O HOSPITALISTA E A SEGURANÇA DO PACIENTE
Por Guilherme Brauner Barcellos
Médico hospitalista do Hospital Divina Providência
Médico executivo do Programa de Gestão da Qualidade e da Informação
em Saúde (Qualis) - Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Consultor em Medicina Hospitalar (implantação e aprimoramento de
serviços com hospitalistas)
I Congresso Internacional sobre Segurança do Paciente –
ISMP Brasil – Abril de 2014
Declaração de Conflitos de Interesse
• Trabalho de variadas maneiras
diretamente envolvido com o
tema.
• Há pelo menos 10 anos, não
possuo nenhum tipo de relação
direta com indústrias de
medicamentos ou tecnologias.
Não recebo sequer visitas de
propagandistas destas
indústrias.
http://www.alertaindependente.blogspot.com.br
Roteiro
• Medicina Hospitalar, história e fundamentos
gerais
• O papel do hospitalista na segurança do
paciente
O conceito é de uma simplicidade incrível,
mas, antes de apresentá-lo, para aguçar interesse...
• Nos EUA, os médicos que passaram a atuar nele
organizaram-se por sociedade de especialidade
(Society of Hospital Medicine) e hoje representam a
que mais rapidamente cresceu na história da
medicina moderna:
2012 AHA Survey
• 38,114
• Estimativas conservadoras
para 2014: 44,456
• Presentes em 66% dos
hospitais norte-
americanos.
• Estimativas conservadoras
para 2014: 72%
AHA 2006 Survey
26,634
22,302
19,271
13,293
11,704
9,791
4,156
0 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000
Emergency Medicine
Cardiology
Hospital Medicine
Neurology
Gastroenterology
Pulmonary
Allergy
# of physicians
Estão em praticamente todos os
melhores hospitais norte-americanos…
E está longe de ser impossível no Brasil…
Caxias D’Or - Hospital Privado - RJ
Hospital Nossa Senhora dos Navegantes - SUS - RS
Hospital Pompéia - Filantrópico - RS
Uma sístese das motivações para o surgimento e o crescimento de
hospitalistas foi feita, indiretamente, por Glouberman e Mintzberg,
Health Care Management Review 2001, quando descreveram “Os
quatro mundos de um hospital geral” e sugeriram que, sem a
integração dos médicos, o sistema entraria em colapso.
O conceito é de uma
simplicidade incrível...
• Não mais “passar visita” e ir fazer qualquer
outra coisa;
• Dedicação e envolvimento com o hospital;
• Generalismo;
• Coordenação do cuidado hospitalar da
admissão à alta;
• Continuidade das/nas equipes deve importar
tanto quanto continuidade do cuidado
Diabolicamente difícil está sendo convencer algumas instituições a abandonar a maneira
pela qual sempre trabalharam e se engajar na promoção da inovação.
O Modelo com Hospitalistas I
Gerenciamento de Pacientes Clínicos
O Modelo com Hospitalistas II
Comanejo Clínico-Cirurgião/Sub-Especialista
”divisão de responsabilidade e autoridade”
“não é consultoria”
O Modelo com Hospitalistas III
Atividades “Não Clínicas”
• Participação em Comissões
Hospitalares ----------- 92%
• Em projetos de melhoria da
qualidade e segurança do
paciente ----------------- 86%
(SHM 2005-2006 Survey)
• Desenvolvimento, implantação e
aprimoramento de rotinas e
protocolos clínicos
• Ensino / treinamentos
2011-2012 Quality Improvement
Community Engagement Survey
• 54% dos hospitalistas norte-americanos com treinamento formal em
melhoria da qualidade;
• 96% dos respondedores estiveram envolvidos em projetos de melhoria da
qualidade e segurança no ano anterior;
• 42% tem de 0-10% de tempo protegido para dedicação a projetos de
melhoria da qualidade e segurança e 26% tem 11-20%.
• “The top projects” multidisciplinares em que participaram no ano anterior:
– Fluxo de pacientes
– Melhoramentos e inovações em TI
– Readmissiões
– TEV/anticoagulantes
– Controle glicêmico
– Reconciliação medicamentosa
– Sepse
PROVOCAÇÃO:
QUEM SABE OS
MÉDICOS DE
PARCEIROS LOCAIS
AO INVÉS DO
FABRICANTE DA
MEDICAÇÃO OU
TECNOLOGIA
“CHAVE”?
O Modelo com Hospitalistas IV
Add-On Services
• Time de PCR
• Time de Resposta Rápida
• Time de Procedimentos Guiados por Ecografia
• Equipe de Cuidados Paliativos
• Consultorias tradicionais
• …
Hospitalista não é…
• Plantão clínico (por melhor que seja);
• TRR (embora possa compor);
• Auxiliar administrativo (mas por que não se comportar como tal?);
• Assessor ou auditor da gerência de qualidade
Vantagens do hospitalista
• É mais fácil formar um time assistencial de alto engajamento e
alta performance com médicos hospitalistas
• É mais fácil o gerenciamento da rotina do trabalho médico do
dia-a-dia no modelo de MH
• Melhor posicionamento médico para:
– Trabalho em equipe
– Envolvimento em qualidade e segurança
– Educação (dar e receber), disseminação de melhores
práticas
– Medir / avaliar / dar feedback
– Colaboração na construção, implantação e aprimoramento
de rotinas variadas, em parceria com comitês hospitalares
multidisciplinares e subespecialidades médicas
Medicina Hospitalar
Baseada em Evidências:
Alguns Resultados Gerais
• Evidências consistentes de redução de tempo de internação e
custos (15% em média, ~ 30% em hospital brasileiro, Rev Soc Bras
Clin Med. 2013 out-dez);
• Evidências consistentes de redução de custos sem
comprometimento da qualidade (EFICIÊNCIA);
• Evidências consitência de aumento do giro e da eficiência em
pacientes cirúrgicos;
• Evidências de ganho de qualidade com redução de custos;
• Queda no número necessário de profissionais envolvidos e de
consultorias;
• Aumento da satisfação da enfermagem: o médico encontra-se
disponível;
• Pacientes de um modo geral aceitam bem trocar disponibilidade do
médico por máxima familiaridade (ainda existe em nosso meio???).
O papel do hospitalista na segurança do paciente
• Segundo a Joint
Commission, uma das
formas de promover
segurança é através de alta
performance na entrega do
trabalho clínico tradicional,
favorecida pelo modelo
proposto e sua boa gestão.
• Hospitalistas estão ainda
idealmente posicionados
para implantar e coordenar
planos de cuidados
multidisciplinares.
O papel do hospitalista na segurança do paciente
• Novamente segundo a mais importante credencial
internacional da qualidade e segurança do cuidado
prestado em hospitais, hospitalistas têm vantagens e
facilitadores para conhecer profundamente a
organização, o que funciona e o que precisa ser
melhorado: podem ser fundamentais para bom
desempenho nos Joint Commission’s National Patient
Safety Goals.
Hospitalistas, resultados críticos e
avaliação em tempo ótimo
Qual o problema de um outro médico agindo
sobre o resultado recém disponibilizado?
• Em um estudo clássico, descobriram que receber
atendimento por médico estranho foi um maior
preditor de complicações hospitalares do que a
gravidade da doença de base do paciente.
– Petersen LA, Brennan TA, O’Neil AC, et al. Does housestaff
discontinuity of care increase the risk for preventable adverse
events? Ann Intern Med 1994;121:866-872.
• Em artigo recentemente publicado no NEJM,
descrevem situação onde nove diferentes times se
envolvem no cuidado de paciente criticamente
enfermo, resultando em passividade coletiva e caos.
O título escolhido foi “O efeito espectador na
saúde”, em alusão a fenômeno psicológico também
conhecido como Síndrome de Genovese.
– Stavert RR, Lott JP. The Bystander Effect in Medical Care. N Engl
J Med 2013; 368:8-9.
• A atenuação dos problemas decorrentes da
fragmentação do cuidado poderia economizar $240
bilhões por ano nos EUA.
– Lowering Costs and Improving Outcomes: Workshop Series
Summary (2010)
Hospitalistas, erros envolvendo medicamentos e
conciliação medicamentosa
• O simples fato de atuarem como
“coalizão interna” permite que
os médicos possam de fato
representar barreira para erros
de medicacões.
• 60% dos hospitalistas (AHA 2006
Survey) descreveram ter algum
papel na implantação ou
aprimoramento de projetos de
reconciliação medicamentosa.
Hospitalistas e prevenção
de infecções hospitalares
• O Institute of Healthcare Improvement (IHI) recomenda a
implantação de componentes críticos para que um programa de
higiene das mãos seja bem sucedido, entre eles:
– Todos os profissionais da instituição são educados (e devem
demonstrar conhecimento)
– Todos os profissionais da instituição utilizam técnicas apropriadas para
lavagem das mãos (e precisam demonstrar competência)
À essa altura, alguém duvida que o hospitalista fica melhor
posicionado para receber educação, ser avaliado, ganhar
feedback e poder melhorar dentro dos padrões locais
esperados?
• Podemos ainda ter participação em CCHI’s, colaborar em bundle
para prevenção de infecções em cateter venoso central ou em
programa para uso seguro de cateterismo vesical de demora.
Da teoria a prática no Brasil… Hospital Pompéia
Rev Soc Bras Clin Med. 2013 out-dez
Hospitalistas, reconhecimento de risco e capacidade de
resposta a alterações na condição do paciente
Medicina hospitalar versus Times de Resposta Pápida (exclusivamente)
• Até mesmo pessoas como Rinaldo Bellomo, sempre citado para amparar TRR´s, já estão
pensando diferente em relação a tema. Em recente artigo intitulado Clinical deterioration in
hospital inpatients: the need for another paradigm shift? MJA 196 (2) · 6 February 2012,
Bellomo e colaboradores escrevem:
The MET [medical emergency team] model is reactive, as it requires a patient to
deteriorate before it can be activated. We contend that a new paradigm is needed to
promote a more proactive approach to recognising deterioration, and to provide a pre-
emptive, structured, standardised approach to managing patients who are known to be at
risk of deterioration.
E então, como sugestão principal, orientam abordagem ideal dos pacientes antes da
aparição dos warning signs, através de:
Advance care planning
Medical comanagement of some surgical patients
• Se as evidências são questionáveis para TRR’s, Medicina Baseada em Evidências, ao longo de
todo processo de cuidado, está claramente associada com melhores desfechos.
Hospitalistas!!!
Add-On Services: Efeitos Indesejados
• Sempre que a atuação não for “precisa”, risco de:
– Fragmentação exagerada do cuidado
– Erros de comunicação e na troca de informações
– Diminuição do senso de responsabilidade por parte do
time efetivamente cuidador
– Erros e insegurança
Quase terminando, provoco a partir de título de
apresentação de logo mais, neste mesmo evento:
Como efetivamente dar
importância ao
reconhecimento da
linguagem o verbal entre
médico e enfermeiro para
uma assistência segura ao
paciente, com o médico
como “coalização externa”,
do outro lado da linha?
http://www.safetymed2014.com.br
Encontro Nacional de Médicos Hospitalistas
Participação confirmada de Moises Auron,
Cleveland Clinic
Agradecimento especial à Alfredo Guarischi
http://www.slideshare.net/guibb2014/hm2014
http://saudeweb.com.br/blog/medico-hospitalista/
Saiba ainda mais sobre hospitalistas:
www.hospitalmedicine.org
http://www.medicinahospitalar.blogspot.com.br
http://www.hospitalistadefuturo.com.br
Obrigado ! ! !
gbbarcellos@medicinahospitalar.com.br
Hospital Divina Providência

O HOSPITALISTA E A SEGURANÇA DO PACIENTE

  • 1.
    O HOSPITALISTA EA SEGURANÇA DO PACIENTE Por Guilherme Brauner Barcellos Médico hospitalista do Hospital Divina Providência Médico executivo do Programa de Gestão da Qualidade e da Informação em Saúde (Qualis) - Hospital de Clínicas de Porto Alegre Consultor em Medicina Hospitalar (implantação e aprimoramento de serviços com hospitalistas) I Congresso Internacional sobre Segurança do Paciente – ISMP Brasil – Abril de 2014
  • 2.
    Declaração de Conflitosde Interesse • Trabalho de variadas maneiras diretamente envolvido com o tema. • Há pelo menos 10 anos, não possuo nenhum tipo de relação direta com indústrias de medicamentos ou tecnologias. Não recebo sequer visitas de propagandistas destas indústrias. http://www.alertaindependente.blogspot.com.br
  • 3.
    Roteiro • Medicina Hospitalar,história e fundamentos gerais • O papel do hospitalista na segurança do paciente
  • 4.
    O conceito éde uma simplicidade incrível, mas, antes de apresentá-lo, para aguçar interesse... • Nos EUA, os médicos que passaram a atuar nele organizaram-se por sociedade de especialidade (Society of Hospital Medicine) e hoje representam a que mais rapidamente cresceu na história da medicina moderna: 2012 AHA Survey • 38,114 • Estimativas conservadoras para 2014: 44,456 • Presentes em 66% dos hospitais norte- americanos. • Estimativas conservadoras para 2014: 72%
  • 5.
    AHA 2006 Survey 26,634 22,302 19,271 13,293 11,704 9,791 4,156 05,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 Emergency Medicine Cardiology Hospital Medicine Neurology Gastroenterology Pulmonary Allergy # of physicians
  • 6.
    Estão em praticamentetodos os melhores hospitais norte-americanos…
  • 7.
    E está longede ser impossível no Brasil… Caxias D’Or - Hospital Privado - RJ Hospital Nossa Senhora dos Navegantes - SUS - RS Hospital Pompéia - Filantrópico - RS
  • 8.
    Uma sístese dasmotivações para o surgimento e o crescimento de hospitalistas foi feita, indiretamente, por Glouberman e Mintzberg, Health Care Management Review 2001, quando descreveram “Os quatro mundos de um hospital geral” e sugeriram que, sem a integração dos médicos, o sistema entraria em colapso.
  • 11.
    O conceito éde uma simplicidade incrível... • Não mais “passar visita” e ir fazer qualquer outra coisa; • Dedicação e envolvimento com o hospital; • Generalismo; • Coordenação do cuidado hospitalar da admissão à alta; • Continuidade das/nas equipes deve importar tanto quanto continuidade do cuidado Diabolicamente difícil está sendo convencer algumas instituições a abandonar a maneira pela qual sempre trabalharam e se engajar na promoção da inovação.
  • 12.
    O Modelo comHospitalistas I Gerenciamento de Pacientes Clínicos
  • 13.
    O Modelo comHospitalistas II Comanejo Clínico-Cirurgião/Sub-Especialista ”divisão de responsabilidade e autoridade” “não é consultoria”
  • 14.
    O Modelo comHospitalistas III Atividades “Não Clínicas” • Participação em Comissões Hospitalares ----------- 92% • Em projetos de melhoria da qualidade e segurança do paciente ----------------- 86% (SHM 2005-2006 Survey) • Desenvolvimento, implantação e aprimoramento de rotinas e protocolos clínicos • Ensino / treinamentos
  • 15.
    2011-2012 Quality Improvement CommunityEngagement Survey • 54% dos hospitalistas norte-americanos com treinamento formal em melhoria da qualidade; • 96% dos respondedores estiveram envolvidos em projetos de melhoria da qualidade e segurança no ano anterior; • 42% tem de 0-10% de tempo protegido para dedicação a projetos de melhoria da qualidade e segurança e 26% tem 11-20%. • “The top projects” multidisciplinares em que participaram no ano anterior: – Fluxo de pacientes – Melhoramentos e inovações em TI – Readmissiões – TEV/anticoagulantes – Controle glicêmico – Reconciliação medicamentosa – Sepse PROVOCAÇÃO: QUEM SABE OS MÉDICOS DE PARCEIROS LOCAIS AO INVÉS DO FABRICANTE DA MEDICAÇÃO OU TECNOLOGIA “CHAVE”?
  • 16.
    O Modelo comHospitalistas IV Add-On Services • Time de PCR • Time de Resposta Rápida • Time de Procedimentos Guiados por Ecografia • Equipe de Cuidados Paliativos • Consultorias tradicionais • …
  • 17.
    Hospitalista não é… •Plantão clínico (por melhor que seja); • TRR (embora possa compor); • Auxiliar administrativo (mas por que não se comportar como tal?); • Assessor ou auditor da gerência de qualidade
  • 18.
    Vantagens do hospitalista •É mais fácil formar um time assistencial de alto engajamento e alta performance com médicos hospitalistas • É mais fácil o gerenciamento da rotina do trabalho médico do dia-a-dia no modelo de MH • Melhor posicionamento médico para: – Trabalho em equipe – Envolvimento em qualidade e segurança – Educação (dar e receber), disseminação de melhores práticas – Medir / avaliar / dar feedback – Colaboração na construção, implantação e aprimoramento de rotinas variadas, em parceria com comitês hospitalares multidisciplinares e subespecialidades médicas
  • 19.
    Medicina Hospitalar Baseada emEvidências: Alguns Resultados Gerais • Evidências consistentes de redução de tempo de internação e custos (15% em média, ~ 30% em hospital brasileiro, Rev Soc Bras Clin Med. 2013 out-dez); • Evidências consistentes de redução de custos sem comprometimento da qualidade (EFICIÊNCIA); • Evidências consitência de aumento do giro e da eficiência em pacientes cirúrgicos; • Evidências de ganho de qualidade com redução de custos; • Queda no número necessário de profissionais envolvidos e de consultorias; • Aumento da satisfação da enfermagem: o médico encontra-se disponível; • Pacientes de um modo geral aceitam bem trocar disponibilidade do médico por máxima familiaridade (ainda existe em nosso meio???).
  • 20.
    O papel dohospitalista na segurança do paciente • Segundo a Joint Commission, uma das formas de promover segurança é através de alta performance na entrega do trabalho clínico tradicional, favorecida pelo modelo proposto e sua boa gestão. • Hospitalistas estão ainda idealmente posicionados para implantar e coordenar planos de cuidados multidisciplinares.
  • 21.
    O papel dohospitalista na segurança do paciente • Novamente segundo a mais importante credencial internacional da qualidade e segurança do cuidado prestado em hospitais, hospitalistas têm vantagens e facilitadores para conhecer profundamente a organização, o que funciona e o que precisa ser melhorado: podem ser fundamentais para bom desempenho nos Joint Commission’s National Patient Safety Goals.
  • 22.
    Hospitalistas, resultados críticose avaliação em tempo ótimo
  • 23.
    Qual o problemade um outro médico agindo sobre o resultado recém disponibilizado? • Em um estudo clássico, descobriram que receber atendimento por médico estranho foi um maior preditor de complicações hospitalares do que a gravidade da doença de base do paciente. – Petersen LA, Brennan TA, O’Neil AC, et al. Does housestaff discontinuity of care increase the risk for preventable adverse events? Ann Intern Med 1994;121:866-872. • Em artigo recentemente publicado no NEJM, descrevem situação onde nove diferentes times se envolvem no cuidado de paciente criticamente enfermo, resultando em passividade coletiva e caos. O título escolhido foi “O efeito espectador na saúde”, em alusão a fenômeno psicológico também conhecido como Síndrome de Genovese. – Stavert RR, Lott JP. The Bystander Effect in Medical Care. N Engl J Med 2013; 368:8-9. • A atenuação dos problemas decorrentes da fragmentação do cuidado poderia economizar $240 bilhões por ano nos EUA. – Lowering Costs and Improving Outcomes: Workshop Series Summary (2010)
  • 24.
    Hospitalistas, erros envolvendomedicamentos e conciliação medicamentosa • O simples fato de atuarem como “coalizão interna” permite que os médicos possam de fato representar barreira para erros de medicacões. • 60% dos hospitalistas (AHA 2006 Survey) descreveram ter algum papel na implantação ou aprimoramento de projetos de reconciliação medicamentosa.
  • 25.
    Hospitalistas e prevenção deinfecções hospitalares • O Institute of Healthcare Improvement (IHI) recomenda a implantação de componentes críticos para que um programa de higiene das mãos seja bem sucedido, entre eles: – Todos os profissionais da instituição são educados (e devem demonstrar conhecimento) – Todos os profissionais da instituição utilizam técnicas apropriadas para lavagem das mãos (e precisam demonstrar competência) À essa altura, alguém duvida que o hospitalista fica melhor posicionado para receber educação, ser avaliado, ganhar feedback e poder melhorar dentro dos padrões locais esperados? • Podemos ainda ter participação em CCHI’s, colaborar em bundle para prevenção de infecções em cateter venoso central ou em programa para uso seguro de cateterismo vesical de demora.
  • 26.
    Da teoria aprática no Brasil… Hospital Pompéia Rev Soc Bras Clin Med. 2013 out-dez
  • 27.
    Hospitalistas, reconhecimento derisco e capacidade de resposta a alterações na condição do paciente Medicina hospitalar versus Times de Resposta Pápida (exclusivamente) • Até mesmo pessoas como Rinaldo Bellomo, sempre citado para amparar TRR´s, já estão pensando diferente em relação a tema. Em recente artigo intitulado Clinical deterioration in hospital inpatients: the need for another paradigm shift? MJA 196 (2) · 6 February 2012, Bellomo e colaboradores escrevem: The MET [medical emergency team] model is reactive, as it requires a patient to deteriorate before it can be activated. We contend that a new paradigm is needed to promote a more proactive approach to recognising deterioration, and to provide a pre- emptive, structured, standardised approach to managing patients who are known to be at risk of deterioration. E então, como sugestão principal, orientam abordagem ideal dos pacientes antes da aparição dos warning signs, através de: Advance care planning Medical comanagement of some surgical patients • Se as evidências são questionáveis para TRR’s, Medicina Baseada em Evidências, ao longo de todo processo de cuidado, está claramente associada com melhores desfechos. Hospitalistas!!!
  • 28.
    Add-On Services: EfeitosIndesejados • Sempre que a atuação não for “precisa”, risco de: – Fragmentação exagerada do cuidado – Erros de comunicação e na troca de informações – Diminuição do senso de responsabilidade por parte do time efetivamente cuidador – Erros e insegurança
  • 29.
    Quase terminando, provocoa partir de título de apresentação de logo mais, neste mesmo evento: Como efetivamente dar importância ao reconhecimento da linguagem o verbal entre médico e enfermeiro para uma assistência segura ao paciente, com o médico como “coalização externa”, do outro lado da linha?
  • 30.
    http://www.safetymed2014.com.br Encontro Nacional deMédicos Hospitalistas Participação confirmada de Moises Auron, Cleveland Clinic Agradecimento especial à Alfredo Guarischi
  • 31.
  • 32.
  • 33.
    Saiba ainda maissobre hospitalistas: www.hospitalmedicine.org http://www.medicinahospitalar.blogspot.com.br http://www.hospitalistadefuturo.com.br Obrigado ! ! ! [email protected] Hospital Divina Providência