A rotina de quem vive no campo é bem diferente das de quem vive em centros urbanos. A necessidade de aprender manejos agrológicos, que na maioria das vezes é a principal fonte de renda dessas famílias, se torna parte da rotina, em muitos casos. Por este motivo, a educação em escolas rurais possui saberes próprios e a de escolas formais possuem outras implicações.
No entanto, as políticas de nucleação das escolas rurais, que desativam pequenos estabelecimentos de ensino do campo com o intuito de transferir e concentrar alunos em escolas maiores e mais estruturadas, quase sempre na zona urbana, impactam diretamente na vida dessas famílias.
Diante deste cenário, a pedagoga Luzia Isabela Salvador e o Doutor em psicologia social Thiago Ribeiro de Freitas elaboraram o estudo “Os processos de nucleação em um bairro de zona rural: discussões globais, implicações locais”, publicado na Revista Científica da FAI – Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação, v. 17, n. 1, de outubro de 2017.
O artigo retrata, por meio de histórias da população de um bairro rural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, os anseios de uma comunidade que reconhecia a relevância de preservar as escolas locais, frutos da aspiração e do trabalho dos moradores que visavam uma educação de qualidade para seus residentes.
O estudo conclui que, apesar de haver argumentos favoráveis à nucleação, há uma grande preocupação com os impactos deste processo no esquecimento da cultura local, por meio de uma padronização do ensino da cultura urbana. Além disso, há a questão do desgaste e dos riscos envolvidos em viagens de ônibus aos grandes centros.
O artigo completo pode ser acessado em: https://goo.gl/Ud7XS2.
Tadeu Nunes
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