«BUCÓLICA»
   Miguel Torga




                  Trabalho realizado por …
                   Daniela Filipa
                   Sabrina Santos
Miguel Torga » BIOGRAFIA

Pseudónimo: Adolfo Correia da Rocha

Nascimento: 12 Agosto 1907, em Vila Real

Vida: Depois de uma pequena passagem pelo
seminário de Lamego emigrou para o Brasil com
apenas treze anos. Em 1925 regressou a Portugal
onde concluiu o ensino secundário e frequentou o
curso de Medicina em Coimbra.

Com mais de cinquenta obras publicadas desde os
seus 21 anos, o autor, dramaturgo e romancista
tornou-se um escritor bastante conhecido.

Faleceu: 17 de Janeiro de 1995
Miguel Torga »OBRAS                     Romance:
                                        Traço de União, 1955
Prosa:                                  O Quinto Dia da Criação do Mundo, 1974
Pão Ázimo, 1931                         Fogo Preso, 1976
A Terceira Voz, 1934                    O Sexto Dia da Criação do Mundo, 1981
A Criação do Mundo, os Dois Primeiros
Dias, 1937
O Terceiro Dia da Criação do Mundo,     Teatro:
1938                                    Terra Firme, 1941
O Quarto Dia da Criação do Mundo,       Mar, 1941
1939                                    O Paraíso, 1949
Bichos, 1940
Contos da Montanha, 1941                Sinfonia, 1947
O Senhor Ventura, 1943                  Poema Dramático, 1946
Um Reino Maravilhoso, 1941
Trás-os-Montes, 1941                    Poesia e Prosa:
Conferência, 1941
Rua, 1942                               Diário (1º a 12º volume), 1941 a 1977
Portugal, 1950                          Antologia Poética, 1981.
Pedras Lavradas, 1951
Novos Contos da Montanha, 1944
Vindima, 1945
                                                                                *…+
Bucólica

A vida é feita de nadas :
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;

De casas de moradia
Caidas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;

De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha
Bucólica                                ANALISE FORMAL

                                        Três estrofes -uma quadra e dois
A vida é feita de nadas :               quintetos
De grandes serras paradas
À espera de movimento;                  Esquema rimático:
De searas onduladas                     • aabab (emparelhada em a;
Pelo vento;                             cruzada em abab )
                                        • cdcd (cruzada)
De casas de moradia
                                        • eefef ( emparelhada em e e
Caidas e com sinais
De ninhos que outrora havia                cruzada em efef)
Nos beirais;
                                        Rima:
De poeira;                              • Perfeita ( nadas … onduladas )
De sombra de uma figueira;              • Rica ( moradia … havia )
De ver esta maravilha:                  • Pobre ( figueira … videira )
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha
Bucólica                               ANALISE FORMAL

                                       Escansão :
A/vi/da é/fei/ta/de/na/das : (7)       «««««««
De/gran/des/ser/ras/pa/ra/das (7)
À es/pe/ra/de/mo/vi/men/to; (7)        Maioritáriamente 7 silabas
De/sea/ras/on/du/la/das (6)            métricas
Pe/lo/ven/to; (3)

De/ca/sas/de/mo/ra/di/a (7)
Cai/das/e/com/si/nais (6)
De/ni/nhos/que ou/tro/ra ha/vi/a (7)
Nos/bei/rais; (2)

De/po/ei/ra; (3)
De/som/bra/de u/ma/fi/guei/ra; (7)
De/ver/es/ta/ma/ra/vi/lha: (7)
Meu/Pai a er/guer/u/ma/vi/dei/ra (7)
Co/mo u/ma/mãe/que/faz/a/tran/ça à
/fi/lha (10)
Bucólica                                Figuras de estilo relevantes

                                        Comparação
A vida é feita de nadas :               Enumeração
De grandes serras paradas               Anáfora
À espera de movimento;                  Antítese
De searas onduladas
Pelo vento;

De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;

De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha
Compreender
1. Tendo em conta o significado de “Bucólica” – poema que tem por tema a
Natureza e a vida campestre - , elabora o campo lexical de Natureza, com
palavras retiradas do poema.

2. Atenta na forma como são caracterizados, nas duas primeiras estrofes, os
“nadas” de que é feita a vida.

2.1 Prova que o sujeito poético mostra alguma tristeza em relação àquilo que
o rodeia.

2.2 Identifica, nos versos 10 e 11, dois nomes que ajudam a confirmar os
sentimentos referidos na questão anterior

3. Sinaliza o nome que remete para o sentimento de alegria que o sujeito
poético recupera nos três últimos versos.

4. Explica o sentido da comparação contida nos dois últimos versos.

5. Justifica a repetição “De” no início de grande parte dos versos
Proposta de Escrita

O acróstico é um poema, no qual as primeiras letras
dos versos dormam uma ou mais palavras quando lidas
na vertical. A mensagem do poema relaciona-se com
essa (s) palavra (s). Cria em pares ou grupos de três,
um acróstico a partir da palavra « bucólica » ou de
outra palavra que esteja relacionada com a Natureza e
a vida campestre.
Nada é tão belo que não possa
sucumbir
Ante o jugo da impiedosa poluição
Turvando o céu, pesando o ar,         Colhem-se as primeiras flores,
matando rios...
U'a chaga purulenta espalha a         As ruas invadem-se de cores ;
destruição.                           Muitas são as alegrias que se
Rezem crianças pelo fim desse         formam
martírio,                             Periodica e rapidamente.
Este planeta de cuidados necessita.   Outras … nem se transformam
Zelem pelo que resta: um sopro de
vida...                               São alegrias constantemente.
A natureza estende a mão e agoniza
                   Andra Valladares

poema bucólica

  • 1.
    «BUCÓLICA» Miguel Torga Trabalho realizado por …  Daniela Filipa  Sabrina Santos
  • 2.
    Miguel Torga »BIOGRAFIA Pseudónimo: Adolfo Correia da Rocha Nascimento: 12 Agosto 1907, em Vila Real Vida: Depois de uma pequena passagem pelo seminário de Lamego emigrou para o Brasil com apenas treze anos. Em 1925 regressou a Portugal onde concluiu o ensino secundário e frequentou o curso de Medicina em Coimbra. Com mais de cinquenta obras publicadas desde os seus 21 anos, o autor, dramaturgo e romancista tornou-se um escritor bastante conhecido. Faleceu: 17 de Janeiro de 1995
  • 3.
    Miguel Torga »OBRAS Romance: Traço de União, 1955 Prosa: O Quinto Dia da Criação do Mundo, 1974 Pão Ázimo, 1931 Fogo Preso, 1976 A Terceira Voz, 1934 O Sexto Dia da Criação do Mundo, 1981 A Criação do Mundo, os Dois Primeiros Dias, 1937 O Terceiro Dia da Criação do Mundo, Teatro: 1938 Terra Firme, 1941 O Quarto Dia da Criação do Mundo, Mar, 1941 1939 O Paraíso, 1949 Bichos, 1940 Contos da Montanha, 1941 Sinfonia, 1947 O Senhor Ventura, 1943 Poema Dramático, 1946 Um Reino Maravilhoso, 1941 Trás-os-Montes, 1941 Poesia e Prosa: Conferência, 1941 Rua, 1942 Diário (1º a 12º volume), 1941 a 1977 Portugal, 1950 Antologia Poética, 1981. Pedras Lavradas, 1951 Novos Contos da Montanha, 1944 Vindima, 1945 *…+
  • 4.
    Bucólica A vida éfeita de nadas : De grandes serras paradas À espera de movimento; De searas onduladas Pelo vento; De casas de moradia Caidas e com sinais De ninhos que outrora havia Nos beirais; De poeira; De sombra de uma figueira; De ver esta maravilha: Meu Pai a erguer uma videira Como uma mãe que faz a trança à filha
  • 5.
    Bucólica ANALISE FORMAL Três estrofes -uma quadra e dois A vida é feita de nadas : quintetos De grandes serras paradas À espera de movimento; Esquema rimático: De searas onduladas • aabab (emparelhada em a; Pelo vento; cruzada em abab ) • cdcd (cruzada) De casas de moradia • eefef ( emparelhada em e e Caidas e com sinais De ninhos que outrora havia cruzada em efef) Nos beirais; Rima: De poeira; • Perfeita ( nadas … onduladas ) De sombra de uma figueira; • Rica ( moradia … havia ) De ver esta maravilha: • Pobre ( figueira … videira ) Meu Pai a erguer uma videira Como uma mãe que faz a trança à filha
  • 6.
    Bucólica ANALISE FORMAL Escansão : A/vi/da é/fei/ta/de/na/das : (7) ««««««« De/gran/des/ser/ras/pa/ra/das (7) À es/pe/ra/de/mo/vi/men/to; (7) Maioritáriamente 7 silabas De/sea/ras/on/du/la/das (6) métricas Pe/lo/ven/to; (3) De/ca/sas/de/mo/ra/di/a (7) Cai/das/e/com/si/nais (6) De/ni/nhos/que ou/tro/ra ha/vi/a (7) Nos/bei/rais; (2) De/po/ei/ra; (3) De/som/bra/de u/ma/fi/guei/ra; (7) De/ver/es/ta/ma/ra/vi/lha: (7) Meu/Pai a er/guer/u/ma/vi/dei/ra (7) Co/mo u/ma/mãe/que/faz/a/tran/ça à /fi/lha (10)
  • 7.
    Bucólica Figuras de estilo relevantes Comparação A vida é feita de nadas : Enumeração De grandes serras paradas Anáfora À espera de movimento; Antítese De searas onduladas Pelo vento; De casas de moradia Caídas e com sinais De ninhos que outrora havia Nos beirais; De poeira; De sombra de uma figueira; De ver esta maravilha: Meu Pai a erguer uma videira Como uma mãe que faz a trança à filha
  • 8.
    Compreender 1. Tendo emconta o significado de “Bucólica” – poema que tem por tema a Natureza e a vida campestre - , elabora o campo lexical de Natureza, com palavras retiradas do poema. 2. Atenta na forma como são caracterizados, nas duas primeiras estrofes, os “nadas” de que é feita a vida. 2.1 Prova que o sujeito poético mostra alguma tristeza em relação àquilo que o rodeia. 2.2 Identifica, nos versos 10 e 11, dois nomes que ajudam a confirmar os sentimentos referidos na questão anterior 3. Sinaliza o nome que remete para o sentimento de alegria que o sujeito poético recupera nos três últimos versos. 4. Explica o sentido da comparação contida nos dois últimos versos. 5. Justifica a repetição “De” no início de grande parte dos versos
  • 9.
    Proposta de Escrita Oacróstico é um poema, no qual as primeiras letras dos versos dormam uma ou mais palavras quando lidas na vertical. A mensagem do poema relaciona-se com essa (s) palavra (s). Cria em pares ou grupos de três, um acróstico a partir da palavra « bucólica » ou de outra palavra que esteja relacionada com a Natureza e a vida campestre.
  • 10.
    Nada é tãobelo que não possa sucumbir Ante o jugo da impiedosa poluição Turvando o céu, pesando o ar, Colhem-se as primeiras flores, matando rios... U'a chaga purulenta espalha a As ruas invadem-se de cores ; destruição. Muitas são as alegrias que se Rezem crianças pelo fim desse formam martírio, Periodica e rapidamente. Este planeta de cuidados necessita. Outras … nem se transformam Zelem pelo que resta: um sopro de vida... São alegrias constantemente. A natureza estende a mão e agoniza Andra Valladares