Orientadora: Marisela Pi Rocha
Discentes: Daniela Cintia, Jairo Bonfim, Marcos Paulo, Patryck Hued e
Tania Santos
 Para Gohn (2008), “São ações sociais
coletivas de caráter sociopolítico e cultural
que viabilizam formas distintas de a
população se organizar e expressar suas
demandas”.
 Fazem parte dos movimentos sociais, os
movimentos populares,sindicais,e as
organizações não governamentais(ONGs).
 Os movimentos sociais do campo são aqueles
que envolvem o campesinato, isto é, os
trabalhadores rurais. Entre as suas principais
bandeiras de luta estão a reforma agrária, a
melhoria das condições de trabalho e o combate
ao processo de substituição do homem pela
máquina no meio agropecuário.
Apesar de haver as mais variadas siglas, os
movimentos sociais do campo constituíram-se,
historicamente, a partir de duas principais frentes:
as Ligas Camponesas, entre as décadas de 1940 e
1960, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), criado na década de 1980.
 A partir de 64, pode-se dizer que foi
institucionalizada a reforma agrária no Brasil,
com o ato surpreendente dos militares de
reconhecerem, através do Estatuto da Terra, a
forte concentração fundiária nas mãos dos
fazendeiros e latifundiários e a imensa
maioria de brasileiros vivendo no campo, sem
terra e trabalho.
É um movimento de massa que luta, basicamente, por terra, pela reforma
agrária e por mudanças na sociedade.
De 21 a 24 de janeiro de 1984, realizou-se o primeiro Encontro Nacional
do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que contou com a
participação de representantes de doze estados.
O Movimento Sem Terra está organizado em 24 estados nas cinco regiões
do país. No total, são cerca de 350 mil famílias que conquistaram a terra
por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais.
Estas famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra
é apenas o primeiro passo para a realização da Reforma Agrária.
MOVIMENTO SOCIAL DOS RURAIS SEM TERRA-MST
 Lutar pela terra;
 Lutar por reforma agrária;
 Lutar por uma sociedade mais justa e
fraterna.
A luta do povo campo brasileiro
VERSUS
Seus oponentes
 A discussão do
campesinato brasileiro é
antiga;
 Divergentes leituras;
 Processo de
transformação social do
capitalismo,socialismo;
 “revolução democrática” dos
movimentos sociais do
campo, a luta se processa
na conquista do acesso a
terra, na reivindicação de
melhorias nas políticas
públicas e ações afirmativas
do governo, que estão
contempladas dentro de um
projeto específico para os
habitantes do campo
brasileiro. Marlene Ribeiro
(2007).
EDUCAÇÃO ESCOLAR DO CAMPO
 A Educação do Campo, construída num espaço
de lutas dos movimentos sociais e sindicais do
campo, é traduzida como uma “concepção
político pedagógica, voltada para dinamizar a
ligação dos seres humanos com a produção das
condições de existência social, na relação com a
terra e o meio ambiente, incorporando os povos
e o espaço da floresta, da pecuária, das minas,
da agricultura, os pesqueiros, caiçaras,
ribeirinhos, quilombolas, indígenas e
extrativistas” (CNE/MEC, 2002).
Com marcas históricas de desigualdade e exclusão no âmbito
das políticas sociais e econômicas, esse segmento da
população ainda vive em desvantagem em relação à
população urbana, especialmente na oferta da educação
básica.
A Educação do Campo traduz o resultado da construção
coletiva de um projeto educativo que revela os princípios, as
lutas, os anseios e as experiências dos diversos movimentos
sociais do campo, transformados em uma política que
reconhece e valoriza a diversidade dos diferentes povos,
afirmando que os sujeitos do campo têm direito a uma
educação pensada desde o seu lugar e com a sua
participação, atrelada à sua cultura e às suas necessidades
humanas e sociais.
 A educação não resolve por si só os
problemas, nem promove a inclusão social.
 Ela não levará ao desenvolvimento do campo
se não for combinada com reforma agrária e
com transformações profundas na política
agrícola do País.
 o movimento social da educação do campo
constrói uma proposta de educação que objetiva
transformar o homem do campo, o camponês no
meio rural brasileiro, experimentando os seus
próprios anseios e convicções.
 A definição da educação como prioridade para os
movimentos sociais do campo, e encampados
pelo MST, teve sua origem na experiência do
trabalho coletivo com a finalidade de enfrentar as
dificuldades da produção e o analfabetismo da
militância.
 Na sua visão, a educação é tão importante
como a luta pela terra ou a reforma agrária,
sendo caracterizada como um projeto
alternativo de ensino, inspirado nos estudos
de Paulo Freire e do teólogo Leonardo Boff.
 o MST teve que modificar totalmente sua
teoria, ou seja, uma posição “revolucionária”
passou para uma posição mais conservadora
e reformista, através do PRONERA (Programa
Nacional de Educação na Reforma Agrária
 O PRONERA foi criado em 1998, no governo
FHC, como uma das tantas outras estratégias
governamentais destinadas a fazer calar os
movimentos sociais que lutavam por uma
educação do campo.
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
A Educação Escolar Indígena, como um direito constitucional, está
definida no Decreto nº 6.861/2009, que dispõe sobre sua
organização em Territórios Etnoeducacionais. Assim, esta oferta se
respalda numa concepção de educação como um processo de
constituição e fortalecimento de uma educação específica,
intercultural e diferenciada.
São objetivos da Educação Escolar Indígena:
I - valorizar as culturas dos povos indígenas, afirmando suas identidades e
manutenção de sua diversidade étnica;
II - fortalecer as práticas socioculturais da língua materna de cada comunidade;
III - formular e executar programas de formação de pessoal especializado,
destinados à educação escolar;
IV - desenvolver currículos e programas específicos, incluindo os
conhecimentos correspondentes às respectivas comunidades;
V - elaborar e publicar material didático específico e diferenciado;
VI - considerar os projetos societários definidos de forma autônoma por cada
povo indígena.
EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA
A Educação Escolar Quilombola objetiva construir um currículo com os quilombolas e para
os quilombolas, baseando-se nos saberes, conhecimentos e respeito às suas matrizes
culturais no contexto específico das comunidades remanescentes de quilombos, sem
deixar de considerar essa realidade nas escolas que atendem a esses sujeitos.
Trata-se de uma educação diferenciada e que deve ser contextualizada para educar a
partir da história de luta e de resistência desses povos, dos costumes das comunidades
quilombolas, do respeito aos mais velhos, além de educar a partir dos saberes e
conhecimentos científicos acumulados na vivência e organização coletiva.
O decreto no 4887/03, além de garantir às comunidades quilombolas a posse
de terra, garante também o acesso a serviços como saúde, educação e
saneamento básico.
Formação continuada de professores para
área de remanescente de Quilombos.
Ampliação e melhoria da rede física escolar.
Produção e aquisição de material didático.
Capacitação de professores de ensino médio
para atenderem alunos quilombolas.
Principais ações do MEC:
• Para GOHN, 2011: “... a participação social em
movimentos e ações coletivas, geram aprendizados e
saberes.”
Participação em
MOVIMENTOS
SOCIAIS
Gera
SABERES
Mediante
NEGOCIAÇÕES
DIÁLOGOS
CONFRONTOS
APRENDIZADOS
Devemos pensar numa escola que respeite a
diversidade cultural e as realidades de todos os
sujeitos que fazem parte de cada comunidade, suas
dificuldades e potencialidades, seus processos de
organização, anseios e necessidades, reeducando os
olhares em relação ao percurso formativo de cada
criança, jovem e adulto, com uma matriz pedagógica
que valorize os diferentes saberes, espaços e
experiências.
GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais e Educação. 6.ed.revista. São Paulo: Cortez,
2005.
GOHN, M. G. Movimentos Sociais Urbanos no Brasil: Manifestações concretas. In: Movimentos
Sociais e Luta pela Moradia. São Paulo: Loyolo,1991. p. 53-68.
LISBOA, T.K. Referencial Teórico. In: A Luta dos Sem-Terra no Oeste Catarinense.
Florianópolis: Editora da UFSC, 1988, p. 17-37.146.
MARTINS, Fernando José.; MEDEIROS, Dalva Helena de. Os Movimentos Sociais e suas
Perspectivas Educativas. Paraná: Fecilcam,2005.
PAULA, J. Inclusão: mais que um desafio escolar, um desafio social. São Paulo: Jairo de
Paula, 2004.
 Outras referências:
 Disponível em: < www.acordacultura.org.br> Acessado em : 27 de Fevereiro de 2015.
 Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001545/154565por.pdf> Acessado em :
27 de Fevereiro de 2015.
 Disponível em: < http://www.anai.org.br/noticias006.asp> Acessado em : 27 de Fevereiro de
2015.

Os Movimentos Sociais e a Educação no Campo

  • 1.
    Orientadora: Marisela PiRocha Discentes: Daniela Cintia, Jairo Bonfim, Marcos Paulo, Patryck Hued e Tania Santos
  • 3.
     Para Gohn(2008), “São ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam formas distintas de a população se organizar e expressar suas demandas”.  Fazem parte dos movimentos sociais, os movimentos populares,sindicais,e as organizações não governamentais(ONGs).
  • 4.
     Os movimentossociais do campo são aqueles que envolvem o campesinato, isto é, os trabalhadores rurais. Entre as suas principais bandeiras de luta estão a reforma agrária, a melhoria das condições de trabalho e o combate ao processo de substituição do homem pela máquina no meio agropecuário. Apesar de haver as mais variadas siglas, os movimentos sociais do campo constituíram-se, historicamente, a partir de duas principais frentes: as Ligas Camponesas, entre as décadas de 1940 e 1960, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criado na década de 1980.
  • 6.
     A partirde 64, pode-se dizer que foi institucionalizada a reforma agrária no Brasil, com o ato surpreendente dos militares de reconhecerem, através do Estatuto da Terra, a forte concentração fundiária nas mãos dos fazendeiros e latifundiários e a imensa maioria de brasileiros vivendo no campo, sem terra e trabalho.
  • 7.
    É um movimentode massa que luta, basicamente, por terra, pela reforma agrária e por mudanças na sociedade. De 21 a 24 de janeiro de 1984, realizou-se o primeiro Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que contou com a participação de representantes de doze estados. O Movimento Sem Terra está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total, são cerca de 350 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais. Estas famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra é apenas o primeiro passo para a realização da Reforma Agrária. MOVIMENTO SOCIAL DOS RURAIS SEM TERRA-MST
  • 8.
     Lutar pelaterra;  Lutar por reforma agrária;  Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.
  • 9.
    A luta dopovo campo brasileiro VERSUS Seus oponentes
  • 10.
     A discussãodo campesinato brasileiro é antiga;  Divergentes leituras;  Processo de transformação social do capitalismo,socialismo;  “revolução democrática” dos movimentos sociais do campo, a luta se processa na conquista do acesso a terra, na reivindicação de melhorias nas políticas públicas e ações afirmativas do governo, que estão contempladas dentro de um projeto específico para os habitantes do campo brasileiro. Marlene Ribeiro (2007).
  • 11.
  • 12.
     A Educaçãodo Campo, construída num espaço de lutas dos movimentos sociais e sindicais do campo, é traduzida como uma “concepção político pedagógica, voltada para dinamizar a ligação dos seres humanos com a produção das condições de existência social, na relação com a terra e o meio ambiente, incorporando os povos e o espaço da floresta, da pecuária, das minas, da agricultura, os pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos, quilombolas, indígenas e extrativistas” (CNE/MEC, 2002).
  • 13.
    Com marcas históricasde desigualdade e exclusão no âmbito das políticas sociais e econômicas, esse segmento da população ainda vive em desvantagem em relação à população urbana, especialmente na oferta da educação básica. A Educação do Campo traduz o resultado da construção coletiva de um projeto educativo que revela os princípios, as lutas, os anseios e as experiências dos diversos movimentos sociais do campo, transformados em uma política que reconhece e valoriza a diversidade dos diferentes povos, afirmando que os sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, atrelada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.
  • 14.
     A educaçãonão resolve por si só os problemas, nem promove a inclusão social.  Ela não levará ao desenvolvimento do campo se não for combinada com reforma agrária e com transformações profundas na política agrícola do País.
  • 15.
     o movimentosocial da educação do campo constrói uma proposta de educação que objetiva transformar o homem do campo, o camponês no meio rural brasileiro, experimentando os seus próprios anseios e convicções.  A definição da educação como prioridade para os movimentos sociais do campo, e encampados pelo MST, teve sua origem na experiência do trabalho coletivo com a finalidade de enfrentar as dificuldades da produção e o analfabetismo da militância.
  • 16.
     Na suavisão, a educação é tão importante como a luta pela terra ou a reforma agrária, sendo caracterizada como um projeto alternativo de ensino, inspirado nos estudos de Paulo Freire e do teólogo Leonardo Boff.  o MST teve que modificar totalmente sua teoria, ou seja, uma posição “revolucionária” passou para uma posição mais conservadora e reformista, através do PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
  • 17.
     O PRONERAfoi criado em 1998, no governo FHC, como uma das tantas outras estratégias governamentais destinadas a fazer calar os movimentos sociais que lutavam por uma educação do campo.
  • 18.
    EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA AEducação Escolar Indígena, como um direito constitucional, está definida no Decreto nº 6.861/2009, que dispõe sobre sua organização em Territórios Etnoeducacionais. Assim, esta oferta se respalda numa concepção de educação como um processo de constituição e fortalecimento de uma educação específica, intercultural e diferenciada. São objetivos da Educação Escolar Indígena: I - valorizar as culturas dos povos indígenas, afirmando suas identidades e manutenção de sua diversidade étnica; II - fortalecer as práticas socioculturais da língua materna de cada comunidade; III - formular e executar programas de formação de pessoal especializado, destinados à educação escolar; IV - desenvolver currículos e programas específicos, incluindo os conhecimentos correspondentes às respectivas comunidades; V - elaborar e publicar material didático específico e diferenciado; VI - considerar os projetos societários definidos de forma autônoma por cada povo indígena.
  • 19.
    EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA AEducação Escolar Quilombola objetiva construir um currículo com os quilombolas e para os quilombolas, baseando-se nos saberes, conhecimentos e respeito às suas matrizes culturais no contexto específico das comunidades remanescentes de quilombos, sem deixar de considerar essa realidade nas escolas que atendem a esses sujeitos. Trata-se de uma educação diferenciada e que deve ser contextualizada para educar a partir da história de luta e de resistência desses povos, dos costumes das comunidades quilombolas, do respeito aos mais velhos, além de educar a partir dos saberes e conhecimentos científicos acumulados na vivência e organização coletiva. O decreto no 4887/03, além de garantir às comunidades quilombolas a posse de terra, garante também o acesso a serviços como saúde, educação e saneamento básico. Formação continuada de professores para área de remanescente de Quilombos. Ampliação e melhoria da rede física escolar. Produção e aquisição de material didático. Capacitação de professores de ensino médio para atenderem alunos quilombolas. Principais ações do MEC:
  • 20.
    • Para GOHN,2011: “... a participação social em movimentos e ações coletivas, geram aprendizados e saberes.” Participação em MOVIMENTOS SOCIAIS Gera SABERES Mediante NEGOCIAÇÕES DIÁLOGOS CONFRONTOS APRENDIZADOS
  • 22.
    Devemos pensar numaescola que respeite a diversidade cultural e as realidades de todos os sujeitos que fazem parte de cada comunidade, suas dificuldades e potencialidades, seus processos de organização, anseios e necessidades, reeducando os olhares em relação ao percurso formativo de cada criança, jovem e adulto, com uma matriz pedagógica que valorize os diferentes saberes, espaços e experiências.
  • 23.
    GOHN, Maria daGlória. Movimentos Sociais e Educação. 6.ed.revista. São Paulo: Cortez, 2005. GOHN, M. G. Movimentos Sociais Urbanos no Brasil: Manifestações concretas. In: Movimentos Sociais e Luta pela Moradia. São Paulo: Loyolo,1991. p. 53-68. LISBOA, T.K. Referencial Teórico. In: A Luta dos Sem-Terra no Oeste Catarinense. Florianópolis: Editora da UFSC, 1988, p. 17-37.146. MARTINS, Fernando José.; MEDEIROS, Dalva Helena de. Os Movimentos Sociais e suas Perspectivas Educativas. Paraná: Fecilcam,2005. PAULA, J. Inclusão: mais que um desafio escolar, um desafio social. São Paulo: Jairo de Paula, 2004.  Outras referências:  Disponível em: < www.acordacultura.org.br> Acessado em : 27 de Fevereiro de 2015.  Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001545/154565por.pdf> Acessado em : 27 de Fevereiro de 2015.  Disponível em: < http://www.anai.org.br/noticias006.asp> Acessado em : 27 de Fevereiro de 2015.