Último episódio do podcast da ONU News, “Nossa Voz” reúne análise de especialistas
Série sobre violência contra mulheres na política entrevistou jurista Silvia Pimentel, ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff e a primeira latino-americana a ocupar a presidência da Assembleia Geral, a equatoriana María Fernanda Espinosa; produção fecha com ativista moçambicano Gilberto Macuácua, presidente da União Interparlamentar, Duarte Pacheco, e professora da Escola de Economia de Estocolmo, na Suécia, Pamela Campa.
“Uma democracia não é plena se deixarmos de fora 50% da população e não permitirmos que 50% da população se sinta representada”, foi o que afirmou o presidente da União Interparlamentar, Duarte Pacheco.
O parlamentar português é um dos entrevistados do último episódio da série de podcasts da ONU News, “Nossa Voz”.
Violência política contra mulheres
Em quatro semanas, trouxemos pontos de vista diferentes, porém complementares, sobre o aumento de casos de violência explicita contra mulheres que atuam na vida pública.
Na conclusão do especial, consultamos os especialistas em gênero, ou que trabalham com a promoção da igualdade na política. A ONU News conversou com o ativista moçambicano Gilberto Macuácua, o presidente da União Interparlamentar, Duarte Pacheco e a professora da Escola de Economia de Estocolmo, na Suécia, Pamela Campa.
Moçambique
Embora Moçambique esteja no pequeno grupo de 14 países que conquistaram a paridade de gênero em posições ministeriais, a África ainda é um dos continentes em que as mulheres que atuam na política mais sofrem ataques.
Além de ativista, Gilberto Macuácua é um dos embaixadores da ONU Mulheres e possui um programa de TV em Moçambique chamado “Homem que é Homem” há mais de 10 anos. Ele fez uma análise sobre as políticas para responder às questões de gênero no país.
Moçambique, como calha, é um país heterogéneo. Então não é possível aplicar um instrumento homogéneo para uma realidade heterogénea. Então, precisamos, de alguma forma de trazer esses instrumentos e estarem muito localizados, seja por regiões e por forma a responder de forma mais assertiva àquilo que são os problemas reais.
Ações afirmativas
A professora italiana Pamela Campa explicou sobre a implementação de política de cotas para acelerar a paridade de gênero na política e promover um ambiente mais propício para a atuação feminina. Para ela, ter mais mulheres atuando na área poderia reduzir a violência contra elas.
“E uma coisa importante é que acho importante ter mais mulheres na política – e isso pode parecer autoexplicativo – mas acho que ter mais mulheres na política tornará a política um espaço mais seguro para as mulheres”.
Nossa Voz
“Nossa Voz” é uma série podcasts de quatro episódios sobre violência contra mulheres na política.
A estreia ocorreu em 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos, com uma entrevista com a jurista Silvia Pimentel.
O segundo episódio trouxe o depoimento da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Já no terceiro, a ONU News conversou com a ex-presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa.
Nesta última apresentação, você confere análises de diversos especialistas sobre o assunto e algumas recomendações de como acelerar a equidade nos cargos de liderança.