cristã conseguisse água para
encher um tanque, era impossível que nele fossem
batizados por imersão três mil pessoas.
Provavelmente, quando chegasse no centésimo
candidato ao batismo, fosse difícil introduzi-lo no
tanque, pois a água já estaria poluída, assim, a
operacionalização do batismo seria bastante
complicada.
d. Lembremo-nos de que o significado do batismo é
purificação e não morte e ressurreição. Todos os atos
de purificação na religião judaica, instituída por Deus, e
que nos seus cerimoniais tipificavam ou simbolizavam
a Cristo, eram realizados por aspersão (Hb 9.13; Lv
8.10,11; 9.18; Nm 8.6,7; Jo 2.6; Hb 9.19-22).
e. Outra coisa a considerar na opção pela aspersão, é
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 31
que os judeus que foram submetidos ao batismo
realizado por João Batista (os imersionistas têm-no
como paradigma) não se submeteriam alegremente a
ele se o rito fosse feito por imersão, prática essa
desconhecida nos rituais do culto judaico.
(Considerem que até os saduceus - membros do
Sinédrio e os fariseus - fervorosos observadores da Lei
e extremamente legalistas procuraram o batismo
ministrado por João Batista). (Mt 3.4-7). Se o rito do
batismo ministrado por João fosse diferente daquele
conhecido pelas autoridades e povo de Israel,
certamente, os judeus teriam João como falso profeta,
o que dificultaria, sensivelmente, o ministério do
precursor de Cristo.
f) Os batismos cerimoniais, registrados no livro de
Atos, mostram que os mesmos foram realizados por
aspersão, senão vejamos: Paulo, ao ser batizado por
Ananias, ficou de pé (At 9.18; 22.16); Os gentios que
estavam na casa de Cornélio, e que após a pregação de
Pedro foram batizados, certamente, o foram por
aspersão, porque Pedro mandou que os batizassem
logo após terem aceitado a Jesus. (É muito improvável
que já estivesse um tanque preparado para tal
ocasião). (At 10.47,48). Caso semelhante aconteceu
com o carcereiro de Filipos que foi batizado em sua
casa, logo após a sua conversão, junto com os seus.
(At 16.32,33). O batismo de Lídia, vendedora de púrpura
da cidade de Tiatira, deu-se, provavelmente, num rio,
mas isso não quer dizer que o mesmo fosse por
imersão, visto que foi Paulo ou Silas, ou mesmo
Timóteo que a batizou. Como Paulo era quem liderava,
é muito improvável que ela tivesse sido batizada por
imersão, visto que ele o fora por aspersão. O batismo
do eunuco, oficial de Candace, rainha dos etíopes,
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 32
registrado em At 8.36-39, foi realizado ao pé de alguma
água. As expressões “eis aqui água”, “desceram à
água” e “saíram da água”, não são conclusivas no que
se refere a imersão porque também podem se referir a
um poço artesiano, a uma cisterna, a um córrego ou
mesmo a um rio que não tivesse profundidade
suficiente para imergir alguém. Os batismos realizados
em Samaria, registrados em At 8.12, não dão nenhuma
idéia de que foram por imersão ou aspersão. Podemos
inferir, pelo que expomos acima, que os mesmos foram
realizados por aspersão, considerando que foram
ministrados por um homem só e que eram muitas as
pessoas que foram batizadas. (Considerem aí, também,
a questão da praticidade da aspersão).
5. Em que Nome Deve Ser Realizado?
O Batismo Cerimonial deve ser realizado em nome do
Pai, e do Filho e do Espírito Santo, isto é, em nome da
Santíssima Trindade, conforme ensinado por nosso
Senhor Jesus Cristo. (Mt 28.19).
6. Por Quem Deve Ser Administrado?
O batismo cerimonial deve ser administrado por um
Ministro Evangélico, devidamente credenciado. (Mt
28.19; At 2.38; 8.38; 16.33; 1 Co 1.14,16).
7. Quem Deve Ser Batizado?
O batismo deve ser administrado naquelas pessoas
que crêem no Senhor Jesus Cristo como único e
suficiente Salvador. “...Eis aqui água; que impede que
eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de
todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 33
Jesus Cristo é o Filho de Deus... e Filipe o batizou”. At
8.36. Veja ainda, o caso do carcereiro que foi batizado
após aceitar Jesus como Salvador pessoal. (At 16.30-
33). (At 8.12,13).
8. Quando Deve Ser Administrado o Batismo?
O Batismo deve ser administrado nos que crêem, após
uma pública profissão de fé. “... E, respondendo ele (o
eunuco), disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de
Deus... e (Filipe) o batizou.” At 8.37,38. (16.30-33).
9. Sua Finalidade
O batismo tem as seguintes finalidades:
a) Obedecer a uma ordem deixada por Jesus;
b) Testemunhar publicamente da nova vida do salvo;
c) Unir o crente a Igreja local e visível.
O Batismo Cerimonial une o crente a Igreja visível e
local, habilitando-o a participar da Ceia Memorial, bem
como, atribuindo-lhe os direitos e as responsabilidades
inerentes a esta união. (Mt 28.19,20; At 2.41).
10. Suas Limitações
O Batismo Cerimonial não salva nem complementa
nada na salvação de alguém, isto quer dizer que ele
não tem poder salvífico. A salvação é uma dádiva de
Deus recebida unicamente pela fé em Jesus Cristo. (Ef
2.8; Rm 1.16,17; At 16.31). O Batismo também não fará
o crente mais santificado, nem mais forte, nem mais
abençoado. (Lc 23.42,43). Então, perguntaria alguém,
por que batizar se o batismo não tem virtude salvadora
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 34
nem santificadora? A resposta a esta pergunta é
simples: Batizamos as pessoas porque Jesus, o
Senhor da Igreja, mandou que os que cressem nele
fossem batizados.
Capítulo 7
A CEIA DO SENHOR
1. O Seu Significado
É um símbolo memorial da morte redentora de nosso
Senhor Jesus Cristo. (1 Co 11.23-25; Lc 22.19,20).
2. A Sua Obrigatoriedade
Assim como o Batismo é uma ordenança do Senhor
Jesus para a Igreja, assim também o é a Ceia do
Senhor. “...Fazei isto... em memória de mim”. (1 Co
11.23-25; Lc 22.19,20).
3. Os Seus Elementos
Na Ceia do Senhor devem ser usados apenas dois
elementos: o pão e o vinho. Cada um tem o seu
significado específico. O pão simboliza o corpo de
Jesus que foi flagelado na cruz em nosso lugar. O
vinho representa o sangue de Jesus que foi vertido em
nosso favor. (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19,20; 1
Co 11.23,24).
4. O Seus Participantes
Só devem participar da Ceia do Senhor aquelas
pessoas crentes, batizadas e filiadas a uma Igreja local
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 35
e que estejam em comunhão com Deus e com a Igreja a
que pertencem. (Mt 26.26,27; Mc 14.22,23; Lc 22.19,20;
1 Co 11.28).
5. A Sua Mensagem
Quando a Ceia do Senhor é celebrada, são anunciadas
duas grandes mensagens: Uma, redentora, a morte de
Jesus e a outra escatológica, a sua segunda vinda. (1
Co 11.26).
6. Os Seus Resultados
Os crentes são abençoados quando participam da Ceia
do Senhor dignamente. Aqueles que participam da Ceia
sem discernir o seu significado ou tem cometido algum
pecado que não foi ainda confessado não recebem a
benção do Senhor. “De modo que qualquer que comer
do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente,
será culpado do corpo e do sangue do Senhor”. 1 Co
11.27. “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo,
come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre
vós muitos fracos e doentes, e não poucos que
dormem”. 1 Co 11.29,30. “E perseveravam na doutrina
dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações”. At 2.42,46.
Capítulo 8
O CULTO CRISTÃO
1. Conceito
O culto cristão é uma reunião, de caráter espiritual,
onde os membros e congregados da Igreja se juntam
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 36
para adorar (cantar louvores) o Deus Todo-Poderoso,
fazer oração ao Senhor e ouvir a pregação de Sua
santa Palavra.
2. Os Tipos de Culto
São os seguintes os tipos de cultos realizados por uma
Igreja Congregacional: Culto de oração, Culto
Doutrinário e Culto Público de Pregação do Evangelho.
a) No Culto de Oração - a Igreja se reúne para fazer as
suas preces ao Deus Todo-Poderoso.
b) No Culto Doutrinário - a Igreja se reúne
especificamente para estudar as Sagradas Escrituras.
c) No Culto Público - a Igreja se reúne para proclamar a
mensagem salvadora do Evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo, no templo ou fora dele.
3. As Partes Componentes do Culto
O culto, geralmente, tem as seguintes partes
componentes: uma oração introdutória, um período de
louvor, composto de cântico de hinos pela
congregação ou pelos conjuntos da Igreja, um período
para a leitura e exposição da Palavra de Deus, um
período para as pastorais (avisos), ofertório, oração e
bênção final.
4. A Necessidade do Culto
O culto foi instituído para atender uma necessidade
humana de adorar ao Criador na beleza de Sua
Santidade. “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 37
nome, adorai o Senhor na beleza de sua santidade.” Sl
29.2. “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos
diante do Senhor, que nos criou.” Sl 95.6. “Deus é
espírito; e importa que os seus adoradores o adorem
em espírito e em verdade”. Jo 4.24.
5. O Dever da Realização do Culto
Sendo Deus o que é, santo, sublime e excelso e outros
qualificativos igualmente gloriosos, impõe-se ao ser
humano o dever de prestar ao Todo-Poderoso o culto
que lhe é devido. “... Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e
só a Ele darás culto.” Mt 4.10. “Tributai ao Senhor,
filhos de Deus, tributai ao Senhor glória e força.
Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai
o Senhor na beleza da santidade.” Sl 29.1,2.
6. As Bênçãos do Culto
O culto sendo oferecido a Deus com sinceridade de
coração traz bênçãos incontáveis para a vida do
cristão, como por exemplo: despertamento, renovação,
satisfação, libertação, exortação, edificação,
consolação, etc. (At 2.42-47; 16.25,26; 1 Co 14.26-31: Sl
16.11).
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 38
Capítulo 9
A ORAÇÃO
1. A Importância da Oração
A oração é de uma importância fundamental na vida do
povo de Deus. Ela é importante porque:
a) Jesus a enfatizou - O Senhor Jesus não só enfatizou
a oração ensinando, mas sobretudo a enfatizou
praticando. Jesus como homem orava muito: “O qual,
nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor
e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da
morte, foi ouvido quanto ao que temia.” Hb 5.7. Veja
ainda Mt 14.23; 26.36; Mt 6.5-13; 7.7-11; 26.41.
b) Os Apóstolos a enfatizaram - Os apóstolos do
Senhor Jesus enfatizaram muito o uso da oração, tanto
praticando quanto ensinando, principalmente, o
apóstolo Paulo: “Orai sem cessar.” 1 Ts 5.17. Veja
ainda Ef 6.18; Cl 4.2; Rm 1.12.
c) A Igreja Primitiva a enfatizou - A Igreja Primitiva vivia
literalmente de joelhos. No livro de Atos encontramos
poderosas reuniões de oração que muito levou Deus a
abençoar aqueles irmãos. “E, tendo eles orado, moveu-
se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram
cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a
Palavra de Deus.” At 4.31. Veja ainda: At 1.14; 2.1; 4.24;
12.5; 16.13; 20.36.
2) A Necessidade da Oração
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 39
O uso constante e perseverante da oração faz-se
necessário pelas seguintes razões:
a) Por causa da tentação. O crente deve orar porque
existe um ser espiritual de terrível malignidade , que
procura por todos os meios desestabilizar a vida da
pessoa, através da tentação. (Mt 4.3; 1 Ts 3.5; Mt 6.13;
26.41).
b) Por causa do inimigo do povo de Deus - A Bíblia diz
que os crentes têm um terrível adversário na pessoa de
Satanás, e que só em constante oração é que podemos
vencê-lo, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo. (1
Pe 5.8; Tg 4.7; Ef 6.10-18).
c) Para mantermos a comunhão com Deus. Nós, os
salvos, fomos chamados para termos comunhão com
Deus e com o Seu Filho Jesus Cristo, isto pelo Espírito
Santo. A oração, com certeza, vai nos ajudar nesse
propósito. (At 2.42; 2 Co 13.13; 1 Jo 1.3).
29
e) Para possibilitar a operação de Deus no meio da
Igreja. Todas as poderosas manifestações do poder de
Deus, no seio da Igreja, tiveram como mola propulsora
a oração. Foi assim nos dias que antecederam ao
Pentecostes e em outras ocasiões após esse evento.
(At 1.14; 4.31; 8.14-17; 12.5-17).
3) As Dificuldades na Oração
a) Falta de perseverança. A falta de perseverança causa
dificuldade no atendimento as nossas orações. Deus
pode responder de imediato as nossas orações, mas,
às vezes, Ele demora em fazê-lo, havendo, nesses
casos, necessidade de que se persevere em oração.
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 40
(Lc 18.1; Cl 4.2; Rm 12.12; At 2.42; Sl 40.1).
b) Falta de fé. A falta de fé é o maior impedimento as
nossas orações, pois um coração incrédulo não será
atendido por Deus. (Tg 1.6; Hb 11.6; Mt 17.19,20).
c) Pecado encoberto. Outra coisa que causa
impedimento as nossas orações é pecado cometido e
não confessado ao Senhor. (Is 59.1,2; 2 Cr 7.14; Pv
28.13; 1 Jo 1.9).
4) O Poder da Oração
a) Na vida espiritual. A oração produz crescimento na
vida espiritual da pessoa. (Gn 32.24-30; Ef 6.18; 2 Pe
3.18).
b) Na vida física. As enfermidades poderão ser curadas
pelo poder da oração (2 Rs 20.1-7; Mc 1.30,31; Tg 5.16).
c) Na vida material. A oração afeta positivamente a vida
material da pessoa, considerando que tudo em nossa
vida deve ser apresentado a Deus em oração. (1 Rs 3.3-
13; 2 Cr 26.5; Fp 4.6).
5) A Resposta da Oração
a) Positiva - Deus pode responder as nossas orações
com um sim. (At 4.23-31; Mc 10.46-52; Jn 2.1,10).
b) Negativa - Às vezes, o Senhor também responde as
orações com um não. (2 Co 12.8,9; Dt 3.23-27; Gn 18.22-
33).
c) Aguarde - Nem todas as orações são respondidas de
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 41
imediato. Às vezes demanda tempo para se ter uma
resposta do Senhor, por isso Ele manda que
perseveremos em oração, vigiando nela com ações de
graça. (Sl 40.1; 1 Tm 5.5: Cl 4.2; Rm 12.12; Lc 18.1).
6) Como Fazer Oração
a) De joelhos - O crente pode orar de joelhos, pois, na
Bíblia encontramos muitos exemplos de pessoas que
se ajoelharam para orar. (1 Rs 8.54; Lc 22.41; Dn
6.10,11; Gn 24.11-14; At 20.36; Ef 3.14).
b) Sentados - O crente também pode orar assentado.
(At 2.1,2; Ex 17.12).
c) Em pé - Orar em pé também é uma maneira de orar
ao Senhor, pois, na realidade, o que importa é que a
oração parta de um coração sincero e contrito diante
de Deus. (Ex 17.8-11; 2 Rs. 20.1-3)
d) Deitado - Se a situação o exigir, principalmente por
causa de enfermidade, o crente pode orar ao Senhor
deitado.
7) Onde Fazer Oração
a) Na Igreja - A oração pode ser feita no templo, junto
com os outros irmãos (At 1.13,14; 12.5; 4.23-31).
b) Em casa - Em casa também podemos orar ao
Senhor. (Mt 6.6; Dn 6.10,11; 9.1-4).
c) Em qualquer lugar - O crente deve e pode orar ao
Senhor em qualquer lugar. (1 Tm 2.8; Gn 24.11-14,63).
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 42
8) A Credencial da Oração
A grande e única credencial da oração aos olhos do
Deus Todo-Poderoso é o precioso nome de Jesus.
Toda a oração deve ser feita em nome de Jesus, se não
for assim, não será aceita diante de Deus - (Jo 14.13,14;
16.23,24; 1 Tm 2.5; Ef 2.18; Hb 10.19-22).
Capítulo 10
A CONTRIBUIÇÃO
Deus, na Sua sabedoria infinita, instituiu um sistema de
contribuição para que o Seu trabalho se desenvolvesse
adequadamente sem precisar de recursos oriundos de
outras fontes, a não ser dos seus filhos. O sistema
divino de contribuição é composto de Dízimo, Ofertas
Alçadas e Ofertas Voluntárias.
1. O Dízimo
É a décima parte daquilo que o cristão ganha e que
deve ser entregue a Deus através da Igreja (Casa de
Deus), para que haja mantimento nela. (Ml 3.10).
a) O Dízimo antes da Lei - Antes de Deus entregar a Lei
a Moisés para que Israel fosse guiado por ela, já se
encontrava, no meio dos patriarcas, o salutar costume
de dizimar, isto é, de entregar aos representantes de
Deus, aqui na terra, a décima parte do que tinham ou
recebiam com algum trabalho executado. Foi assim
com Abraão, que deu o dízimo a Melquisedeque,
sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20).
Encontramos também o patriarca Jacó dizimando (Gn
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 43
28.22). Esse abençoado costume dos patriarcas foi,
mais tarde, testificado pelo escritor da carta aos
Hebreus (7.6,9).
b) O Dízimo Durante a Lei - A Lei Mosaica estabeleceu,
como obrigatório, o dízimo para todos os israelitas. O
Dízimo durante a Lei era entregue aos levitas e estes
por sua vez entregavam o dizimo dos dízimos para
sustento daqueles que oficiavam no Tabernáculo. Os
dízimos serviam também para a manutenção do
Templo, da casa de Deus. (Lv 27.30; Nm 18.21,24-26; Dt
14.22-29; 26.12-15; Ne 10.37,38; Ml 3.8-11).
c) O Dízimo Depois da Lei - (Dispensação da Graça) - A
Lei e os profetas duraram até João. Daí em diante,
começou com Cristo outra Dispensação, a da Graça,
onde o cristão não é mais obrigado a guardar a Lei
Mosaica, chamado de Velho Concerto e sim a lei de
Cristo. Com relação ao dízimo, como parâmetro de
contribuição para os cristãos, encontramos uma
palavra do Senhor Jesus registrada em Mt 23.23 que
trata do assunto: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e
do cominho, e tendes omitido o que há de mais
importante na Lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a
fé; estas coisas, porém, devíeis fazer sem omitir
aquelas”. Com estas palavras, o Senhor Jesus
credenciou a continuidade da contribuição do dízimo
na atual Dispensação, como princípio divino de
contribuição para o sustento de seu trabalho. Veja
ainda: Lc 11.42; Mt 22.21. O apóstolo Paulo escrevendo
aos cristãos em Corinto, em sua segunda carta capítulo
3, fala sobre um tipo de contribuição que não fosse
pesada a nenhum dos membros da Igreja; fala,
também, de igualdade na contribuição. Qual é a
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 44
contribuição da qual todos participam de acordo com
as suas posses, com igualdade e que não é pesada a
todos, senão o dízimo.
2. Ofertas Alçadas
São aquelas ofertas levantadas para ocasiões
especiais, atendendo a uma necessidade específica da
Igreja. Todos os crentes, no caso, são convocados a
contribuírem para um alvo definido. “Então disse o
Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me
tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo
coração se mover voluntariamente, dele tomareis a
minha oferta alçada.” Ex 25.1,2. Veja ainda os textos:
Ex 35.4-9; Lv 6.12,13; Ne 13.31; 2 Co 9.1-5.
3. As Ofertas Voluntárias
São aquelas contribuições voluntárias, diferentes do
dízimo e das ofertas alçadas, que são entregues à
Igreja sem o objeto específico de atender a alguma
necessidade ou a algum apelo. “Alguns dos chefes das
casas paternas, unidos à Casa do Senhor em
Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a Casa de
Deus, para edificarem no seu lugar.” Ed 2.68,69. Em
Mateus 2.11, encontramos que os três magos que
vieram do Oriente, ofertaram voluntariamente a Jesus,
quando criança, ouro, incenso e mirra. Veja ainda: 2 Co
9.6-10; Lc 6.38; At 4.34-37.
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 45
CONCLUSÃO
Neste livro , procuramos trazer informações sobre
algumas doutrinas básicas do Cristianismo, a fim de
facilitar o trabalho dos irmãos que preparam
candidatos ao batismo e, ao mesmo tempo, instruir os
batizandos para que compreendam a seriedade do
passo que será dado, no que se refere à obediência da
ordenança do batismo deixada por Jesus.
Vale ressaltar que através deste trabalho, procuramos
atender,
no que se refere a o preparo dos candidatos ao
batismo.
onde o instrutor da classe de ou mesmo os alunos,
poderão encontrar mais substancial para um
aprendizado mais profundo das Sagradas Escrituras.
Esperamos que as Igrejas façam bom uso deste livro ,
considerando que o mesmo foi preparado visando
abençoar a Igreja do Senhor bem como a glorificação
do nome de Jesus Cristo, Mestre, Salvador e Senhor de
nossas vidas.
Pastor Carlos Alberto Candido da Silva 46
ASSEMBLÉIA DE DEUS DO AVIVAMENTO
AGRADEÇO A DEUS
.

LIVRO BATISMO NAS ÁGUAS VOLUME 1.......

  • 1.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 1
  • 2.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 2 Central books Dados Internacionais de Catalogação Publicação Digital livro LIVRO BATISMO NAS ÁGUAS São Paulo 28/05/2009 46 páginas As citações bíblica utilizadas neste livro foram extraídas Da versão Almeida revista e corrigida (ARC), salvo Indicação especifica, e visam incentivar a leitura das Sagradas Escrituras. É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste Livro por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, Xerográficos, fotográficos etc ) indicação da fonte bibliográfica. Este livro está de acordo com ortográfica, que entrou em vigor a parti de 2013 Editora Central Digital Books Ltda 1º edição 2013 Escritor : Carlos Alberto c da silva Celular : (11)95725-592 Editora books
  • 3.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 3 A Books tem consciência ambiental e só trabalha com empresas que utilizam papel de reflorestamento, fazendo com que os seus livros não agridam à natureza. Copyright © 2013 Books Capítulo 1 - A Bíblia Sagrada Capítulo 2 - O Pecado Capítulo 3 - A Salvação Capítulo 4 - A Santificação Capítulo 5 - A Igreja Capítulo 6 - O Batismo Cerimonial Capítulo 7 - A Ceia do Senhor Capítulo 8 - O Culto Cristão Capítulo 9 - A Oração Capítulo 10 - A Contribuição Conclusão INTRODUÇÃO Nessa obra de preparação ao batismo, faz-se necessário que as informações básicas sobre a doutrina cristã sejam repassadas aos batizados de forma tal que os mesmos ao se submeterem ao batismo o façam de maneira consciente. Todo-Poderoso Deus abençoar este trabalho visto que o mesmo foi feito com a intenção de facilitar o trabalho da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, e ao mesmo tempo, glorificar o Seu santo Nome.
  • 4.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 4 ➢ Capítulo 1 ➢ A BÍBLIA SAGRADA 1. Conceito Chama-se de Bíblia o conjunto de 66 livros inspirados por Deus, aceitos pela Igreja Evangélica como única regra de fé e prática do cristão. 2. A Divisão da Bíblia A Bíblia Sagrada divide-se em duas grandes partes: O Antigo e o Novo Testamento. A Palavra Testamento, relacionada à Bíblia Sagrada, significa Pacto ou Aliança. 3. Classificação dos livros da Bíblia Classificamos os livros da Bíblia Sagrada da seguinte maneira: a) Antigo Testamento (39 livros) a) Pentateuco (Os livros da Lei) - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. b) Os Livros Históricos - Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. c) Os Livros Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares. d) Os Livros Proféticos - Isaías, Jeremias,
  • 5.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 5 Lamentações, Ezequiel e Daniel (Profetas Maiores); Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (Profetas Menores). Os títulos Profetas Maiores e Profetas Menores não têm nada haver com a importância do profeta nem com a sua mensagem e sim com a quantidade de capítulos e versículos, bem como quanto ao tempo de ministério do profeta no meio do povo de Israel. b) Novo Testamento (27 livros) a) os Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João. b) O Livro Histórico - Atos dos Apóstolos. c) As Cartas Paulinas - Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e Filemon. d) A Carta aos Hebreus. e) As Epístolas Gerais - Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas. f) O livro da Revelação - Apocalipse. 4. A Inspiração da Bíblia Por inspiração da Bíblia queremos dizer que Deus, na pessoa do Espírito Santo, influenciou de maneira sobrenatural os autores dos livros das Sagradas Escrituras, fazendo assim com que os seus relatos se convertessem em autênticos registros da verdade revelada. Assim sendo, toda a Bíblia foi inspirada por Deus Verbal (2 Pe 1.20,21) e Plenariamente (2 Tm 3.16).
  • 6.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 6 Por Inspiração Verbal, queremos dizer que a influência do Espírito Santo foi além da direção dos pensamentos, chegando até a seleção das palavras usadas para transmitir a mensagem que foi registrada nos escritos originais. Por Inspiração Plenária, queremos dizer que todas as palavras da Bíblia, desde a primeira do livro de Gênesis até a última do livro de Apocalipse, foram inspiradas por Deus. 5. Autoria e Tempo de Preparo da Bíblia A Bíblia foi escrita por mais ou menos 40 escritores de diversos matizes culturais, num período de aproximadamente dezesseis séculos. O mais antigo escritor de livro da Bíblia foi Moisés e o mais recente, o apóstolo João. 6 - As Línguas Originais O Velho Testamento foi escrito em quase sua totalidade em hebraico a língua dos judeus, exceto pequenos trechos escritos em aramaico (Ed 4.8- 6.18; 7.12-26; Dn 2.4-7.28; Jr 10.11), a língua comercial da época. O Novo Testamento foi escrito em sua totalidade na língua grega (grego koinê = popular). 7 - O Personagem Central da Bíblia O Senhor Jesus Cristo é o personagem central da Bíblia. Jesus é identificado nos livros das Sagradas Escrituras através dos tipos, das figuras, dos símbolos, das profecias diretas, de sua biografia e dos escritos dos seus apóstolos.
  • 7.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 7 Vejamos a identificação de Jesus em cada livro da Bíblia Sagrada: Gênesis - A Semente da Mulher Êxodo - O Cordeiro Pascoal Levítico - O Sacrifício Expiatório Números - A Rocha que foi ferida Deuteronômio- O Profeta Prometido Josué - O Príncipe do Exército do Senhor Juizes - O Libertador Rute - O Parente Remidor 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas - O Rei de Israel Esdras e Neemias - O Restaurador Ester - O Advogado Jó - O Redentor que Vive Salmos - Tudo em todos Provérbios - A Sabedoria Divina Eclesiastes - A Razão Suprema do Viver Cantares - O Amado da minha alma Isaías... Malaquias - O Messias Os Evangelhos (Mateus... João) - O Cristo Atos dos Apóstolos - O Espírito As Epístolas (Romanos... Judas) - A Cabeça da Igreja Apocalipse - O Alfa e o Ômega
  • 8.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 8 ➢Capítulo ➢ 2 O PECADO 1 - Conceito a) “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus, ou a transgressão dessa Lei.” b) Pecado é tudo aquilo que falamos, pensamos ou praticamos e que vai de encontro à vontade de Deus revelada em Sua Palavra. 2 - Origem do Pecado a) No Céu - O pecado teve origem no Céu, entre os anjos de Deus, quando Lúcifer, o querubim ungido, rebelou-se contra o Criador, sendo expulso do Céu juntamente com um terço dos anjos que o seguiram (Is 14.12-17; Ez 28.11-19; Ap 12.3,4). b) Na Terra - O pecado surgiu na terra quando os nossos primeiros pais, Adão e Eva, desobedeceram à ordem dada por Deus e comeram, por instigação do Diabo, do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16,17; 3.1-6,17). 3 - As Consequências do Pecado de Adão O pecado dos nossos primeiros pais trouxe para eles e seus descendentes a morte, conforme Deus tinha dito (Gn 2.16,17).
  • 9.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 9 A morte, que é o salário do pecado (Rm 6.23), tem três dimensões, a saber: a) Morte Física - É a separação da parte espiritual (alma ou espírito) da parte material (corpo) (Gn 3.19; 35.18; Ec 12.7; Tg 2.26). b) Morte Espiritual - É a destituição no homem da glória de Deus. É a separação do homem de Deus, desde o seu nascimento (Rm 3.23; Ef 2.1; Cl 2.13; Jo 5.24) c) Morte Eterna -É a eterna separação entre o homem e Deus. Ela acontece quando a pessoa morre fisicamente, estando morto espiritualmente, isto é, separado de Deus, sem o perdão de seus pecados e sem a salvação de sua alma, que só pode ser proporcionada por nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1.9; Dn 12.2; Mt 10.28; 25.41; Lc 16.22; Ap 20.15). 4 - Abrangência do Pecado a) Corrupção Total da Natureza Humana. O pecado atingiu o ser humano em sua totalidade - o seu corpo, a sua alma ou o seu espírito (Is 1.4-6; Rm 7.15-20; Mt 15.18-20; Sl 51.5; Ef 2.3) b) Propagação Universal O pecado propagou-se em todos os seres humanos, através de Adão e Eva. Isso quer dizer que a raça humana é uma raça pecadora; pois o homem traz, desde quando nasce, o germe do pecado em seu coração (Rm 3.9-19,23; 5.12,17,18; Sl 51.5).
  • 10.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 10 5- A Hediondez do Pecado O pecado é hediondo porque provoca as seguintes coisas: a) Fere a Santidade de Deus Deus é um Ser Puro, Santo, Imaculado e exige de suas criaturas morais (o homem e a mulher) santidade de vida. Qualquer pecado do ser humano fere frontalmente a santidade divina (Lv 19.2; 20.7; 1 Pe 1.15,16; Is 6.3). b) Escraviza o homem O homem foi feito por Deus uma criatura livre, mas o pecado se assenhoreou dele e o fez seu escravo (Jo 8.34; Rm 6.16; 7.14; Cl 1.13). c) Destrói no Homem a Imagem de Deus O pecado descaracteriza o homem deformando a imagem de Deus, com a qual foi criado (Gn 1.26,27; Rm 3.23; Ef 4.17-19,22). d) Condena o Homem a Perdição Eterna O pecado, por causa de suas conseqüências, leva o homem à perdição eterna, caso não receba a salvação através de Jesus Cristo. “O salário do pecado é a morte...” Rm 6.23. Veja ainda Rm 5.12; Ez 18.4,20; Tg 1.15
  • 11.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 11 Capítulo 3 ➢ A SALVAÇÃO 1 - Conceito É a manifestação da graça de Deus, através de Jesus Cristo, na vida de uma pessoa, salvando-a da perdição eterna, quando ela, arrependida, num ato voluntário de fé aceita e crê em Jesus como seu único, suficiente e eterno Salvador. 2 - A Concepção da Salvação A salvação do pecador perdido foi concebida pelo conselho da Santíssima Trindade, segundo o eterno propósito de Deus em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos (1 Pe 1.18-20; Ef 1.3-5; 3.8-12; At 4.26-28; Ap 13.8). 3 - O Fundamento da Salvação A salvação do pecador perdido está fundamentada no grandioso amor que Deus tem pelas suas criaturas morais. Esse amor, que é um dos atributos morais da Deidade, é o amor sacrificial, desinteressado, não circunstancial. É o amor eterno que Deus nos tem em Cristo Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8; Gl 2.20; 2 Ts 2.16; 1 Jo 4.8-10,16,19; Ap 1.5). 4 - A Realização do Ato Salvífico A salvação foi realizada por nosso Senhor Jesus Cristo, Filho Eterno de Deus, que veio a este
  • 12.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 12 mundo em carne e ofereceu a sua preciosa vida em sacrifício na cruz do Calvário, para salvar da perdição eterna que pesava sobre o homem por causa de seus pecados. Para autenticar o ato Redentor feito pela Sua morte, Jesus ressuscitou dentre os mortos pelo poder de Deus (Jo 3.16; 1 Tm 1.15; 2.5; Hb 5.9; 7.25; 1 Co 15.3,4; Ef 1.5-7; Cl 1.13,14; At 4.12). 5 - O Oferecimento Gratuito da Salvação Deus em Cristo Jesus oferece, gratuitamente, a salvação a todos os pecadores perdidos. A salvação é um dom gratuito de Deus ao homem (Rm 6.23; Tt 2.11; Is 55.1-3; Jo 7.37; Mt 11.28-30; Ef 2.8; Ap 22.17) 6 - A Apropriação da Salvação Para se apropriar da salvação dois passos são exigidos ao ser humano por Deus: o primeiro é o arrependimento e o segundo é a fé (Mc 1.15; At 2.38; 3.19; Ef 2.8). a) Arrependimento - Deus exige que o ser humano, para receber dele o perdão, arrependa-se de seus pecados, isto é, reconheça a sua condição de pecador perdido aos olhos do Todo-Poderoso e tome a firme decisão de abandonar a vida pecaminosa (Lc 15.17-20; 18.13; 24.47; At 17.30,31; Mc 1.15) 08 b) A fé (Crer em Jesus) - O outro passo que deve ser tomada é o passo da fé. A salvação oferecida, gratuitamente, por Deus ao pecador perdido, deve
  • 13.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 13 ser recebida pela fé. O pecador, arrependido, deve aceitar e crer em Jesus como seu único, suficiente e eterno Salvador (Mc 1.15; Mc 16.15,16; Ef 2.8; At 16.31; Rm 5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11). 7 - O Alcance da Salvação Assim como o pecado atingiu toda a estrutura do ser humano (corpo, alma ou espírito), assim também, a salvação alcança o homem integralmente. Para um grande mal, o maior dos remédios. A Bíblia diz em 1 Ts 5.23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.53,54; 5.4,5; Lc 1.46,47). Para o corpo a salvação garante glorificação (Fp 3.20,21: 1 Co 15.50-54) . Para a alma ou espírito a salvação proporciona o perdão (Ef 4.32; 1 Jo 2.12) e vivificação (Ef 2.1,2,5; Rm 6.11). 8 - A Posse da Salvação A salvação é gozada neste mundo, a partir do momento em que a pessoa arrependida crer em Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um prolongamento por toda a eternidade através da vida eterna dada por Deus (Jo 5.24; 3.16; 6.47; Lc 23.43; 1 Jo 5.11,12). 9 - As Bênçãos Decorrentes da Salvação Grandes são as bênçãos decorrentes da salvação, senão vejamos:
  • 14.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 14 a) Perdão dos pecados - No ato da conversão, todos os pecados da pessoa são perdoados pelo poder do sangue de Jesus. “E ele (Jesus) é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” 1 Jo 2.2. (Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13; Mt 9.2; 1 Jo 2.12; Sl 32.1). b) Justificação - No ato da conversão a pessoa é declarada justificada diante de Deus pela imputação da justiça ou méritos de Cristo. “Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” Rm 3.26. (Rm 3.24,28; 5.1,9; 8.30,33; Tt 3.7). c) Redenção - Quando da conversão a pessoa é resgatada da escravidão do pecado e do poder do Diabo e transportada, espiritualmente, para o Reino da Luz, graças ao poder redentor do sangue de Jesus derramado na cruz do Calvário. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” 1 Pe 1.18,19. (Rm 3.24; 1 Co 1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12; 1 Co 6.20; 7.23). d) Regeneração - No ato da conversão, a pessoa é regenerada, transformada em nova criatura, nascendo de novo pela instrumentalidade do Espírito Santo. “Não por obras de justiça
  • 15.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 15 praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.” Tt 3.5,6. (Jo 3.3; 1 Pe 1.3,23; 2 Co 5.17). e) Adoção - No ato da conversão a pessoa é adotada por Deus como filho, passando a gozar, a partir daí, dos direitos e privilégios inerentes a essa nova relação estabelecida com o Pai Celestial. Isso implica também na responsabilidade que recai sobre o crente de viver conforme o Evangelho de Cristo. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crê no seu nome.” Jo 1.12. (Rm 8.15; Gl 4.5-7; Ef 1.5; 1 Jo 3.1,2). f) Reconciliação - No ato da salvação, a pessoa é reconciliada com Deus por intermédio de Jesus Cristo, desfazendo-se, assim, a inimizade que existia entre Deus e o homem por causa do pecado. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” 2 Co 5.18,19. (1 Tm 2.5; Rm 5.10,11; Ef 2.12-19; Cl 1.20; Hb 9.15; 12.24).
  • 16.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 16 g) Santificação - No ato da conversão, a pessoa é purificada de seus pecados numa ação instantânea da graça de Deus. Isso é chamado de Santificação Posicional. Daí por diante o crente tem que se esforçar para manter o seu coração puro diante de Deus. Chama-se essa fase da santificação de Experimental. “Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados.” Ap 1.5. (1 Jo 1.9; 1 Co 6.11; Hb 10.10,29; 1 Ts 4.3,7; 5.23). g) Glorificação - No programa de Deus, em relação à Igreja, há uma bênção futura para todo os crentes, que é a redenção ou glorificação do corpo. Isso quer dizer que todos os salvos, quando do arrebatamento da Igreja, terão os seus corpos glorificados, habilitando-os, assim, a viverem para sempre com o Senhor. “Pois a nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” Fp 3.20,21. (Rm 8.17,30; Cl 3.4; 1 Pe 5.1; 1 Jo 3.2; Ef 5.27; 1 Co 15.53-57).
  • 17.
    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 17 Capítulo 4 ➢ A SANTIFICAÇÃO 1 - Conceito a) “Santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados no homem interior, segundo a imagem de Deus, e habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e viver para retidão.” b) “Santificação é aquela operação graciosa e contínua do Espírito Santo pela qual ele purifica o pecador da contaminação do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus, e o habilita a praticar boas obras.” 2 - Classificação a) Posicional (ocorrida no ato da conversão) Todo o salvo é chamado de santo ou de santificado em Cristo Jesus. (Rm 1.7; 1 Co 1.2; 2 Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.2; 1 Co 6.10,11). b) Experimental (um processo que nos acompanhará por toda a nossa existência terrena) (1 Ts 5.23; 3.13; Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 1.29; Ef 2.21; 1 Pe 2.2; 2 Pe 3.18). 3 - Abrangência da Santificação a) O Interior da Pessoa - Assim como o pecado tem origem no interior da pessoa, assim também a obra de santificação deve começar por aí, pois é do coração que procedem as saídas da vida.
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 18 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Pv 4.23. (Mt 23.25,26; Mt 7.17-20; Sl 19.14; 1 Ts 5.23). b) O Exterior da Pessoa - A obra de santificação abrange também a vida exterior da pessoa, ou seja os seus atos e as suas palavras. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Ts 5.23; 1 Co 6.20; 1 Pe 1.15; Fp 2.15). 4 - Os Agentes da Santificação a) O Agente Divino (Deus, através da ação poderosa do Espírito Santo, é quem gera um viver santificado no salvo) “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Jo 17.17. (1 Ts 5.23; Rm 1.4; Ef 5.26; 2 Ts 2.13; 1 Jo 1.7). b) O Agente Humano (o salvo também é responsável pela santificação de sua vida, colaborando assim com Deus na grande obra de um viver que agrade ao Senhor) “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hb 12.14. (1 Ts 4.3,7; Js 3.5; 1 Pe 1.15; Ef 4.17-32). 5 - Os Recursos Usados para a Santificação Deus, na sua graça, pôs a nossa disposição poderosos recursos para vivermos uma vida santificada, senão vejamos:
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 19 a) A Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada é um dos poderosos instrumentos usados por Deus para santificar a vida do crente. “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.” Sl 119.9. (Jo 17.17; Hb 4.12; Ef 5.26,27; 2 Tm 3.16,17). b) O Espírito Santo - A terceira pessoa da Santíssima Trindade, O Espírito Santo, nos foi dado por Deus também para trabalhar na área de santificação da vida. Ele habitando no crente, que é parte do plano de Deus na Dispensação da Graça, é o grande motivador de uma vida de santidade. “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.” Rm 8.5. (Rm 8.6; Gl 5.22,23; 5.16,17; Tg 4.4,5). c) A Oração - A oração sincera, feita em nome de Jesus, é outro poderoso instrumento que Deus usa para santificar a vida da pessoa salva. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mt 26.41. (Ef 6.18; Lc 22.31,32; Tg 5.16; 1 Ts 5.17; Cl 4.2; Ef 3.14-20).
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 20 c) O Sangue do Senhor Jesus Cristo - O sangue de nosso Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz do Calvário para nossa eterna redenção e contínua purificação de nossos pecados. Há um glorioso poder purificador no sangue de Jesus. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 Jo 1.7. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 Jo 1.9. (Ap 1.5; Hb 9.14; 13.12; 10.10,14). 6 - A Razão de Ser da Santificação a) Por Causa da Santidade de Deus - A santificação se faz necessária na vida do crente devido a um dos atributos morais de Deus, a Sua santidade. “...Como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” 1 Pe 1.15. (1 Pe 1.16; Lv 11.44; 19.2; 20.7; 1 Jo 3.3: Mt 5.48). b) Por Causa da Glória de Deus - Nós, o povo de Deus, temos uma grande missão neste mundo, que é glorificar o nome do Senhor nosso Deus, principalmente, com a nossa maneira de viver. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 21 Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Pe 2.12; Jo 15.8; 1 Co 6.20; 10.31; Fp 1.27). c) Por Causa da Necessidade de Sermos Usados por Deus - Nós fomos salvos para servir a Deus neste mundo. A Igreja é o instrumento usado por Deus para fazer as virtudes de nosso Senhor Jesus Cristo conhecidas de todos; e Ele só pode nos usar se vivermos uma vida de santificação. “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.” 2 Tm 2.21. (Ez 22.30; Is 52.11; Is 6.5-8; Js 3.5). 7 - A Santificação Plena (Perfeição) A santificação plena que nós chamamos também de perfeição, no programa divino, é um ato futuro, e ocorrerá quando da segunda vinda de Jesus e o conseqüente arrebatamento dos crentes com corpos glorificados. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” 1 Co 15.54. (1 Co 13.10,12; 15.47-53; Pv 4.18).
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 22 Capítulo 5 ➢ A IGREJA 1 - O Significado da Palavra A palavra Igreja é de origem grega (Ekklésia) e significa grupo de pessoas tiradas para fora. 2 - Sua Fundação A Igreja foi fundada oficialmente no dia de Pentecostes, quando da descida do Espírito Santo sobre aqueles 120 irmãos que estavam reunidos no Cenáculo (At 1.12-15; 2.1). Observemos que Jesus, em Mateus 16.18, tinha dito que sobre aquela pedra (a afirmativa dita por Pedro - “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo) edificaria a Sua Igreja, o que aconteceu naquela festividade judaica. (At 2.1-4) 3 - Seu Alicerce A Igreja tem como alicerce a pessoa gloriosa do Senhor Jesus Cristo. Ele é a pedra angular, eleita e preciosa, na qual todo o edifício é construído. “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus Cristo.” 1 Co 3.11. “Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina.” 1 Pe 2.6,7. “...Tu és o Cristo,
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 23 o Filho do Deus vivo... sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela.” Mt 16.16-18. 4 - Sua Natureza A Igreja é um organismo e ao mesmo tempo uma organização. Como organismo, a Igreja é o corpo imortal do Cristo vivo, sendo Ele mesmo a cabeça da Igreja. Dele flui a vida espiritual que mantém o organismo vivo. “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para a edificação de si mesmo em amor”. Ef 4.15,16. Veja, ainda, Ef 1.22,23; 1 Co 12.12-27; Ef 5.23. Como organização, a Igreja é uma instituição local, criada por Deus, para que os seus membros, devidamente organizados em comunidade, possam juntos se edificar mutuamente, crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pelo fato de a Igreja ser uma organização, o Senhor Jesus instituiu ministérios e ofícios dentro dela, para que ela tivesse um crescimento harmonioso. “E a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. 1 Co 12.28. “E Ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 24 Corpo de Cristo”. Ef 4.11,12. Além dos ministérios acima, foram instituídos pelo Senhor, para auxiliar a administração da Igreja local, os ofícios de presbítero (o pastor é um presbítero docente) e de diácono, cabendo ao primeiro a atividade de auxílio de governo espiritual e ao último a de beneficência. "Por esta causa te deixei em Creta para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi.” Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;” At 6.3. 5 - Sua Dimensão A Igreja, em sua dimensão, divide-se em Igreja Universal ou Invisível, Igreja Militante e Igreja Local. a) A Igreja Universal ou Invisível- É aquela que já está formada no plano de Deus desde a eternidade. Esta Igreja é formada de todos os salvos, os do passado, os que estão vivos e aqueles que irão ainda se salvar na atual Dispensação. “Mas tendes chegado... a universal assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus...” Hb 12.22,23. b) A Igreja Militante - É aquela que se encontra espalhada pelo mundo, em todas as Igrejas Locais e até fora delas, lutando pelo progresso do Evangelho. “Paulo... à Igreja de Deus que está em Corinto,... com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. 1 Co 1.1,2.
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 25 c) A Igreja Local - É aquela Igreja organizada num determinado local, geograficamente falando, com todas as condições de funcionarem como uma entidade jurídica, segundo critérios estabelecidos na santa Palavra de Deus. “Dizendo: o que vês escreve em livro e manda as sete Igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia”. Ap 1.11. (Rm 1.7; 1 Co 1.2; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.1; 1 Ts 1.1). 6 - Sua Administração Para administrar a Igreja local, o Senhor instituiu os ofícios de Pastor, Presbíteros e Diáconos, cabendo ao primeiro a superintendência geral do trabalho, ao segundo a co-adjuvância no governo espiritual da Igreja e ao terceiro a administração das temporalidades, especialmente a beneficência. Este é o modelo bíblico de administração da Igreja. “E ele mesmo deu uns para... pastores...” Ef 4.11. “Lembrai-vos dos vosso guias, os quais vos pregaram a Palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram”. Hb 13.7. “Por esta causa te deixei em Creta para que pusésseis em ordem as coisas restantes, bem como em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi”. Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria aos quais encarregaremos deste serviço (beneficência). At 6.3. “Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam irrepreensíveis, de uma só palavra...” 1 Tm 3.8.
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 26 7 - Sua Finalidade A Igreja foi fundada por Jesus Cristo com finalidades específicas, a saber: a) (Adoração) Prestar culto a Deus - “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rm 12.1. “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.” Hb 13.15. b) (Edificação) Edificar a vida espiritual dos seus membros - “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Ef 4.15,16. c) (Proclamação) Anunciar o Evangelho - “E disse- lhes Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. Mc 16.15. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” Mt 28.19. d) (Beneficência) Cuidar dos santos necessitados - “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 27 abandonemos a Palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.” (At 6.1-3). “Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.” (Gl 2.10). 8 - Seu Futuro O futuro da Igreja é glorioso. Ela hoje aguarda pacientemente o dia em que, segundo o propósito eterno de Deus, será revestida de glória, como noiva que é do Cordeiro de Deus. “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele em glória.” Cl 3.4. “E todos com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a Glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” 2 Co 3.18. “O qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” Fp 3.21. A Igreja tem as seguintes classes de Oficiais: a) Pastor - é o Ministro do Evangelho eleito pela Igreja para pastorear o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, como preceitua a Palavra de Deus. (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 28 b) Presbítero - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para auxiliar o Pastor no governo espiritual da Igreja local. (Tt 1.5-9; 1 Tm 5.17). c) Diácono - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para cuidar dos crentes necessitados (Beneficência) (At 6.1- 6). 9 - Sua Estrutura Eclesiástica: Para o funcionamento adequado da Igreja, a seguinte estrutura eclesiástica é utilizada: Na parte superior da estrutura está a assembléia de membros, órgão máximo. Logo abaixo vem o Pastorado que, por delegação, recebe da assembléia poderes para junto com os oficiais Presbíteros gerir a parte eclesial da Igreja. Depois do Pastor ou Pastores vem o corpo de Oficiais, composto de Presbíteros e Diáconos, cada um com atribuições específicas. Depois, seguem-se os Departamentos e Congregações da Igreja e Pontos de Pregação, quando houver. 10 - Sua Estrutura Administrativa: Por estrutura administrativa, entenda-se o funcionamento da parte ligada a área patrimonial da Igreja (móveis, imóveis, pessoas sustentadas e/ou contratadas pela Igreja, etc). No topo da estrutura aparece a assembléia, órgão máximo do regime Congregados l. Logo abaixo segue-se o Pastorado que, por delegação, é o Presidente ex-ofício da Estrutura Administrativa. Logo após, encontramos a Diretoria do Patrimônio, seguida dos Departamentos e Congregações da Igreja.
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 29 Capítulo 6 O BATISMO CERIMONIAL 1- Seu Significado “É uma manifestação externa de uma graça interna.”. É o testemunho público da fé que a pessoa tem no Senhor Jesus Cristo. 2. Seu Simbolismo O Batismo Cerimonial com água simboliza a ação purificadora do sangue de Jesus Cristo na vida do salvo, ou ainda, o lavar regenerador e renovador produzido pelo Espírito Santo no pecador perdido no ato da conversão. (Hb 9.13,14; Tt 3.5,6; 1 Pe 1.2; Ez 36.25) 3. A Sua Obrigatoriedade O Batismo Cerimonial é obrigatório porque é uma ordenança deixada por Jesus à Sua Igreja. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, BATIZANDO-OS em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” Mt 28.19 (At 2.38; 8.36-38; 10.47,48). 4. Formas de Batismo Há uma grande divergência, no meio evangélico, quanto a forma de realização do batismo. As maiores polêmicas giram em torno da imersão e da aspersão. Nós Congregacionais, batizamos por aspersão considerando que, na análise dos textos
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 30 bíblicos sobre o assunto, bem como na geografia da Terra Santa e no significado do batismo cerimonial, a balança pende para o lado dessa forma de batismo, senão vejamos: a. É sabido que em Jerusalém, onde a Igreja começou a existir e onde foram salvas três mil pessoas na pregação de Pedro, não existia água corrente (o rio Jordão fica distante de Jerusalém e o Mar Mediterrâneo muito mais ainda) e sim água em poços artesianos e piscinas ou tanques. (Jo 5.2; 9.7). b. As lideranças religiosa e política de Israel, na época do início da Igreja, não tinham nenhuma simpatia pelo Cristianismo e jamais permitiriam que suas escassas águas fossem usadas numa cerimônia não aceita por eles. (At 4.1-3,17,18; 5.17,18,33,40; 7.57-59; 9.1,2). 21 c. Caso a liderança cristã conseguisse água para encher um tanque, era impossível que nele fossem batizados por imersão três mil pessoas. Provavelmente, quando chegasse no centésimo candidato ao batismo, fosse difícil introduzi-lo no tanque, pois a água já estaria poluída, assim, a operacionalização do batismo seria bastante complicada. d. Lembremo-nos de que o significado do batismo é purificação e não morte e ressurreição. Todos os atos de purificação na religião judaica, instituída por Deus, e que nos seus cerimoniais tipificavam ou simbolizavam a Cristo, eram realizados por aspersão (Hb 9.13; Lv 8.10,11; 9.18; Nm 8.6,7; Jo 2.6; Hb 9.19-22). e. Outra coisa a considerar na opção pela aspersão, é
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 31 que os judeus que foram submetidos ao batismo realizado por João Batista (os imersionistas têm-no como paradigma) não se submeteriam alegremente a ele se o rito fosse feito por imersão, prática essa desconhecida nos rituais do culto judaico. (Considerem que até os saduceus - membros do Sinédrio e os fariseus - fervorosos observadores da Lei e extremamente legalistas procuraram o batismo ministrado por João Batista). (Mt 3.4-7). Se o rito do batismo ministrado por João fosse diferente daquele conhecido pelas autoridades e povo de Israel, certamente, os judeus teriam João como falso profeta, o que dificultaria, sensivelmente, o ministério do precursor de Cristo. f) Os batismos cerimoniais, registrados no livro de Atos, mostram que os mesmos foram realizados por aspersão, senão vejamos: Paulo, ao ser batizado por Ananias, ficou de pé (At 9.18; 22.16); Os gentios que estavam na casa de Cornélio, e que após a pregação de Pedro foram batizados, certamente, o foram por aspersão, porque Pedro mandou que os batizassem logo após terem aceitado a Jesus. (É muito improvável que já estivesse um tanque preparado para tal ocasião). (At 10.47,48). Caso semelhante aconteceu com o carcereiro de Filipos que foi batizado em sua casa, logo após a sua conversão, junto com os seus. (At 16.32,33). O batismo de Lídia, vendedora de púrpura da cidade de Tiatira, deu-se, provavelmente, num rio, mas isso não quer dizer que o mesmo fosse por imersão, visto que foi Paulo ou Silas, ou mesmo Timóteo que a batizou. Como Paulo era quem liderava, é muito improvável que ela tivesse sido batizada por imersão, visto que ele o fora por aspersão. O batismo do eunuco, oficial de Candace, rainha dos etíopes,
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 32 registrado em At 8.36-39, foi realizado ao pé de alguma água. As expressões “eis aqui água”, “desceram à água” e “saíram da água”, não são conclusivas no que se refere a imersão porque também podem se referir a um poço artesiano, a uma cisterna, a um córrego ou mesmo a um rio que não tivesse profundidade suficiente para imergir alguém. Os batismos realizados em Samaria, registrados em At 8.12, não dão nenhuma idéia de que foram por imersão ou aspersão. Podemos inferir, pelo que expomos acima, que os mesmos foram realizados por aspersão, considerando que foram ministrados por um homem só e que eram muitas as pessoas que foram batizadas. (Considerem aí, também, a questão da praticidade da aspersão). 5. Em que Nome Deve Ser Realizado? O Batismo Cerimonial deve ser realizado em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, isto é, em nome da Santíssima Trindade, conforme ensinado por nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 28.19). 6. Por Quem Deve Ser Administrado? O batismo cerimonial deve ser administrado por um Ministro Evangélico, devidamente credenciado. (Mt 28.19; At 2.38; 8.38; 16.33; 1 Co 1.14,16). 7. Quem Deve Ser Batizado? O batismo deve ser administrado naquelas pessoas que crêem no Senhor Jesus Cristo como único e suficiente Salvador. “...Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 33 Jesus Cristo é o Filho de Deus... e Filipe o batizou”. At 8.36. Veja ainda, o caso do carcereiro que foi batizado após aceitar Jesus como Salvador pessoal. (At 16.30- 33). (At 8.12,13). 8. Quando Deve Ser Administrado o Batismo? O Batismo deve ser administrado nos que crêem, após uma pública profissão de fé. “... E, respondendo ele (o eunuco), disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus... e (Filipe) o batizou.” At 8.37,38. (16.30-33). 9. Sua Finalidade O batismo tem as seguintes finalidades: a) Obedecer a uma ordem deixada por Jesus; b) Testemunhar publicamente da nova vida do salvo; c) Unir o crente a Igreja local e visível. O Batismo Cerimonial une o crente a Igreja visível e local, habilitando-o a participar da Ceia Memorial, bem como, atribuindo-lhe os direitos e as responsabilidades inerentes a esta união. (Mt 28.19,20; At 2.41). 10. Suas Limitações O Batismo Cerimonial não salva nem complementa nada na salvação de alguém, isto quer dizer que ele não tem poder salvífico. A salvação é uma dádiva de Deus recebida unicamente pela fé em Jesus Cristo. (Ef 2.8; Rm 1.16,17; At 16.31). O Batismo também não fará o crente mais santificado, nem mais forte, nem mais abençoado. (Lc 23.42,43). Então, perguntaria alguém, por que batizar se o batismo não tem virtude salvadora
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 34 nem santificadora? A resposta a esta pergunta é simples: Batizamos as pessoas porque Jesus, o Senhor da Igreja, mandou que os que cressem nele fossem batizados. Capítulo 7 A CEIA DO SENHOR 1. O Seu Significado É um símbolo memorial da morte redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Co 11.23-25; Lc 22.19,20). 2. A Sua Obrigatoriedade Assim como o Batismo é uma ordenança do Senhor Jesus para a Igreja, assim também o é a Ceia do Senhor. “...Fazei isto... em memória de mim”. (1 Co 11.23-25; Lc 22.19,20). 3. Os Seus Elementos Na Ceia do Senhor devem ser usados apenas dois elementos: o pão e o vinho. Cada um tem o seu significado específico. O pão simboliza o corpo de Jesus que foi flagelado na cruz em nosso lugar. O vinho representa o sangue de Jesus que foi vertido em nosso favor. (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19,20; 1 Co 11.23,24). 4. O Seus Participantes Só devem participar da Ceia do Senhor aquelas pessoas crentes, batizadas e filiadas a uma Igreja local
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 35 e que estejam em comunhão com Deus e com a Igreja a que pertencem. (Mt 26.26,27; Mc 14.22,23; Lc 22.19,20; 1 Co 11.28). 5. A Sua Mensagem Quando a Ceia do Senhor é celebrada, são anunciadas duas grandes mensagens: Uma, redentora, a morte de Jesus e a outra escatológica, a sua segunda vinda. (1 Co 11.26). 6. Os Seus Resultados Os crentes são abençoados quando participam da Ceia do Senhor dignamente. Aqueles que participam da Ceia sem discernir o seu significado ou tem cometido algum pecado que não foi ainda confessado não recebem a benção do Senhor. “De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor”. 1 Co 11.27. “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem”. 1 Co 11.29,30. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. At 2.42,46. Capítulo 8 O CULTO CRISTÃO 1. Conceito O culto cristão é uma reunião, de caráter espiritual, onde os membros e congregados da Igreja se juntam
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 36 para adorar (cantar louvores) o Deus Todo-Poderoso, fazer oração ao Senhor e ouvir a pregação de Sua santa Palavra. 2. Os Tipos de Culto São os seguintes os tipos de cultos realizados por uma Igreja Congregacional: Culto de oração, Culto Doutrinário e Culto Público de Pregação do Evangelho. a) No Culto de Oração - a Igreja se reúne para fazer as suas preces ao Deus Todo-Poderoso. b) No Culto Doutrinário - a Igreja se reúne especificamente para estudar as Sagradas Escrituras. c) No Culto Público - a Igreja se reúne para proclamar a mensagem salvadora do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, no templo ou fora dele. 3. As Partes Componentes do Culto O culto, geralmente, tem as seguintes partes componentes: uma oração introdutória, um período de louvor, composto de cântico de hinos pela congregação ou pelos conjuntos da Igreja, um período para a leitura e exposição da Palavra de Deus, um período para as pastorais (avisos), ofertório, oração e bênção final. 4. A Necessidade do Culto O culto foi instituído para atender uma necessidade humana de adorar ao Criador na beleza de Sua Santidade. “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 37 nome, adorai o Senhor na beleza de sua santidade.” Sl 29.2. “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.” Sl 95.6. “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Jo 4.24. 5. O Dever da Realização do Culto Sendo Deus o que é, santo, sublime e excelso e outros qualificativos igualmente gloriosos, impõe-se ao ser humano o dever de prestar ao Todo-Poderoso o culto que lhe é devido. “... Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” Mt 4.10. “Tributai ao Senhor, filhos de Deus, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.” Sl 29.1,2. 6. As Bênçãos do Culto O culto sendo oferecido a Deus com sinceridade de coração traz bênçãos incontáveis para a vida do cristão, como por exemplo: despertamento, renovação, satisfação, libertação, exortação, edificação, consolação, etc. (At 2.42-47; 16.25,26; 1 Co 14.26-31: Sl 16.11).
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 38 Capítulo 9 A ORAÇÃO 1. A Importância da Oração A oração é de uma importância fundamental na vida do povo de Deus. Ela é importante porque: a) Jesus a enfatizou - O Senhor Jesus não só enfatizou a oração ensinando, mas sobretudo a enfatizou praticando. Jesus como homem orava muito: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.” Hb 5.7. Veja ainda Mt 14.23; 26.36; Mt 6.5-13; 7.7-11; 26.41. b) Os Apóstolos a enfatizaram - Os apóstolos do Senhor Jesus enfatizaram muito o uso da oração, tanto praticando quanto ensinando, principalmente, o apóstolo Paulo: “Orai sem cessar.” 1 Ts 5.17. Veja ainda Ef 6.18; Cl 4.2; Rm 1.12. c) A Igreja Primitiva a enfatizou - A Igreja Primitiva vivia literalmente de joelhos. No livro de Atos encontramos poderosas reuniões de oração que muito levou Deus a abençoar aqueles irmãos. “E, tendo eles orado, moveu- se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus.” At 4.31. Veja ainda: At 1.14; 2.1; 4.24; 12.5; 16.13; 20.36. 2) A Necessidade da Oração
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 39 O uso constante e perseverante da oração faz-se necessário pelas seguintes razões: a) Por causa da tentação. O crente deve orar porque existe um ser espiritual de terrível malignidade , que procura por todos os meios desestabilizar a vida da pessoa, através da tentação. (Mt 4.3; 1 Ts 3.5; Mt 6.13; 26.41). b) Por causa do inimigo do povo de Deus - A Bíblia diz que os crentes têm um terrível adversário na pessoa de Satanás, e que só em constante oração é que podemos vencê-lo, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Pe 5.8; Tg 4.7; Ef 6.10-18). c) Para mantermos a comunhão com Deus. Nós, os salvos, fomos chamados para termos comunhão com Deus e com o Seu Filho Jesus Cristo, isto pelo Espírito Santo. A oração, com certeza, vai nos ajudar nesse propósito. (At 2.42; 2 Co 13.13; 1 Jo 1.3). 29 e) Para possibilitar a operação de Deus no meio da Igreja. Todas as poderosas manifestações do poder de Deus, no seio da Igreja, tiveram como mola propulsora a oração. Foi assim nos dias que antecederam ao Pentecostes e em outras ocasiões após esse evento. (At 1.14; 4.31; 8.14-17; 12.5-17). 3) As Dificuldades na Oração a) Falta de perseverança. A falta de perseverança causa dificuldade no atendimento as nossas orações. Deus pode responder de imediato as nossas orações, mas, às vezes, Ele demora em fazê-lo, havendo, nesses casos, necessidade de que se persevere em oração.
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 40 (Lc 18.1; Cl 4.2; Rm 12.12; At 2.42; Sl 40.1). b) Falta de fé. A falta de fé é o maior impedimento as nossas orações, pois um coração incrédulo não será atendido por Deus. (Tg 1.6; Hb 11.6; Mt 17.19,20). c) Pecado encoberto. Outra coisa que causa impedimento as nossas orações é pecado cometido e não confessado ao Senhor. (Is 59.1,2; 2 Cr 7.14; Pv 28.13; 1 Jo 1.9). 4) O Poder da Oração a) Na vida espiritual. A oração produz crescimento na vida espiritual da pessoa. (Gn 32.24-30; Ef 6.18; 2 Pe 3.18). b) Na vida física. As enfermidades poderão ser curadas pelo poder da oração (2 Rs 20.1-7; Mc 1.30,31; Tg 5.16). c) Na vida material. A oração afeta positivamente a vida material da pessoa, considerando que tudo em nossa vida deve ser apresentado a Deus em oração. (1 Rs 3.3- 13; 2 Cr 26.5; Fp 4.6). 5) A Resposta da Oração a) Positiva - Deus pode responder as nossas orações com um sim. (At 4.23-31; Mc 10.46-52; Jn 2.1,10). b) Negativa - Às vezes, o Senhor também responde as orações com um não. (2 Co 12.8,9; Dt 3.23-27; Gn 18.22- 33). c) Aguarde - Nem todas as orações são respondidas de
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 41 imediato. Às vezes demanda tempo para se ter uma resposta do Senhor, por isso Ele manda que perseveremos em oração, vigiando nela com ações de graça. (Sl 40.1; 1 Tm 5.5: Cl 4.2; Rm 12.12; Lc 18.1). 6) Como Fazer Oração a) De joelhos - O crente pode orar de joelhos, pois, na Bíblia encontramos muitos exemplos de pessoas que se ajoelharam para orar. (1 Rs 8.54; Lc 22.41; Dn 6.10,11; Gn 24.11-14; At 20.36; Ef 3.14). b) Sentados - O crente também pode orar assentado. (At 2.1,2; Ex 17.12). c) Em pé - Orar em pé também é uma maneira de orar ao Senhor, pois, na realidade, o que importa é que a oração parta de um coração sincero e contrito diante de Deus. (Ex 17.8-11; 2 Rs. 20.1-3) d) Deitado - Se a situação o exigir, principalmente por causa de enfermidade, o crente pode orar ao Senhor deitado. 7) Onde Fazer Oração a) Na Igreja - A oração pode ser feita no templo, junto com os outros irmãos (At 1.13,14; 12.5; 4.23-31). b) Em casa - Em casa também podemos orar ao Senhor. (Mt 6.6; Dn 6.10,11; 9.1-4). c) Em qualquer lugar - O crente deve e pode orar ao Senhor em qualquer lugar. (1 Tm 2.8; Gn 24.11-14,63).
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 42 8) A Credencial da Oração A grande e única credencial da oração aos olhos do Deus Todo-Poderoso é o precioso nome de Jesus. Toda a oração deve ser feita em nome de Jesus, se não for assim, não será aceita diante de Deus - (Jo 14.13,14; 16.23,24; 1 Tm 2.5; Ef 2.18; Hb 10.19-22). Capítulo 10 A CONTRIBUIÇÃO Deus, na Sua sabedoria infinita, instituiu um sistema de contribuição para que o Seu trabalho se desenvolvesse adequadamente sem precisar de recursos oriundos de outras fontes, a não ser dos seus filhos. O sistema divino de contribuição é composto de Dízimo, Ofertas Alçadas e Ofertas Voluntárias. 1. O Dízimo É a décima parte daquilo que o cristão ganha e que deve ser entregue a Deus através da Igreja (Casa de Deus), para que haja mantimento nela. (Ml 3.10). a) O Dízimo antes da Lei - Antes de Deus entregar a Lei a Moisés para que Israel fosse guiado por ela, já se encontrava, no meio dos patriarcas, o salutar costume de dizimar, isto é, de entregar aos representantes de Deus, aqui na terra, a décima parte do que tinham ou recebiam com algum trabalho executado. Foi assim com Abraão, que deu o dízimo a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20). Encontramos também o patriarca Jacó dizimando (Gn
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 43 28.22). Esse abençoado costume dos patriarcas foi, mais tarde, testificado pelo escritor da carta aos Hebreus (7.6,9). b) O Dízimo Durante a Lei - A Lei Mosaica estabeleceu, como obrigatório, o dízimo para todos os israelitas. O Dízimo durante a Lei era entregue aos levitas e estes por sua vez entregavam o dizimo dos dízimos para sustento daqueles que oficiavam no Tabernáculo. Os dízimos serviam também para a manutenção do Templo, da casa de Deus. (Lv 27.30; Nm 18.21,24-26; Dt 14.22-29; 26.12-15; Ne 10.37,38; Ml 3.8-11). c) O Dízimo Depois da Lei - (Dispensação da Graça) - A Lei e os profetas duraram até João. Daí em diante, começou com Cristo outra Dispensação, a da Graça, onde o cristão não é mais obrigado a guardar a Lei Mosaica, chamado de Velho Concerto e sim a lei de Cristo. Com relação ao dízimo, como parâmetro de contribuição para os cristãos, encontramos uma palavra do Senhor Jesus registrada em Mt 23.23 que trata do assunto: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na Lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer sem omitir aquelas”. Com estas palavras, o Senhor Jesus credenciou a continuidade da contribuição do dízimo na atual Dispensação, como princípio divino de contribuição para o sustento de seu trabalho. Veja ainda: Lc 11.42; Mt 22.21. O apóstolo Paulo escrevendo aos cristãos em Corinto, em sua segunda carta capítulo 3, fala sobre um tipo de contribuição que não fosse pesada a nenhum dos membros da Igreja; fala, também, de igualdade na contribuição. Qual é a
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 44 contribuição da qual todos participam de acordo com as suas posses, com igualdade e que não é pesada a todos, senão o dízimo. 2. Ofertas Alçadas São aquelas ofertas levantadas para ocasiões especiais, atendendo a uma necessidade específica da Igreja. Todos os crentes, no caso, são convocados a contribuírem para um alvo definido. “Então disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.” Ex 25.1,2. Veja ainda os textos: Ex 35.4-9; Lv 6.12,13; Ne 13.31; 2 Co 9.1-5. 3. As Ofertas Voluntárias São aquelas contribuições voluntárias, diferentes do dízimo e das ofertas alçadas, que são entregues à Igreja sem o objeto específico de atender a alguma necessidade ou a algum apelo. “Alguns dos chefes das casas paternas, unidos à Casa do Senhor em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a Casa de Deus, para edificarem no seu lugar.” Ed 2.68,69. Em Mateus 2.11, encontramos que os três magos que vieram do Oriente, ofertaram voluntariamente a Jesus, quando criança, ouro, incenso e mirra. Veja ainda: 2 Co 9.6-10; Lc 6.38; At 4.34-37.
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 45 CONCLUSÃO Neste livro , procuramos trazer informações sobre algumas doutrinas básicas do Cristianismo, a fim de facilitar o trabalho dos irmãos que preparam candidatos ao batismo e, ao mesmo tempo, instruir os batizandos para que compreendam a seriedade do passo que será dado, no que se refere à obediência da ordenança do batismo deixada por Jesus. Vale ressaltar que através deste trabalho, procuramos atender, no que se refere a o preparo dos candidatos ao batismo. onde o instrutor da classe de ou mesmo os alunos, poderão encontrar mais substancial para um aprendizado mais profundo das Sagradas Escrituras. Esperamos que as Igrejas façam bom uso deste livro , considerando que o mesmo foi preparado visando abençoar a Igreja do Senhor bem como a glorificação do nome de Jesus Cristo, Mestre, Salvador e Senhor de nossas vidas.
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    Pastor Carlos AlbertoCandido da Silva 46 ASSEMBLÉIA DE DEUS DO AVIVAMENTO AGRADEÇO A DEUS .