Príons
Adila Trubat
Componentes dos peptídios
• Espinha dorsal - formada pela união dos aminoácidos
- presença da ligação peptídica
• Grupamento N-terminal (NH3
+ livre)
C- terminal (COO- livre)
• Resíduos de aminoácidos
• Radicais dos aminoácidos - ligados a espinha dorsal
- radicais são responsáveis pelas
propriedades dos peptídios
O
Exemplos de proteínas contendo diferentes proporções
e arranjos de elementos estruturais secundários
Comunicação celular
A descoberta dos príons
Pruziner, 1982
•Príons “anormais” são chamados PrPsc, em alusão a
“scrapie”, uma forma da doença em ovinos
•Os PrPsc são altamente resistentes a calor, formol,
nucleases
•Os PrPsc são sensíveis a disruptores de gorduras, como:
fenol, soda, éter, hipoclorito Na, fluorocarbonos
PrPsc
Proteinaceous infectious particles
Tais agentes não possuem ácidos nucleicos (DNA e/ou
RNA) ao contrário dos demais agentes infecciosos
conhecidos (vírus, bactérias, fungos e parasitas).
O termo foi cunhado em 1982 por Stanley Prusiner, que
recebeu o prêmio Nobel de Medicina em 1997
Definição
Existe um gene, denominado PrP, que é responsável pela
síntese da proteína príon celular (PrPc).
Na sua forma normal e saudável, essa proteína, além de
participar do processo de diferenciação neural, ela defende
os neurônios de condições que podem levar à sua
destruição.
Uma mutação do gene PrP provoca a formação defeituosa
da PrPc, que se transforma em príon PrPsc.
Origem
PrPc ou PrPcel
 PrPc é uma proteína extremamente conservada
evolutivamente, o que sugere que tenha função
celular importante, entretanto apesar do vasto
conhecimento sobre as doenças de prion e o
papel de PrPc nestas patologias, sua função
fisiológica permanece desconhecida.
 PrPc parece envolvido com a ativação de
linfócitos mediada por mitógenos e com a
regulação das concentrações de cálcio intracelular
em neurônios. Sugerindo algum tipo de papel na
PrPSc é diferente do PrPc normal
- conformação diferente
- contém hélices (comparada com hélice em PrPc)
- menos solúvel, muito resistente, inclusive a proteases
Os príons PrPsc são capazes de alterar a forma de outras
proteínas saudáveis, que, a partir daí, também adquirem um
comportamento priônico. Os príons podem até mesmo
produzir réplicas de si mesmos (por mecanismos ainda
desconhecidos).
Características do PrPsc
PrPsc
Formação de fibrilas por PrPsc
Formação de fibrilas por PrPsc
Contágio
1. PrPsc entra no encéfalo e induz a troca de conformação
das proteínas normais. A infecção por tais moléculas pode
ocorrer:
Consumo da carne de animais infectados,
Aplicação de hormônios,
Utilização de instrumentos cirúrgicos contaminados.
2. Mutação no gene que codifica o príon normal
Conformação anormal (PrPc => PrPsc)
Seja qual for o mecanismo de infecção, não há
procedimento de rotina que possa identifica-los.
Os príons PrPsc possuem estruturas bastante estáveis e são
resistentes a enzimas digestivas, calor, algumas substâncias
químicas e até à radiação ultravioleta, condições que
normalmente degradam proteínas e ácidos nucleicos.
Também não existe nenhum mecanismo de defesa
imunológica capaz de neutralizar essa partícula infectante, o
que torna ainda mais rápida a sua disseminação.
PrPsc
PrPsc
Doenças com características comuns:
- Causadas por agentes não convencionais (príons)
- Longo período de incubação (anos)
- Doença fatal, progressiva
- Lesões no encéfalo: vacuolização de neurônios
- Sem resposta imune ou inflamatória
Características das doenças por PrPsc
Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD)
CVJ severa
Cérebro Normal
Conhecida popularmente como mal da vaca louca. Essa
doença é evolutiva e provoca a degeneração dos neurônios
de bovinos, que passam a apresentar comportamentos
anormais e morrem dentro de pouco tempo.
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB)
Doença de evolução rápida, que, entre outros danos,
provoca perda da coordenação muscular (ataxia) e
tremores. Os indivíduos infectados podem morrer em até 1
ano após o surgimento dos sintomas.
Kuru
Síndrome hereditária rara, de evolução lenta e progressiva,
cujos sintomas são ataxia, perda da coordenação motora,
degeneração do cerebelo e dificuldade de locomoção. Os
portadores da doença começam a desenvolver os sintomas
entre os 35 e 60 anos de idade; estima-se que a sobrevida
desses indivíduos seja de 5 anos, contados após o
aparecimento dos sintomas.
Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker
(GSS)
Perdas de volume
Trata-se de um distúrbio do sono hereditário, caracterizado
principalmente pela incapacidade de dormir. Os sintomas
aparecem, em geral, a partir dos 40 anos de idade, sendo
eles, falta de atenção, perda da coordenação motora,
taquicardia, sudorese, entre outros. Tais sintomas evoluem
rapidamente para turvação da consciência, demência e
morte.
Insônia Familiar Fatal
Sinais da IFF
 Aumento da insônia, paranóia e fobias (4 meses)
 Alucinações (5 meses)
 Completa incapacidade de dormir, rápida perda
de peso (3 meses)
 Demência: indivíduo se torna
irresponsivo/mudo (6 meses)
 Morte ocorre entre 7 e 36 meses do começo dos
sintomas
Doença congênita progressiva, cujos sintomas podem
surgir ainda no primeiro dia de vida da criança. O
desenvolvimento lento, ataques apopléticos frequentes,
perda das capacidades muscular e intelectual e rigidez dos
membros são alguns dos sintomas da doença.
Síndrome de Alpers
Tratamento
 Não existe tratamento para a doença.
 É uma doença de rápida evolução, em que
aproximadamente 90% dos indivíduos
acometidos evoluem para óbito em um ano.
 Acompanhamento permanente.
 Propostas terapêuticas terem sido estudadas,
nenhuma até o momento foi efetiva em mudar a
evolução fatal da doença.
 Dentre as terapias relatadas, encontram-se drogas
antivirais e corticóides.
STI1
 Ligante da PrPc
 STI1 e secretada por astrócitos e interage
com PrPC na superfície neuronal
induzindo neuritogênese e neuroproteção
por ativação de vias de sinalização
diferentes.
 Embora pouco se saiba sobre os
mecanismos de secreção de STI1,
acredita-se que este processo e
fundamental na regulação das funções
Bloqueio de sinal químico emitido pela versão saudável do
príon pode originar terapia contra Alzheimer e tumor cerebral
Prions
Prions

Prions

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    Componentes dos peptídios •Espinha dorsal - formada pela união dos aminoácidos - presença da ligação peptídica • Grupamento N-terminal (NH3 + livre) C- terminal (COO- livre) • Resíduos de aminoácidos • Radicais dos aminoácidos - ligados a espinha dorsal - radicais são responsáveis pelas propriedades dos peptídios O
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    Exemplos de proteínascontendo diferentes proporções e arranjos de elementos estruturais secundários
  • 9.
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    •Príons “anormais” sãochamados PrPsc, em alusão a “scrapie”, uma forma da doença em ovinos •Os PrPsc são altamente resistentes a calor, formol, nucleases •Os PrPsc são sensíveis a disruptores de gorduras, como: fenol, soda, éter, hipoclorito Na, fluorocarbonos PrPsc
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    Proteinaceous infectious particles Taisagentes não possuem ácidos nucleicos (DNA e/ou RNA) ao contrário dos demais agentes infecciosos conhecidos (vírus, bactérias, fungos e parasitas). O termo foi cunhado em 1982 por Stanley Prusiner, que recebeu o prêmio Nobel de Medicina em 1997 Definição
  • 18.
    Existe um gene,denominado PrP, que é responsável pela síntese da proteína príon celular (PrPc). Na sua forma normal e saudável, essa proteína, além de participar do processo de diferenciação neural, ela defende os neurônios de condições que podem levar à sua destruição. Uma mutação do gene PrP provoca a formação defeituosa da PrPc, que se transforma em príon PrPsc. Origem
  • 19.
    PrPc ou PrPcel PrPc é uma proteína extremamente conservada evolutivamente, o que sugere que tenha função celular importante, entretanto apesar do vasto conhecimento sobre as doenças de prion e o papel de PrPc nestas patologias, sua função fisiológica permanece desconhecida.  PrPc parece envolvido com a ativação de linfócitos mediada por mitógenos e com a regulação das concentrações de cálcio intracelular em neurônios. Sugerindo algum tipo de papel na
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    PrPSc é diferentedo PrPc normal - conformação diferente - contém hélices (comparada com hélice em PrPc) - menos solúvel, muito resistente, inclusive a proteases
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    Os príons PrPscsão capazes de alterar a forma de outras proteínas saudáveis, que, a partir daí, também adquirem um comportamento priônico. Os príons podem até mesmo produzir réplicas de si mesmos (por mecanismos ainda desconhecidos). Características do PrPsc
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    Contágio 1. PrPsc entrano encéfalo e induz a troca de conformação das proteínas normais. A infecção por tais moléculas pode ocorrer: Consumo da carne de animais infectados, Aplicação de hormônios, Utilização de instrumentos cirúrgicos contaminados. 2. Mutação no gene que codifica o príon normal Conformação anormal (PrPc => PrPsc) Seja qual for o mecanismo de infecção, não há procedimento de rotina que possa identifica-los.
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    Os príons PrPscpossuem estruturas bastante estáveis e são resistentes a enzimas digestivas, calor, algumas substâncias químicas e até à radiação ultravioleta, condições que normalmente degradam proteínas e ácidos nucleicos. Também não existe nenhum mecanismo de defesa imunológica capaz de neutralizar essa partícula infectante, o que torna ainda mais rápida a sua disseminação. PrPsc
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    Doenças com característicascomuns: - Causadas por agentes não convencionais (príons) - Longo período de incubação (anos) - Doença fatal, progressiva - Lesões no encéfalo: vacuolização de neurônios - Sem resposta imune ou inflamatória Características das doenças por PrPsc
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    Conhecida popularmente comomal da vaca louca. Essa doença é evolutiva e provoca a degeneração dos neurônios de bovinos, que passam a apresentar comportamentos anormais e morrem dentro de pouco tempo. Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB)
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    Doença de evoluçãorápida, que, entre outros danos, provoca perda da coordenação muscular (ataxia) e tremores. Os indivíduos infectados podem morrer em até 1 ano após o surgimento dos sintomas. Kuru
  • 38.
    Síndrome hereditária rara,de evolução lenta e progressiva, cujos sintomas são ataxia, perda da coordenação motora, degeneração do cerebelo e dificuldade de locomoção. Os portadores da doença começam a desenvolver os sintomas entre os 35 e 60 anos de idade; estima-se que a sobrevida desses indivíduos seja de 5 anos, contados após o aparecimento dos sintomas. Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS)
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  • 40.
    Trata-se de umdistúrbio do sono hereditário, caracterizado principalmente pela incapacidade de dormir. Os sintomas aparecem, em geral, a partir dos 40 anos de idade, sendo eles, falta de atenção, perda da coordenação motora, taquicardia, sudorese, entre outros. Tais sintomas evoluem rapidamente para turvação da consciência, demência e morte. Insônia Familiar Fatal
  • 41.
    Sinais da IFF Aumento da insônia, paranóia e fobias (4 meses)  Alucinações (5 meses)  Completa incapacidade de dormir, rápida perda de peso (3 meses)  Demência: indivíduo se torna irresponsivo/mudo (6 meses)  Morte ocorre entre 7 e 36 meses do começo dos sintomas
  • 43.
    Doença congênita progressiva,cujos sintomas podem surgir ainda no primeiro dia de vida da criança. O desenvolvimento lento, ataques apopléticos frequentes, perda das capacidades muscular e intelectual e rigidez dos membros são alguns dos sintomas da doença. Síndrome de Alpers
  • 46.
    Tratamento  Não existetratamento para a doença.  É uma doença de rápida evolução, em que aproximadamente 90% dos indivíduos acometidos evoluem para óbito em um ano.  Acompanhamento permanente.  Propostas terapêuticas terem sido estudadas, nenhuma até o momento foi efetiva em mudar a evolução fatal da doença.  Dentre as terapias relatadas, encontram-se drogas antivirais e corticóides.
  • 47.
    STI1  Ligante daPrPc  STI1 e secretada por astrócitos e interage com PrPC na superfície neuronal induzindo neuritogênese e neuroproteção por ativação de vias de sinalização diferentes.  Embora pouco se saiba sobre os mecanismos de secreção de STI1, acredita-se que este processo e fundamental na regulação das funções
  • 48.
    Bloqueio de sinalquímico emitido pela versão saudável do príon pode originar terapia contra Alzheimer e tumor cerebral