Anthropology of Emotion

El presente libro es el resultado de la investigación realizada para obtener el grado de
Doctora en Geografía y Ordenación territorial, en él se analiza de forma comparativa
los cambios en las relaciones de género atribuibles a la migración en dos grupos de
mujeres mexicanas (alteñas y mixtecas) que comparten un mismo espacio geográfico,
social y económico, el Valle de San Joaquín California, EE. UU., en un periodo que va
de los últimos años de la década de 1950, en que ingresaron a Estados Unidos las primeras mujeres de nuestro estudio a 2017, fecha en que se recabaron los últimos datos.
El presente es un estudio etnográfico-comparativo: las comparaciones se realizan entre
los dos grupos culturales, pero también diacrónicamente y se centran en prácticas cotidianas en lo referente a la toma de decisiones respecto a la unión en pareja, el número
de hijos, uso de anticonceptivos; el acceso al trabajo, el uso de los ingresos y la distribución de tareas domésticas. La técnica principal de recolección de datos fue la entrevista
y se realizó entre diciembre de 2014 y diciembre de 2017, en el lugar de estudio.
Las pesquisas que guiaron la investigación se enfocaron en demostrar que: las
relaciones de género en los hogares de migrantes, de orígenes y tradiciones distintas
que han llegado al Valle de San Joaquín, se modifican debido a dos factores: a) el contacto con las instituciones de la sociedad norteamericana y, b) su inserción en el trabajo
remunerado. Los cambios se presentan en el proceso de toma de decisiones personales
y familiares, en la distribución de las tareas domésticas y la propiedad de los bienes

This article reflects on the characteristics of phenomenological reduction in its Husserlian foundation, in comparison with the volumographic reduction advocated by the authors, with the aim of describing and analysing human beings, each in their uniqueness. The authors attempt to show that volumographic reduction has characteristics that are opposed to phenomenological reduction and its use in phenomenological anthropology: it saves each singular entity, does not privilege acts of consciousness, does not value contexts, and does not add other beings. In this configuration of ideas, the authors conclude that there is a kind of affinity between the history of anthropology, which emphasises relations and contexts, and what phenomenological discourse allows in a certain way. The article combines text and drawings that the authors refer to as "drawings of theory": they clarify, motivate, and develop the proposed reading.

Não existe uma única maneira de ser LGBTQIA+ na periferia. Em Salvador, no entanto, o interesse pela dança mobiliza com alguma frequência pessoas LGBTQIA+ de classe popular a compor coletivos, alguns dos quais denominados “bondes”, em torno da prática dançante. Dentro do amplo universo de dançarinos amadores, o presente estudo se endereça a adolescentes e jovens LGBTQIA+ que se designam “flexíveis”. Se a flexibilidade é, presumivelmente, qualidade necessária a um dançarino, a flexibilidade corporal extrema assume, entre esses garotos, propriedade definidora – de si como do outro. No contexto em que imergi, a “flexibilidade” é ela mesma alcunha de uma prática, que compreende a articulação de movimentos acrobáticos e contorcionistas à dança. Qual um desportista, o autoaperfeiçoamento “flexível” é um imperativo. Ao buscar compreender o que se aprende quando se torna “flexível”, esta tese tem como escopo a constituição de pessoas “flexíveis” a partir de um conjunto de técnicas e configurações práticas que criam e transformam corpos, produzem sensibilidades, modulam disposições éticas. Apresento, através de observação participante e descrições minuciosas, uma etnografia organizada pelos seguintes eixos de análise: i) as relações entre pessoas e ambientes; ii) o regime sensorial e metabólico que informa a “flexibilidade” e seus movimentos ginásticos; iii) um tipo de fazer que subjaz, outrossim, à aprendizagem – além de corpos flexíveis, os treinamentos encerram relações (aliás, não meramente didáticas) também entre pessoas; iv) os circuitos de afinidade e hostilidade, aliança e antagonismo que irrigam o fenômeno; v) a ética e moralidades elaborada no seio da prática. Esse conjunto de questões impõem certas conclusões. Em uma cultura física na qual a prática cinética pode ser entendida, também, como uma realização espacial, sua aprendizagem se caracteriza como uma prática por excelência generativa. Em diversos níveis: em uma chave que associa cuidado e estética, essa dinâmica fabrica corpos e pessoas, produz linhagens, estabelece hierarquias. Talvez, porém, o ponto mais original apresentado pela análise é como esse corpus etnográfico convoca desde uma ética radicada em virtudes incorporadas a uma ética que, preocupada menos em códigos morais do que em matéria de composição, termina por reabilitar a rivalidade. Em vez de simplesmente aniquiladora, os “flexíveis” experimentam o que derivaria em uma “esportivização da vida” como uma força, porque ricamente sensorial, passível de amplificar sua ação no mundo. Nesse particular, se a centralidade do investimento na “flexibilidade” na vida cotidiana faz imaginar um mundo notavelmente beligerante, produz similarmente formulários de resistência, performances motoras que traduzem a rivalidade como experiência profundamente incorporada. Sob o registro de um senso de superioridade de si, se estabelece nessa formação afrodiaspórica uma gramática gestual comum como elaboração ética e estética de bravura e de resistência.

A partir da experiência pioneira de três pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz, que ingressaram na instituição no início da década de 1960, analisamos o impacto de suas trajetórias na formação de novas gerações de mulheres, atravessando os meados do século XX até a atualidade. O objetivo foi traçar a genealogia intelectual de Monika Barth, Anna Kohn e Delir Corrêa Gomes a fim de complexificar, pelo viés de gênero, nosso entendimento acerca da conformação das ciências biomédicas no Brasil. A investigação se utiliza das ferramentas de busca oferecidas pelas Plataformas Acácia e Lattes/CNPq, juntamente com o cruzamento de fontes arquivísticas e orais, combinando análise quantitativa e qualitativa. As "matriarcas" dessa genealogia inserem-se num contexto histórico em que novos agentes ingressam num cenário em transformação, caracterizado pela expansão de papéis sociais femininos e pelo aprofundamento da institucionalização científica em nosso país. Diplomadas em História Natural, atuaram em temas e técnicas emergentes e contribuíram para a qualificação profissional de quatro gerações de cientistas até os dias atuais, formando uma descendência majoritariamente feminina e multidisciplinar. Conclui-se com a percepção da participação ativa e fundamental de mulheres, 1 O presente trabalho foi realizado com apoio do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-Brasil (processo 153462/2024-8).

Combining psychological and anthropological work indicates that sleep, dreaming, and the imagination are involved in regulating mood and updating individual and collective knowledge. Psychologists often implicitly assume that all dreamers share their naturalistic model of dreaming while ethnographers often emphasize the spiritual explanations of dreaming inherent in the worldviews of their hosts. Applying cognitive and evolutionary theories of religion to the ethnography of dreaming and the imagination suggests that these capacities have adaptive value for learning, emotional adjustment, and the flow, revivification, and recalibration of knowledge traditions. A general anthropological approach to sleep, dreaming, and the imagination can surmount oversights that result from disciplinary and subfield foci and emphases.

Este estudo é parte da pesquisa de doutorado em Ensino em Biociências e Saúde e considera as possíveis influências culturais e históricas na formação científica de jovens, a partir do programa Sakura Science, organizado pela Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia para estudantes estrangeiros do Ensino Médio. Considera-se a edição de 2024, que abordou a sustentabilidade de cidades históricas e sua resiliência a desastres naturais, com a participação de duas alunas e dois supervisores peruanos. Investiga-se se e como os aspectos culturais e históricos fundamentam ou não os sentidos de Ciência praticadas no programa. Foi utilizada a metodologia observacional e os resultados foram analisados através de referências da Educação Científica, Sociologia e História da Ciência. Identifica-se a relevância de aspectos culturais e históricos que atribuem sentidos às práticas científicas.

The article deals with the impact of the COVID-19 epidemic on ethnographic field research and the research areas themselves -both the people living there and the anthropologists and anthropologists. My reflections are based on experience, because I faced the necessity to leave the place of research, which I conducted in March this year in Marneuli Municipality in southeastern Georgia. Since this area was particularly affected by the threat of COVID-19, I had to postpone the planned activities in the field for an undefined future. Due to the extent of the epidemic in the last months, similar problems concern many researchers. I am trying to confront the organizational assumptions of the fieldwork with unexpected events, to which the researcher becomes passive, but still tries to maintain contact at a distance with people I met before. I have based my observations and thoughts in this article on field notes, conversations with selected residents and information provided in the media, and the conclusions are in the form of open reflections. This is due to the fact that at the moment of writing the article there was still a state of emergency in Georgia and Marneuli's situation was very worrying. More formal conclusions can be drawn in some time. This is reflected in the conclusion of the article, in which I state that the strict preventive measures that have been implemented to stop the epidemic have failed in the area of building understanding between different ethnic and religious groups.

In: Kurdish Women Through History, Culture and Resistance edited by Shahrzad Mojab, 123-147. Costa Mesa: Mazda Publishers.

Kurdish women in Turkey find themselves urged to raise their voices by a plethora of actors. The Kurdish political movement calls on them to voice their opinions as part of its efforts to promote gender equality and social progress, while Turkish state authorities encourage their presence on television screens and festival stages as tokens of Turkey’s new-found tolerance toward its minority populations. Women’s rights campaigners call upon Kurdish women to be vocal in the name of female empowerment, while mental health counselors encourage them to talk about experiences of political and domestic violence as a path toward healing and reconciliation. This chapter examines the consequences of this contemporary political constellation that incites Kurdish women to raise their voices in the name of empowerment, emancipation, and representation. Drawing on twenty months of ethnographic fieldwork in northern Kurdistan with Kurdish female singers, poets, and women’s activists, I argue that “raising one’s voice” is not always or necessarily empowering but constitutes an endeavor full of risk, dilemma, and contradiction.
To make this argument, the chapter foregrounds the social labor that voices routinely carry out because of how they sound, rather than approaching the voice primarily as a symbolic or representational trope. Taking on such a perspective reveals how Kurdish women’s voices become potent social forces thanks to the specifics of their acoustic qualities, narrative composition, and poetic elaboration. As much as these voices express powerful sentiments and emotions, they are not necessarily bound to the interiority of those who pronounce them. In long-standing Kurdish oral repertoires, for instance, female voices often constitute a vehicle to express not the pain of the self but that of another, telling the tragic fate of (typically male) close and loved ones. But the chapter also charts how this vocal aesthetics is rapidly changing as Kurdish women are encouraged to approach their voices as vehicles of self-expression and individual agency. Focusing on the life and work of two modern Kurdish women singers, it traces the emergence of a novel vocal aesthetics in which the voice increasingly becomes the means to express women’s own, personal suffering. These changes in vocal form, I argue, mirror the demands of contemporary representational politics, where voices can only become politically consequential if they accurately represent the self of those who enunciate them. Yet it would be wrong to read these transformations simply as a long overdue form of empowerment through self-expression. As the chapter shows, they also open up new challenges, fears, and anxieties that women must face.

O presente trabalho tem como objetivo pensar sobre os discursos da segurança, que têm assumido uma centralidade nas últimas décadas, e as noções de monstros e monstruosidade. Entendemos que a centralidade parece se alimentar do espectro da monstruosidade e de um movimento de enquadramento dos povos racializados, pobres e subalternizados como monstros, justificando o uso das mais diversas formas de violências. A figura do monstro opera, por um lado, como ameaça que serve de argumento para o endurecimento das políticas de segurança, e, por outro, como um fantasma que assombra aqueles que, em nome da segurança, cometem violências atrozes.

Neste artigo analisamos o conto “Dançando pelo céu depois de toda chuva”, que conta a história de duas personagens transgêneras, vistas como monstros, passando pelos conflitos da transfobia real e
do terror sobrenatural. Utilizamos a ideia de monstruosidade para mostrar como as protagonistas são apresentadas como criaturas e/ou como seres humanos. A partir dos estudos de gênero decoloniais e transfeministas, destacamos como pessoas trans são representadas como anomalias e a suposta binaridade de gênero. Através da Antropologia das emoções, analisamos as categorias emocionais acionadas no conto, especialmente nojo, ódio, medo e raiva; e a relação delas com as narrativas da transgeneridade. Concluímos que a representação de pessoas trans de forma humana e não como estereótipos está ligada ao fato dela ter sido escrita por uma mulher trans que, por meio da  autodeterminação, consegue complexificar essas personagens e história.

Islamic mehir practices (dower) and other financial arrangements during a marriage reveal how marriage, gender and religion are understood and reconfigured in Istanbul today. Drawing on religious women's narratives of mehir and gifts of gold, this article examines the complex interplay between economic transactions and intimate marital relationships in Istanbul, as well as the relation between my interlocutors' practices of mehir and wedding gifts and their sense of propriety. It suggests that women's ways of understanding and practising economic marriage transactions are ambivalently shaped by intimate entanglements of religion, nuclear family, conjugal love, secular civil law, and reputation and honour. Women uneasily navigate the ambivalences of the intimate sphere as they make decisions and engage in practices related to economic marriage transactions.

Emotion terminology of human languages has recently been the subject of a lot of linguistic investigations from many different ankles. In line with the previous studies dealing with prototype approach to emotion concepts on four languages-American English, Chinese, Indonesian, and Basque, this study was conducted in Shiraz, Iran, where an ancient language called Persian is spoken, to identify the mental state words that Persian speakers are mostly certain name emotions and to map the hierarchical and family resemblance structure of the most prototypical emotion concepts. Cluster analysis of the data collected from Persian revealed five basic level emotion categories (love, happiness, anger, sadness, and fear) similar to those found in the four other languages mentioned above, as well as another small positive emotion category mostly associated with religious ideas that had not been found in the four previous studies. Persian emotion concepts, in line with the other four languages, belonged to either negative or positive emotions. Major categories found at the basic level contained several terms that were semantically linked. Each of the five large basic level categories contained several subordinate level categories. The results suggest that the emotion lexicon, and corresponding conceptualizations of the emotion domain, for speakers of Persian, Indonesian, Chinese, Basque, and the American English, are similar, although there are some minor differences to be investigated in the light of culture-specific factors.

Resumen: Hace algunos años, un destacado antropólogo mexicano se interrogaba ante su auditorio acerca de la factibilidad metodológica de un estudio antropológico de las emociones humanas. Su preocupación giraba en torno a los límites del método etnográfico y su capacidad para acceder a los fenómenos de la experiencia subjetiva, pues se trata de hechos singulares, de orden cognoscitivo y emotivo, internos al individuo y, por lo tanto, asequibles sólo indirectamente a través de sus diversas manifestaciones expresivas. Recogiendo aquel reto científico, he realizado un relevamiento de las principales líneas de investigación acerca de las emociones en los campos de la antropología, la etnología y la lingüística antropológica, principalmente los estudios realizados desde hace unas tres décadas por autores de habla inglesa. Estas obras, al igual que el campo de la antropología de las emociones, han sido muy poco explorados por la antropología latinoamericana. El presente artículo reseña algunos de los principales conceptos y teorías dentro de este campo.

This chapter introduces the volume’s project, a cross-cultural comparison of approaches to emotion in ancient China and ancient Greece and in the two disciplines which have investigated those cultures. It thus encompasses comparison of the methods of two scholarly disciplines as well as the materials and sources of two ancient cultural traditions. The chapter argues that emotions are (a) vernacular, not scientific categories and (b) shared, intersubjective processes in the world rather than private, inner psychological experiences. Their event-like structure lends itself to representation in narratives that go far beyond the skull and the skin. Since emotions are implicated in the relations between people, in the external conditions in which they arise and which give rise to them, and in the actions that embodied human agents take in a given emotional scenario, cross-cultural comparison between approaches to emotion in different cultures must focus not on simple morphological similarities between decontextualized phenomena, but on function in wider social and cultural contexts.

No Brasil, segundo dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,4 milhões de mulheres viviam em territórios, conhecidos como favelas, que concentram vulnerabilidade, onde moradia precária, falta de saneamento básico e transporte convivem com o crime organizado e a ausência de políticas sociais inclusivas por parte do Estado. Além das questões que envolvem a ausência de políticas públicas para a população em geral e para as mulheres em particular, as meninas enfrentam um grande desafio para manter seus estudos e conquistar espaços profissionais, principalmente nas áreas acadêmicas STEM, onde há pouca representação das mulheres e da população oriunda desses territórios. Este artigo relata a experiência de um hackathon para meninas realizado na cidade do Rio de Janeiro (Brasil), para enfrentar desafios para a saúde de meninas em um contexto de vulnerabilidade social, onde projetos para soluções tecnológicas foram desenvolvidos a partir de desafios escolhidos por elas mesmas. O HackGirls aconteceu na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e proporcionou às meninas, alunas de escolas públicas localizadas em comunidades da cidade, a experiência de desenvolver projetos tecnológico-científicos básicos, visando estimular a experiência de produzir Ciência a partir de seu próprio contexto de realidade. Como resultado, 10 equipes de alunas apresentaram projetos de soluções tecnológicas usando aplicativos, redes sociais e plataformas digitais para apoiar meninas a melhorar as condições de saúde mental e física, reduzir a violência contra a mulher e a exclusão de meninas das atividades associadas aos homens. O hackathon foi amplamente divulgado e selecionou os melhores projetos a serem desenvolvidos com as meninas em parceria com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz.

O presente artigo visa contribuir para reflexão acerca das alternativas de capacitação e qualificação de docentes atuantes no ensino técnico, com base na experiência do Programa de Aperfeiçoamento do Ensino Técnico (PAETEC), desenvolvido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ). O PAETEC busca a renovação das práticas de aperfeiçoamento profissional, no próprio local de trabalho, de forma a possibilitar maior interação entre processos educacionais e atividade de pesquisa. Para tanto, utiliza como estratégia uma metodologia integradora que permite ao professor refletir sobre sua própria prática, transformando-a em objeto de investigação

Variations of the animal body plan morphology and morphometry can be used as prognostic tools of their habitat quality. The potential of the moon jellyfish (Aurelia spp.) as a new model organism has been poorly tested. However, as a tetramerous symmetry organism, it exhibits some variations in radial symmetry number. A pertinent list of morphological – number of gonads – and morphometric characteristics – e.g. ratio of the gonads area on the umbrella area – has been established to describe the morphology of 19 specimens through an image analysis. The method uses for the first time the Hough transform to approximate the gonads and the umbrella by ellipses and automatically extracts the morphometric data. The results highlight two discriminant parameters: distance between the center of the gonads and the center of the umbrella, and the individual variability of the gonad eccentricity, both higher in jellyfishes with 5 gonads. Additionally, the relative size of the gonads is not differ...

Ce numéro de L’Homme propose de renouer le dialogue interdisciplinaire entre l’histoire et l’anthropologie à partir de la notion de « sensibilité » entendue au sens large : celle-ci regroupe ainsi les divers sens extéroceptifs et intéroceptifs (ouïe et odorat, mais aussi kinesthésie et proprioception) ; les émotions, et tout le travail de régulation dont elles sont l’objet ; ainsi que les sentiments qui irriguent aussi bien les structures de parenté que les élans patriotiques, mais répondent aussi à une logique propre (culpabilité, nostalgie, acédie, etc.).

O Programa de Vocação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (Provoc-Fiocruz), no Rio de Janeiro, possibilita há mais de trinta anos que estudantes no ensino médio iniciem as atividades científicas por convênios firmados com escolas e/ou Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Mediante a análise de entrevistas semiestruturadas e realizadas com quinzealunos etrinta e dois egressos do Provoc-Fiocruz, observou-se a tendência a escolherem áreas socialmente consideradas mais apropriadasde acordo com as normas de gênero. Estas escolhas também são justificadas pelos jovens com base em emoções que foram categorizadas como “gosto”, “interesse” e “orgulho/reconhecimento”. Este estudo reflete sobre como estes aspectos emocionais se expressam nos relatos sobre as práticas de formação acadêmica e profissional destes jovens. Nesse contexto, propõe-se estudos sobre a aplicabilidade do ensino da Sociologia como uma intervenção no processo formativo destes jovens. Por meio desta proposta deensino, busca-se incentivá-los a compreenderem como as práticas profissionais são historicamente e culturalmente associadas a construções de gênero que são expressas pelas emoções. Esta proposta pretende promover a problematização sobre as diferenças de gênero, abordando conceitos sociológicos e antropológicos, e suas implicações na construção dos conhecimentos sobre as áreas que redundam em escolhas acadêmicas e profissionais.

An inseparable part of human life, emotions were neglected in the academic discourse in the West for a long time, because scholars juxtaposed them with thought and reason. Yet educational research reveals that emotions are manifestations of high order intelligence and stimulate goal achievement, memory, and motivation in knowledge acquisition. Emotions are culturally and individually shaped. While some cultures consider open demonstration of feelings inappropriate, others perceive unwillingness to reveal emotions as indicators of indifference. These differences are of major importance for understanding contemporary multilingual and multicultural societies. Differences in emotion management between majority and minority cultures may lead to intergroup conflicts. The interrelation between emotions, language and culture emerges in comparative analyses of emotion lexis in different languages. Although all languages contain words expressing positive and negative emotions, idioms, tropes and interjections used to render them vary. There is growing evidence that multilinguals often switch between languages to express their emotions more precisely, adjusting to the communicative situation. Moreover, foreign-language learners often misjudge their interlocutors' attitudes due to the insufficient knowledge of the norms of expressing emotions in the target language. They sometimes fail to predict the consequences of their own utterances, which may cause a communication breakdown. KEYWORDS Basic and mixed emotions; norms of expressing emotions; emotions in multilinguals; codeswitching; management of emotions; Russian emotional expressions; sociological turn in the study of emotions The past four decades have witnessed a revival of interest in emotions among researchers in social sciences, psychology and humanities. From emotional aspects of intrapersonal development, the emphasis shifted to interpersonal relations and regulation of social life as a whole, be it family and friendships or such domains of public life as politics and business. The study of emotions is beneficial for better understanding of such activities as conflict resolution, teamwork, negotiations, establishing leadership, and others (Van Kleef, 2009). Even in such domain as law, which is traditionally thought to be the bulwark of rationality, emotions matter and may have an impact on the outcome of legal cases (Posner, 2000; Woolley, 2020).

This paper presents an interdiscursive analysis of a public apology made before the International Criminal Court (ICC) by a Malian Islamist accused of the destruction of cultural heritage in Timbuktu. It analyzes (a) how the defendant's apology metapragmatically inserts itself into a multiplicity of chronotopes and (b) how the two defense counsels subsequently reformulate that apology as part of a ‘confessional chronotope’, thereby decoupling it from its immediate trial surroundings. The entextualization of this confessional chronotope, and the modifications of the trial's participation framework it proposes, reveal how ICC trial actors navigate the multiple tensions facing this emergent form of globalized criminal justice.

The scientific vocational program developed in the last thirty years by a Brazilian research institution in the areas of life sciences and health seeks to "distinguish high school students who identify themselves with scientific research", based on the experience in laboratories. The results indicate that the academicprofessional choices of young people are reaffirmed by a set of experiences: those experienced in this institution, in schools and universities.

Esta investigação 3 tem como objeto principal a linguagem utilizada pelos estudantes participantes do Programa de Vocação Científica (Provoc) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nossa hipótese era de que alguns alunos que participam do Provoc, ao ingressarem neste programa, se inserem em novas práticas de letramento, nas quais se engajam para construir novos sentidos em sua vida social.

Versão revisada do trabalho "A visão de alunos sobre a predominância feminina no Programa de Vocação Científica da Fundação Oswaldo Cruz", apresentado em 2007 para o Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (VI ENPEC) promovido pela Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências-ABRAPEC. 2 Este trabalho tem apoio financeiro recebido pela primeira autora deste artigo e coordenadora do projeto (processo número: 400242.2006-0) do Programa Estratégico de Apoio à Pesquisa em Saúde (PAPES IV), convênio da Fundação Oswaldo Cruz com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e contou com a valiosa colaboração da pesquisadora Maria Luiza de Mello e Souza no início do projeto.

Abstract: The paper is divided into two parts. In the first one, an author analyses her changing position in the field, highlighting a gender and maritial status. Positionality not only gives various access to interlocutors but also defines or even determines her subjects of research. In the second part of a text, a discourse on Torbeshi/Macedonian Muslims is analysed. An author observes, this group is exposed to strong propaganda from Turkish, Albanian and Macedonian perspectives. She argues, this propaganda is also grown by ...

For the people of the Balkan Peninsula migration is one of the central socio-cultural features. Movements have been both individual and massive, and caused by different motivations: religious, economic, political or related to regional conflicts. Historian Maria Todorova sta- ...

Based on fieldwork in western Macedonia, I examine Muslim attendance of Orthodox churches and monasteries. Today, only Muslims live in the villages I researched, although in the 1960s and 1970s these places were also inhabited by Orthodox Christians. In all ...

This paper investigates the embodied conceptualization of emotions from a cognitive linguistic perspective, focusing on the metaphorical construal of the body and its parts as containers for various types of anger in English, Russian, and Spanish. Based on the statistical analysis of twenty thousand metaphorical uses of anger words from representative corpora, our results provide empirical support to the embodied cultural prototype view, according to which emotion conceptualization derives from both universal bodily experiences and more specific socio-cultural constructs. On the one hand, we observe a similar high salience in the three languages of the BODY IS A CONTAINER FOR ANGER metaphor, as well as cross-lingual agreement in preferring individual body parts as metaphorical containers for some specific types of anger. On the other hand, our findings highlight several areas of cross-lingual variation. These concern differences in the dominant localizations of the emotion, culture-mediated variation in its expression, and different granularity in the elaboration of the body-emotion relationship. All these features are highly interpretable vis-à-vis relevant research on emotion in other disciplines. To conclude, we discuss the relevance of our findings for future studies across a broader range of disciplines in the study of human affect.

Psychology studies prioritize a broad understanding of anger as a prototypically negative and confrontational emotion triggered by an offense against the self or relevant others, typically leading to the experiencer's loss of control and (impulse for) retribution. However, this generalization overlooks the rich variability of anger concepts available in different languages and disregards salient aspects of both within-and cross-cultural variation in anger experiences. This chapter seeks to demonstrate that language-based approaches are well-suited to capture this variation. To this end, after a succinct discussion of the ubiquity of the anger lexicon across languages, we systematically review aspects relevant for the differentiation of anger terms within and across languages. The chapter concludes with a discussion of the utility of language-based research for psychological expert theories of emotion and with an argument for both multi-methodological and interdisciplinary synergies in future research.

Affective meaning is pervasive in language. In this chapter we discuss its presence at multiple levels of linguistic analysis, with special attention to the lexicon. In a first introduction to the phenomenon, we explain and illustrate two types of affective meaning (denotative and connotative) and three ways to account for it (categorical, dimensional and feature-based approaches) transversal to all levels of analysis. We then illustrate how affect is communicated in phonology, morphology, the lexicon, and syntax, with examples from different languages. The discussion of the lexicon is further organized around two variables: (a) the word's grammatical class, where we discuss emotion concepts such as nouns (e.g., joy), verbs (e.g., to embarrass), adjectives (e.g., sad) and adverbs (e.g., surprisingly); and (b) the word's figurativeness, where we analyze affective meaning in literal (e.g. to rage) and figurative expressions (e.g., to erupt) and discuss the privileged link between figurative language and emotion.

Com o reconhecimento e a regulamentação do direito ao trabalho das pessoas com deficiência, o tema veio ganhando espaço na academia. Contudo, sem ênfase sobre a situação das mulheres. O objetivo deste artigo, parte de estudo mais amplo sobre os determinantes e obstáculos à inclusão de mulheres com deficiência no mercado de trabalho no Brasil, é contribuir para a redução dessa lacuna de informações. Neste artigo, após breve revisão de literatura sobre a concepção da pessoa com deficiência a partir do modelo social e do aporte da crítica feminista à formulação do modelo, são destacadas estatísticas descritivas que apontam desvantagens das mulheres com deficiência em relação às sem deficiência e aos homens no mercado de trabalho. Os dados provêm da edição mais recente da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e propiciam indicadores como taxa de participação na força de trabalho e de desocupação, entre outros. Palavras-Chave: mulher com deficiência; mercado de trabalho; indicadores sociais; Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

Significant numbers of ethnographic studies from different parts of the world emphasize lament as a women's genre, with cross-cultural analyses indicating that women predominate among the genre's performers. These performances are often signified by ritual wailing, but researchers typically overlook how the genre is given ritual form through mundane activities in everyday life. Everyday experience and ritual experience are often cast as contradictory. Everyday speech and poetic discourse have been mainly separated in the literature. Rather than positing two distinct selves opposed to each other in everyday speech and in performance, it makes more sense to argue that the poetic self may contain contradictory statements. Focusing on the women's performance practices in Dersim, a region in eastern Turkey, where Zazaki-and Kurdish-speaking Alevis live, I consider how classification of genres relates to gender and power. Rather than associating the possibility of raising one's voice with resisting the social order, I attempt to explore the genre's contextualization process and its connections to women's agency.

O Programa de Vocação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (Provoc-Fiocruz) é a primeira proposta formal de iniciação científica na educação básica, no Brasil, sob supervisão de pesquisadores-orientadores desta instituição. Desde 1986, esta instituição tem proporcionado aos alunos a experiência em ambientes de pesquisa nas áreas das Ciências Biológicas, Saúde, Humanas ou Sociais. Sabe-se que desde seu estabelecimento mais moças do que rapazes têm ingressado nesta iniciação científica: 1375 moças e 627 rapazes, desde 1986 até 2018. Neste processo de aquisição de saberes e certas habilidades necessárias ao desenvolvimento de uma pesquisa científica, supõe-se que as emoções e questões de gênero, enquanto uma das regras sociais que permeiam a expressão das emoções, também participam do processo formativo de jovens nesta iniciação científica e podem mediar este processo de socialização com as disposições necessárias às práticas científicas. Nesta pesquisa, propõe-se realizar entrevistas semiestruturadas com até 15 alunos (orientandos) e 15 pesquisadores (orientadores) do Programa. A partir da análise dos relatos, mediante as abordagens da Antropologia e Sociologia das Emoções, pretende-se compreender o papel das emoções no processo formativo de alunos no Provoc-Fiocruz.

Com o reconhecimento e a regulamentação do direito ao trabalho das pessoas com deficiência, o tema veio ganhando espaço na academia. Contudo, sem ênfase sobre a situação das mulheres. O objetivo deste artigo, parte de estudo mais amplo sobre os determinantes e obstáculos à inclusão de mulheres com deficiência no mercado de trabalho no Brasil, é contribuir para a redução dessa lacuna de informações. Neste artigo, após breve revisão de literatura sobre a concepção da pessoa com deficiência a partir do modelo social e do aporte da crítica feminista à formulação do modelo, são destacadas estatísticas descritivas que apontam desvantagens das mulheres com deficiência em relação às sem deficiência e aos homens no mercado de trabalho. Os dados provêm da edição mais recente da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e propiciam indicadores como taxa de participação na força de trabalho e de desocupação, entre outros. 

Men’s earnings have become less important as a predictor of marriage rates in a world where women are thriving educationally and economically. Standards have risen. There are wide and high expectations for material well-being in marriage. Christians respond to these trends by exhibiting sex role flexibility in marriage—and often dual incomes—but they are not gender revolutionaries about marriage. Their behavior reveals no interest in overhauling longstanding sex role expectations. At its core, marriage is a relationship of interdependence. Insofar as spouses become functionally similar, marriage becomes less necessary and should become less popular—as is occurring today. Marriage rates are shrinking because of increasing disinterest in what marriage actually is. Marriage will never disappear, however, and its four key expectations—fidelity, totality, permanence, and children—are not social constructions. Public relations campaigns can win ballot initiatives and judges can alter marr...

is not known for being a traditionalist in every respect. With The Meaning of Disgust, however, he offers a distinctly traditional exercise in phenomenology and speculative explanation. This traditionalism is both the book's strength as a piece of literature and its weakness as a philosophical effort. The Meaning of Disgust is, first of all, a work from the armchair: not for McGinn any fashionable appeals to the findings of psychology and biology and neuroscience. His objective is to identify that in virtue of which disgusting things are disgusting, and this is presented as an investigation at the level of properties (as states of the world), and not just of our concepts or ways of thinking of those properties. One might suppose, then, that the findings of science would be relevant. McGinn does refer to 'data' but he uses the term, almost charmingly, much as Collingwood or Ayer or even Strawson might have done-to refer either to the immediate contents of experience or to the observation-based judgements they yield. McGinn's 'data' are also largely restricted to the deliverances of his own experience, while he does, on occasion, invite the reader to check whether or not s/he, too, responds to this or that (disgusting) item as does the author, most of the evidence adduced is unashamedly first-personal.

IV situations auxquelles elles sont confrontées, les directions d'école maîtrisent leurs émotions }lu' elles ne laissent paraître et qui sont principalement inhibées. Si la gestion par compromis diminue le pouvoir d'action dans les prises de décision des directions, l'inhibition de l'émotion a également un coût si elle cache un vécu émotionnel qui peut être source de mal-être et dont l'intensité peut s'accentuer. Mal-être qui semble émaner d'un conflit entre le pouvoir des directions et le maintien de l'harmonie dans l'école.

Dans cet entretien approfondi je reviens sur le parcours de Aída Quinatoa, indienne et migrante économique équatorienne vivant en Espagne, où elle est devenue leader de la mobilisation des migrants contre l’« arnaque im- mobilière », contre les banques et les agences immobilières.