JORGE SAMUEL
O QUE É O SUS ??? 
O QUE É SAÚDE ???
“A saúde é direito de todos e dever 
do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença 
e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e 
serviços para a promoção, proteção 
e recuperação”. 
Constituição Federal de 1988, 
artigo 196.
O SUS QUE TEMOS... O SUS QUE QUEREMOS! 
E O SUS QUE PRECISAMOS?
BREVE HISTORICO 
•Até a década 50 – Modelo do Sanitarismo (campanhas 
com objetivo de sanear as cidades e garantir exportações 
agrícolas) 
* Década 60 – Atendimento médico previdenciário 
(a economia migra do polo rural para industrial, 
necessidade de atendimento médico previdenciário) 
* Década 70 – Modelo médico-assistencial privatista 
(centralização da administração – época da ditadura – 
modelo dicotômico entre ações curativas e preventivas). 
Na segunda metade da década de 70 começa a expansão 
dos movimentos sociais e a formulação de propostas que 
atendessem os excluídos
* 1980 – 7° Conferência Nacional de Saúde: 
Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde 
(PREV-Saúde). Pela grave crise fiscal que o pais vive 
naquela época, cria-se órgãos para administrar melhor 
os poucos recursos. O Prev-saúde, por falta de apoio 
político, não é implementado. 
* 1983 - Ações Integradas de Saúde (AIS): 
AIS - Discussão entre reformistas com os setores do 
INAMPS tentando solucionar a crise previdenciária. 
Executadas pelos MS-INAMPS-Secretarias estaduais
1986 - 8° Conferência Nacional de Saúde: 
“...saúde é a resultante das condições de 
alimentação, habitação, educação, renda, 
meio ambiente, trabalho, transporte, 
emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da 
terra e o acesso a serviços de saúde. É assim, 
antes de tudo, o resultado das formas de 
organização social da produção, as quais 
podem gerar grandes desigualdades nos 
níveis de vida...”
1988 - Constituição Federal – Artigo 196 
“ A saúde é direito de todos e dever do 
Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação.”
O lugar do SUS na Constituição 
1. O SUS faz parte das ações definidas na 
Constituição como sendo de “relevância pública”. 
2. A saúde faz parte de um sistema mais amplo, o 
Sistema da Seguridade Social. 
Seguridade Social 
Saúde 
Previdência 
Assistência 
Social
Legislação do SUS 
O SUS foi criado pela Constituição 
Federal de 1988 e regulamentado pelas 
Leis n. 8.080/90 e n. 8.142/90. A 
partir daí, vem sendo, socialmente, 
construído especialmente por meio de 
Normas Operacionais Básicas, feitas 
em consenso pelas três esferas de 
governo e materializadas em 
Portarias Ministeriais.
Constituição Federal 
• Constituição Federal de 1988: 
A “Constituição Cidadã” foi um marco 
fundamental na redefinição das prioridades da 
política do Estado na área da saúde pública. 
– Ela estabelece o conceito de saúde, 
incorporando novas dimensões; define 
o SUS como ação de “relevância pública”; 
estabelece seus princípios, diretrizes, 
competências e financiamento.
Leis Orgânicas da Saúde 
• Lei nº 8.080 e Lei nº 8.142, de 1990: 
– Detalharam os princípios, diretrizes gerais e 
condições para organização e funcionamento do 
sistema. Ou seja, definiram as competências do SUS: 
• Prestar assistência às pessoas por intermédio de 
ações de promoção, prevenção e recuperação da 
saúde; 
• Realização integrada das ações de vigilância 
sanitária, vigilância epidemiológica, saúde do 
trabalhador, assistência terapêutica integral, 
inclusive farmacêutica. 
• Direção única do SUS, exercida pelas três esferas do 
governo: União, estados e municípios.
Normas Operacionais Básicas 
• São instrumentos utilizados para a definição de 
estratégias e movimentos tático-operacionais que 
reorientam a operacionalidade do SUS, a partir da 
avaliação periódica de sua implantação e 
desempenho. 
• Tais normas definiram as competências de cada 
esfera de governo e as condições necessárias para 
que estados e municípios (descentralização) 
pudessem assumir as novas atribuições no processo 
de implantação do SUS. 
• Ex: NOB 01/93 e NOB 01/96 
• OUTRAS NORMATIZAÇÕES: NOAS(2000), PACTO 
PELA VIDA, COAP.
Gestores do SUS 
• FEDERAL 
– Ministério da Saúde 
• ESTADUAL 
– Secretaria de Estado da Saúde 
• MUNICIPAL 
– Secretaria Municipal de Saúde
Funções Gestoras na Saúde 
a) Formulação de políticas / planejamento 
b) Financiamento 
c) Coordenação, regulação, controle e 
avaliação 
d) Prestação direta de serviços de saúde
Princípios Básicos do SUS 
Universalidade 
Eqüidade Integralidade 
SUS
Universalidade 
• A saúde é direito de cidadania e dever do 
Estado; 
• Todas as pessoas têm direito ao atendimento 
independente de cor, raça, religião, local de 
moradia, situação de emprego ou renda, etc; 
Lei 8080 
O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Equidade 
• O SUS deve tratar desigualmente os desiguais 
• Os serviços de saúde devem identificar as 
diferenças da população e trabalhar para cada 
necessidade, oferecendo mais a quem mais 
precisa 
• Reduzir disparidades regionais e sociais 
Lei 8080 
O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Integralidade 
• “...entendida como conjunto articulado e contínuo das 
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e 
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de 
complexidade do sistema.” (lei 8.080, 7°,II) 
• A visão do indivíduo como um todo 
• As ações de promoção, de prevenção e de recuperação 
• Necessidade da hierarquização do sistema de saúde 
Lei 8080 
O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Princípios éticos/doutrinários 
Universalidade 
Equidade Integralidade 
Regionalização e SUS 
Hierarquização 
Resolubilidade 
Descentralização 
Controle Social 
Participação complementar 
do Setor Privado 
Princípios organizacionais
Regionalização e Hierarquização 
Nível terciário de atenção a saúde – Hospitais de referência – 
Resolvem 5% dos problemas de saúde 
Nível secundário de atenção – Centros (ambulatórios) de 
referência – Resolvem 15% dos problemas de saúde 
Nível Primário de atenção - PSF e UBS 
- Responsáveis por 80% dos problemas de saúde 
Lei 8080 
O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Hosp. Especializado 
PSF PSF 
PSF 
PSF 
PSF 
PSF 
UBS 
UBS 
UBS 
Distrito Sanitário 
Amb. 
especializado 
exames
Participação dos Cidadãos: O Controle Social 
• Constituição 
– Garante a participação da população na formulação e controle da 
execução das políticas de saúde 
• Lei 8142 
– Conselho de Saúde 
• Paritário (gestores, profissionais de saúde e usuários) 
• Municipal, estadual e federal 
Lei 8142 e Conselho de Saúde: guia de referencias para a sua organização (MS) 1994
QUEM PAGA O 
SUS ???
Financiamento do SUS 
• Emenda Constitucional nº 29/2000: 
– União: limite mínimo de gasto foi estabelecido como o 
valor empenhado em 1999, acrescido de 5% e, nos anos 
subseqüentes, da variação nominal do Produto Interno 
Bruto (PIB); 
– Estados: terão que gastar, no mínimo, 12% das suas 
receitas próprias com a saúde; 
– Municípios: comprometem 15% de suas contas. 
Os recursos financeiros para o SUS têm sido 
insuficientes para dar suporte a um sistema 
público universal de qualidade.
Financiamento do SUS 
• Para receber os recursos federais, Estados e Municípios devem 
apresentar os requsitos: 
– Fundo de Saúde – conta especial onde serão depositados e 
movimentados os recursos financeiros do SUS, sob fiscalização do 
Conselho de Saúde; 
– Conselho de Saúde – órgão colegiado de caráter permanente 
e deliberativo, composto por representantes do governo - 
prestadores de serviço – (25%), profissionais de saúde (25%) e 
usuários (50%). Sua finalidade é exercer o controle social sobre a 
gestão e implantação do SUS; 
– Plano de Saúde – base das programações e atividades que 
serão desenvolvidas por cada nível de direção do SUS; 
– Relatórios de Gestão – mecanismo de acompanhamento da 
execução do plano de saúde e da aplicação dos recursos 
recebidos. 
– Contrapartida dos recursos para a saúde no respectivo 
orçamento; 
– Plano de Carreiras, Cargos e Salários elaborado por comissão.
BBllooccooss ddee FFiinnaanncciiaammeennttoo 
II -- AAtteennççããoo BBáássiiccaa 
IIII -- AAtteennççããoo ddee MMééddiiaa ee AAllttaa CCoommpplleexxiiddaaddee 
AAmmbbuullaattoorriiaall ee HHoossppiittaallaarr 
IIIIII -- VViiggiillâânncciiaa eemm SSaaúúddee 
IIVV -- AAssssiissttêênncciiaa FFaarrmmaaccêêuuttiiccaa 
VV -- GGeessttããoo ddoo SSUUSS
Piso da Atenção Básica Fixo – PAB FIXO 
Piso da Atenção Básica Variável - PAB Variável. 
I - Saúde da Família 
II - Agentes Comunitários de Saúde 
III - Saúde Bucal 
IV - Compensação de Especificidades Regionais 
V - Fator de Incentivo de Atenção Básica aos Povos Indígenas 
VI - Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário 
VII - Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em conflito com a 
lei em regime de internação e internação provisória 
VIII - Outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo 
específico
O QUE VOCÊ ACHA DO SUS ??? 
AVANÇOU ??? 
EM QUE ???
Avanços a celebrar 
Aumento na quantidade de serviços: 
• Cobertura do PSF 
• Exames de imagem 
• Procedimentos de hemodiálise 
• Nº de consultas de pré-natal 
• Cobertura vacinal por DPT 
• Consultas médicas por internação 
• Procedimentos de quimioterapia 
• Cirurgias cardíacas
Avanços a celebrar 
Melhoria na qualidade de serviços: 
• Programa Nacional de Imunização 
– cobertura vacinal e erradicação de doenças 
• Sistema Nacional de Transplantes 
– número de transplantados 
• Programa de Controle do HIV/Aids 
– tratamento e prevenção da doença 
• Saúde Mental 
– desospotalização e humanização dos serviços
Números anuais do SUS 
• 12 milhões de internações hospitalares 
• + de 1 bilhão de procedimentos em atenção 
primária à saúde 
• 50 milhões de consultas médicas 
• 2 milhões de partos 
• 300 milhões de exames laboratoriais 
• 1 milhão de tomografias computadorizadas 
• 9 milhões de exames de ultra-sonografia 
• 140 milhões de doses de vacina 
• + de 15 mil transplantes de órgãos
Percepção do SUS 
“O SUS não deve ser visto como um 
problema sem solução, mas como uma 
solução com problemas.” 
• As percepções negativas estão fortemente associadas 
ao tempo de espera: demora em ser atendido, espera 
em filas, tempo perdido na recepção. 
• Mas o nível de conhecimento acerca do SUS da 
população em geral é muito pequeno. 
• E o SUS vem perdendo a batalha da comunicação com 
a sociedade brasileira: mídia.
São princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) 
que constam na Lei 8080/90: 
a) centralização, universalidade e integralidade. 
b) hierarquização, centralização e integralidade. 
c) universalidade, igualdade e integralidade. 
d) universalidade, participação popular e 
autonomia. 
e) integralidade, participação popular e 
autonomia.
As ações e serviços de saúde no âmbito do SUS devem ser 
desenvolvidos de acordo com os princípios e diretrizes 
previstos na Constituição Federal e na Lei n° 8.080/90. Em 
relação a estes princípios e diretrizes, é INCORRETO afirmar 
que: 
a) a universalidade de acesso aos serviços de saúde deve 
ocorrer em níveis específicos da assistência. 
b) a epidemiologia deve ser usada para o estabelecimento de 
prioridades, alocação de recursos e orientação programática. 
c) a igualdade da assistência à saúde deve se dar sem 
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. 
d) os serviços públicos devem ser organizados de modo a 
evitar duplicidade de meios para fins idênticos. 
e) a regionalização e hierarquização da rede de serviços de 
saúde faz parte da descentralização político-administrativa.
No que diz respeito à participação da comunidade na 
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), é correto 
afirmar que: 
a) os líderes comunitários devem promover eleições 
locais para escolher quem representará a comunidade 
na gestão do SUS. 
b) dar-se-á através dos Conselhos e das Conferências 
de Saúde e será paritária em relação ao conjunto dos 
demais segmentos. 
c) os representantes da comunidade serão nomeados 
pelas autoridades constituídas. 
d) não é relevante já que não está prevista na 
Constituição e não tem respaldo legal. 
e) dar-se-á por meio dos comitês permanentes mediante 
a ocorrência de um fato relevante para a saúde pública. 
•
As entidades privadas filantrópicas, dentro do Sistema Único de 
Saúde – SUS, têm a função de: 
a) integrar complementarmente a rede de serviços de 
assistência 
b) organizar a atenção a desempregados e população de rua 
c) garantir disponibilidade de leitos para cuidados prolongados e 
internações sociais 
d) orientar a captação de recursos para a universalização da 
atenção 
•
De acordo com a Emenda Constitucional 29, os recursos 
municipais destinados às ações e serviços de saúde serão 
aplicados através: 
a) da Assembleia Legislativa 
b) do Conselho de Saúde 
c) do Plano de Saúde 
d) do Fundo de Saúde
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO
SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO

SISTEMA UNICO DE SAUDE - RESUMAO

  • 1.
  • 2.
    O QUE ÉO SUS ??? O QUE É SAÚDE ???
  • 3.
    “A saúde édireito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. Constituição Federal de 1988, artigo 196.
  • 4.
    O SUS QUETEMOS... O SUS QUE QUEREMOS! E O SUS QUE PRECISAMOS?
  • 5.
    BREVE HISTORICO •Atéa década 50 – Modelo do Sanitarismo (campanhas com objetivo de sanear as cidades e garantir exportações agrícolas) * Década 60 – Atendimento médico previdenciário (a economia migra do polo rural para industrial, necessidade de atendimento médico previdenciário) * Década 70 – Modelo médico-assistencial privatista (centralização da administração – época da ditadura – modelo dicotômico entre ações curativas e preventivas). Na segunda metade da década de 70 começa a expansão dos movimentos sociais e a formulação de propostas que atendessem os excluídos
  • 6.
    * 1980 –7° Conferência Nacional de Saúde: Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREV-Saúde). Pela grave crise fiscal que o pais vive naquela época, cria-se órgãos para administrar melhor os poucos recursos. O Prev-saúde, por falta de apoio político, não é implementado. * 1983 - Ações Integradas de Saúde (AIS): AIS - Discussão entre reformistas com os setores do INAMPS tentando solucionar a crise previdenciária. Executadas pelos MS-INAMPS-Secretarias estaduais
  • 7.
    1986 - 8°Conferência Nacional de Saúde: “...saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e o acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida...”
  • 8.
    1988 - ConstituiçãoFederal – Artigo 196 “ A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
  • 10.
    O lugar doSUS na Constituição 1. O SUS faz parte das ações definidas na Constituição como sendo de “relevância pública”. 2. A saúde faz parte de um sistema mais amplo, o Sistema da Seguridade Social. Seguridade Social Saúde Previdência Assistência Social
  • 11.
    Legislação do SUS O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis n. 8.080/90 e n. 8.142/90. A partir daí, vem sendo, socialmente, construído especialmente por meio de Normas Operacionais Básicas, feitas em consenso pelas três esferas de governo e materializadas em Portarias Ministeriais.
  • 12.
    Constituição Federal •Constituição Federal de 1988: A “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição das prioridades da política do Estado na área da saúde pública. – Ela estabelece o conceito de saúde, incorporando novas dimensões; define o SUS como ação de “relevância pública”; estabelece seus princípios, diretrizes, competências e financiamento.
  • 13.
    Leis Orgânicas daSaúde • Lei nº 8.080 e Lei nº 8.142, de 1990: – Detalharam os princípios, diretrizes gerais e condições para organização e funcionamento do sistema. Ou seja, definiram as competências do SUS: • Prestar assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde; • Realização integrada das ações de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, saúde do trabalhador, assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. • Direção única do SUS, exercida pelas três esferas do governo: União, estados e municípios.
  • 14.
    Normas Operacionais Básicas • São instrumentos utilizados para a definição de estratégias e movimentos tático-operacionais que reorientam a operacionalidade do SUS, a partir da avaliação periódica de sua implantação e desempenho. • Tais normas definiram as competências de cada esfera de governo e as condições necessárias para que estados e municípios (descentralização) pudessem assumir as novas atribuições no processo de implantação do SUS. • Ex: NOB 01/93 e NOB 01/96 • OUTRAS NORMATIZAÇÕES: NOAS(2000), PACTO PELA VIDA, COAP.
  • 16.
    Gestores do SUS • FEDERAL – Ministério da Saúde • ESTADUAL – Secretaria de Estado da Saúde • MUNICIPAL – Secretaria Municipal de Saúde
  • 17.
    Funções Gestoras naSaúde a) Formulação de políticas / planejamento b) Financiamento c) Coordenação, regulação, controle e avaliação d) Prestação direta de serviços de saúde
  • 18.
    Princípios Básicos doSUS Universalidade Eqüidade Integralidade SUS
  • 19.
    Universalidade • Asaúde é direito de cidadania e dever do Estado; • Todas as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc; Lei 8080 O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 20.
    Equidade • OSUS deve tratar desigualmente os desiguais • Os serviços de saúde devem identificar as diferenças da população e trabalhar para cada necessidade, oferecendo mais a quem mais precisa • Reduzir disparidades regionais e sociais Lei 8080 O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 21.
    Integralidade • “...entendidacomo conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.” (lei 8.080, 7°,II) • A visão do indivíduo como um todo • As ações de promoção, de prevenção e de recuperação • Necessidade da hierarquização do sistema de saúde Lei 8080 O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 22.
    Princípios éticos/doutrinários Universalidade Equidade Integralidade Regionalização e SUS Hierarquização Resolubilidade Descentralização Controle Social Participação complementar do Setor Privado Princípios organizacionais
  • 23.
    Regionalização e Hierarquização Nível terciário de atenção a saúde – Hospitais de referência – Resolvem 5% dos problemas de saúde Nível secundário de atenção – Centros (ambulatórios) de referência – Resolvem 15% dos problemas de saúde Nível Primário de atenção - PSF e UBS - Responsáveis por 80% dos problemas de saúde Lei 8080 O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 25.
    Hosp. Especializado PSFPSF PSF PSF PSF PSF UBS UBS UBS Distrito Sanitário Amb. especializado exames
  • 26.
    Participação dos Cidadãos:O Controle Social • Constituição – Garante a participação da população na formulação e controle da execução das políticas de saúde • Lei 8142 – Conselho de Saúde • Paritário (gestores, profissionais de saúde e usuários) • Municipal, estadual e federal Lei 8142 e Conselho de Saúde: guia de referencias para a sua organização (MS) 1994
  • 27.
    QUEM PAGA O SUS ???
  • 28.
    Financiamento do SUS • Emenda Constitucional nº 29/2000: – União: limite mínimo de gasto foi estabelecido como o valor empenhado em 1999, acrescido de 5% e, nos anos subseqüentes, da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB); – Estados: terão que gastar, no mínimo, 12% das suas receitas próprias com a saúde; – Municípios: comprometem 15% de suas contas. Os recursos financeiros para o SUS têm sido insuficientes para dar suporte a um sistema público universal de qualidade.
  • 29.
    Financiamento do SUS • Para receber os recursos federais, Estados e Municípios devem apresentar os requsitos: – Fundo de Saúde – conta especial onde serão depositados e movimentados os recursos financeiros do SUS, sob fiscalização do Conselho de Saúde; – Conselho de Saúde – órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo, composto por representantes do governo - prestadores de serviço – (25%), profissionais de saúde (25%) e usuários (50%). Sua finalidade é exercer o controle social sobre a gestão e implantação do SUS; – Plano de Saúde – base das programações e atividades que serão desenvolvidas por cada nível de direção do SUS; – Relatórios de Gestão – mecanismo de acompanhamento da execução do plano de saúde e da aplicação dos recursos recebidos. – Contrapartida dos recursos para a saúde no respectivo orçamento; – Plano de Carreiras, Cargos e Salários elaborado por comissão.
  • 30.
    BBllooccooss ddee FFiinnaanncciiaammeennttoo II -- AAtteennççããoo BBáássiiccaa IIII -- AAtteennççããoo ddee MMééddiiaa ee AAllttaa CCoommpplleexxiiddaaddee AAmmbbuullaattoorriiaall ee HHoossppiittaallaarr IIIIII -- VViiggiillâânncciiaa eemm SSaaúúddee IIVV -- AAssssiissttêênncciiaa FFaarrmmaaccêêuuttiiccaa VV -- GGeessttããoo ddoo SSUUSS
  • 31.
    Piso da AtençãoBásica Fixo – PAB FIXO Piso da Atenção Básica Variável - PAB Variável. I - Saúde da Família II - Agentes Comunitários de Saúde III - Saúde Bucal IV - Compensação de Especificidades Regionais V - Fator de Incentivo de Atenção Básica aos Povos Indígenas VI - Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário VII - Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em conflito com a lei em regime de internação e internação provisória VIII - Outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico
  • 32.
    O QUE VOCÊACHA DO SUS ??? AVANÇOU ??? EM QUE ???
  • 33.
    Avanços a celebrar Aumento na quantidade de serviços: • Cobertura do PSF • Exames de imagem • Procedimentos de hemodiálise • Nº de consultas de pré-natal • Cobertura vacinal por DPT • Consultas médicas por internação • Procedimentos de quimioterapia • Cirurgias cardíacas
  • 34.
    Avanços a celebrar Melhoria na qualidade de serviços: • Programa Nacional de Imunização – cobertura vacinal e erradicação de doenças • Sistema Nacional de Transplantes – número de transplantados • Programa de Controle do HIV/Aids – tratamento e prevenção da doença • Saúde Mental – desospotalização e humanização dos serviços
  • 35.
    Números anuais doSUS • 12 milhões de internações hospitalares • + de 1 bilhão de procedimentos em atenção primária à saúde • 50 milhões de consultas médicas • 2 milhões de partos • 300 milhões de exames laboratoriais • 1 milhão de tomografias computadorizadas • 9 milhões de exames de ultra-sonografia • 140 milhões de doses de vacina • + de 15 mil transplantes de órgãos
  • 36.
    Percepção do SUS “O SUS não deve ser visto como um problema sem solução, mas como uma solução com problemas.” • As percepções negativas estão fortemente associadas ao tempo de espera: demora em ser atendido, espera em filas, tempo perdido na recepção. • Mas o nível de conhecimento acerca do SUS da população em geral é muito pequeno. • E o SUS vem perdendo a batalha da comunicação com a sociedade brasileira: mídia.
  • 38.
    São princípios doSistema Único de Saúde (SUS) que constam na Lei 8080/90: a) centralização, universalidade e integralidade. b) hierarquização, centralização e integralidade. c) universalidade, igualdade e integralidade. d) universalidade, participação popular e autonomia. e) integralidade, participação popular e autonomia.
  • 39.
    As ações eserviços de saúde no âmbito do SUS devem ser desenvolvidos de acordo com os princípios e diretrizes previstos na Constituição Federal e na Lei n° 8.080/90. Em relação a estes princípios e diretrizes, é INCORRETO afirmar que: a) a universalidade de acesso aos serviços de saúde deve ocorrer em níveis específicos da assistência. b) a epidemiologia deve ser usada para o estabelecimento de prioridades, alocação de recursos e orientação programática. c) a igualdade da assistência à saúde deve se dar sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. d) os serviços públicos devem ser organizados de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. e) a regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde faz parte da descentralização político-administrativa.
  • 40.
    No que dizrespeito à participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), é correto afirmar que: a) os líderes comunitários devem promover eleições locais para escolher quem representará a comunidade na gestão do SUS. b) dar-se-á através dos Conselhos e das Conferências de Saúde e será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. c) os representantes da comunidade serão nomeados pelas autoridades constituídas. d) não é relevante já que não está prevista na Constituição e não tem respaldo legal. e) dar-se-á por meio dos comitês permanentes mediante a ocorrência de um fato relevante para a saúde pública. •
  • 41.
    As entidades privadasfilantrópicas, dentro do Sistema Único de Saúde – SUS, têm a função de: a) integrar complementarmente a rede de serviços de assistência b) organizar a atenção a desempregados e população de rua c) garantir disponibilidade de leitos para cuidados prolongados e internações sociais d) orientar a captação de recursos para a universalização da atenção •
  • 42.
    De acordo coma Emenda Constitucional 29, os recursos municipais destinados às ações e serviços de saúde serão aplicados através: a) da Assembleia Legislativa b) do Conselho de Saúde c) do Plano de Saúde d) do Fundo de Saúde

Notas do Editor

  • #11 O SUS faz parte das ações definidas na Constituição como sendo de “relevância pública”, ou seja, é atribuída ao poder público a regulamentação, a fiscalização e o controle das ações e dos serviços de saúde, independentemente da execução direta do mesmo. A saúde faz parte de um sistema mais amplo, o Sistema da Seguridade Social. Seguridade Social “compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinada a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
  • #17 Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde (MS), com o apoio de estados e municípios, desenvolvia quase que exclusivamente ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias. Todas essas ações eram desenvolvidas com caráter universal, ou seja, sem nenhum tipo de discriminação em relação à população beneficiária (SOUZA, 2002).
  • #21 O segundo principio o da Eqüidade muitas vezes é confundido com igualdade Todo cidadão é igual perante o Sistema Único de Saúde e será atendido conforme as suas necessidades. O SUS não pode oferecer o mesmo atendimento à todas as pessoas, da mesma maneira, em todos os lugares. Se isto ocorrer, algumas pessoas vão ter o que não necessitam e outras não serão atendidas naquilo que necessitam. Reduzir...significa a busca de um maior equilíbrio Os serviços de saúde devem considerar que em cada população existem grupos que vivem de forma diferente, ou seja, cada grupo ou classe social ou regiãotem seus problemas específicos, tem diferenças no modo de viver, de adoecer e de ter oportunidades de satisfazer suas necessidades de vida.
  • #37 apenas 35% dos brasileiros souberam citar, espontaneamente e com precisão, o que significa SUS