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Presid�ncia
da Rep�blica
Subchefia para Assuntos Jur�dicos |
DECRETO No 57.617, DE 7 DE JANEIRO
DE 1966.
(Vide Lei n� 2.308, 1954)
(Vide Lei n� 2.944, 1956)
(Vide Lei n� 4.156, 1962)
(Vide Lei n� 4.364, 1964)
(Vide Lei n� 4.676, 1965)
(Vide art 3 e
78 do Decreto n� 68.419, de 1971) |
Aprova
o Regulamento das Leis n�mero 2.308, de 31 de ag�sto de 1954, 2.944, de 8 de novembro de
1956, 4.156, de 28 de novembro de 1962, 4.364, de 22 de julho de 1964 e 4.676, de 16 de
junho de 1965. |
O PRESIDENTE DA REP�BLICA
, usando da atribui��o que lhe confere o artigo 87, item I, da
Constitui��o, e tendo em vista o disposto nas Leis n�meros 2.308, de 31 de
ag�sto de 1954, 2.944, de 8 de novembro de 1956, 4.156, de 28 de novembro de
1962, 4.364, de 22 de julho de 1964 e 4.676, de 16 de junho de 1965,
DECRETA:
Art 1� Fica aprovado o Regulamento que com �ste baixa,
assinado pelos Ministros de Estado dos Neg�cios da Fazenda e das Minas e Energia e
destinado � fiel execu��o das leis em vigor, referentes ao imp�sto �nico s�bre
energia el�trica, Fundo Federal de Eletrifica��o, empr�stimo compuls�rio em favor das
Centrais El�tricas Brasileiras S.A. - ELETROBR�S, contribui��o dos novos consumidores
e coordena��o dos recursos federais vinculados a obras e servi�os de energia el�trica.
Art 2� �ste Decreto entra em vigor na data de
sua publica��o.
Art 3� Revogam-se as disposi��es em
contr�rio.
Bras�lia, 7 de janeiro de
1966; 145� da Independ�ncia e 78� da Rep�blica.
H. CASTELLO BRANCO
Oct�vio Gouveia de Bulh�es
Mauro Thibau
Este texto n�o substitui o publicado no DOU de 26.1.1966 e
retificado em 3.12.1966
REGULAMENTO
A QUE SE REFERE O DECRETO N� 57.617, DE 7 DE JANEIRO DE 1966
T�TULO I
Do Imp�sto �nico s�bre energia el�trica
CAP�TULO I
Da Incid�ncia e das Isen��es
SE��O I
Da Incid�ncia
Art 1� A energia el�trica entregue ao consumo
est� sujeita ao imp�sto �nico, cobrado pela Uni�o, na forma d�ste Regulamento.
Art 2� O imp�sto �nico ser� devido por
quilowatt-hora de energia el�trica consumida e equivaler� �s seguintes percentagens da
tarifa fiscal, definida neste Regulamento:
I - 10% (dez por cento), para a atividade
rural;
II - 35% (trinta e cinco por cento),
para os consumidores residenciais e industriais, e
III - 40% (quarenta por
cento), para os consumidores comerciais e outros.
Par�grafo �nico. No caso de
fornecimento a "forfait" o imp�sto ser� de 35 (trinta e cinco por cento)
s�bre o pre�o da energia el�trica consumida, cabendo o pagamento da metade do seu valor
ao consumidor e metade ao distribuidor, que ficar� desobrigado da sua parte, se se
tratar da Uni�o, Estados-membros, distrito Federal ou Munic�pios, e respectivos
autarquias.
Art 3� A classifica��o do
consumidor resultar� da conta do fornecimento de energia el�trica, expedida
obrigatoriamente pelo distribuidor, de ac�rdo com as tarifas e instru��es aprovadas
pela autoridade competente do Minist�rio das Minas e Energia.
Par�grafo �nico. Atividade
rural � exercida pelo consumidor rural, assim considerado, para os efeitos d�ste
regulamento, aqu�le que, localizado na zona rural, utilizar da energia el�trica para uso
dom�stico e em atividade diretamente ligada � agricultura ou pecu�ria, desde que tal
atividade, pelos seus m�todos de execu��o ou pela finalidade de suas opera��es, n�os
e identifique como ind�stria de transforma��o.
Art 4� O imp�sto �nico s�bre
energia el�trica n�o libera os consumidores, nem os concession�rios geradores,
transmissores ou distribuidores, do pagamento de doutros impostos e taxas federais,
incidentes e processados nos t�rmos das leis e regulamentos espec�ficos, ressalvadas as
isen��es expressamente consignadas em lei.
Art 5� O imp�sto �nico s�bre energia el�trica n�o impede a
cobran�a de outros t�tulos, lan�ados pelos Estados-membros e Munic�pios, com
destina��o espec�fica a planos ou empreendimentos de eletrifica��o, desde que n�o
incidam s�bre a produ��o, transmiss�o, distribui��o ou consumo de eletricidade.
SE��O II
Das Isen��es
Art 6� Est� isenta do
pagamento do imp�sto �nico a energia el�trica:
a) consumida nas oficinas e servi�os
pertinentes a produ��o, transmiss�o e distribui��o de energia el�trica dos
concession�rios geradores e distribuidores;
b) fornecida em grosso, pelos
concession�rios geradores aos distribuidores;
c) consumida pelos templos de qualquer
culto, pelos partidos pol�ticos e pelas institui��es de educa��o e de assist�ncia
social, desde que as suas rendas sejam aplicadas integralmente no pa�s para os
respectivos fins, observadas as disposi��es da
Lei n� 3.193, de 4 de julho de 1957;
d) consumida em servi�os pr�prios da
Uni�o, Estados-membros, Distrito Federal e Munic�pios, e respectivos autarquias;
e) produzida para consumo pr�prio e
uso exclusivo.
Par�grafo �nico. Consideram-se como
servi�os pr�prios da Uni�o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic�pios, os
relativos �s opera��es de ferrovias e de outros meios de transporte, de inter�sse
p�blico, baseados na tra��o el�trica, executados por entidades aut�rquicas ou
sociedades de cujo capital com direito a voto, participe o Poder P�blico, em car�ter
majorit�rio.
Art 7� Est�o tamb�m, isentos do
pagamento do imp�sto �nico:
I - as contas de fornecimento de
energia el�trica de consumo mensal equivalente ao valor de at� 30 (trinta)
quilowatts-hora, inclusive, quer o fornecimento se fa�a a medidor ou a
"forfait";
II - os consumidores servidos por
distribuidor de energia el�trica, cujo sistema gerador seja constitu�do exclusivamente
de usinas termel�tricas.
� 1� Para os efeitos do item II
d�ste artigo, entende-se por sistema gerador o conjunto de usinas pr�prias e de
terceiros, que produzam a energia el�trica a ser distribu�da na �rea da zona de
concess�o, levada em conta para a fixa��o das respectivas tarifas.
� 2� As isen��es de que trata
�ste artigo ser�o automaticamente aplicadas pelos distribuidores de energia el�trica.
CAP�TULO II
Da Tarifa Fiscal
Art 8� A tarifa fiscal de que cuida
�ste Regulamento tem finalidade �nicamente tribut�ria e ser� declarada pelo Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), do Minist�rio das Minas e Energia,
correspondendo o seu valor ao quociente do valor em cruzeiros da energia vendida a medidor
no pa�s, em determinado m�s, pelo correspondente consumo.
� 1� O pre�o de venda a ser
computado no c�lculo do valor da energia vendida abranger� a tarifa b�sica e todos os
adicionais posteriores, concedidos em decorr�ncia da eleva��o de sal�rios, custos de
energia comprada, de combust�veis e do c�mbio.
� 2� O Conselho Nacional de �guas e
Energia El�trica (CNAEE) reajustar�, em cada trimestre do calend�rio, o valor da tarifa
fiscal com base nos dados do �ltimo m�s em rela��o ao qual forem dispon�veis
informa��es anteriores.
� 3� A tarifa fiscal, assim
reajustada, vigorar� por todo o trimestre do calend�rio seguinte, cumprindo ao
Departamento de Rendas Internas (DRI), do Minist�rio da Fazenda, ap�s a competente
comunica��o do Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), expedir circular
�s reparti��es arrecadadoras e demais interessados s�bre os conseq�entes valores para
a cobran�a do imp�sto de renda.
CAP�TULO III
Do C�lculo, Arrecada��o e
Recolhimento do Imp�sto �nico
Art 9� O imp�sto �nico ser�
arrecadado nas constas de fornecimento expedidas obrigatoriamente pelos distribuidores de
energia el�trica, devendo nelas figurar, destacadamente das demais, a quantia do imp�sto
devido, calculado �ste, de ac�rdo com a tarifa fiscal vigente na data do faturamento.
Par�grafo �nico. Para o c�lculo do
imp�sto devido, n�o ser�o desprezadas as fra��es resultantes da aplica��o dos
percentuais de que tratam os itens I, II e III do art. 2� s�bre o valor da tarifa
fiscal.
Art 10. O produto da arrecada��o do
imp�sto �nico, verificado durante cada m�s do calend�rio, ser� recolhido, pelos
distribuidores de energia el�trica, � reparti��o arrecadadora do Minist�rio da
Fazenda, com jurisdi��o no local do consumo, dentro dos 20 (vinte) primeiros dias do
m�s subseq�ente ao da arrecada��o, mediante guia espec�fica de recolhimento (Modelo
n� 1).
� 1� O recolhimento do imp�sto
�nico arrecadado pelos distribuidores de energia el�trica poder� ser efetuado
englobadamente em qualquer das reparti��es arrecadadoras do Minist�rio da Fazenda,
localizada em sua zona operacional, caso em que ser� obrigat�ria a discrimina��o, no
verso da guia de recolhimento, ou sendo necess�rio, em f�lha � parte, do imp�sto a
recolher, por Munic�pio servido.
� 2� Em qualquer caso, os
distribuidores de energia el�trica remeter�o ao Conselho Nacional de �guas e Energia
El�trica (CNAEE), do Minist�rio das Minas e Energia, dentro do m�s do calend�rio em
que f�r efetuado o recolhimento do imp�sto �nico por �les arrecadado, uma das vias da
guia de recolhimento (e, sendo o caso, da folha � parte a que se refere o par�grafo
anterior), devidamente quitada pela reparti��o arrecadadora, competente do Minist�rio
da Fazenda, mec�nica ou manualmente, a qual via servir� de comprova��o h�bil, junto a
referido Conselho, nos casos e para os fins do � 3� do art. 107 e da letra " b " do
art. 110, d�ste Regulamento.
� 3� Na hip�tese de n�o haver
imp�sto a recolher, o distribuidor de energia el�trica, nos prazos acima previstos,
preencher� guia de recolhimento negativa, na qual lan�ar� as raz�es do fato, remetendo
uma de suas vias, convenientemente visada pela competente reparti��o exatora do
Minist�rio da Fazenda, ao Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE).
� 4� N�o recebidas pelo Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) as vias das guias de recolhimento do
imp�sto �nico, que lhe couberem, �ste representar� circunstanciadamente ao
Departamento de Rendas Internas (DRI) do Minist�rio da Fazenda, para fins de
fiscaliza��o.
� 5� N�o ser� permitido o
recolhimento do imp�sto �nico, referente a um m�s, sem que o distribuidor de energia
el�trica apresente guia de recolhimento quitada ou guia negativa visada, conforme o caso,
relativa ao m�s anterior, ou comprove a instaura��o do processo fiscal para a
apura��o de seu eventual d�bito, em per�odo imediatamente anterior.
� 6� O recolhimento do imp�sto
�nico fora do prazo estipulado somente ser� admitido com a multa prevista no item II do
art. 27, mediante requerimento-guia (Mod�lo n� 2), devendo considerar-se prejudicado e
insuscept�vel de produzir efeitos o pedido apresentado sob qualquer outra forma.
Art 11. Deduzidos 0,5% (cinco d�cimos
por cento) correspondentes �s despesas de arrecada��o e fiscaliza��o a cargo do
Minist�rio da Fazenda, as quantias provenientes da arrecada��o do imp�sto �nico
ser�o escrituradas pelas reparti��es arrecadadoras federais, por Munic�pio, como
dep�sito, e por elas recolhidas, sem quaisquer outras dedu��es e no mesmo m�s da
arrecada��o, diretamente ao Banco do Brasil S.A., mediante guia pr�pria (Mod�lo 3), a
cr�dito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico (BNDE).
� 1� Recebidas tais quantias pelo
Banco do Brasil S.A., �ste as creditar�, no mesmo dia do recebimento � conta e ordem do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico (BNDE), para serem aplicadas de ac�rdo com a
legisla��o em vigor.
� 2� O Banco do Brasil S.A.
centralizar�, na Ag�ncia Centro do Rio de Janeiro (GB), as quantias do imp�sto �nico
recebidas, na forma d�ste Regulamento, por t�das as suas ag�ncias no pa�s.
� 3� A import�ncia correspondente
� quota de 0,5% (cinco d�cimos por cento) de que trata o presente artigo constituir�
receita da Uni�o e dever� ser adicionada a remessa efetiva do saldo da arrecada��o
geral, recolhida ao �rg�o a que estiver subordinada a reparti��o arrecadadora, ficando
terminantemente vedada a reten��o desta cota em poder da exatoria, para pagamento a
exatores ou qualquer outro fim.
� 4� Havendo despesa banc�ria com a
remessa do produto l�quido da arrecada��o do imp�sto �nico, tal despesa ser�
debitada, pela reparti��o arrecadadora, em Movimento de Fundos-Externo, com a Contadoria
Geral da Rep�blica, e assim escriturada na despesa do livro Caixa-Geral, mapas,
classificadores e balancetes da receita e despesa.
Art 12. De cada import�ncia que lhe
f�r creditada, de ac�rdo com o � 1� do artigo anterior, pelo Banco do Brasil S.A., o
Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico (BNDE) creditar�:
I - 39% (trinta e nove por cento), em
conta de movimento, � ordem do Fundo Federal de Eletrifica��o;
II - 60% (sessenta por cento) em conta
n�o moviment�vel, para oportuna distribui��o, na forma da Se��o I do Cap�tulo IX
d�ste T�tulo, das quotas do Imp�sto �nico, pertencentes aos Estados-membros, Distrito
Federal e Munic�pios;
III - 1% (um por cento), em conta de
movimento, � ordem do Ministro das Minas e Energia, para custeio dos servi�os de
fiscaliza��o, administra��o, atividades t�cnicas e cient�ficas no setor da energia
el�trica, e para atendimento das despesas de que trata o � 3� do art. 112 deste
Regulamento, bem como de situa��es de emerg�ncia, a crit�rio do mesmo Ministro.
Par�grafo �nico. O Banco Nacional do
Desenvolvimento Econ�mico (BNDE), encaminhar� ao Conselho Nacional de �guas e Energia
El�trica (CNAEE), mensalmente, extrato da conta n�o-moviment�vel de que cuida o item II
d�ste artigo.
CAP�TULO IV
Da Redu��o do Imp�sto �nico
Art 13. O consumidor industrial, assim
qualificado pelas respectivas contas de fornecimento de energia el�trica, que comprovar,
perante o Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), do Minist�rio das
Minas e Energia, despesa com energia el�trica igual ou superior a 3% (tr�s por cento),
do valor de suas vendas, em cada um dos 2 (dois) anos civis imediatamente anteriores ao
pedido, far� jus a uma redu��o percentual do imp�sto �nico, que lhe seria cobrado nos
t�rmos d�ste Regulamento.
Par�grafo �nico. O �nus da prova
caber� sempre ao consumidor industrial interessado, podendo o Conselho Nacional de �guas
e Energia El�trica (CNAEE) utilizar-se de seus �rg�os auxiliares, dos �rg�os do
Departamento Nacional de �guas e Energia (DNAE), ou de outras reparti��es para o fim de
promover dilig�ncias ou colher informa��es "in loco" as quais dever�o ser
realizadas ou fornecidas por servidores devidamente habilitados no exerc�cio de suas
respectivas fun��es p�blicas.
Art 14. A redu��o de que trata o
artigo precedente ser� concedida por per�odo de 2 (dois) anos civis, em percentagem
equivalente � rela��o entre a despesas demonstrada com energia el�trica e o valor das
vendas do consumidor industrial, de ac�rdo com a seguinte f�rmula e at� o m�ximo de
80% (oitenta por cento):
R = 600 D + 23,
V
onde:
R = � o valor percentual da redu��o
procurada;
D = o valor em cruzeiros da despesa
demonstrada com energia el�trica, e
V = o valor em cruzeiros das vendas
efetuadas pelo consumidor industrial.
� 1� No c�mputo da despesa com
energia el�trica, de consumidores que sejam tamb�m autoprodutores, ser� considerado o
total da energia pr�pria e da energia comprada, calculada aquela ao pre�o m�dio, m�s a
m�s desta �ltima, desde que o consumidor industrial e autoprodutor n�o realize,
simult�neamente, com�rcio de energia.
� 2� Em qualquer hip�tese, para o
c�lculo da despesa com energia el�trica, tomar-se-�o os valores das contas de
fornecimento, excluindo-se por�m, d�les, apenas o empr�stimo compuls�rio em favor da
ELETROBR�S.
� 3� Na verifica��o do valor das
vendas do consumidor industrial interessado no favor fiscal da redu��o do imp�sto
�nico, considerar-se-� a totalidade dos produtos fabricados e/ou transformados, n�os e
computando o respectivo imp�sto de consumo.
� 4� Para os efeitos de c�lculo e
concess�o das redu��es do imp�sto �nico, considerar-se-�, isoladamente, cada
estabelecimento industrial.
Art 15. No caso de empr�sa com menos
de 2 (dois) anos civis de atividade industrial, a redu��o do imp�sto �nico poder� ser
concedida pelo Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), pelo tempo que
restar para a completa��o daquele prazo, por estimativa do valor de suas vendas e
consumo de energia el�trica.
Art 16. As redu��es percentuais do
imp�sto �nico, uma vez concedidas pelo Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica
(CNAEE), ser�o executadas pelos distribuidores de energia el�trica, a partir do primeiro
faturamento que se seguir � publica��o do ato concessivo no " Di�rio Oficial ".
Par�grafo �nico. Os distribuidores
de energia el�trica far�o constar das contas de fornecimento, mediante carimbo ou
impress�o tipogr�fica, o n�mero e data da publica��o do ato concessivo de redu��o,
bem como a percentagem desta �ltima.
Art 17. Das decis�es do Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) desfavor�veis aos interessados no
benef�cio da redu��o percentual do imp�sto �nico, caber� um �nico pedido de
reconsidera��o para o mesmo Conselho, desde que, versando s�bre mat�ria nova, seja
apresentado no prazo de 30 (trinta) dias corridos, contados da ci�ncia � parte da
decis�o ou da publica��o desta �ltima no Di�rio Oficial .
Art 18. Verificado qualquer intuito de fraude contra a Fazenda Nacional ou
constatada qualquer irregularidade por parte do consumidor industrial, interessado na
redu��o do imp�sto �nico, que dela usufrua ou tenha usufru�do, o Conselho Nacional de
�guas e Energia El�trica (CNAEE) comunicar� o fato e os ind�cios de que dispuser ao
Departamento de Rendas Internas (DRI), para fins de fiscaliza��o.
CAP�TULO V
Da Escrita Fiscal
Art 19. Os distribuidores de energia
el�trica s�o obrigados a possuir livro fiscal (Mod�lo n� 4), destinado ao contr�le da
arrecada��o e do recolhimento do imp�sto �nico, utilizando-se, em sua escritura��o,
uma f�lha para cada Munic�pio servido.
Par�grafo �nico. � obrigat�rio o
arquivamento de uma via da guia de recolhimento do imp�sto �nico, onde f�r realizada a
escritura��o do livro fiscal, o que sempre se dar� no lugar em que f�r sediado o
distribuidor.
Art 20. As constas de fornecimento de
energia el�trica dos consumidores em cada Munic�pio, relativas a cada m�s do
calend�rio de arrecada��o, ser�o lan�adas englobadamente no livro fiscal, cuja
escritura��o dever� ser organizada com exatid�o e clareza, sem rasuras ou emendas.
Art 21. O livro fiscal ter� suas
f�lhas numeradas tipogr�fica e seguidamente, com t�rmos de abertura e encerramento,
devendo ser, antes de sua utiliza��o, rubricado em t�das as suas f�lhas no �rg�o
arrecadador do Minist�rio da Fazenda, onde f�r, pelo distribuidor de energia el�trica,
habitualmente recolhido o produto arrecadado do imp�sto �nico.
Art 22. O livro fiscal ser�
conservado pelo distribuidor de energia el�trica, onde sua escrita fiscal f�r realizada,
mesmo no caso de transfer�ncia da concess�o ou mudan�a de local, fazendo-se sempre que
necess�rias, as devidas anota��es, para continuidade da escritura��o, salvo motivo
especial que aconselhe o seu cancelamento e a exig�ncia de novo, a crit�rio do fisco.
Art 23. Constituem instrumentos
auxiliares da escrita fiscal dos distribuidores de energia el�trica os livros de
contabilidade em geral, as guias de recolhimento do imp�sto �nico e todos os documentos,
ainda que pertencentes ao arquivo de terceiros, que se relacionem com os lan�amentos
feitos.
CAP�TULO VI
Das Infra��es e das Penalidades
SE��O I
Das Infra��es
Art 24. Constitui infra��o t�da
a��o ou omiss�o, volunt�ria ou involunt�ria, que importe em inobserv�ncia, por parte
do sujeito de obriga��o tribut�ria positiva ou negativa estabelecida ou disciplinada
neste Regulamento ou nos atos administrativos de car�ter normativo, destinados a
complement�-lo.
� 1� Os atos administrativos n�o
poder�o estabelecer ou disciplinar obriga��es, nem definir infra��es ou cominar
penalidades, que n�o estejam autorizadas ou previstas em Lei ou neste Regulamento.
� 2� Salvo disposi��o expressa em
contr�rio, a responsabilidade por infra��o independe da inten��o do agente ou
respons�vel e da efetividade, natureza e extens�o dos efeitos do ato.
Art 25. As infra��es ser�o apuradas
mediante processo administrativo, que ter� por base o auto ou a representa��o, conforme
a verifica��o da falta se d� no servi�o externo de fiscaliza��o ou no servi�o
interno das reparti��es.
SE��O II
Das Penalidades
Art 26. As infra��es ser�o punidas
com as seguintes penas, aplic�veis separada ou cumulativamente:
I - multa;
II - proibi��o de transacionar com
as reparti��es p�blicas ou aut�rquicas federais ou estabelecimentos banc�rios
controlados pela Uni�o.
Art 27. Incorrem nas multas de:
I - import�ncia igual ao valor do
imp�sto n�o recolhido, nunca inferior a Cr$10.000 (dez mil cruzeiros), os que,
falsamente, se atribu�rem a qualidade de produtores de energia
el�trica para consumo pr�prio e uso exclusivo;
II - import�ncia igual ao valor do
imp�sto n�o recolhido, nunca inferior a Cr$1.000 (um mil cruzeiros), os que deixarem de
recolher o imp�sto �nico, arrecadado nas contas de fornecimento, dentro dos vinte
primeiros dias do m�s do calend�rio subseq�ente ao da arrecada��o;
III - import�ncia igual ao valor do
imp�sto n�o pago, nunca inferior a Cr$1.000 (um mil cruzeiros), os que, falsamente, se
atribu�rem direto ao favor fiscal da redu��o do imp�sto �nico;
IV - Cr$1.000 (um mil cruzeiros) a
Cr$10.000 (dez mil cruzeiros), os que n�o possu�rem livro fiscal para o contr�le da
arrecada��o e do recolhimento do imp�sto �nico, escriturado na forma devida.
Par�grafo �nico. Continuar� sujeito
� multa prevista em o item II d�ste artigo o distribuidor de energia el�trica que,
naquele caso e antes de qualquer procedimento fiscal, recolher apenas o imp�sto �nico
arrecadado.
Art 28. Os d�bitos fiscais,
provenientes de n�o recolhimento de imp�sto �nico e penalidades nos casos previstos no
artigo anterior, est�o sujeitos ao disposto no
art. 7� da Lei n� 4.357, de 16 de julho
de 1964.
Art 29. � multa prevista em o item IV
do art. 27 d�ste Regulamento, aplica-se o disposto no
art. 9� da Lei n� 4.357, de 16 de
julho de 1964.
Art 30. Os devedores, inclusive os
fiadores, declarados remissos s�o proibidos de transacionar a qualquer t�tulo, com as
reparti��es p�blicas e aut�rquicas federais e com os estabelecimentos banc�rios
controlados pela Uni�o.
� 1� A proibi��o de transacionar
compreende o recebimento de quaisquer quantias ou cr�ditos que os devedores tiverem com a
Uni�o e suas autarquias; a participa��o em concorr�ncia, coleta ou tomada de pre�os;
o despacho de mercadorias nas reparti��es fazend�rias; a celebra��o de contratos de
qualquer natureza, inclusive de abertura de cr�dito e levantamento de empr�stimos nas
Caixas Econ�micas Federais e nos demais estabelecimentos banc�rios constitu�dos em
autarquias federais ou controlados pela Uni�o; e quaisquer outros atos que importem em
transa��o.
� 2� A declara��o de remisso ser�
feita pela Inspetoria Fiscal com jurisdi��o s�bre a sede do distribuidor de energia
el�trica, ap�s decorridos trinta dias da data em que a decis�o condenat�ria se tornar
irrecorr�vel na esfera administrativa, desde que o devedor n�o tenha feito prova do
pagamento da d�vida ou de ter iniciado, em ju�zo, a��o anulat�ria do ato
administrativo, com o dep�sito da import�ncia em lit�gio, em dinheiro ou em t�tulos da
d�vida p�blica federal, e na reparti��o arrecadadora do seu domic�lio fiscal.
� 3� No caso do par�grafo anterior,
a autoridade, sob pena de responsabilidade administrativa e penal, far� a declara��o
nos quinze dias seguintes ao t�rmino do prazo ali referido, publicando a decis�o no
�rg�o oficial ou, na sua falta, comunicando-a, para o mesmo fim, � reparti��o
competente com sede na capital do Estado, sem preju�zo de sua afixa��o em lugar
vis�vel do pr�dio da reparti��o.
CAP�TULO VII
Da Fiscaliza��o
SE��O I
Disposi��es Gerais
Art 31. A dire��o dos servi�os de
fiscaliza��o do imp�sto �nico s�bre energia el�trica compete, em geral, ao
Departamento de Rendas Internas (DRI), do Minist�rio da Fazenda.
� 1� A execu��o dos servi�os
incumbe, nos limites de suas jurisdi��es, aos �rg�os regionais do Departamento e aos
seus agentes fiscalizadores.
� 2� A fiscaliza��o externa
compete aos Agentes Fiscais de Rendas Internas.
Art 32. A fiscaliza��o ser�
exercida s�bre t�das as pessoas naturais ou jur�dicas que forem sujeitos de obriga��o
tribut�ria prevista na legisla��o do imp�sto �nico s�bre energia el�trica,
inclusive os que gozarem de imunidade tribut�ria ou de isen��o de car�ter geral ou
pessoal.
Par�grafo �nico. As pessoas a que se
refere �ste artigo exibir�o aos agentes fiscalizadores, sempre que exigidos, os livros
fiscais e comerciais e todos os pap�is ou documentos, em uso ou j� arquivados, que forem
julgados necess�rios � fiscaliza��o, e lhes franquear�o os seus arquivos,
estabelecimentos, dep�sitos ou depend�ncias e m�veis, a qualquer hora do dia ou da
noite, se � noite estiverem funcionando.
Art 33. Os agentes fiscalizadores eu
procederem a dilig�ncia de fiscaliza��o lavrar�o, al�m do auto de infra��o que
couber, t�rmos circunstanciados de in�cio e de conclus�o de cada uma delas, nos quais
consignar�o as datas inicial e final do per�odo fiscalizado, a rela��o dos livros e
documentos comerciais e fiscais exibidos e todo o mais que seja de inter�sse para a
fiscaliza��o.
� 1� Os t�rmos ser�o lavrados,
sempre que poss�vel, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado,
d�les se entregar�, � pessoa sujeita � fiscaliza��o, c�pia autenticada pelo autor
da dilig�ncia.
� 2� Quando v�timas de embara�o ou
desacato no exerc�cio de sua fun��es, ou, quando seja necess�rio � efetiva��o de
medidas acauteladoras do inter�sse do fisco, ainda que n�o se configure fato definido em
lei, como crime ou contraven��o, os agentes fiscalizadores, diretamente ou atrav�s das
reparti��es a que pertencerem, poder�o requisitar o aux�lio de f�r�a p�blica
federal, estadual ou municipal.
Art 34. Mediante intima��o escrita,
s�o obrigados a prestar � autoridade fiscalizadora t�das as informa��es de que
disponha com rela��o aos neg�cios ou atividades de terceiros:
I - Os tabeli�es, escriv�es e demais
serventu�rios de of�cio;
II - os bancos, casas banc�rias,
Caixas Econ�micas e semelhantes;
III - os corretores, leiloeiros e
despachantes oficiais;
IV - os inventariantes;
V - os s�ndicos, comiss�rios e
liquidat�rios;
VI - as reparti��es p�blicas e
aut�rquicas federais, as entidades paraestatais e de economia mista;
VII - t�das as demais pessoas
naturais ou jur�dicas cujas atividades envolvam neg�cios ligados ao imp�sto �nico
s�bre energia el�trica.
Art 35. Sem preju�zo do disposto na
legisla��o criminal, � vedada a divulga��o para qualquer fim, por parte da Fazenda
Nacional ou de seus funcion�rios, de qualquer informa��o obtida em raz�o de of�cio,
s�bre a situa��o econ�mica o financeira e s�bre a natureza e o estado dos neg�cios
ou atividades das pessoas sujeitas � fiscaliza��o.
Par�grafo �nico. Excetuam-se do
disposto neste artigo, unicamente os casos de requisi��o do Poder Legislativo e de
autoridade judicial, e os de presta��o m�tua de assist�ncia para a fiscaliza��o dos
tributos respectivos e de permuta de informa��o entre os diversos setores da Fazenda
P�blica da Uni�o, e entre esta e a dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic�pios.
SE��O II
Do Exame da Escrita Fiscal e Comercial
Art 36.Os agentes fiscalizadores
proceder�o ao exame da escrita geral das pessoas sujeitas � fiscaliza��o, referidas no
art. 32.
� 1� No caso de recusa de
apresenta��o dos livros e documentos, o agente fiscalizador, diretamente ou por
interm�dio da reparti��o, providenciar� junto ao representante do Minist�rio P�blico
para que se fa�a a sua exibi��o judicial sem preju�zo da lavratura do auto de
infra��o eu couber por embara�o � fiscaliza��o.
� 2� Se a recusa se referir aos
livros comerciais registrados, o agente fiscalizador tomar� as provid�ncias previstas no
par�grafo anterior intimando, com prazo n�o inferior a setenta e duas horas, para que
seja feita a apresenta��o, salvo se, estando os livros no estabelecimento fiscalizado
n�o f�r pelo respons�vel indicado o motivo que justifique a sua atitude.
� 3� Se pelos livros apresentados
n�o se puder convenientemente apurar o montante do imp�sto �nico arrecadado nas contas
de fornecimento de energia el�trica e n�o recolhido, colher-se-�o os elementos
necess�rios atrav�s do exame de livros ou documentos de outros estabelecimentos que com
o fiscalizado transacionem, ou noutras fontes subsidi�rias.
� 4� Apurada qualquer diferen�a
ser� exigido o respectivo imposto, que ser� calculado s�bre a tarifa fiscal mais
elevada vigente no per�odo, quando n�o f�r poss�vel fazer a separa��o pelos
elementos escriturados.
� 5� Salvo quando f�r
indispens�vel � defesa dos inter�sses da Fazenda Nacional, n�o ser�o apreendidos os
livros da escrita fiscal ou comercial.
Art 37. O funcion�rio que tiver de
realizar exame de escrita convidar� o propriet�rio do estabelecimento ou seu
representante a acompanhar o trabalho ou indicar pessoa que o fa�a e, em caso de recusa,
far� constar do processo essa ocorr�ncia.
� 1� Se o interessado, mesmo que
tenha firmado por si ou por seu representante o auto ou t�rmo respectivo, n�os e
conformar com o resultado do exame, poder� requerer outro, indicando em seu requerimento,
de forma precisa, a discord�ncia e as raz�es e provas que tiver bem como o nome e
ender��o do seu perito.
� 2� Deferido o pedido, o chefe da
reparti��o designar� outro funcion�rio para, como perito da Fazenda, proceder,
juntamente com o perito indicado pelo interessado, a novo exame, desde que, ouvido o autor
do procedimento, persista �ste em suas conclus�es anteriores.
� 3� Se as conclus�es dos peritos
forem divergentes, prevalecer� a que f�r coincidente com o exame impugnado; n�o havendo
coincid�ncia ser� nomeado, pela autoridade preparadora funcion�rio do Minist�rio da
Fazenda, ou, na sua falta, de qualquer outro Minist�rio para desempatar.
CAP�TULO VIII
Do Processo Fiscal
SE��O I
Disposi��es Gerais
Art 38. O processo fiscal disciplinado
neste Cap�tulo compreende o processo contencioso para apura��o das infra��es, a
consulta para esclarecimento de d�vidas relativas ao entendimento e aplica��o da
legisla��o e a execu��o administrativa das respectivas decis�es.
SE��O II
Do Processo Contencioso
SUBSE��O I
Disposi��o Geral
Art 39. O processo fiscal para
apura��o das infra��es ter� por base o auto ou a representa��o, conforme a
verifica��o da falta se d� no servi�o externo de fiscaliza��o ou no servi�o interno
das reparti��es.
SUBSE��O II
Do In�cio do Procedimento
Art 40. Para efeito de excluir a
espontaneidade da iniciativa do sujeito passivo, considera-se iniciado o procedimento
fiscal:
I - com a lavratura do t�rmo de
in�cio da fiscaliza��o;
II - com a lavratura do t�rmo de
apreens�o de efeitos fiscais, documentos ou livros, ou de intima��o, para a sua
apresenta��o;
III - com qualquer outro ato escrito
dos agentes do fisco que preceda � lavratura do auto ou representa��o;
IV - com a lavratura do auto ou
representa��o, quando inexistirem os atos ou t�rmos preliminares referidos nos incisos
anteriores.
Par�grafo �nico. O in�cio do
procedimento alcan�a todos aqu�les que estejam diretamente envolvidos nas infra��es
porventura apuradas no decorrer da a��o fiscal e somente abrange os atos praticados
antes do mesmo.
SUBSE��O III
Da Lavratura do Auto e da
Representa��o
Art 41. A lavratura do auto de
infra��o � de compet�ncia exclusiva dos Agentes Fiscais de Rendas Internas. A da
representa��o compete aos funcion�rios que, nos plant�es fiscais e nos servi�os
internos das reparti��es, observadas as normas regimentais, verificarem falta cuja
comprova��o quanto � exist�ncia e autoria, independa de dilig�ncia ou exame do setor
externo de fiscaliza��o.
Art 42. Os autos e representa��es
ser�o lavrados com clareza, sem entrelinhas, rasuras ou emendas relatando minuciosamente
a infra��o e as circunst�ncia agravantes e atenuantes existentes, e mencionando o
local, dia e hora da lavratura, e nome, ender��o e capital registrado do infrator ou do
respons�vel pela infra��o, as testemunhas, se houver, e tudo mais que ocorrer na
ocasi�o o que possa esclarecer o processo.
� 1� Quando a infra��o consistir
na falta de recolhimento do imp�sto, o levantamento dever� separar, por trimestre civil,
as import�ncias n�o recolhidas.
� 2� Os autos e as representa��es
poder�o ser inteira ou parcialmente datilografados, ou, ainda, impressos em rela��o �s
palavras invari�veis, devendo, neste caso, os claros serem preenchidos � m�o ou �
m�quina e as linhas em branco inutilizadas por quem os lavrar.
Art 43. A lavratura do auto dever�
efetuar-se no local da verifica��o da falta, ainda que a� n�o seja domiciliado o
infrator.
� 1� O auto
ser� submetido � assinatura do autuado ou de seus representantes ou prepostos ou
ainda na falta ou recursa d�ste, de pessoas presentes ao ato, n�o implicando a assinatura, que
poder� ser lan�ada sob protesto, em confiss�o da falta arguida, nem a recusa, em sua
agrava��o.
� 2� Se, por motivos imprevistos o
auto n�o f�r lavrado no local de verifica��o da falta ou n�o puder ser assinado pelo
autuado, seus representantes ou prepostos, far-se-� men��o nessas circunst�ncias.
� 3� Em seguida � lavratura de
auto, o autuante deixar�, em poder do autuado ou de quem o representar, se presente,
intima��o escrita, no qual mencionar� as infra��es capituladas e o prazo para defesa.
Art 44. Quando, atrav�s dos exames
posteriores � lavratura do auto ou representa��o ou por qualquer dilig�ncia no curso
da a��o, se verificar outra falta al�m da inicial ou se indicar como respons�vel pela
infra��o pessoa diversa da origin�riamente acusada, n�o ser� lavrado novo auto ou
representa��o, mas, apenas t�rmo no processo consignando circunstanciadamente o fato,
com os elementos definidores da infra��o ou identificadores do infrator, conforme o
caso.
Art 45. Lavrado o auto ou
representa��o o autor do procedimento entreg�-lo-�, mediante recibo, juntamente com os
t�rmos de documentos que o instruir, � reparti��o preparadora.
SUBSE��O IV
Do Preparo
Art 46. O preparo dos processos
incumbe �s Inspetorias Fiscais com jurisdi��o na localidade em que ocorrer a sua
instaura��o.
� 1� Quando a localidade n�o
pertencer a munic�pio em que exista sede de Inspetoria, o preparo competir� exatoria
federal que nela tenha jurisdi��o, salvo se, a menor ou igual dist�ncia, estiver
sediada a Inspetoria.
� 2� N�o se compreendem na
compet�ncia da exatoria as informa��es s�bre os antecedentes fiscais de acusados, que
ser�o sempre prestada pelas Inspetorias.
� 3� Se entender conveniente,
especialmente no caso do � 1� d�ste artigo, o Departamento de Rendas Internas poder�
determinar que o prepare se fa�a por reparti��o diferente ou por forma diversa da
estabelecida nesta Subse��o.
Art 47. O preparo compreende:
I - a intima��o para a
apresenta��o de defesa ou de documentos;
II - a "vista" do processo
aos acusados e aos autores do procedimento;
III - a informa��o s�bre os
antecedentes fiscais dos infratores;
IV - o recebimento da defesa e do
recurso e sua anexa��o ao processo;
V - a determina��o de exames ou
dilig�ncias e o cumprimento dos ordenados pelas autoridades julgadoras;
VI - a informa��o s�bre a
inexist�ncia de defesa ou recurso e a lavratura dos respectivos t�rmos de revelia e de
perenp��o;
VII - os despachos interlocut�rios,
inclusive concedendo prorroga��o de prazo para defesa, nos casos e t�rmos previstos no
par�grafo �nico do artigo 56;
VIII - o julgamento da idoneidade dos
fiadores e recebimento da fian�a;
IX - o encaminhamento do processo �s
autoridades julgadoras de primeira e segunda inst�ncias;
X - a ci�ncia do julgamento, a
intima��o para pagamento e a emiss�o das respectivas guias.
Par�grafo �nico. Os despachos
interlocut�rios poder�o ser publicados em �rg�o de imprensa, oficial ou n�o, editado
na jurisdi��o da reparti��o preparadora, presumindo-se para todos os efeitos, a
ci�ncia do interessado, a partir do dia seguinte ao da publica��o do despacho que n�o
exija provid�ncia a cargo d�le.
Art 48. Logo ap�s o recebimento, a
reparti��o protocolizar� e registrar� o auto ou representa��o em livro ou ficha em
que ser� feito o hist�rico do respectivo processo, especialmente quanto ao nome dos
infratores, data da lavratura, dispositivos legais infringidos e import�ncias exigidas.
Par�grafo �nico. O processo ser�
organizado na forma de autos forenses, com as f�lhas numeradas e rubricadas e os
documentos, informa��es, t�rmos, laudos e pareceres, dispostos em ordem cronol�gica.
Art 49. Salvo quando j� efetuada pelo
autuante, a intima��o ser� feita pela reparti��o dentro do prazo de 10 (dez) dias,
contados do recebimento do auto ou representa��o, sob pena de responsabilidade do
funcion�rio causador da demora.
� 1� A intima��o far-se-�:
I - pessoalmente, provada com o
"ciente" no respectivo processo datado e assinado pelo interessado ou seu
representante, no caso em que �ste compare�a � reparti��o;
II - por notifica��o escrita, em
portaria da reparti��o, provada com o "ciente", datado e assinado pelo
interessado ou seu representante, ou certificada pelo servidor competente;
III - por notifica��o verbal,
provada com o "ciente", datado e assinado pelo interessado ou seu representante,
ou certificada no pr�prio processo, pelo funcion�rio competente;
IV - por notifica��o postal,
comprovada pelo recibo de volta ("A.R.") datado e assinado pelo destinat�rio,
seu representante ou preposto.
� 2� Omitida a data no recibo
("A.R.") a que se refere o inciso IV do par�grafo anterior, dar-se-� por feita
a intima��o quinze dias depois da entrega da carta de notifica��o ao Correio.
� 3� Se antes da intima��o tiverem
de ser realizados exames ou dilig�ncias, o prazo referido no " caput " d�ste artigo ser� contado da nova entrada do processo na reparti��o.
Art 50. Se n�o f�r poss�vel por
qualquer dos meios indicados no artigo anterior, ser� a intima��o feita por edital no Di�rio
Oficial da Capital Federal, ou em outros �rg�os de publicidade nos Estados e
Territ�rios ou, ainda por meio de edital, afixado em lugares p�blicos, juntando-se ao
processos, no primeiro caso, a f�lha do jornal que houver inserido a publica��o e, no
segundo, c�pia autentica do edital com indica��o do lugar em que foi afixado.
Par�grafo �nico. Considerar-se-�
feita a intima��o no dia seguinte ao da publica��o ou afixa��o do edital.
Art 51. No caso de n�o residir o
infrator na zona fiscal da reparti��o onde correr o processo, far-se-� a intima��o
por interm�dio da reparti��o preparadora de seu domic�lio, para o que as reparti��es
se corresponder�o diretamente.
Par�grafo �nico. Quando o processo
tiver de ser remetido a mais de uma localidade, a reparti��o preparadora estabelecer� a
ordem de seu encaminhamento �s demais, atendendo � maior rapidez de sua tramita��o.
Art 52. Feita a intima��o, ficar� o
processo aguardando, na reparti��o, a defesa do acusado durante o prazo previsto para a
sua apresenta��o.
Par�grafo �nico. No decorrer do
prazo referido neste artigo poder� o interessado ou seu representante, ter vista do
processo, em presen�a do funcion�rio encarregado, pelo tempo necess�rio � sua leitura
e anota��o.
Art 53. Apresentada a defesa, ser� o
processo encaminhado ao autor do procedimento ou, na sua falta, ao seu substituto ou
funcion�rio designado, para que se manifeste s�bre as raz�es oferecidas.
Art 54. Ultimado o preparo da primeira
fase, com a defesa a informa��o fiscal, as dilig�ncias necess�rias � sua perfeita
instru��o s�bre os antecedentes fiscais do infrator, subir� o processos a julgamento,
encaminhado atrav�s da Inspetoria Fiscal quando ela n�o f�r a reparti��o preparadora.
Par�grafo �nico. Quando se tratar de
infrator revel, lavrado o t�rmo de revelia e prestada a informa��o s�bre os
antecedentes fiscais, considerar-se-� ultimado o preparo, salvo se alguma dilig�ncia se
fizer necess�ria ao esclarecimento do processo.
SUBSE��O V
Das Dilig�ncias
Art 55. Antes ou depois de apresentada
a defesa, havendo dilig�ncias ou exames a realizar, ser�o �les determinados pela
reparti��o preparadora, de of�cio ou a pedido do autor do procedimento ou do acusado.
� 1� O autor do procedimento poder�
solicitar a realiza��o de exames ou dilig�ncias por ocasi�o da entrega do auto ou
representa��o ou quando receber o processo para prestar a informa��o fiscal.
� 2� Se o autor do procedimento f�r
Agente Fiscal de Rendas Internas poder� realizar os exames e dilig�ncias
independentemente de determina��o da autoridade preparadora, quando o processo lhe f�r
entregue para informa��o, desde que a provid�ncia deva ser efetivada dentro de sal
se��o fiscal.
� 3� Ressalvadas as hip�teses
previstas nos par�grafos do art. 37 e a de o autor do procedimento, Agente Fiscal de
Rendas Internas, usar da faculdade constante do � 4� do art. 4� do Regimento do
Departamento de Rendas Internas, os exames e dilig�ncias, no servi�o externo de
fiscaliza��o, ser�o, sempre que poss�vel, realizados pelo agente fiscal da se��o
onde devam verificar-se.
SUBSE��O VI
Da Defesa e da Informa��o Fiscal
Art 56. O prazo para apresenta��o de
defesa ser� de trinta dias a contar da intima��o.
Par�grafo �nico. Em casos especiais,
se o interessado alegar motivos imperiosos que o impe�am de apresentar defesa dentro do
prazo indicado, poder� �ste ser dilatado por dez dias, contados do t�rmino do prazo
primitivo.
Art 57. Quando, no decorrer da a��o
fiscal, se indicar como respons�vel pela falta, pessoa diversa da que figure no auto ou
representa��o, ou forem apurados novos fatos envolvendo o autuado ou outras pessoas,
ser-lhes-� marcado igual prazo para defesa no mesmo processo. Do mesmo modo,
proceder-se-� sempre que, para elucida��o de faltas, se tenham de submeter �
verifica��o ou exames t�cnicos os documentos a livros a que se referir o processo.
Art 58. Esgotado o prazo marcado, se a
parte interessada n�o apresentar defesa, far-se-� men��o dessa circunst�ncia no
processo, seguindo �ste seus tr�mites regulares.
Art 59. A defesa ser� apresentada por
escrito, na reparti��o por onde correr o processo, dando-se dela recibo ao interessado.
� 1� Na defesa, o acusado alegar�
t�da a mat�ria que entender �til, apresentando, desde logo as provas que possuir e
requerendo os exames ou dilig�ncias que julgar cab�veis.
� 2� Os documentos oferecidos pelo
acusado dever�o vir rubricados e passar�o a integrar o processo, admitindo-se a
restitui��o, mediante recibo, desde que, no processo fique c�pia aut�ntica e a medida
n�o lhe prejudique a instru��o.
� 3� Sem preju�zo das san��es
legais cab�veis, o chefe da reparti��o mandar� riscar dos escritos juntos ao processo
as express�es vazadas em t�rmos grosseiros ou atentat�rios � dignidade de qualquer
pessoa.
Art 60. Oferecida a defesa, o autor do
procedimento ou quem o substituir se pronunciar� s�bre as raz�es apresentadas, dentro
dos quinze dias seguintes ao recebimento do processo, salvo se houver dilig�ncias a
realizar.
Par�grafo �nico. Cumpridas as
dilig�ncias e observadas as formalidades delas decorrentes, a informa��o fiscal ser�
prestada nos quinze dias subseq�entes.
SE��O VII
Da Decis�o em Primeira Inst�ncia
Art 61. Aos Delegados Regionais de
Rendas Internas compete julgar, em primeira inst�ncia, os processos instaurados na �rea
de jurisdi��o das respectivas Delegacias.
Art 62. A decis�o conter�:
I - o relat�rio, que ser� uma
s�ntese do processo;
II - os fundamentos de fato e de
direito;
III - a conclus�o;
IV - a ordem de intima��o.
Par�grafo �nico. As inexatid�es
materiais, devidas a lapso manifesto ou os erros de escrita ou de c�lculo existentes na
decis�o, poder�o ser corrigidos por despacho, de of�cio, a requerimento de qualquer
interessado, ou mediante representa��o de qualquer funcion�rio.
Art 63. A decis�o ser� proferida
dentro de trinta dias, contados da entrada do processo na reparti��o, salvo quando forem
determinadas dilig�ncias.
� 1� Se a autoridade que tiver de
julgar o processo n�o o fizer sem causa justificada, no prazo estabelecido, a decis�o
ser� proferida pelo seu substituto legal observado o mesmo prazo sob pena de
responsabilidade, e mencionado o ocorrido no processo.
� 2� Da decis�o n�o caber� pedido
de reconsidera��o.
Art 64. Proferida a decis�o, ser� o
processo devolvido � Inspetoria Fiscal de origem para que providencie as necess�rias
intima��es, fazendo-as diretamente ou por interm�dio da exatoria preparadora, conforme
tenha ou n�o sido a executora do preparo.
Par�grafo �nico. �s intima��es
referidas neste artigo aplica-se, no que couber o disposto na Subse��o IV desta Se��o.
SUBSE��O VIII
Dos Recursos
Art 65. Das decis�es contr�rias aos
acusados, caber� recurso volunt�rio, com efeito suspensivo, para o Segundo Conselho de
Contribuintes, dentro do prazo de trinta dias, contados da data da intima��o, mediante
pr�vio dep�sito das quantias exigidas, ou presta��o de fian�a id�nea, quando
cab�vel, permitindo o direito de o recorrente se assim n�o proceder dentro do prazo
fixado neste artigo.
Par�grafo �nico. Os recursos, em
geral, mesmo peremptos, ressalvados os casos de aus�ncia de dep�sito ou fian�a, ser�o
encaminhados diretamente pelas inst�ncias inferiores �s superiores, cabendo a estas
julgar da peremp��o.
Art 66. O recurso poder� versar
s�bre parte da quantia exigida, desde que o interessado o declare em requerimento, �
reparti��o preparadora do processo.
Par�grafo �nico. O recorrente, sob
pena de peremp��o do recurso, dever� pagar, no prazo legal, a parte n�o litigiosa,
cabendo, quanto � import�ncia objeto de discuss�o, o dep�sito ou fian�a, obedecidas
as exig�ncias legais.
Art 67. Se dentro do prazo legal n�o
f�r apresentada peti��o de recurso, ser� feita declara��o neste sentido, na qual se
mencionar� o n�mero de dias transcorridos a partir da ci�ncia da intima��o, seguindo
o processo os tr�mites regulares.
Par�grafo �nico. Apresentado o
recurso e garantida a inst�ncia, ser� o processo, ap�s ouvido o autor do procedimento
s�bre as raz�es oferecidas, encaminhado � inst�ncia julgadora, atrav�s da Inspetoria
Fiscal quando ela n�o f�r a reparti��o preparadora.
Art 68. Das decis�es total ou
parcialmente favor�veis �s partes, haver� sempre recurso de of�cio, com efeito
suspensivo, para o Segundo Conselho de Contribuintes, salvo se a import�ncia total em
lit�gio n�o exceder de Cr$10.000 (dez mil cruzeiros).
� 1� O recurso ser� interposto na
decis�o, ou posteriormente, em separado, pela pr�pria autoridade prolatora ou no caso do
par�grafo seguinte.
� 2� Tratando-se de decis�o da qual
caiba recurso de of�cio e �ste, por qualquer motivo, n�o tenha sido interposto, cumpre
ao funcion�rio autor do feito representar � autoridade prolatora da decis�o, propondo a
interposi��o do recurso.
Art 69. O processo findar�
administrativamente, se o infrator, conformando-se com a decis�o de primeira inst�ncia,
efetuar o pagamento das import�ncias devidas, no prazo previsto para interposi��o de
recurso.
SUBSE��O IX
Da Garantia de Inst�ncia
Art 70. A garantia de inst�ncia para
interposi��o de recurso ser� efetuada:
I - mediante dep�sito na reparti��o
arrecadadora competente, em dinheiro, t�tulos da d�vida p�blica federal, a��es ou
deb�ntures de sociedades de economia mista de cujo capital e dire��o participe a
Uni�o, ou cup�es vencidos de juros ou dividendos de tais t�tulos; ou
II - mediante fian�a, na reparti��o
preparadora, quando a import�ncia total exigida f�r superior a Cr$10.000 (dez mil
cruzeiros).
� 1� N�os se aceitar� indica��o
de fiador sem a sua expressa aquiesc�ncia.
� 2� Ser�o recusados como fiadores
as pessoas f�sicas, as que fa�am parte da firma recorrente, as que n�o estiverem quites
com a Fazenda Nacional e as que n�o tiverem patrim�nio para garantia do pagamento das
quantias em lit�gio.
� 3� sob pena de n�o produzir
efeito, o requerimento que indicar fiador apresentar�, salvo no caso de fian�a
banc�ria, relativamente � firma ou sociedade indicada, c�pia do ultimo balan�o,
assinada por contabilista legalmente registrado, pelo qual se verifique que o patrim�nio
l�quido igual ou superior a tr�s vezes o valor da fian�a, bem como os atos
institucionais (contrato social ou estatuto) que outorguem, no caso de sociedade an�nima,
autoriza��o a seus diretores para prestar fian�a ou que n�o contenham, nos demais
casos, disposi��o impeditiva da pr�tica desse ato.
� 4� O despacho que autorizar a
lavratura do t�rmo de fian�a dever� marcar prazo entre cinco a dez dias para sua
assinatura, a contar da intima��o do recorrente.
Art 71.Se o fiador oferecido for
recusado, poder� o recorrente indicar mais um segundo e um terceiro, sucessivamente,
dentro de prazo igual ao que restava na data em que foi protocolizada a respectiva
peti��o anterior, n�o se admitindo, depois dessas nova indica��o.
� 1� Da decis�o que recusar o
�ltimo fiador caber� o �nico recurso ao Delegado Regional de Rendas Internas, que
decidir� definitivamente s�bre as impugna��es dos fiadores apresentados.
� 2� No caso de indeferimento de
recurso de que trata o par�grafo anterior, marcar-se-� o prazo improrrog�vel de 10
(dez) dias, contados da ci�ncia da decis�o, para dep�sito da quantia em lit�gio.
� 3� Ser� admitido, tamb�m recurso
da decis�o que recusar o primeiro ou o segundo fiador oferecido, quando o recorrente
renunciar expressamente ao direito de fazer nova indica��o.
� 4� Recusado qualquer fiador, o
recorrente poder� efetuar o dep�sito da quantia em lit�gio, no prazo improrrog�vel de
10 (dez) dias, ou apresentar o recursos na conformidade do disposto nos �� 1� e 3�
dentro do mesmo prazo.
Art 72. A garantia ao Tesouro Nacional
a que se refere o art. 6� da Lei 1.628, de 20 de junho de 1952, n�o abrange o dep�sito
previsto nesta Subse��o.
SUBSE��O
Da Decis�o em Segunda Inst�ncia
Art 73. O julgamento no segundo
Conselho de Contribuintes far-se-� de acordo com as normas de seu Regimento Interno.
Art 74 O ac�rd�o proferido
substituir�, no que tiver sido objeto de recurso, a decis�o recorrida.
Art 75 Das decis�es do Conselho
contr�rias aos acusados, cabe pedido de reconsidera��o, com efeito suspensivo, no prazo
de trinta dias, contatos da intima��o, independentemente de nova garantia de inst�ncia,
quando esta j� tenha sido prestada anteriormente.
Art 76. A intima��o das decis�es
ser� feita pela reparti��o preparadora, na forma da Subse��o IV desta Se��o.
SUBSE��O XI
Da Eq�idade
Art 77. As decis�es por equidade s�o
da compet�ncia privativa do ministro da Fazenda mediante proposta do Segundo Conselho de
Contribuintes, e restringem-se � dispensa total ou parcial de penalidade pecuni�ria.
� 1� A proposta de aplica��o de
eq�idade, que s� ser� feita em casos excepcionais, dever� ser encaminhada ao Ministro
da Fazenda, acompanhada de informa��es sobre os antecedentes do contribuinte.
� 2� N�o se conceder�, o
benef�cio de eq�idade no caso de reincid�ncia espec�fica, nem a contribuinte
convencido de sonega��o, fraude ou conluio.
SUBSE��O XII
Das Nulidades
Art 78. S�o nulos:
I - a den�ncia que n�o determine com
precis�o a infra��o e o infrator ou que n�o identifique o denunciante pelo nome e
endere�o;
II - os t�rmos de fiscaliza��o ou
exame de escrita fiscal lavrados ou realizados por pessoa que, de ac�rdo com as normas
d�ste regulamento, n�o seja incumbida da fiscaliza��o externa, salvo, quanto aos
exames, os casos previstos nos par�grafos do artigo 37;
III - o auto ou a representa��o:
a) que n�o contenha os elementos
suficientes para determinar com seguran�a a infra��o e o infrator;
b) lavrado por funcion�rio diferente
dos indicados no art. 41;
IV - os despachos e decis�es
proferidos por autoridades incompetentes ou peitadas;
V - os despachos e decis�es
proferidos com preteri��o do direito de defesa.
� 1� S�o insan�veis as nulidades
previstas nos inciso II, al�nea "b" do inciso III e inciso IV, devendo o ato sobre que
incidirem ser repetido; as demais s�o san�veis, podendo suprir-se pela retifica��o ou
complementa��o do ato;
� 2� A nulidade san�vel s� ser�
declarada se n�o f�r poss�vel suprir a falta.
Art 79. As irregularidades,
incorre��es e omiss�es diferentes das referidas no artigo anterior n�o importar�o em
nulidade, devendo ser sanadas quando resultarem em preju�zo para a defesa de acusa��o,
salvo se �ste lhes houver dado causa, ou quando influ�rem na solu��o do lit�gio.
Par�grafo �nico. A falta de
intima��o estar� sanada desde que o acusado compare�a para praticar o ato ou para
alegar a omiss�o, considerando-se a intima��o como realizada a partir desse momento.
Art 80. A nulidade de qualquer ato
n�o prejudicar� sen�o os posteriores, que dele diretamente dependam ou sejam
conseq��ncia.
� 1� A nulidade do auto ou
representa��o importar� na nulidade de todo o processo, excetuado os atos ou t�rmos
preliminares que tenham precedido sua lavratura.
� 2� A autoridade que pronunciar a
nulidade declarar� a que atos ela se estende e ordenar� as provid�ncias necess�rias
para que sejam repetidos ou retificados pelas pessoas competentes e na forma regulamentar.
Art 81. No caso de incompet�ncia da
autoridade julgadora, s�mente os atos decis�rios ser�o nulos.
Par�grafo �nico. Reconhecida a
incompet�ncia, a autoridade ordenar� a remessa do processo � reparti��o competente.
SE��O III
Da Consulta
Art 82. � assegurado aos
interessados, em geral, o direito de consulta sobre a aplica��o d�ste Regulamento, na
parte tribut�ria.
Art 83. A consulta ser� dirigida
origin�riamente � reparti��o preparadora do domic�lio fiscal do consulente e
encaminhada, por esta, no prazo de quinze dias, � autoridade competente para
solucion�-la, j� informada pelo agente fiscal da respectiva se��o ou circunscri��o.
Art 84. As consultas ser�o
solucionadas, em primeira inst�ncia, pelos Delegados Regionais do Departamento de Rendas
Internas e, em grau de recurso, pelo Diretor do mesmo Departamento.
Par�grafo �nico. Caber� ao Diretor
do Departamento de Rendas Internas, em �nica inst�ncia, solucionar as consultas
formuladas pelos �rg�os centrais da administra��o p�blica e aut�rquica federal, das
sociedades de economia mista controladas pela Uni�o e das entidades representativas de
atividades econ�micas e profissionais de �mbito nacional.
Art 85. Das decis�es de primeira
inst�ncia favor�veis ao consulente, haver� recurso de of�cio, no pr�prio despacho
decis�rio.
Par�grafo �nico. O recurso
volunt�rio do consulente, das decis�es a ele desfavor�veis, ser� interposto dentro de
trinta dias da ci�ncia.
Art 86. A solu��o dada � consulta
ou qualquer outro ato administrativo destinado a esclarecer ou complementar �ste
Regulamento ter� efeito normativo, quando adotado em circular expedida pelo Diretor do
Departamento de Rendas Internas.
Par�grafo �nico. Se se tratar de
mat�ria de inter�sse geral, em rela��o � disciplina��o da qual se conclua, no
processo, ser omisso ou obscuro �ste Regulamento, de hip�tese ainda n�o decidida
anteriormente ou de altera��o de entendimento anterior, ser� expedida circular,
regulamentado-a.
Art 87. A solu��o dada � consulta
em primeira ou segunda inst�ncia ser� cientificada ao consulente, pessoalmente ou pelo
Correio com recibo de volta "A. R.", dentro do prazo de 10 (dez) dias do
recebimento do processo pela reparti��o preparadora, mediante entrega de c�pia
autenticada da decis�o.
Par�grafo �nico. Se n�o f�r
poss�vel a ci�ncia pelos meios indicados, ser� o consulente intimado, por edital, a
comparecer � reparti��o no prazo de 8 (oito) dias, a fim de receber a c�pia da
decis�o, considerando-se feita a ci�ncia no t�rmino do prazo, se n�o f�r atendida a
intima��o.
Art 88. O consulente adotar� o
entendimento da solu��o dada � consulta, dentro de 30 (trinta) dias contados da data da
ci�ncia salvo o direito de recurso quando se tratar de decis�o de primeira inst�ncia.
� 1� Vencido o prazo a que se refere
�ste artigo e n�o tendo o consulente recorrido � inst�ncia superior, quando f�r o
caso, ser� o processo encaminhado ao agente fiscal da respectiva se��o ou
circunscri��o para que tome conhecimento da solu��o e verifique se foi cumprida a
decis�o, instaurada, em caso contr�rio, o procedimento cab�vel.
� 2� Durante o curso do processo da
consulta e at� o t�rmino do prazo fixado para cumprimento da decis�o, nenhum
procedimento fiscal ser� instaurado contra o consulente, com rela��o � esp�cie
consultada.
Art 89. N�o produzir�o qualquer
efeito as consultas:
I - formuladas com inobserv�ncia das
normas estabelecidas no artigo 83;
II - que n�o descrevam completa e
exatamente a hip�tese concreta do fato, salvo se a omiss�o ou inexatid�o f�r
escus�vel, a ju�zo da autoridade julgadora;
III - que forem instru�das com o
empr�go de fraude, simula��o ou oculta��o, praticada pelo consulente, diretamente ou
por interposta pessoa.
� 1� Quando a consulta f�r
declarada sem efeito, havendo imp�sto a cobrar, a autoridade, transitada em julgado a
decis�o, encaminhar� o processo ao agente fiscal da se��o em que estiver localizado o
estabelecimento do consulente para instaura��o do competente procedimento fiscal e
exig�ncia do tributo devido com as penalidades cab�veis.
� 2� A declara��o a que se refere
o par�grafo anterior, considerando sem efeito a consulta, compete � autoridade que tiver
de julg�-lo.
Art 90. � nula a decis�o, n�o
produzindo qualquer efeito quando proferida por autoridade incompetente.
Par�grafo �nico. Na hip�tese d�ste
artigo, ser� feito novo julgamento pela autoridade competente.
SE��O IV
Da Execu��o das Decis�es
Condenat�rias
SUBSE��O I
Disposi��es Gerais
Art 91. Das decis�es condenat�rias
ou desfavor�veis, proferidas em processos fiscais, ser�o intimados os acusados ou
consulentes, fixando-se prazo para cumprimento, quando f�r o caso.
Art 92. Passada em julgado a decis�o
e findo o prazo fixado para o seu cumprimento, �ste n�o ocorrendo, ser� convertido em
renda o dep�sito efetuado em dinheiro, promovida a venda dos pap�is ou t�tulos
depositados, ou remetida a divida � cobran�a executiva.
� 1� Se o dep�sito em dinheiro ou o
produto da venda dos pap�is ou t�tulos depositados n�o f�r suficiente para cobrir o
montante atualizado da d�vida, ser�, o valor remanescente, enviado � cobran�a
executiva se n�o houver sido efetuado o seu recolhimento.
� 2� Se o produto da venda dos
pap�is ou t�tulos referidos no par�grafo anterior f�r superior ao montante da d�vida,
ser� o restante escriturado em dep�sito � disposi��o do interessado, ap�s deduzidos
as despesas da execu��o.
� 3� O valor da divida ser�
corrigido monetariamente na ocasi�o do pagamento, na forma da legisla��o aplic�vel.
Art 93 Executada a decis�o, o
processo considerar-se findo administrativo.
SUBSE��O II
Da Execu��o Amig�vel e da Cobran�a
Executiva
Art 94 Na decis�o que impuser multa,
ser� ordenada a intima��o do multado para efetuar o pagamento no prazo de 30 (trinta)
dias contados da data da intima��o.
� 1� Findo o prazo referido neste
artigo, se a d�vida n�o estiver depositada ou paga no �rg�o arrecadador competente,
salvo o direito de recurso, ser� o processo encaminhado � se��o de cobran�a amig�vel
por mais de 30 (trinta) dias, ap�s o que ser� extra�da certid�o para cobran�a
executiva, cumpridas �s disposi��es legais vigentes.
� 2� Pago o d�bito ser� juntado ao
processo uma via da guia de recolhimento.
Art 95 Os d�bitos resultantes de
processos instaurados por infra��o deste Regulamento superiores a Cr$100.00 (cem mil
cruzeiros), poder�o ser pagos em parcelas mensais, iguais e sucessivas at� o m�ximo de
6 (seis), desde que os interessados o requeiram � reparti��o preparadora, dentro do
prazo fixado para o cumprimento da decis�o de primeira inst�ncia.
Par�grafo �nico. Desatendido o
pagamento de 2 (duas) presta��es sucessivas, vencer-se-�o autom�ticamente as demais,
devendo a reparti��o providenciar quanto a cobran�a executiva do restante do d�bito,
na forma da legisla��o em vigor.
Art 96 A inscri��o da d�vida
sujeitar� o devedor � multa morat�ria de 10% (dez por cento), calculado s�bre o seu
valor corrigido monet�riamente.
� 1� No caso de cobran�a executiva
da d�vida, se procedente a a��o, al�m da multa a que se refere o par�grafo anterior,
ser�o acrescidos ao principal juros morat�rios, � raz�o de 1% (um por cento) ao m�s,
calculada s�bre o seu valor atualizado da d�vida, curtas e percentagens fixadas em lei e
outras combina��es da senten�a.
� 2� As guias para o recolhimento,
aos �rg�os arrecadadores de import�ncias, cobradas por interm�dio do Ju�zo da Fazenda
P�blica, conter�o obrigat�riamente, o n�mero e data do
processo fiscal.
CAP�TULO IX
Da Distribui��o e Aplica��o das Quotas do Imp�sto �nico
SE��O I
Da Distribui��o
Art 97 Da parcela do imp�sto �nico
de que trata o item II do artigo 12 deste Regulamento, 5/6 (cinco sextos) caber�o aos
Estados-membros e ao Distrito Federal, e 1/6 (um sexto), aos Munic�pios.
Art 98 Os val�res do imp�sto �nico
pertencentes aos Estados-membros, Distrito Federal e Munic�pios, ser�o entre �les
rateados de ac�rdo com os seguintes crit�rios de proporcionalidade:
1) 2% (dois por cento): produ��o
efetiva de energia el�trica em seus respectivos territ�rios, verificada por medidores
ou, na falta d�stes, calculada pela pot�ncia legalmente instalada, com fator de carga de
35% (trinta e cinco por cento) e admitida a perda de 10% (dez por cento), ou ainda, na
falta de demanda m�xima para o c�lculo da produ��o, admitindo 2.500 - (duas mil e
quinhentas) horas de utiliza��o anual de pot�ncia legalmente instalada, para as
centrais termel�tricas, e 4.000 (quatro mil) horas, dela, para as usinas hidrel�tricas.
2) 18% (dezoito por cento):
superf�cie territorial respectivas;
3) 35% (trinta e cinco por cento);
consumo de energia el�trica verificado nos respectivos territ�rios;
4) 45% (quarenta e cinco por cento):
popula��o respectiva.
� 1� Os dados estat�sticos da �rea
e popula��o a serem empregados, como base de c�lculo ser�o os apurados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), podendo, na falta d�ste, ser utilizados os
fornecidos pelos �rg�os oficiais dos Estados membros, do Distrito Federal ou dos
Munic�pios, ou ainda, os relativos ao ano imediatamente anterior.
� 2� Para os efeitos de c�lculo, o
Distrito Federal ter� tratamento equivalente a Estado-membro.
� 3� O estado da Guanabara e o
Distrito Federal, enquanto permanecerem indivisos, bem como os Estados-membros que se
constitu�rem sem Munic�pios, participar�o tamb�m do rateio municipal do imp�sto
�nico.
Art 99. O Conselho Nacional de �guas
e Energia El�trica (CNAEE), do Minist�rio das Minas e Energia, estabelecer�, dentro do
primeiro trimestre de cada exerc�cio, os coeficientes de distribui��o do imp�sto
�nico, pelo Estados-membros e Distrito Federal, e os comunicar� ao Banco Nacional do
Desenvolvimento Econ�mico (BNDE).
Art 100. Ap�s o t�rmino de cada
trimestre do calend�rio, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico (BNDE)
creditar�, mediante pr�via determina��o do Conselho Nacional de �guas e Energia
El�trica (CNAEE), em contas especiais, moviment�veis mediante cheque, uma para cada
Estado-membro e para o Distrito Federal, as respectivas quotas trimestrais de imp�sto
�nico, relativas ao trimestre vencido.
Art 101 As quotas municipais do
imp�sto �nico ser�o calculadas pelo Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica
(CNAEE), dentro do primeiro semestre de cada exerc�cio, e dir�o respeito �
arrecada��o do exerc�cio anterior.
� 1� S�mente entrar�o no c�lculo
das quotas municipais os Munic�pios instalados at� 1 (um) de janeiro do ano do c�lculo,
com Prefeito empossado e C�mara local em funcionamento.
� 2� A entrega das quotas dos
Munic�pios, sempre anuais, ser� efetuada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento
Econ�mico (BNDE), diretamente a cada Munic�pio beneficiado e ap�s determina��o do
Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE).
Art 102. A entrega, pelo Banco
Nacional do Desenvolvimento Econ�mico (BNDE), dos valores do imp�sto �nico, liberados
pelo Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) e pertencentes aos
Estados-membros, Distrito Federal e Munic�pios, ser� realizada em prazo n�o superior a
15 (quinze) dias, ap�s o recebimento, pelo Banco, da determina��o do Conselho.
Art 103. O Estado-membro que tiver o
contr�le acion�rio de sociedade de economia mista concession�ria de servi�os de
energia el�trica, receber� a quota do Munic�pio, onde a referida sociedade efetuar
distribui��o de energia, devendo ser o Munic�pio indenizado com a��es correspondentes
ao valor da quota.
Art 104. A quota municipal, inferior
ao d�cuplo do valor do maior sal�rio-m�nimo mensal, vigente no pa�s no ano da quota,
que n�o f�r reclamada pelo Munic�pio, com a satisfa��o das exig�ncias legais, at� o
final do exerc�cio seguinte ao do c�lculo, ser� creditada ao respectivo Estado-membro,
desde que �ste participe maioritari�mente de sociedade de economia mista concession�ria
de servi�os de energia el�trica, devendo esta indenizar o Munic�pio com a��es
correspondentes ao valor da quota.
Par�grafo �nico. N�o dispondo o
Estado-membro de sociedade de economia mista concession�ria de servi�os de energia
el�trica, o Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) determinar� ao Banco
Nacional do Desenvolvimento Econ�mico (BNDE) a transfer�ncia da quota municipal �
ELETROBR�S, que, em contrapartida, emitir� as a��es em favor do Munic�pio.
Art 105. A partir do exerc�cio de
1966, os Estados-membros receber�o, em dinheiro, suas quotas do imp�sto �nico s�bre
energia el�trica, at� o limite das mesmas, na propor��o verificada no exerc�cio
anterior, entre os recursos pr�prios que aplicarem em servi�os de energia el�trica nos
respectivos territ�rios e a referida quota, de ac�rdo com a seguinte f�rmula:
Q = C R ,
E
sendo:
Q - quantia a ser paga ao Estado em
dinheiro;
C - quota do Estado no imp�sto �nico
do exerc�cio;
R - recursos pr�prios aplicados no
territ�rio do Estado em energia el�trica, no exerc�cio anterior, exclu�da sua quota no
imp�sto �nico, mas inclu�dos os investimentos efetuados pelos Poderes P�blicos
Municipais e por concession�rios privados nas �reas do Estado de sua concess�o;
E - quota do Estado no imp�sto �nico
do exerc�cio anterior.
� 1� A diferen�a entre o valor
total da quota do Estado e a quantia paga em dinheiro na forma d�ste artigo ser�
entregue � ELETROBR�S, que a contabilizar� a cr�dito do Estado, para subscri��o de
a��es preferenciais em seus futuros aumentos de capital.
� 2� Para os efeitos d�ste artigo e
com vistas � coordena��o da pol�tica nacional de energia el�trica, os Estados-membros
dever�o submeter, anualmente, os respectivos planos de eletrifica��o devidamente
atualizados, � aprecia��o do Ministro das Minas e Energia, atrav�s do Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), bem como a comprova��o da aplica��o de
recursos pr�prios e privados em servi�o de energia el�trica em seu territ�rio.
� 3� A comprova��o da aplica��o
e a apresenta��o do plano de eletrifica��o atualizado dever�o ser encaminhadas ao
Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), at� 28 de fevereiro de cada ano,
sob pena de transfer�ncia, a favor da ELETROBR�S, para os efeitos do par�grafo 1�
d�ste artigo, da parcela de quota do Estado-membro no imp�sto �nico s�bre energia
el�trica, referente ao primeiro, trimestre. Se, at� 31 de maio de cada ano, os
Estados-membros n�o atenderem ao que disp�e �ste par�grafo, o restante do valor da
quota anual ser� transferido, da mesma forma, para a ELETROBR�S.
� 4� O Conselho Nacional de �guas e
Energia El�trica (CNAEE) apreciar� conclusivamente, de ac�rdo com as instru��es que
expedir, a comprova��o e o plano de que trata o � 2� d�ste artigo, encaminhando-os,
em seguida, � delibera��o ministerial.
� 5� Apresentados a comprova��o e
o plano de eletrifica��o, na forma e nos prazos do � 3� d�ste artigo, o Ministro das
Minas e Energia ter� o prazo de 60 (sessenta) dias para sua aprecia��o, findo o qual,
sem que se tenha verificado sua decis�o, concedendo ou negando aprova��o, a
comprova��o e o plano ser�o considerados autom�ticamente aprovados.
� 6� O plano estadual de
eletrifica��o abranger� per�odo n�o inferior a 3 (tr�s) anos e conter� o estudo do
mercado da regi�o a ser servida e a justificativa t�cnico-econ�mica da obra e
instala��es programadas com o respectivo cronograma de execu��o. A atualiza��o do
plano ser� feita anualmente e remetida ao Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica
(CNAEE).
� 7� O plano estadual de
eletrifica��o e sua atualiza��o anual ser�o encaminhados ao Conselho Nacional de
�guas e Energia El�trica (CNAEE) em 4 (quatro) vias.
� 8� Ap�s aprova��o pelo Ministro
das Minas e Energia, do plano ou de sua atualiza��o, ser� o processo, com 3 (tr�s)
vias da documenta��o que o constituir, restitu�do ao Conselho Nacional de �guas e
Energia El�trica (CNAEE), que encaminhar� uma das vias ao Departamento Nacional de
�guas e Energia (DNAE), e outra � ELETROBR�S.
� 9� Enquanto n�o se verificar a
aprova��o de que trata o � 5� d�ste artigo, as quotas de imp�sto �nico devidas ao
Estado-membro ficar�o retidas.
� 10. O Conselho Nacional de �guas e
Energia El�trica (CNAEE) determinar� ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico
(BNDE), em prazo n�o excedente a 30 (trinta) dias, as provid�ncias necess�rias �
transfer�ncia, a favor da ELETROBR�S, ou � libera��o, em dinheiro, para os
Estados-membros, das import�ncias que lhes couberem por f�r�a do disposto neste artigo.
Art 106. A entrega, em dinheiro, das
quotas pertencentes aos Estados-membros e a transfer�ncia � ELETROBR�S de import�ncias
dessas quotas ser�o realizadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico (BNDE),
em estrita observ�ncia � determina��o do Conselho Nacional de �guas e Energia
El�trica (CNAEE) e no prazo de 15 (quinze) dias, ap�s o recebimento, pelo Banco, daquela
determina��o.
SE��O II
Da Aplica��o
Art 107. As quotas do imp�sto �nico,
pertencentes aos Estados-membros, Distrito Federal e Munic�pios, dever�o ser aplicadas,
exclusiva e obrigat�riamente, em produ��o, transmiss�o e ou distribui��o de energia
el�trica, nos seus respectivos territ�rios.
� 1� Conquanto a aplica��o possa,
em princ�pio, ser efetuada fora dos limites territoriais do Estado-membro ou do
Munic�pio, ter-se-� sempre em vista obras ou servi�os que se destinem, direta ou
indiretamente, ao seu respectivo suprimento de energia el�trica, ainda que n�o imediato.
� 2� A aplica��o poder�
consistir:
a) no custeio direto de estudos,
projetos, obras e servi�os, realizados ou mantidos pelos Estados-membros, Distrito
Federal e Munic�pios, para suprimento p�blico de energia el�trica, incluindo linhas de
distribui��o, mas excluindo despesas n�o classific�veis como investimento, tais como o
pagamento de contas de energia el�trica, quer para ilumina��o p�blica, quer para
outros consumos p�blicos;
b) no pagamento de amortiza��es e
juros relativos a empr�stimos tomados para aplica��o em produ��o, transmiss�o e ou
distribui��o de energia el�trica;
c) na tomada de a��es de empr�sas
nacionais, concession�rias de servi�os p�blicos de energia el�trica, desde que a
maioria das a��es j� perten�a, ou com a tomada das a��es fique pertencendo, a
pessoas jur�dicas de direito p�blico interno, que controle a administra��o da
empr�sa;
d) em financiamentos a empr�sas
nacionais, concession�rias de servi�os p�blicos de energia el�trica e em plena
atividade, que se destinem exclusivamente � produ��o, transmiss�o e ou distribui��o
de energia el�trica, mediante contratos, amortiza��es e juros, aprovados pelo Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) e que n�o excedam de 33% (trinta e tr�s
por cento) das garantias reais oferecidas pela financiada.
� 3� A observ�ncia do disposto
neste artigo, a ju�zo do Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), ser�,
juntamente com a comprova��o, sendo o caso, do recolhimento do imp�sto �nico e do
empr�stimo compuls�rio em favor da ELETROBR�S, e do pagamento das faturas de compra de
energia el�trica, condi��o essencial para a libera��o da quotas do imp�sto �nico
aos Estados-membros, Distrito Federal e Munic�pios.
Art 108. Ao planejarem ou programarem
empreendimentos p�blicos de �mbito regional, pertinentes � produ��o, transmiss�o e
ou distribui��o de energia el�trica, os Estados-membros, obtida a concord�ncia
expressa dos Munic�pios interessados, poder�o aplicar quotas municipais do imp�sto
�nico, no custeio de tais empreendimentos, observadas as prescri��es d�ste
Regulamento.
Art 109. No ano seguinte ao t�rmino
de cada exerc�cio, os Estados-membros, Distrito Federal e Munic�pios comprovar�o,
perante o Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), conforme as
instru��es expedidas pelo mesmo Conselho, a aplica��o dos valores do imp�sto �nico
por �les recebidos durante o �ltimo exerc�cio.
� 1� Os Estados-membros, desde que
comprovem haver transferido � sociedade de economia mista concession�ria de servi�os de
energia el�trica, de que participem maiorit�riamente os valores do imp�sto �nico
relativos �s suas pr�prias quotas e �s municipais que houverem recebido na forma d�ste
Regulamento, ter�o tal aplica��o havida como boa e leg�tima.
� 2� As comprova��es de que trata
�ste artigo, feitas perante o Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE),
n�o desobrigam os Estados-membros, o Distrito Federal e os Munic�pios de observarem as
normas estatu�das pela Lei n�mero 4.320, de 17 de mar�o de 1964, notadamente o que
disp�e o seu art. 82 e par�grafos.
Art 110. O Conselho Nacional de �guas
e Energia El�trica (CNAEE) determinar� ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico
(BNDE) o bloqueio da conta especial do imp�sto �nico, em rela��o ao Estado-membro ou
Distrito Federal;
a) que se tornar inadimplente em
rela��o a qualquer das obriga��es previstas na legisla��o do imp�sto �nico;
b) cujos servi�os de energia
el�trica, seja sob a forma de �rg�os de administra��o direta ou descentralizada, seja
sob a forma de �rg�os de administra��o controlada inclusive sociedades de economia
mista, sendo o caso, deixarem de recolher o imp�sto �nico ou o empr�stimo compuls�rio
em favor da ELETROBR�S, por �les arrecadados, ou n�o pagarem as faturas de compra de
energia el�trica.
Art 111. A aplica��o de quota ou
parte de quota municipal do imp�sto �nico, em despesa que se n�o enquadre em
produ��o, transmiss�o e ou distribui��o de energia el�trica, a crit�rio do Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) motivar� a reten��o no Banco Nacional do
Desenvolvimento Econ�mico (BNDE), dos valores subseq�entes ao imp�sto �nico, cab�veis
ao Munic�pio faltoso, at� que �ste comprove a aplica��o regular, com outras receitas,
de import�ncia equivalente ao valor de sua quota, ou de parcela desta, aplicada em outros
fins.
CAP�TULO X
Dos Servi�os a Cargo do
C.N.A.E.E.
Art 112. Ao Conselho Nacional de
�guas e Energia El�trica (CNAEE), do Minist�rio das Minas e Energia cumprir�, nos
t�rmos da Legisla��o em vigor, calcular, distribuir e fiscalizar a aplica��o das
quotas estaduais e municipais do imp�sto �nico; reajustar o valor da tarifa fiscal;
conceder redu��o do imp�sto �nico e expedir certid�es, exclusivamente para os fins do
artigo 152 d�ste Regulamento, podendo baixar as instru��es complementares que se
tornarem necess�rias.
� 1� Fica o Conselho Nacional de
�guas e Energia El�trica (CNAEE) autorizado a admitir pessoal contratado, observadas as
prescri��es legais e regulamentares em vigor, e a assinar conv�nios com outros �rg�os
da Administra��o Direta ou Indireta e com a Centrais El�tricas Brasileiras S.A. -
ELETROBR�S, a fim de dar cumprimento ao disposto neste artigo.
� 2� Para o custeio d�sses
servi�os ficam reservados, ao Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE),
40% (quarenta por cento), trata o item III do artigo 12 d�stes Regulamento.
� 3� No in�cio de cada exerc�cio,
o Presidente do Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) submeter�, �
aprova��o ministerial, plano de aplica��o anual dos recursos que couberem ao mesmo
Conselho, na forma do par�grafo anterior, podendo tais recursos ser destinados aos gastos
com:
a) admiss�o de pessoal tempor�rio;
b) loca��o de im�veis para
instala��o de depend�ncias do Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE);
c) custeio de despesas de viagens e
servi�os extraordin�rios do pessoal do Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica
(CNAEE), assim como de servi�os t�cnicos especializados, para os quais n�o disponha o
Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) de pessoal habilitado, realizados
por empr�sas particulares;
d) aquisi��o de materiais,
equipamentos, ve�culos e combust�veis para os servi�os do Conselho Nacional de �guas e
Energia El�trica (CNAEE);
e) realiza��o de despesas com
representa��o, complementa��o salarial de t�cnicos e outras para as quais o Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) n�o disponha de dota��o pr�pria por
inexistente ou insuficiente.
� 4� O Presidente do Conselho
Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) comprovada, at� 30 de mar�o do exerc�cio
seguinte ao vencido, perante o Ministro das Minas e Energia, as aplica��es de que trata
o par�grafo precedente, nas quais ser�o observadas as normas legais e regulamentares de
contabilidade p�blica da Uni�o.
� 5� As reparti��es p�blicas
federais, da administra��o centralizada ou aut�rquica, inclusive as sociedades de
economia mista, de que a Uni�o participe majoritariamente, e as empr�sas p�blicas,
dever�o prestar ao Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE) t�das as
informa��es e dados estat�sticos, solicitados pelo mesmo Conselho e necess�rios �
execu��o dos servi�os a seu cargo.
T�TULO II
Do Fundo Federal de
Eletrifica��o (FFE)
CAP�TULO I
Da Constitui��o, Finalidade e
Aplica��o do FFE
Art 113. O. Fundo Federal de
Eletrifica��o ser� constitu�do anualmente:
I - da parcela do imp�sto �nico de
que trata o item I do artigo 12 d�ste Regulamento;
II - da parcela de 10% (dez por cento)
do produto da taxa de despacho aduaneiro;
III - de dota��es consignadas no
or�amento da Uni�o;
IV - das dota��es e fundos
or�ament�rios de entidades aut�rquicas e paraestatais ou �rg�os federais de qualquer
natureza, superiores a Cr$ 100.000.000 (cem milh�es de cruzeiros), de que trata o
Cap�tulo II d�ste T�tulo, aplicados em bens e instala��es de concession�rios de
servi�os p�blicos de energia el�trica;
V - dos juros a que se refere o � 4� do artigo 20 da Lei n�mero 4.156, de 28 de novembro de
1962, com a reda��o que lhe foi dada pelo
artigo 8� da Lei n�mero 4.676, de 16 de
junho de 1965;
VI - dos dividendos das a��es da
Uni�o na ELETROBR�S e dos juros das obriga��es ao portador da ELETROBR�S tomadas pela
Uni�o;
VII - dos rendimentos de dep�sitos e
de aplica��es do pr�prio Fundo.
Par�grafo �nico. O saldo positivo do
Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE), apurado em balan�o anual, ser� transferido para
o exerc�cio seguinte, a cr�dito do mesmo Fundo.
Art 114. O. Fundo Federal de
Eletrifica��o, moviment�vel pela Centrais El�tricas Brasileiras S.A. - ELETROIBR�S,
destina-se a prover e financiar instala��es de produ��o, transmiss�o e ou
distribui��o de energia el�trica.
� 1� Os saques da ELETROBR�S, �
conta do Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE), ser�o considerados como integraliza��o
do seu capital subscrito pela Uni�o.
� 2� Anualmente, a ELETROBR�S
submeter� o seu or�amento-programa para o exerc�cio ao Ministro das Minas e Energia, a
quem caber� o seu encaminhamento a outros �rg�os da Administra��o.
Art 115. A ELETROBR�S poder� aplicar
os recursos do Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE), oriundos do imp�sto �nico e das
receitas vinculadas, anual e efetivamente recebidas, em tomada de obriga��es,
subscri��o de a��es, concess�o de empr�stimos e financiamentos, de ou a
concession�rios de servi�os p�blicos de energia el�trica, para a execu��o de
programas de eletrifica��o, em parcelas vari�veis e desde que obedecidos os seguintes
crit�rios:
a) o valor das opera��es realizadas
com as entidades de um mesmo Estado-membro n�o poder� exceder a 30% (trinta por cento)
dos recursos anuais efetivamente recebidos;
b) o valor das
opera��es em favor de uma mesma sociedade de economia mista, concession�ria de
servi�os de energia el�trica, de que o Poder P�blico seja acionista majorit�rio com
direito a voto, n�o poder� exceder de 15% (quinze por cento) dos recursos anuais
efetivamente recebidos;
c) o valor das opera��es em favor de
uma mesma empr�sa privada n�o poder� exceder a 5% (cinco por cento) dos recursos anuais
efetivamente recebidos.
� 1� Para os efeitos das letras
"b" e "c" d�ste artigo, os concession�rios que formem grupos
definidos, associada ou subsidiariamente, ser�o considerados como uma �nica empr�sa
privada ou sociedade de economia mista.
� 2� A efetiva��o das aplica��es
de que cuida o presente artigo fica condicionada a pr�via comprova��o, por parte dos
benefici�rios, sendo o caso, de estarem em dia com o recolhimento do imp�sto �nico e do
empr�stimo compuls�rio, bem assim com o pagamento das faturas de compra de energia
el�trica.
� 3� A comprova��o a que se refere
o par�grafo precedente ser� obtida pelos interessados:
a) junto as reparti��es
arrecadadoras do Minist�rio da Fazenda, mediante certid�o, quanto ao imp�sto �nico;
b) junto � ELETROBR�S, mediante
certificado, quanto ao empr�stimo compuls�rio; e
c) junto a empr�sa ou entidade
supridora, mediante declara��o, quanto as faturas de compra de energia el�trica.
Art 116. A ELETROBR�S dever�
aplicar, em cada ano at� 5% (cinco por cento) dos recursos do Fundo Federal de
Eletrifica��o (FFE), em financiamentos de programas de eletrifica��o rural de ac�rdo
com a orienta��o fixada pelo Ministro das Minas e Energia.
Art 117. A ELETROBR�S poder�
ainda aplicar recursos de Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE) em seus pr�prios
servi�os ou nos de suas subsidi�rias, caso em que tais aplica��es n�o estar�o
sujeitas aos limites consignados nas al�neas " a ", " b " e
" c " do artigo 115 d�ste Regulamento nem
ser�o computados para os efeitos nelas consignados.
CAP�TULO II
Dos Recursos Or�ament�rios
Considerados como Ref�r�o do FFE
Art 118. Os recursos da Uni�o,
estranhos ao Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE), aplicados em bens e instala��es de
concession�rio de servi�os p�blicos de energia el�trica, oriundos de dota��es e
fundos or�ament�rios, de entidades aut�rquicas e paraestatais ou �rg�os federais de
qualquer natureza, superiores a Cr$ 100.000.000 (cem milh�es de cruzeiros), ser�o
considerados como ref�r�o do Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE) e ficar�o ao mesmo
incorporados para todos os efeitos legais.
� 1� Recursos superiores a
Cr$100.000.000 (cem milh�es de cruzeiros) s�o os que em tal valor forem consignados no
or�amento da Uni�o para um mesmo exerc�cio.
� 2� Excluem-se das disposi��es
d�sse artigo, as aplica��es contratadas pelos estabelecimentos banc�rios federais.
Art 119. A aplica��o dos recursos de
que trata o artigo anterior dever� ser feita exclusivamente sob forma de financiamento ao
respectivo concession�rios de servi�os p�blicos de energia el�trica, a serem
resgatados a favor da ELETROBR�S, ap�s sua efetiva aplica��o.
Art 120. A entrega dos mencionados
recursos far-se-�, al�m do preenchimento de outras formalidades, mediante a assinatura,
pelo concession�rio de instrumento de reconhecimento de d�bito, cujo mod�lo ser�
aprovado perlo Ministro das Minas e Energia.
Par�grafo �nico. O instrumento de
reconhecimento de d�bito ser� elaborado em 6 (seis) vias, a primeira das quais ficar�
apensada ao processo, sendo a segunda entregue ao concession�rio e as demais, enviadas a
ELETROBR�S, dentro de 30 (trinta) dias, pelo �rg�o da Administra��o Direta ou
Indireta, que houver efetuada a entrega.
Art 121. O concession�rio, ao receber
tais recursos os creditar� imediatamente � ELETROBR�S, como recursos espec�ficos do
Fundo Federal de Eletrifica��o, enviando simultaneamente, a mesma, na qualidade de
administradora do Fundo, o respectivo aviso de cr�dito.
Par�grafo �nico. A ELETROBR�S t�o
logo tenha recebido o instrumento de reconhecimento de d�bito, debitar� o seu valor ao
concession�rio que houver recebido tais recursos, creditando-os como recursos
espec�ficos, ao Fundo Federal de Eletrifica��o, sob sua guarda.
Art 122. A fiscaliza��o da
aplica��o dos recursos de que trata o artigo 118, no que diz respeito ao Minist�rio das
Minas e Energia, caber� ao Departamento de �guas e Energia (DNAE), que acompanhar� a
execu��o do plano de aplica��o aprovado e emitir� o laudo t�cnico, quando
conclu�dos os servi�os e obras previstos no plano.
� 1� A presta��o de contas da
aplica��o d�stes recursos ser� feita pelo benefici�rio � Divis�o de Or�amento, do
Departamento de Administra��o, do Minist�rio das Minas e Energia.
� 2� O Departamento Nacional de
�guas e Energia (DNAE) enviar� uma c�pia do laudo t�cnico � ELETROBR�S.
Art 123. O resgate do financiamento de
que trata o artigo 119 ser� feito no prazo de vinte anos, a contar do t�rmino do
per�odo de car�ncia, o qual nunca ser� superior a sete anos.
� 1� Durante o prazo de car�ncia, o
empr�stimo vencer� juros simples de 6% (seis por cento) ao ano, que ser�o incorporados
ao principal do empr�stimo, juros �stes que, extinto o prazo de car�ncia, elevar-se-�o
para 8% (oito por cento) ao ano.
� 2� O pagamento das amortiza��es
e juros do empr�stimos, calculando se �ste s�bre o total do principal mais juros
incorporados durante o per�odo de car�ncia, ser� feito em presta��es trimestrais de
igual valor e pagas nas mesmas datas � ELETROBR�S, no prazo de 20 (vinte) anos.
� 3� O prazo de car�ncia ser�
contado a partir da data do recebimento dos recursos e terminar� t�o pronto se verifique
estarem os referidos investimentos em condi��es de propiciar remunera��o,
amortiza��o e deprecia��o legais.
� 4� O prazo de resgate do
empr�stimo ser� contado a partir da data da efetiva entrega do certificado de
rentabilidade do investimento ao concession�rio, ou findo o prazo de car�ncia m�ximo de
7 (sete) anos.
Art 124. O Departamento Nacional de
�guas e Energia (DNAE), do Minist�rio das Minas e Energia, a seu crit�rio ou a
requerimento da ELETROBR�S, emitir� certificado de rentabilidade dos investimentos
realizados com os recursos de que trata �ste Cap�tulo.
� 1� Quando a aplica��o dos
recursos federais, de que trata �ste artigo, proporcionar um aumento na venda de energia
do concession�rio beneficiado, a rentabilidade do investimento correspondente ser�
considerado existente, deste que a aplica��o da tarifa atualizada, s�bre o acr�scimo
de consumo, propicie uma renda capaz de cobrir o custo do servi�o. A tarifa atualizada
ser� calculada com os elementos pr�-existentes aos acr�scimos de investimentos de que
trata �ste Cap�tulo, levando-se em conta a corre��o da tradu��o monet�ria do valor
original dos bens do ativo imobilizado das pessoas jur�dicas.
� 2� �ste certificado ser� emitido
em 3 (tr�s) vias, uma para o �rg�o emissor, uma para o concession�rio e outra para a
Eletrobr�s.
� 3� Nos casos em que a aplica��o
dos recursos federais, de que trata �ste artigo, n�o proporcione aumento de energia
vendida, o investimento ser� considerado rent�vel nas datas de sua aplica��o, podendo
o Departamento Nacional de �guas e Energia (DNAE) fixar essa condi��o, quando da
aprova��o do plano de aplica��o.
Art 125. No prazo de 60 (sessenta)
dias, a partir da data em que o servi�o ou empreendimento, em que foram aplicados
recursos federais, passar a ter rentabilidade, o concession�rio ficar� obrigado a
requerer ao Departamento Nacional de �guas e Energia (DNAE), o respectivo certificado.
N�o o fazendo, e comprovada a rentabilidade do investimento, o �rg�o de fiscaliza��o
do Minist�rio das Minas e Energia, a seu crit�rio ou a requerimento da Eletrobr�s,
emitir� o respectivo certificado, ficando cancelado o prazo de car�ncia e passando o
empr�stimo a ser resgatado.
Par�grafo �nico. A parte que se
julgar prejudicada com a emiss�o ou denega��o do certificado de rentabilidade, poder�,
no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, recorrer ao Conselho Nacional de �guas e Energia
El�trica (CNAEE).
Art 126. A Eletrobr�s fica obrigada a
reinvestir na mesma concession�ria, pelo menos 50% (cinq�enta por cento) dos juros
efetivamente recebidos pelo financiamento que trata o art. 123 d�ste Regulamento a menos
que a concession�ria renuncie a �sse direito.
Par�grafo �nico. O concession�rio
interessado no reinvestimento de que trata �ste artigo dever� solicit�-lo �
Eletrobr�s, mediante pedido devidamente instru�do, sob pena de, n�o o fazendo,
considerar-se como havendo renunciado a seu direito.
Art
127. Expedido o certificado de
rentabilidade, nenhum concession�rio poder� se beneficiar de recursos previstos na
Lei n� 4.676, de 16 de junho de 1965, se n�o estiver atendendo ao pagamento dos empr�stimos
de que trata �ste Cap�tulo.
T�TULO III
Do Empr�stimo Compuls�rio em
favor da Eletrobr�s
CAP�TULO �NICO
Art 128. At� o exerc�cio de 1968,
inclusive, o empr�stimo compuls�rio em favor da Eletrobr�s ser� arrecadado pelos
distribuidores de energia el�trica, diretamente dos consumidores, em import�ncia
equivalente � que, por �stes, f�r devida, a t�tulo de imp�sto �nico.
Art 129. A arrecada��o do empr�stimo compuls�rio ser�
efetuado nas contas de fornecimento de energia el�trica, devendo delas constar
destacadamente das demais, a quantia do empr�stimo devido.
Art 130. As contas de fornecimento de
energia el�trica dever�o trazer breve informa��o s�bre a natureza do empr�stimo e o
esclarecimento de que, uma vez quitadas, constituir�o documenta��o h�bil para o
recebimento, pelos consumidores, das correspondentes obriga��es da Eletrobr�s,
resgat�veis em 10 (dez) anos a juros de 12% (doze por cento) ao ano.
Art 131. O produto da arrecada��o do
empr�stimo compuls�rio, verificado durante cada m�s do calend�rio, ser� recolhido
pelos distribuidores de energia el�trica em Ag�ncia do Banco do Brasil S.A., � ordem da
Eletrobr�s, dentro dos 20 (vinte) primeiros dias do m�s subseq�entes ao da
arrecada��o, sob as mesmas penalidades previstas para o imp�sto �nico e mediante guia
pr�pria de recolhimento (Mod�lo n� 5).
� 1� Os distribuidores de energia
el�trica dentro do m�s do calend�rio em que f�r efetuado o recolhimento do empr�stimo
por �les arrecadado, remeter�o � Eletrobr�s 2 (duas) vias de cada guia de recolhimento
de que trata �ste artigo, devidamente quitadas pelo Banco do Brasil S.A.
� 2� Juntamente com a documenta��o
referida no par�grafo anterior, os distribuidores de energia el�trica remeter�o �
Eletrobr�s uma das vias da guia de recolhimento do imp�sto �nico.
Art 132. O empr�stimo compuls�rio em
favor da Eletrobr�s n�o ser� exigido nos casos de isen��o do imp�sto �nico (arts.
6� e 7�), nem dos consumidores rurais (Par�grafo �nico do art. 3�).
Par�grafo �nico. Nos casos de
redu��o do imp�sto �nico (art. 9�), o empr�stimo eq�ivaler� ao tributo devido, com
a redu��o percentual concedida.
Art 133. O empr�stimo compuls�rio
arrecadado pelos distribuidores de energia el�trica ser�, por �stes, obrigatoriamente
escriturado na conta "37.5 - Empr�stimo Compuls�rio � Eletrobr�s" da
classifica��o de Contas estabelecidas pelo
Decreto n�mero 28.545, de 24 de ag�sto de
1950, devendo a mesma figurar explicitamente no balan�o anual anal�tico.
Art 134. Os distribuidores de energia
el�trica ficam obrigados a prestar � Eletrobr�s as informa��es e os dados
estat�sticos, inclusive exibindo a documenta��o correspondente, de que esta necessitar,
para o contr�le da arrecada��o e do recolhimento do empr�stimo compuls�rio.
Par�grafo �nico. A Eletrobr�s,
verificada qualquer irregularidade no recolhimento do empr�stimo compuls�rio, arrecadado
pelos distribuidores de energia el�trica, poder� tamb�m solicitar ao Departamento
Nacional de �guas e Energia (DNAE), do Minist�rio das Minas e Energia, que execute
fiscaliza��o cont�bil especifica, nos t�rmos do Regulamento aprovado pelo
Decreto n�
41.019, de 26 de fevereiro de 1957, independentemente de imediata ado��o das medidas
judiciais cab�veis contra o distribuidor faltoso.
Art 135. Os consumidores apresentar�o
� Eletrobr�s suas contas de fornecimento de energia el�trica, devidamente quitadas, e
receber�o obriga��es correspondentes ao valor do empr�stimo subscrito, acumulando-se
as fra��es verificadas, at� que estas perfa�am o valor de um t�tulo.
� 1� Quando o valor das contas
apresentadas pelo consumidor exceder o valor de uma obriga��o, a Eletrobr�s
fornecer-lhe-� comprovante do saldo, que constituir� documento h�bil para ulterior
troca por obriga��es.
� 2� Para os efeitos d�ste artigo,
considerar-se-� consumidor que estiver na posse das contas de fornecimento de energia
el�trica.
Art 136. As obriga��es ter�o o seu
valor nominal aprovado pela Assembl�ia Geral da Eletrobr�s que autorizar a respectiva
emiss�o, sendo-lhe facultado faz�-lo em s�ries de diferentes valores, dentro do mesmo
ano, caso em que cada s�rie ser� identificada por uma letra, seguida do ano da emiss�o.
Par�grafo �nico. Os t�tulos a serem
emitidos pela Eletrobr�s poder�o conter assinaturas em "fac-s�mile".
Art 137. Fica assegurada a
responsabilidade solid�ria da Uni�o, em qualquer hip�tese, pelo valor nominal dos
t�tulos a que se refere o artigo anterior.
Art 138. O resgate das obriga��es,
mediante sorteio, obedecer� a plano aprovado pela Assembl�ia Geral da Eletrobr�s,
observadas as condi��es estabelecidas ao ser autorizadas a sua emiss�o.
Art 139. Do total do empr�stimo
compuls�rio arrecadado em cada Estado-membro, a Eletrobr�s aplicar�, em cada
exerc�cio:
I - 50% (cinq�enta por cento), em
subscri��o de a��es, tomada de obriga��es, empr�stimos e financiamentos de ou a
empr�sas concession�rias de servi�os p�blicos, que produzam, transmitam ou distribuam
energia el�trica, e das quais o Estado-membro seja acionista majorit�rio com direito a
voto, observado o disposto no artigo 8� da Lei n� 4.156,
de 28 de novembro de 1962, com a reda��o que lhe foi dada pelo
art. 6� da Lei
n�mero 4.676, de 16 de junho de 1965;
II - 10% (dez por cento), em obras no
setor de energia el�trica, nas quais tenha inter�sse direto o Estado-membro, onde o
empr�stimo houver sido arrecadado, sendo percentual aplicado em participa��o
societ�ria ou em financiamentos.
� 1� As modalidades de aplica��o
referidas no inciso I d�ste artigo ficam � op��o do Estado-membro interessado.
� 2� As despesas financeiras,
inclusive juros, resultantes da tomada de obriga��es, empr�stimos e financiamentos,
alu�dos no inciso I d�ste artigo, n�o poder�o ser superior a 15% (quinze por cento) do
valor da opera��o e os prazos de liquida��o n�o poder�o ser inferiores a 10 (dez)
anos, sendo que tais encargos ser�o considerados pelos mutu�rios como despesas de
explora��o.
T�TULO IV
Da Contribui��o dos Novos
Consumidores
CAP�TULO �NICO
Art 140. Os concession�rios
distribuidores de energia el�trica, que adotem a forma de sociedade comercial por
a��es, ficam autorizados a condicionar a liga��o de novos consumidores �
contribui��o, por �stes, de import�ncia equivalente a at� 30 (trinta) v�zes o
produto da tarifa fiscal de que trata o art. 8� d�ste Regulamento, pelo consumo mensal
estimado para o consumidor, paga em parcelas mensais iguais, num m�nimo de 6 (seis).
� 1� Entende-se por novo consumidor
aqu�le cujo pr�dio receba liga��o de energia el�trica pela primeira vez.
� 2� Aplica-se o disposto neste
artigo aos aumentos de carga ligada, bem como aos consumidores de localidades que, em
virtude de transfer�ncia de concession�rios, venham a ser beneficiados por
reconstru��o dos sistemas de distribui��o locais.
� 3� Esta contribui��o poder� ser
paga pelo consumidor em parcelas mensais e iguais, no m�nimo de 6 (seis), juntamente com
suas contas de energia, sendo-lhe facultado pag�-la de uma s� vez. A liga��o,
entretanto, ser� sempre feita de ac�rdo com a data do pedido do consumidor,
independentemente do n�mero de v�zes em que efetue o pagamento da contribui��o.
� 4� Na
hip�tese do n�o pagamento de qualquer das parcelas do compromisso, o concession�rio
poder� suspender o fornecimento, n�o sendo creditados juros aos consumidor pelo valor
j� pago, enquanto �ste n�o integralizar o seu compromisso. Esta integraliza��o
poder� ser feita por outro consumidor que venha a ocupar o mesmo pr�dio. Neste caso,
ap�s integralizado o compromisso, cada consumidor receber� os juros devidos e as a��es
correspondentes �s import�ncias pagas.
� 5� N�o � devida a contribui��o
do presente artigo nos casos de religa��o, por qualquer motivo, nas mesmas condi��es
de fornecimento, exceto nos do par�grafo segundo d�ste artigo.
� 6� O concession�rio, ao fixar a
contribui��o de novos consumidores, n�o poder� estabelecer tratamento diferencial
entre �les.
Art 141. Os recursos recebidos na
forma do artigo anterior ser�o havidos, ap�s sua integraliza��o, como "cr�ditos
de capital" dos respectivos consumidores para subscri��o de a��es preferenciais
ou ordin�rias, a crit�rio do concession�rio, nos aumentos de seu capital social, que se
realizar�o em prazo n�o superior a 1 (um) ano, obedecida a ordem cronol�gica da
integraliza��o.
� 1� Para os efeitos da
incorpora��o ao capital social dos "crit�rios de capital" mencionados no
par�grafo anterior, n�o se aplica o disposto no
artigo 111 do Decreto-lei n� 2.627, de
26 de setembro de 1940.
� 2� Enquanto n�o se transformarem
em a��es, os valores recebidos pelos concession�rios, na forma d�ste artigo, render�o
juros de 10% (dez por cento) ao ano, pagos pelos concession�rios ao consumidor,
ressalvado o disposto no � 4� do artigo anterior.
� 3� Os consumidores que dependam de
or�amento de extens�o ou modifica��o de r�de para serem ligados pagar�o �sse
or�amento, de uma s� vez, deduzida, por�m, a contribui��o de que trata �ste artigo,
quando exigida pelo concession�rio. No entanto, a contribui��o relativa a �ste artigo
lhes ser� cobrada na forma do disposto no � 3� do artigo anterior.
� 4� A contribui��o prevista neste
artigo ter� como limite m�ximo 3% (tr�s por cento) das invers�es industriais e 5
(cinco por cento) das invers�es nos demais casos, comprovadas pelo consumidor, em suas
instala��es ou constru��es a serem supridas de energia el�trica.
� 5� Os recursos recebidos de
ac�rdo com o disposto neste artigo e seus par�grafos dever�o ser registrados
mensalmente em conta especial e o seu valor aplicado obrigatoriamente na extens�o e
melhoria do sistema de distribui��o.
Art 142. Ficam exclu�dos desta
contribui��o os consumidores que gozem de isen��o do imp�sto �nico s�bre energia
el�trica, exceto aqu�les a que se refere o item II do art. 7� d�ste Regulamento.
Art 143. No inter�sse da
fiscaliza��o dos servi�os de energia el�trica, o Conselho Nacional de �guas e Energia
El�trica (CNAEE) expedir� instru��es s�bre a execu��o do disposto neste T�tulo.
Art 144. As controv�rsias entre
consumidores e concession�rios ser�o examinados e dirimidas, em graus de recursos, na
forma da legisla��o vigente, pelos Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica
(CNAEE).
Par�grafo �nico. O recurso da
decis�o do �rg�o fiscalizador dever� ser interposto no prazo de 30 (trinta) dias
corridos, contados da ci�ncia � parte da decis�o ou da publica��o desta no Di�rio Oficial
.
T�TULO V
Da Coordena��o dos Recursos
Federais destinados a obras e servi�os de Energia El�trica
CAP�TULO �NICO
Art 145. Para garantia da boa
utiliza��o dos recursos or�amentos federais ordin�rios e dos cr�ditos especiais ou
suplementares, destinados a obras e servi�os de energia el�trica, fica o Minist�rio das
Minas e Energia incumbido da coordena��o de sua aplica��o.
� 1� A a��o coordenadora do
Minist�rio da Minas abranger� t�das as aplica��es em obras e servi�os de energia
el�trica, constantes do Programa de Energia, do Or�amento-Programa, ainda que vinculadas
a outros Minist�rios ou entidades aut�rquicas e paraestatais da Uni�o, ou a �rg�os
federais de qualquer natureza.
� 2� O Minist�rio do Planejamento;
ao incluir no Programa de Energia, do Or�amento-Programa, qualquer despesa relativa a
obras e servi�os de energia el�trica, vinculada a qualquer Minist�rio ou outro �rg�o
descentralizado da Administra��o, e ao elaborar a programa��o financeira do mesmo
Programa, solicitar� a pr�via audi�ncia do Minist�rio das Minas e Energia.
Art 146. Quando o concession�rio de
servi�os p�blico de energia el�trica f�r entidade aut�rquica ou sociedade de cujo
capital participe majoritariamente o Poder P�blico com o direito a voto, o Minist�rio
das Minas e Energia poder�, a seu crit�rio e observado, no que couber, o disposto pala
Lei n� 1.489, de 10 de dezembro de 1951, e
Decreto n� 637, de 1 de mar�o de 1962,
efetuar ao concession�rio, para aplica��o direta, suprimentos de numer�rio, relativo
aos recursos consignados no or�amento da Uni�o, bem como em cr�ditos especiais ou
suplementares, vinculados a obras e servi�os a seu cargo.
Par�grafo �nico. A comprova��o da
aplica��o dos recursos dever� ser feita at� 31 de janeiro do ano seguinte � entrega
dos recursos, observadas a legisla��o em vigor e respeitadas as pecularidades do
concession�rio quando se tratar de sociedade referida neste artigo.
Art 147. Sempre que lei especifica
obrigue �rg�o federais de qualquer natureza ou entidades aut�rquicas e paraestatais a
realizarem suas aplica��es em subscri��o de capital de empr�sas de servi�os
p�blicos de energia el�trica, o que somente poder� ocorrer, quando comprovada a
rentabilidade do investimento a que as mesmas se destinem, a subscri��o ser� feita em
nome da Uni�o, que a utilizar� para aumento e integraliza��o do capital da
Eletrobr�s.
� 1� Enquanto n�o se verificar a
rentabilidade de que trata o � 1� do art. 124, tais aplica��es ser�o contabilizadas
pelo concession�rio, entre os t�tulos "Pendentes", no Ativo, sob a rubrica de
"Bens a Incorporar quando Rent�veis", e, no Passivo sob a rubrica
"Aux�lio da Uni�o para Futuro Aumento de Capital", at� que, comprovada a
capacidade de remunera��o do investimento, sejam convertidas em participa��o
acion�ria.
� 2� Em qualquer hip�tese, o
Departamento Nacional de �guas e Energia (DNAE), do Minist�rio das Minas e Energia,
levar� em conta o recebimento de tais recursos, contabilizados na forma do par�grafo
anterior, para efeito de fixa��o ou reajuste tarif�rio.
Art 148. O concession�rio que receber
recursos na forma do artigo anterior, bem como o �rg�o ou entidade que os entregar,
dever�o ser assistidos, no ato, pela Eletrobr�s, que ser� obrigatoriamente ouvida,
antes da conven��o de tais recursos em a��es do concession�rio.
T�TUILO VI
Das Disposi��es Gerais,
Transit�rias e Finais
Art 149. Aos casos omissos nos
cap�tulos I, III, V, VI e VII do T�tulo I, e, subsidiariamente, no que couber,
aplicam-se as disposi��es do Regulamento do Imp�sto de Consumo, aprovado pelo
Decreto
n� 56.791, de 26 de ag�sto de 1965.
Art 150. Salvo expressa disposi��o
legal em contr�rio, os prazos previstos neste Regulamento ser�o contados em dias
ocorridos, excluindo-se o dia do com��o e incluindo-se o do vencimento. Se �ste cair em
domingo, feriado nacional ou local, ponto facultativo ou data em que, por qualquer motivo,
n�o funcione a reparti��o, onde deve ser cumprida a obriga��o, o prazo
considera-se-� prorrogado at� o primeiro dia �til subseq�ente.
Art 151. O Minist�rio da Fazenda,
atrav�s de seus �rg�os competentes e no �mbito de suas atribui��es, baixar� " ex
officio " ou a pedido dos �rg�os interessados do Minist�rio das Minas e
Energia, os atos complementares para a execu��o d�ste Regulamento, podendo, inclusive,
alterar, total ou parcialmente, os mod�los em anexos que lhe digam respeito, e instituir
outros, quando verificadas a sua conveni�ncia e necessidade em processo regular.
Art 152. O Banco Nacional do
Desenvolvimento Econ�mico (BNDE) e o Banco do Brasil S.A. somente poder�o realizar
opera��o de cr�dito, inclusive adiantamento, com concession�rio que prove, mediante
certid�o especifica do Conselho Nacional de �guas e Energia El�trica (CNAEE), estar em
dia com o recolhimento do imp�sto �nico, desde que o projeto da aplica��o seja
aprovado e fiscalizado pela ELETROBR�S.
Art 153. Os recursos provenientes da
parcela de 1% (hum por cento) de que trata o item III do art. 12 d�ste Regulamento,
respeitado o disposto no � 2� do seu art. 112, destinam-se ao custeio dos servi�os de
fiscaliza��o, administra��o atividades t�cnicas e cient�ficas, no setor da energia
el�trica, ao atendimento de situa��es de emerg�ncia, a crit�rio do Ministro das Minas
e Energia, podendo ser aplicados em:
a) admiss�o de pessoal tempor�rio;
b) aquisi��o ou arrendamento de
im�veis para instala��o de depend�ncia do Minist�rio das Minas e Energia;
c) custeio de viagens e servi�os
extraordin�rios de servidores do Minist�rio das Minas e Energia, assim como de servi�os
t�cnicos especializados, para os quais n�o disponha o mesmo Minist�rio de pessoal
habilitado, realizados por empr�sas particulares;
d) aquisi��o de materiais,
equipamentos, veiculos e combustiveis para servi�os do Minist�rio das Minas e Energia;
e) realiza��o de despesas com
representa��o, complementa��o salarial de t�cnicos e outras, para as quais n�o
disponha o Minist�rio das Minas e Energia de dota��o pr�pria por inexistente ou
insuficiente.
Par�grafo �nico. O Ministro das
Minas e Energia comprovar�, at� 30 de junho do exerc�cio seguinte ao vencido, perante o
Tribunal de Contas da Uni�o, as aplica��es realizadas no exerc�cio anterior com os
recursos de que cuida �ste artigo; nas quais ser�o observadas as normas legais e
regulamentares de contabilidade p�blica da Uni�o.
Art 154. Na elabora��o e
execu��o dos planos nacionais de energia el�trica, a ELETROBR�S visar� a promover o
desenvolvimento das regi�es geo-econ�micas do pa�s, na raz�o inversa � da respectiva
renda " per - capita "- anual
.
Art 155. As empr�sas concession�ria de servi�os p�blicos de
eletricidade, organizadas ou que vierem a se constituir, n�o se aplica o disposto nos
requisitos 2� e 3� do art. 38 e nos
artigos 108 e
111, do Decreto-lei n� 2.627, de 26
de setembro de 1940, sempre e quando a Uni�o, os Estados-membros e a ELETROBR�S
subscreverem a��es de constitui��o ou de aumento do capital social.
Art 156. S�o isentos do imp�sto de
consumo de que trata a Lei n�mero 4.502, de 30 de novembro de 1964, os bens e produtos
adquiridos, para uso pr�prio, pela Centrais El�tricas Brasileiras S.A. (ELETROBR�S) e
pelos concession�rios de servi�os p�blicos de energia el�trica.
� 1� � assegurado ao
estabelecimento produtor o direito � manuten��o do cr�dito do imp�sto de consumo,
relativo �s mat�rias-primas e produtos intermedi�rios, utilizados na industrializa��o
ou acondicionamento dos produtos vendidos � Centrais El�tricas Brasileira S.A.
(ELETROBR�S) e aos concession�rios de servi�os p�blicos de energia el�trica, devendo
o Departamento de Rendas Internas (DRI) expedir as instru��es necess�rias.
� 2� Excluem-se da isen��o os bens
e produtos adquiridos pelo titular de concess�o, que produza energia el�trica apenas
para consumo pr�prio.
� 3� Os bens e produtos adquiridos
com isen��o n�o poder�o ser alienados ou cedidos pelos benefici�rios, sem o pr�vio
recolhimento, por �stes, do imp�sto de consumo.
Art 157. Os concession�rios
distribuidores de energia el�trica, cujo sistema gerador seja exclusivamente constitu�do
de usinas termel�tricas, utilizando como combust�vel derivados de petr�leo ou lenha,
estar�o isento do pagamento do imp�sto �nico de que trata a
Lei n� 4.452, de 5 de
novembro de 1964, que rec�ia s�bre os combust�veis e lubrificantes utilizados na
gera��o de energia el�trica.
Par�grafo �nico. O Ministro das
Minas e Energia expedir� as instru��es necess�rias � execu��o do disposto neste
artigo.
Art 158. At� o exerc�cio de 1975,
inclusive, a Uni�o consignar� ao Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE) dota��o global
anual n�o inferior a 4% (quatro por cento) da arrecada��o do imp�sto de consumo
prevista para o mesmo exerc�cio, a qual ser� paga ao Banco Nacional do Desenvolvimento
Econ�mico (BNDE), para cr�dito do Fundo, em duod�cimos mensais e independentemente de
registro pr�vio.
Art 159. Os concession�rio, que j�
tenham recebido recursos or�ament�rios, de ac�rdo com o disposto no art. 118, e que
n�o hajam assinado os competentes instrumentos de reconhecimento de d�bitos, dever�o
faz�-lo, dentro do prazo improrrog�vel de 30 (trinta) dias corridos, contados da
vig�ncia d�ste Regulamento.
Art 160. A ELETROBR�S submeter� ao
Ministro das Minas e Energia, dentro de 30 (trinta) dias, a contar da vig�ncia d�ste
Regulamento, a regulamenta��o do servi�o de juros, emiss�o e entrega das obriga��es
de que cogitam os arts. 135 e 136.
Art 161. Os cr�ditos or�ament�rios
liberados, que n�o constituam ref�r�o do Fundo Federal de Eletrifica��o (FFE), ser�o
contabilizados, pelos beneficiados, na conta "53.0 - Aux�lio para Constru��o"
na forma do
Decreto n� 28.545, de 24 de ag�sto de 1950, sob o t�tulo "Patrim�nio
da Uni�o", e ser�o tratados como investimentos n�o-remuner�vel, devendo ser
feita, todavia, a respectiva reserva para deprecia��o.
Par�grafo �nico. A revis�o de
tarifas do concession�rio que tenha sido beneficiado com recursos or�ament�rios, na
forma d�ste artigo, ficar� condicionada � comprova��o do procedimento cont�bil n�le
indicado.
Art 162. O plano de aplica��o de
cr�dito or�ament�rio dever� definir e localizar a obra; conceituar sua finalidade e
conter aprecia��o s�bre seu estado atual, custo total previsto, recursos j� empregados
e sua origem, recursos a empregar e fontes de financiamento previstas, or�amento
detalhado da parte a executar com o cr�dito considerado; e indicar o prazo de t�rmino,
al�m de outros elementos que forem julgados necess�rios pelo Minist�rio das Minas e
Energia.
Art 163. O Departamento Nacional de
�guas e Energia (DNAE) somente examinar� os planos de aplica��o das dota��es
or�ament�rias, consignadas ao Minist�rios das Minas e Energia, para energia el�trica,
ap�s prova feita, pelo Estado-membro, Distrito Federal ou concession�rio de servi�os
p�blicos de energia el�trica, de estar em dia com o recolhimento do imp�sto �nico e do
empr�stimo compuls�rio em favor da ELETROBR�S, bem como o pagamento das faturas de
compra de energia el�trica.
Par�grafo �nico. A prova de que
trata �ste artigo ser� obtida pelos interessados, pela forma indicada no � 3� do art.
115 d�ste Regulamento.
Em 7 de janeiro de 1966.
MAURO TRIBAU
Ministro das Minas e Energia
Oct�vio Gouveia de Bulh�es
Ministro da Fazenda
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