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Submissões Recentes
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Fundamentos epistemológicos do Movimento Santa Catarina pela Educação: desvelando os pressupostos da formação para o século XXI
(2023) Fabrício Spricigo; Lourival José Martins Filho
O estudo, de natureza documental e bibliográfica, vincula-se à discussão entre Políticas Educacionais e Formação Docente. Busca conhecer os fundamentos epistemológicos do Movimento Santa Catarina pela Educação, que congrega um conjunto de ações sob a liderança das principais associações empresariais catarinenses. Aborda o alicerce filosófico-científico que dá sustentação ao movimento. Para captar sua base epistemológica, utiliza como metodologia a seleção e análise (ancorada no método dialético) dos principais materiais disponibilizados no sitedo movimento até o ano de 2021. As categorias que emergem da pesquisa são: Sociedade da Informação e do Conhecimento, Teoria do Capital Humano, Competência e Neurociência. Conclui-se que a formação educativa no âmbitodo movimento é emblemática para adequar a sociedade aos novos parâmetros civilizatórios. Nesse contexto, a educação submetida ao mercado adquire centralidade no que se refere à escolarização no século XXI, especialmente para a adaptação de indivíduos ajustados ao mundo do trabalho flexível.
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Estratégias de aprendizagem empregadas por professores da educação básica em exercício
(2022) PIANCA, Humberto José Cardoso; ALLIPRANDINI, Paula Mariza Zedu
O uso de estratégias de aprendizagem tem sido proposto como um fator de proteção ao sucesso acadêmico, contribuindo para a aprendizagem autorregulada. O objetivo deste estudo foi analisar a frequência do uso das estratégias de aprendizagem de professores em exercício. Participaram do estudo 610 professores, com idade entre 22 e 71 anos. Foi utilizada como instrumento de medida a Escala de Avaliação de Estratégias de Aprendizagem – EEA, constituída por 35 itens de estratégias de aprendizagem, subdivididos em 3 fatores. As análises evidenciaram que os participantes relataram utilizar as estratégias de Autorregulação Cognitiva e Metacognitiva e as de Autorregulação dos Recursos Internos e Contextuais com maior frequência em relação ao uso das estratégias de Autorregulação Social. Não foi verificada diferença significativa em função do sexo. Além disso, observou-se uma tendência de que, quanto maior a idade e o tempo de experiência na ação docente, mais estratégico é o professor, segundo relatado na EEA-U, para os fatores de Autorregulação Cognitiva e Metacognitiva e de Autorregulação dos Recursos Internos e Contextuais. Nossos achados indicam a necessidade de fomentar as políticas de formação inicial e continuada de professores em relação ao incentivo do uso de estratégias de aprendizagem em virtude dos seus benefícios para ensinar e aprender.
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Estágios Curriculares Supervisionados das Dupla Licenciaturas em Letras IFSP: potencialidades e desafios
(2022) ANDRADE, Flavia Hatsumi Izumida; YOKOTA, Rosa
Os estágios curriculares supervisionados (ECS) das Duplas Licenciaturas em Letras dos Institutos Federais de São Paulo (IFSP) apresentam algumas peculiaridades comparadas a outras Instituições de Ensino Superior, por isso, é importante realizar estudos que visem compreender como e sob quais perspectivas esse componente curricular vem sendo desenvolvido nessas instituições. Deste modo, objetivou-se analisar como se configuram os ECS e sob quais concepções de estágio. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa com foco na análise documental (Projetos Pedagógicos de Curso – PPCs e os seus Manuais de Estágio). A análise desses documentos foi realizada a partir dos pressupostos da Análise de Conteúdo. Constatou-se que não há vinculação com uma disciplina curricular para sua execução e existe a possibilidade de haver diferentes orientadores. No que tange às concepções de estágio, percebem-se indícios de que os ECS são concebidos como práxis e/ou pesquisa por algumas explicitações nos documentos, mas ao se analisarem as atribuições de orientadores e definição de estágio, fica evidente que o ECS é visto como o momento de prática, tanto como reprodutora de modelos e como instrumentação técnica. Desse modo, apontamos alguns desafios a serem superados, tais como a falta de autonomia dos discentes em organizar sua documentação de estágio e o fato de haver poucos momentos que abordem a reflexão e a teorização da prática dentro dos documentos.
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As experiências nas práticas curriculares de professoras: águas carregadas em peneiras do tempo
(2022) AZEVEDO, Ana Priscila De Lima Araújo; ALMEIDA, Lucinalva Andrade Ataíde de
O artigo intitulado “As experiências nas práticas curriculares de professoras: águas carregadas em peneiras do tempo” se insere no campo de discussões sobre currículo e práticas curriculares, em que, partimos da indagação: como as vivências de professoras egressas de uma universidade pública no agreste pernambucano se configuram como memórias e são trazidas à tona por meio da construção de documentos pessoais e (auto)narrativos. Assim, tivemos como objetivo compreender como as práticas curriculares de docentes se constituem enquanto experiências que podem representar uma desestabilização às prescrições curriculares hegemonizadas. Tivemos o auxílio de estudos sobre memórias de professores (Moraes, 2015) bem como traçamos essa discussão em movimento com a noção de experiência, a partir dos estudos de Derrida, como uma travessia e não como algo que se possa portar. Desta forma no percurso teórico-metodológico fizemos uso da escrita (auto)biográfica usando como fontes de construção de dados, uma escrita (auto)referencial, a partir da construção de documentos pessoais. Assim, tivemos como resultado a possibilidade de apreender as experiências enquanto um movimento não estático e apenas ligado ao acúmulo temporal, mas que se constituem como traços do vivido, estes traços perpassam as práticas curriculares docentes e estão presentes não só nos modos de desenvolvimento da aula como também perpassam de maneira privilegiada os processos formativos das colaboradoras da pesquisa.
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As desigualdades brasileiras começam na escola: escolarização voltada ao Trabalho Decente e ao Pronatec
(2022) FLORIANO, Erika Ferreira; GISI, Maria Lourdes; PRADO, Leandro Aparecido do
O presente artigo trata da escolarização voltada para a inserção do jovem no mercado de trabalho e dos documentos e acordos, em nível nacional e internacional, que baseiam as decisões relacionadas à formação para o alcance do trabalho decente da juventude. A análise documental se dá com a avaliação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) enquanto política de Educação Profissional e Tecnológica criada no primeiro Governo de Dilma Rousseff no ano de 2011. Fica estabelecido como problema de pesquisa a relação do Pronatec com os compromissos assumidos pelo governo no período de 2011 a 2014, no que se refere à qualificação visando a inserção no mercado de trabalho e a futura emancipação social do jovem. Para tanto, contextualizam-se as políticas do período nacional internacionalmente e são apresentados índices que antecedem e sucedem o período de 2011 a 2014 a partir de Sínteses dos Indicadores Sociais do IBGE (2012, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2021) e dos Cadernos de Estudos Desenvolvimento Social em Debate de número 19, 24 e 27 desenvolvidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ao longo dos anos, o Brasil é marcado por avanços e retrocessos nas garantias de direitos trabalhistas e pela disparidade na oferta da escolarização, em especial, a Educação Profissional e Tecnológica oferecida aos jovens de famílias de classes de baixa renda e que essa dinâmica tem influência direta nas colocações no mercado de trabalho formal.