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Presid�ncia
da Rep�blica
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jur�dicos |
LEI No 2.004, DE 3 DE OUTUBRO DE
1953.
O Presidente da Rep�blica: Fa�o saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
CAP�TULO I
DISPOSI��ES PRELIMINARES
Art. 1� Constituem monop�lio da
Uni�o:
I a pesquisa e a lavra das
jazidas de petr�leo e outros hidrocarbonetos flu�dos e gases raros, existentes no
territ�rio nacional;
II a refina��o do
petr�leo nacional ou estrangeiro;
III o transporte mar�timo
do petr�leo bruto de origem nacional ou de derivados de petr�leo produzidos no Pais, e
bem assim o transporte, por meio de condutos, de petr�leo bruto e seus derivados, assim
como de gases raros de qualquer origem.
Art. 2� A Uni�o exercer�, o
monop�lio estabelecido no artigo anterior:
I por meio do Conselho
Nacional do Petr�leo, como �rg�o de orienta��o e fiscaliza��o;
II por meio da sociedade
por a��es Petr�leo Brasileiro S. A. e das suas subsidi�rias, constitu�das na forma da
presente lei, como �rg�os de execu��o.
CAP�TULO II
Do CONSELHO NACIONAL DO PETR�LEO
Art. 3� O Conselho Nacional do
Petr�leo, �rg�o aut�nomo, diretamente subordinado ao Presidente da Rep�blica, tem por
finalidade superintender as medidas concernentes ao abastecimento nacional de petr�leo.
� 1� Entende-se por
abastecimento nacional de petr�leo a produ��o, a importa��o, a exporta��o, a
refina��o, o transporte, a distribui��o e o com�rcio de petr�leo bruto, de po�o ou
de xisto, assim como de seus derivados.
� 2� Ainda se inclui na esfera
da superintend�ncia do Conselho Nacional do Petr�leo o aproveitamento de outras
hidrocarbonetos flu�dos e de gases raras.
Art. 4� O Conselho Nacional do
Petr�leo continuar� a reger-se, na sua organiza��o e funcionamento, pelas leis em
vigor, com as modifica��es decorrentes da presente lei.
Par�grafo �nico. O Presidente
da Rep�blica expedir� o novo Regimento do Conselho Nacional do Petr�leo, tendo em vista
o disposto n�ste artigo.
CAP�TULO III
DA SOCIEDADE POR A��ES PETR�LEO BRASILEIRO S. A. (PETROBR�S) E SUAS SUBSIDI�RIAS
SE��O I
Da Constitui��o da Petrobr�s
Art. 5� Fica a Uni�o autorizada
a constituir, na forma desta lei, uma sociedade por a��es, que se denominar� Petr�leo
Brasileiro S. A. e usar� a sigla ou abreviatura de Petrobr�s.
Art. 6� A Petr�leo Brasileiro
S. A. ter� por objeto a pesquisa, a lavra, a refina��o, o com�rcio e o transporte do
petr�leo proveniente de po�o ou de xisto de seus derivados bem como de quaisquer
atividades correlatas ou afins.
Par�grafo �nico. A pesquisa e a
lavra, realizadas pela Sociedade, obedecer�o a plano por ela organizados e aprovados pelo
Conselho Nacional do Petr�leo, sem as formalidades, exig�ncias de limita��es de �rea,
e outras julgadas dispens�veis, em face da
decreto-lei n� 3.236, de 7 de maio de 1941,
autorizando-as o Conselho em nome da Uni�o.
Art. 7� O Presidente da
Rep�blica designar� por decreto o representante da Uni�o nos atos constitutivos da
Sociedade.
� 1� Os atos constitutivos
ser�o precedidos:
I Pelo estudo e
aprova��o do projeto de organiza��o dos servi�os b�sicos da Sociedade, quer
internos, quer externos.
II Pelo arrolamento, com
t�das as especifica��es, dos bens e direitos que a Uni�o destimar � integraliza��o
de seu capital.
III Pela elabora��o dos
Estatutos e sua publica��o pr�via, para conhecimento geral
� 2� Os atos constitutivos
compreender�o:
I aprova��o das
avalia��es dos bens e direitos arrolados para constitu�rem em o capital da Uni�o.
II Aprova��o dos
Estatutos.
III Aprova��o do plano
de transfer�ncia dos servi�os que tenham de passar do Conselho Nacional do Petr�leo
para a Sociedade e das verbas respectivas.
� 3� A Sociedade ser�
constitu�da em sess�o p�blica do Conselho Nacional do Petr�leo, cuja ata dever�
conter os Estatutos aprovados, bem como o hist�rico e o resuma dos atos constitutivos,
especialmente da avalia��o dos bens e direitos convertidos em capital.
� 4� A constitui��o da
Sociedade ser� aprovada por decreto do Poder executivo e sua ata ser� arquivada, por
c�pia aut�ntica, no Registro do Com�rcio.
Art. 8� Nos Estatutos da
Sociedade ser�o observadas, em tudo que lhes f�r aplic�vel, as normas da lei de
sociedades an�nimas. A reforma dos Estatutos em pontos que impliquem modifica��o desta
lei depende de autoriza��o legislativa, e, nos demais casos, fica subordinada �
aprova��o do Presidente da Rep�blica, mediante decreto.
SE��O II
DO CAPITAL DA PETROBR�S
Art. 9� A Sociedade ter�
inicialmente o capital de Cr$ 4.000.000.000,00 (quatro bilh�es de cruzeiros), dividido em
20.000.000 (vinte milh�es) de a��es ordin�rias, nominativas, do valor de Cr$ 200,00
(duzentos cruzeiros) cada uma.
� 1� At� o ano de 1957, o
capital ser�, elevado a um m�nimo de Cr$ 10.000.000.000,00 (dez bilh�es de cruzeiros),
na forma prevista no art. 12.
� 2� As a��es da Sociedade
ser�o ordin�rias, com direito de voto, e preferenciais, sempre sem direito de voto, e
inconvers�veis em a��es ordin�rias, podendo os aumentos de capital dividir-se, na todo
ou em parte, em a��es preferenciais para cuja emiss�o n�o prevalecer� a restri��o
do par�grafo �nico do art. 9� do decreto-lei n� 2.627, de 26 de setembro de 1940.
� 2� As a��es da Sociedade ser�o ordin�rias, nominativas,
com direito de voto, e preferenciais, nominativas ou ao portador, sempre sem
direito de voto, sendo-lhes inclusive inaplic�vel o disposto no
par�grafo �nico
do artigo 81 e no
artigo 125 do Decreto-lei n� 2.627, de 26 de setembro de 1940,
e inconvers�veis em a��es ordin�rias. Os aumentos de capital poder�o dividir-se,
no todo ou em parte, em a��es preferenciais para cuja emiss�o n�o prevalecer� a
restri��o do
par�grafo �nico do artigo 9� do referido Decreto-lei n� 2.627.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
� 3� As a��es preferenciais
ter�o prioridade no reembolso do capital e na distribui��o do dividendo m�nimo de 5%
(cinco por cento).
� 4� As a��es da Sociedade
poder�o ser agrupadas em t�tulos m�ltiplos de l00 (cem) a 100.000 cem mil) a��es,
sendo nos Estatutos regulados o agrupamento e o desdobramento de ac�rdo com a vontade do
acionista.
Art. 10. A Uni�o subscrever� a
totalidade do capital inicial da Sociedade, que ser� expresso em a��es ordin�rias e,
para sua integraliza��o, dispor� de bens e direitos que possui, relacionados com o
petr�leo, inclusive a permiss�o para utilizar jazidas de petr�leo, rochas betuminosas e pirobetuminosas e de gases naturais; tamb�m subscrever�, em todo aumento de capital,
a��es ordin�rias que lhe assegurem pelo menos 51 % (cinq�enta e um por cento) do
capital votante.
� 1� e o valor dos bens e
direitos referidos n�ste artigo, apurado mediante avalia��o aprovada pelo Conselho
Nacional do Petr�leo, n�o bastar para a integra��o do capital a Uni�o o far� em
dinheiro.
� 2� Fica o Tesouro Nacional,
no caso previsto no par�grafo anterior, autorizado a fazer adiantamentos s�bre a receita
dos tributos e contribui��es destinados � integraliza��o do capital da Sociedade, ou
a efetuar opera��es de cr�dito por antecipa��o da receita at� a quantia de Cr$
1.500.000.000,00 (um bilh�o e quinhentos milh�es de cruzeiros).
� 3� A Uni�o transferir�, sem
�nus, aos Estados e Munic�pios em cujos territ�rios existem ou venham a ser descobertas
jazidas e minas de petr�leo de rochas betuminosas e piro-betuminosas e de gases naturais,
respectivamente 8% (oito por cento) e 2% (dois por cento) das a��es relativas ao valor
atribu�do a essas jazidas e pelo qual sejam incorporadas ao capital da Petrobr�s no ato
de sua constitui��o ou posteriormente.
Art. 11. As
transfer�ncias pela Uni�o de a��es do capital social ou as subscri��es de aumento de
capital pelas entidades e pessoas �s quais a lei confere �ste direito, n�o poder�o, em
hip�tese alguma, importar em reduzir a menos de 51% (cinq�enta e um por cento) n�o s�
as a��es com direito a voto de propriedade da Uni�o, como a participa��o desta na
constitui��o do capital social.
Par�grafo �nico. Ser� nula
qualquer transfer�ncia ou subscri��o de a��es feita com infring�ncia d�ste artigo,
podendo a nulidade ser pleiteada inclusive por terceiros, por meio de a��o popular.
Art. 12 Os aumentos peri�dicos
do capital da Sociedade far-se-�o com recursos mencionados nos artigos seguintes.
Art. 13. A parte da receita do imp�sto �nico s�bre combust�veis l�quidos a que se refere o
art. 3� da lei n�
1.749, de 28 de novembro de 1.952. ter� a seguinte aplica��o:
I Os 40% (quarenta por
certo) pertencentes �, Uni�o em a��es da Sociedade, at� que esteja assegurada a
integraliza��o do capital previsto no � 1� do art. 9� e, eventualmente, na tomada de
obriga��es;
II Os 60% (sessenta por
cento) pertencentes aos Estados, Distrito Federal e aos Munic�pios ser o aplicados:
a) em a��es da Sociedade, at�
que esteja assegurada a integraliza��o do capital de ac�rdo com os planos aprovados
pelo Conselho Nacional do Petr�leo, devendo a participa��o de cada entidade ser, no
m�nimo, proporcional a respectiva cota do imp�sto �nico;
b) na comada de obriga��es da
Sociedade ou de a��es e obriga��es das Subisidi�rias, ficando sempre assegurada aos
Estados, Distrito Federal e Munic�pios, uma participa��o proporcional �s respectivas
contribui��es, observada a prefer�ncia estabelecida no art. 40.
Par�grafo �nico. A cota do
Fundo Rodovi�rio Nacional, que cabe �s entidades mencionadas no inciso II, poder� ficar
retida, se f�r op�sto qualquer obst�culo � aplica��o da percentagem especificada no
mesmo inciso aos fins e nos t�rmos estabelecidos n�ste artigo.
Art. 14. O produto dos impostos
de importa��o e de consumo incidentes sobre ve�culos, autom�veis e do imposto s�bre a
remessa de valores para o exterior, correspondente � importa��o d�sses ve�culos, suas
pe�as e acess�rios, se destina � subscri��o pela Uni�o de a��es e obriga��es da
Sociedade.
Art. 15 Os propriet�rios e
ve�culos autom�veis, terrestres, aqu�ticos e a�reos, contribuir�o anualmente, at� o
exerc�cio de 1957, com as quantias discriminadas na tabela anexa, recebendo, respeitado o
disposto no art. l8, certificados que ser�o substitu�dos por a��es preferenciais ou
obriga��es da sociedade, os quais conter�o declara��o expressa d�sse direito,
assegurada a responsabilidade solid�ria da Uni�o, em qualquer hip�tese, pelo valor
nominal de tais t�tulos.
Par�grafo �nico. Os atos
relativos a ve�culos autom�veis compreendidos na compet�ncia da Uni�o s� poder�o ser
realizados depois de feito o pagamento da contribui��o a que se refere �ste artigo,
promovendo o Gov�rno conv�nio entendimento com as demais entidades de direito p�blico
para que em rela��o ao licenciamento e emplacamento anual daqu�les ve�culos, nos
limites de sua compet�ncia, seja prestada colabora��o no mesmo sentido.
Art. 16 Os recursos a que tratam
os artigos 13, 14 e 15 ser�o recolhidos � conta ou contas especiais no Banco do Brasil.
� 1� A Uni�o, por interm�dio
do representante destinado nos t�rmos do art 7�, poder� movimentar os recursos
destinados por esta lei � Petrobr�s, antes de sua constitui��o, de ac�rdo com as
instru��es do Ministro da Fazenda, para ocorrer �s respectivas despesas.
� 2� Ainda que n�o tenham sido
distribu�das as a��es correspondentes ao aumento de capital, a Sociedade poder�
movimentar as contas especiais referidas neste artigo.
Art. 17 A Sociedade poder�
emitir, at� o limite do d�bro do seu capital social integralizado, obriga��es ao
portador, com ou sem garantia do Tesouro.
SE��O III
Dos acionistas da Petrobr�s
Art. 18. Os
Estatutos da Sociedade, garantida a prefer�ncia �s pessoas jur�dicas de direito
p�blico interno, poder�o admitir como acionistas s�mente:
I as pessoas jur�dicas de
direito p�blico interno;
II o Banco do Brasil e as
sociedades de economia mista, criadas pela Uni�o, pelos Estados ou Munic�pios, as quais
em conseq��ncia de lei, estejam sob contr�le permanente do Poder P�blico;
III os brasileiros natos
ou naturalizados h� mais de cinco anos e residentes no Brasil uns e outros solteiros ou
casados com brasileiras ou estrangeiras, quando n�o o sejam sob o regime de comunh�o de
bens ou qualquer outro que permita a comunica��o dos adquiridos na const�ncia do
casamento, limitada a aquisi��o de a��es ordin�rias a 20.000(vinte mil);
IV as pessoas jur�dicas
de direito privado, organizadas com observ�ncia do disposto no
art. 9�, al�nea b do
decreto n� 4.071, de 12 de maio de 1939, limitada a aquisi��o de a��es ordin�rias a
100.000 (cem mil):
V - as pessoas jur�dicas de
direito privado, brasileiros de que s�mente fa�am parte as pessoas indicadas no item
III, limitada a aquisi��o de a��es ordin�rias a 20.000 (vinte mil).
Art. 18. Os Estatutos da Sociedade poder�o, em rela��o �s
a��es ordin�rias, admitir como acionistas s�mente:
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
I - as pessoas jur�dicas de direito p�blico
interno;
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
II - o Banco do Brasil, o Banco Nacional do
Desenvolvimento Econ�mico e demais �rg�os da Administra��o Federal Indireta, bem
como as sociedades de economia mista criadas pelos Estados ou Munic�pios, as
quais, em conseq��ncia de lei, estejam sob contr�le acion�rio permanente do
Poder P�blico;
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
III - os brasileiros natos ou naturalizados,
salvo quando casados com estrangeiros sob o regime de comunh�o de bens ou
qualquer outro que permita a comunica��o dos adquiridos na const�ncia do
casamento, limitada a aquisi��o de a��es ordin�rias a 0,1% (um d�cimo por cento)
do capital votante;
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
IV - as pessoas jur�dicas de direito privado,
organizadas com observ�ncia do disposto no
artigo 9�, letra "b", do
Decreto n� 4.071, de 12 de maio de 1939, limitada a aquisi��o de a��es
ordin�rias a 0,5% (cinco d�cimos por cento) do capital votante;
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
V - as pessoas jur�dicas de direito privado,
brasileiras, de que s�mente fa�am parte as pessoas indicadas no item III,
limitada a aquisi��o de a��es ordin�rias a 0,1% (um d�cimo por cento) do capital
votante.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
Par�grafo �nico. As restri��es d�ste artigo n�o
se aplicam � admiss�o de acionistas na categoria das a��es preferenciais.
(Inclu�do pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
SE��O IV
Da diretoria e do conselho fiscal da
Petrobr�s
Art. 19 A Sociedade ser�
dirigida por um Conselho de Administra��o, com fun��es deliberativas, e uma Diretoria
Executiva.
� 1� O Conselho de
Administra��o ser� constitu�do de:
a) 1 (um) Presidente nomeado pelo
Presidente da Rep�blica e demiss�vel ad nutum com direito de veto s�bre as decis�es do
pr�prio Conselho e da Diretoria Executiva.
b) 3 (tr�s) Diretores nomeados
pelo Presidente da Rep�blica, com mandato de 3 (tr�s) anos;
c) Conselheiros eleitos pelas
pessoas jur�dicas de direito p�blico, com exce��o da Uni�o em n�mero m�ximo de 3
(tr�s) e com mandato de 3 (tr�s) anos;
d) Conselheiros eleitos pelas
pessoas f�sicas e jur�dicas de direito provado, em n�mero m�ximo de 2 (dois) e com
mandato de 3 (tr�s) anos, cada parcela de 7,5 % (sete e meio por cento) do capital
votante da Sociedade, subscrito pelas pessoas mencionadas nas letras c e d do � 1�.
� 2� O n�mero dos Conselheiros ser� fixado na
propor��o de um para cada parcela de 7,5% (sete e meio por cento) do capital
votante da Sociedade, subscrito pelas pessoas mencionadas nas letras c e
d do � 1�. .
� 3� A Diretoria Executiva compor-se-a do Presidente e dos 3 (tr�s) Diretores nomeados pelo Presidente da
Rep�blica.
� 4� E privativo dos
brasileiros natos o exerc�cio das fun��es de membro do Conselho de Administra��o e do
Conselho Fiscal.
� 5� Do veto do Presidente ao
qual se refere a letra a do � 1�, haver� recurso ex-officio para o Presidente da
Rep�blica, ouvido o Conselho Nacional do Petr�leo.
� 6� Os 3 (tr�s) primeiros
Diretores ser�o nomeados pelos prazos de respectivamente, 1 (um), 2 (dois) e 3 (tr�s)
anos, de forma a que anualmente termine o mandato de um Diretor.
Art. 19. A Sociedade ser� dirigida por um Conselho
de Administra��o, com fun��es deliberativas, e uma Diretoria Executiva.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
� 1� O Conselho de Administra��o ser� constitu�do
de:
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
a) 1 (um) Presidente nomeado pelo Presidente da
Rep�blica e demiss�vel ad nutum, com direito de veto s�bre as
decis�es do pr�prio Conselho e da Diretoria Executiva.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
b) de 3 (tr�s) a 6 (seis) Diretores nomeados pelo
Presidente da Rep�blica, com mandato de 3 (tr�s) anos.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
c) Conselheiros eleitos pelas pessoas jur�dicas
de direito p�blico, com exce��o da Uni�o, em n�mero m�ximo de 3 (tr�s) e com
mandato de 3 (tr�s) anos.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
d) Conselheiros eleitos pelas pessoas f�sicas e
jur�dicas de direito privado, em n�mero m�ximo de 2 (dois) e com mandato de 3
(tr�s) anos.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
� 2� O n�mero dos Conselheiros ser� fixado na
propor��o de um para cada parcela de 7,5% (sete e meio por cento) do capital
votante da Sociedade, subscrito pelas pessoas mencionadas nas letras c e
d do � 1�.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
� 2� O n�mero dos Conselheiros ser� fixado na propor��o de
um para cada parcela de 5% (cinco por cento) do capital votante da Sociedade,
subscrito pelas pessoas mencionadas nas letras c e d do � 1�. Caso
n�o sejam preenchidas estas condi��es fica assegurada a representa��o m�nima de
um conselheiro para cada um d�stes grupos de acionistas, exigindo-se, em
qualquer hip�tese o quorum de um ter�o do respectivo capital votante.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
755, de 1969)
� 3� A Diretoria Executiva compor-se-� do
Presidente e dos Diretores nomeados pelo Presidente da Rep�blica.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
� 4� � privativo dos brasileiros natos o
exerc�cio das fun��es de membro do Conselho de Administra��o e do Conselho
Fiscal.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
688, de 1969)
� 5� Do veto do Presidente ao qual se refere a
letra a do � 1�, haver� recurso ex officio para o
Presidente da Rep�blica, ouvido o Conselho Nacional do Petr�leo. (Reda��o
dada pelo Decreto Lei n� 688, de 1969)
Art. 20. O Conselho Fiscal ser�
constitu�do de 5 (cinco) membros, com mandato de 3 (tr�s) anos.
Par�grafo �nico. A uni�o
eleger� um representante, as pessoas f�sicas e jur�dicas de direito privado outro, as
demais pessoas jur�dicas de direito p�blico, tr�s, assegurados neste caso, a cada grupo
de acionistas que representar um ter�o dos votos, o direito de eleger separadamente um
membro.
Art. 21 O Conselho Fiscal da
Petr�leo Brasileiro S A. ter� as atribui��es constantes do
art. 127 do decreto-lei n�
2.627, de 26 de setembro de 1940, n�o se lhe aplicando o
decreto-lei n� 2.928, de 31 de
dezembro do mesmo ano.
SE��O V
Dos fatores e obriga��es atribu�dos � Petrobr�s
Art. 22. Os atos de
constitui��o da Sociedade e de integraliza��o do seu capital, bem como as propriedades
que possuir e as aquisi��es de bens m�veis e im�veis que fizer e ainda os instrumentos
de mandato para o exerc�cio ao direito de voto nas Assembl�ias Gerais ser�o isentos de
impostos e taxas e quaisquer outros onus fiscais compreendidos na compet�ncia da Uni�o,
que se entender� com as outras entidades de direito p�blico, solicitando-lhes os mesmos
favores para a Sociedade da qual participar�o, na esfera de compet�ncia tribut�ria.
Art. 23. A Sociedade gozar� de
isen��o de direitos de importa��o para consumo e de impostos adicionais em rela��o
aos maquinismos, seus sobressalentes e acess�rios aparelhos, ferramentas, instrumentos e
materiais destinados � constru��o, instala��o, amplia��o, melhoramento,
funcionamento, explora��o conserva��o e manuten��o de suas instala��es, para os
fins a que se destina.
Par�grafo �nico. Todos os
materiais e mercadorias referidos n�ste artigo com restri��o quanto aos similares de
produ��o nacional, ser�o desembara�ados mediante portaria dos inspetores das
Alf�ndegas.
Art. 24. A Sociedade fica
assegurado o direito de promover desapropria��o, nos termos da legisla��o em vigor.
Art. 25. Dependendo sempre de
pr�via e espec�fica aprova��o do Conselho Nacional do Petr�leo a Sociedade s�
poder� dar garantia a financiamentos, tomados no pa�s ou no exterior a favor das empr�sas subsidi�rias, e desde que a opera��o no caso de capital estrangeiro n�o
tenha qualquer vincula��o real.
Par�grafo �nico. O Poder
Executivo poder� dar aos financiamentos tomados no exterior, pela Sociedade e pelas suas
subsidi�rias, a garantia do Tesouro Nacional at� 25% (vinte e cinco por cento) do
respectivo capital integralizado quando se tornar necess�rio pelo vulto de opera��o e
pelo eminente inter�sse nacional em causa.
Art. 26 Somente quando os
dividendos atingirem 6% (seis por cento), poder� a Assembl�ia Geral dos Acionistas fixar
as percentagens ou gratifica��o por conta dos lucros para a Administra��o da
Sociedade.
Art. 27. A
Sociedade e suas subsidi�rias ficam obrigadas a pagar aos Estados e Territ�rios onde
fizerem a lavra de petr�leo e xisto betuminoso e a extra��o de g�s, indeniza��o
correspondente a 5% (cinco por cento) sobre o valor do �leo extra�do ou do xisto ou do
g�s.
� 1� Os valores do �leo e do
xisto betuminoso ser�o fixados pelo Conselho Nacional do Petr�leo.
� 2� Ser� efetuado
trimestralmente o pagamento de que trata �ste artigo.
� 3� Os Estados e Territ�rios
distribuir�o 20% (vinte por cento) do que receberem, proporcionalmente aos Munic�pios,
segundo a produ��o de �leo de cada um deles devendo �ste pagamento ser efetuado
trimestralmente.
� 4� Os Estados, Territ�rios e
Munic�pios dever�o aplicar os recursos fixados n�ste artigo, preferentemente, na
produ��o de energia el�trica e na pavimenta��o de rodovias.
Art. 27. A sociedade e suas subsidi�rias ficam obrigadas a
pagar indeniza��o correspondente a 4% (quatro por cento) s�bre o valor
do �leo extra�do ou do xisto ou do g�s aos Estados e Territ�rios onde
fizerem a lavra do petr�leo e xisto betuminoso e a extra��o de g�s, de
indeniza��o de 1% (um por cento) aos Munic�pios onde fizerem a mesma
lavra ou extra��o.
(Reda��o dada pela Lei n� 3.257, de 1957)
� 1� Os valores do �leo e do xisto betuminoso ser�o fixados
pelo Conselho Nacional do Petr�leo.
(Reda��o dada pela Lei n� 3.257, de 1957)
� 2� Ser� efetuado trimestralmente o pagamento de que trata �ste artigo.
(Reda��o dada pela Lei n� 3.257, de 1957)
� 3� Os Estados, Territ�rios e Munic�pios dever�o aplicar os
recursos fixados neste artigo, preferentemente, na produ��o da energia
el�trica e na pavimenta��o de rodovias.
(Reda��o dada pela Lei n� 3.257, de 1957)
� 4� Quando o �leo ou g�s forem extra�dos da plataforma
continental, os 5% (cinco por cento) de que trata o "caput" d�ste Artigo ser�o
destinados, em partes iguais, ao Departamento Nacional da Produ��o Mineral, do
Minist�rio das Minas e Energia, para constitui��o do Fundo Nacional de Minera��o
e ao Minist�rio da Educa��o e Cultura, para o incremento da pesquisa e do ensino
de n�vel superior no campo das geoci�ncias.
(Inclu�do pelo Decreto-Lei
n� 523, de 1969)
(Vide Decreto n� 68.925, de 1971)
� 4� Quando o �leo ou g�s forem extra�dos da plataforma
continental, os 5% (cinco por cento) de que trata o caput deste artigo
ser�o destinados ao Conselho Nacional do Petr�leo - C.N.P., do Minist�rio das
Minas e Energia, para forma��o de estoques de combust�veis destinados a garantir
a seguran�a e a regularidade de gera��o de energia el�trica.
(Reda��o dada pelo Decreto Lei n�
1.288, de 1973)
Art. 27 - A Sociedade e suas subsidi�rias ficam
obrigadas a pagar indeniza��o correspondente a 4% (quatro por cento) aos Estados
ou Territ�rios e 1% (um por cento) aos Munic�pios, sobre o valor do �leo, do
xisto betuminoso e do g�s extra�dos de suas respectivas �reas, onde se fizer a
lavra do petr�leo.
(Reda��o dada pela Lei n� 7.453, de 1985)
Art. 27. A sociedade e suas subsidi�rias
ficam obrigadas a pagar a compensa��o financeira aos Estados, Distrito
Federal e Munic�pios, correspondente a 5% (cinco por cento) sobre o
valor do �leo bruto, do xisto betuminoso e do g�s extra�do de seus
respectivos territ�rios, onde se fixar a lavra do petr�leo ou se
localizarem instala��es mar�timas ou terrestres de embarque ou
desembarque de �leo bruto ou de g�s natural, operados pela Petr�leo
Brasileiro S.A. - PETROBR�S, obedecidos os seguintes crit�rios:
(Reda��o dada pela Lei n� 7.990, de 1989)
I - 70% (setenta por cento) aos Estados
produtores; (Inclu�do pela Lei n� 7.990, de 1989)
II - 20% (vinte por cento) aos
Munic�pios produtores; (Inclu�do pela Lei n�
7.990, de 1989)
III - 10% (dez por cento) aos
Munic�pios onde se localizarem instala��es mar�timas ou terrestres de embarque ou
desembarque de �leo bruto e/ou g�s natural. (Inclu�do
pela Lei n� 7.990, de 1989)
� 1� - Os valores de que
trata este artigo ser�o fixados pelo Conselho Nacional do Petr�leo.
(Reda��o dada pela Lei
n� 7.453, de 1985)
(Revogado pela Lei n� 7.990, de 1989)
� 2� - O pagamento da indeniza��o devida ser�
efetuado trimestralmente.
(Reda��o dada pela Lei n� 7.453, de 1985)
(Revogado pela Lei n� 7.990, de 1989)
� 3� - Os Estados, Territ�rios e Munic�pios
dever�o aplicar os recursos previstos neste artigo, preferentemente, em energia,
pavimenta��o de rodovias, abastecimento e tratamento de �gua, irriga��o,
prote��o ao meio-ambiente e saneamento b�sico.
(Reda��o dada pela Lei n� 7.453, de 1985)
� 3� Ressalvados os
recursos destinados ao Minist�rio da Marinha, os demais recursos previstos neste
artigo ser�o aplicados pelos Estados, Territ�rios e Munic�pios, exclusivamente,
em energia, pavimenta��o de rodovias, abastecimento e tratamento de �gua,
irriga��o, prote��o ao meio ambiente e em saneamento b�sico.
(Reda��o dada pela Lei n� 7.525, de1986)
� 4� - � tamb�m devida a indeniza��o aos Estados,
Territ�rios e Munic�pios confrontantes, quando o �leo, o xisto betuminoso e o
g�s forem extra�dos da plataforma continental, nos mesmos 5% (cinco por cento)
fixados no caput deste artigo, sendo 1,5% (um e meio por cento) aos
Estados e Territ�rios; 1,5% (um e meio por cento) aos Munic�pios e suas
respectivas �reas geo-econ�micas, 1% (um por cento) ao Minist�rio da Marinha,
para atender aos encargos de fiscaliza��o e prote��o das atividades econ�micas
das referidas �reas, e 1% (um por cento) para constituir um Fundo Especial a ser
distribu�do entre todos os Estados, Territ�rios e Munic�pios.
(Reda��o dada pela Lei n� 7.453, de 1985)
� 4� � tamb�m devida a compensa��o
financeira aos Estados, Distrito Federal e Munic�pios confrontantes, quando o �leo, o
xisto betuminoso e o g�s forem extra�dos da plataforma continental nos mesmos 5% (cinco
por cento) fixados no caput deste artigo, sendo 1,5% (um e meio por cento) aos Estados e
Distrito Federal e 0,5% (meio por cento) aos Munic�pios onde se localizarem instala��es
mar�timas ou terrestres de embarque ou desembarque; 1,5% (um e meio por cento) aos
Munic�pios produtores e suas respectivas �reas geoecon�micas; 1% (um por cento) ao
Minist�rio da Marinha, para atender aos encargos de fiscaliza��o e prote��o das
atividades econ�micas das referidas �reas de 0,5% (meio por cento) para constituir um
fundo especial a ser distribu�do entre os Estados, Territ�rios e Munic�pios.
(Reda��o
dada pela Lei n� 7.990, de 1989)
� 5� -
(VETADO).
(Inclu�do pela Lei n�
7.453, de 1985)
� 6� - Os Estados, Territ�rios e Munic�pios
centrais, em cujos lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres se fizer a explora��o
de petr�leo, xisto betuminoso ou g�s, far�o jus � indeniza��o prevista no
caput deste artigo.
(Inclu�do pela Lei n�
7.453, de 1985)
� 6� Os Estados, Territ�rios e Munic�pios centrais, em
cujos lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres se fizer a explora��o de petr�leo,
xisto betuminoso ou g�s, far�o jus � compensa��o financeira prevista no caput
deste artigo. (Reda��o dada pela Lei n� 7.990, de 1989)
Art. 28. A Uni�o poder�
incumbir � Sociedade a execu��o de servi�os condizentes com a sua finalidade, para os
quais destinar recursos financeiros especiais.
Art. 29. Os direitos relativos a
concess�es e autoriza��es referentes a jazidas de �leo mineral, refinarias e oleodutos
que a Sociedade receber da Uni�o ser�o malienaveis, ainda quando, como valor econ�mico,
seja pela Petrobr�s, cedido o seu direito de utiliza��o dos mesmos a qualquer de suas
subsidi�rias.
Art. 30. N�o ocorrendo a
desapropria��o, a Petrobr�s indenizar� pelos seu justo valor aos propriet�rios do
solo pelos preju�zos causados com a pesquisa ou lavra.
Art. 31. A Petrobr�s, de ac�rdo
com a orienta��o do Conselho Nacional do Petr�leo, dever� manter um coeficiente
m�nimo de reservas de �leo nos campos petrol�feros.
Art. 32. A Petrobr�s e as
sociedades dela subsidi�rias enviar�o ap Tribunal de Contas, at� 31 de mar�o de cada
ano, as contas gerais da Sociedade relativas ao exerc�cio anterior, as quais ser�o por aqu�le emetidas � C�mara dos Deputados e Senado Federal.
Par�grafo �nico. O tribunal de
Contas limitar-se-� a emitir parecer sobre as contas que lhe forem enviadas E o Congresso
Nacional, depois de tomar conhecimento das mesmas sem julg�-las, e do parecer do
Tribunal, adotar�, por qualquer de suas Casas, quanto ao assunto, as medidas que a sua
a��o fiscalizadora entender convenientes.
Art. 33. A dire��o da
Petrobr�s e a dire��o das sociedades dela subsidi�rias s�o obrigadas a prestar as
informa��es que lhes forem solicitadas pelo Congresso Nacional acerca dos seus atos e
delibera��es.
Art. 34. Quando o acionista for
pessoa jur�dica de direito p�blico, ser-lhe-� facultado o exame dos pap�is e
documentos da Sociedade para o fim de fiscaliza��o das contas.
Art. 35. Os Estatutos da
Petrobr�s prescrever�o normas espec�ficas para participa��o dos seus ernpregados nos
lucros da Sociedade, as quais dever�o prevalecer at� que, de modo geral, seja
regulamentado o inciso IV do art. 157 da Constitui��o.
SE��O VI
Disposi��es relativas ao pessoal da
Petrobr�s
Art. 36. Os militares e os
funcion�rios p�blicos civis da Uni�o e das entidades aut�rquicas, paraestatais e das
sociedades de economia mista, poder�o servir na Petrobr�s em fun��es de dire��o ou
de natureza t�cnica, na forma do decreto-lei n� 6.877, de 18 de setembro de 1944, n�o
podendo, todavia, acumular vencimentos, gratifica��es ou quaisquer outras vantagens, sob
pena de se considerar como tendo renunciado ao cargo primitivo.
Par�grafo �nico. Na hip�tese
do Conselho Nacional do Petr�leo reduzir o seu pessoal, a Petrobr�s dar� prefer�ncia
no preenchimento dos cargos ou fun��es, de ac�rdo com as suas aptid�es, aos servidores
dispensados.
Art. 37. N�o se aplica aos
diretores, funcion�rios e acionistas da Petr�leo Brasileiro S. A. o disposto na
al�nea
c do art. 2� do decreto-lei n� 538, de 7 de julho de 1938, podendo ser acionista da
Sociedade os funcion�rios dela e os servidores p�blicos em geral, inclusive os do
Conselho Nacional do Petr�leo.
Art. 38. A Sociedade contribuir�
para a prepara��o do pessoal t�cnico necess�rio aos seus servi�os, bem como de
oper�rios qualificados, atrav�s de cursos de especializa��o, que organizar� podendo
tamb�m conceder aux�lios aos estabelecimentos de ensino do Pais ou b�lsas de estudo
para a prepara��o no exterior e outros meios adequados.
SE��O VII
Das subsidi�rias da Petrobr�s
Art. 39. A Sociedade operar�
diretamente ou atrav�s de suas subsidi�rias, organizadas com aprova��o do Conselho
Nacional do Petr�leo, nas quais dever� sempre ter a maioria das a��es com direito a
voto.
� 1� Na composi��o da
restante parte do capital, observar-se-� o mesmo crit�rio estabelecido para a
Petrobr�s, assegurada a proporcionalidade a que se refere o art. 13, inciso II, letra b,
e a prefer�ncia estabelecida no art. 40.
� 2� Os cargos de dire��o das
empr�sas referidas neste artigo ser�o privativos dos brasileiros natos, sempre que seu
objeto seja qualquer das privacidades da ind�stria do petr�leo.
� 3� Na constitui��o dos
corpos de dire��o e fiscaliza��o das subsidi�rias ser�o adotados crit�rios
an�logos aos estabelecidos nesta Lei, assegurando-se, ainda, �s pessoas de direito
p�blico, com inter�sse relevante naquelas empr�sas, a representa��o na diretoria
executiva.
Art. 40. Ao Estado em cujo
territ�rio f�r extra�do ou refinado �leo cru ou explora��o ser� assegurada a
prefer�ncia, com o concurso dos seus munic�pios para a participa��o nas sociedades
subsidi�rias destinadas � sua refina��o ou distribui��o, at� o montante de 20%
(vinte por cento) do seu capital.
Par�grafo �nico. Sempre que o
Estado produtor de petr�leo ou de g�s manifestar o prop�sito de usar da prefer�ncia de
que trata �ste artigo ser-lhe-�o atribu�das ou transferidas pela Petrobr�s, nos
limites prefixados as a��es que o mesmo se proponha tomar e para cuja integraliza��o
ser�o, previamente estabelecidos os prazos e condi��es que visando a facilitar a
colabora��o do Estado n�o sacrifiquem, no entanto os inter�sses relacionados com a
constitui��o e o funcionamento da subsidi�ria de que o mesmo deva participar.
Art. 41. A Petrobr�s, por
autoriza��o do Presidente da Rep�blica, expedida em decreto e depois de ouvido o
Conselho Nacional do Petr�leo, poder� associar-se, sem as limita��es previstas no art.
39. a entidades destinadas � explora��o do petr�leo fora do territ�rio nacional,
desde que a participa��o do Brasil ou de entidades brasileiras seja prevista, em tais
casos, por tratado ou conv�nio.
Art. 41. A
PETROBR�S, diretamente ou por interm�dio de suas subsidi�rias, associada ou n�o
a terceiros e sem as limita��es previstas no artigo 39, poder� exercer, fora do
territ�rio nacional, as atividades de que trata o art. 6�.
(Reda��o dada pela Lei n� 5.665, de 1971)
Art. 42. O dispostos nos arts.
22, 23, 24, 33 e 36 aplica-se, igualmente, �s empr�sas subsidi�rias da sociedade.
CAP�TULO IV
Disposi��es Finais
Art. 43. Ficam exclu�das do
monop�lio estabelecido pela presente lei as refinarias ora em funcionamento no pa�s, e
mantidas as concess�es dos oleodutos em id�ntica situa��o.
Art. 44. N�o ficam prejudicadas
as autoriza��es para a instala��o e explora��o de refinarias no Pa�s, feitas at�
30 de junho de 1952, salvo se as mesmas n�o estiverem em funcionamento nos prazos
prefixados at� a presente data.
Art. 45. N�o ser� dada
autoriza��o para a amplia��o de sua capacidade �s refinarias de que tratam os dois
artigos anteriores.
Art. 46. A Petr�leo Brasileiro
S. A. poder�, independentemente de autoriza��o legislativa especial, participar, como
acionista, de qualquer das empr�sas de refina��o de que tratam os artigos antecedentes
para o fim de torn�-las sua subsidi�rias.
Par�grafo �nico. A Petr�leo
Brasileiro S.A. adquirir� nos casos do presente artigo no m�nimo 51% (cinq�enta e um
por cento) das a��es de cada empr�sa.
Art. 47 Do monop�lio
estabelecido pela presente lei, ficam exclu�dos os navios-tanques de propriedade
particular ora utilizados no transporte especializado de petr�leo e seus derivados.
Art. 48 As contribui��es
especiais para pesquisa e outras, a que se obrigam as empr�sas concession�rias, na forma
da lei vigente, e ainda as muitas em que incorrerem os titulares de autoriza��es ou
concess�es para quaisquer das atividades relacionadas com hidrocarburetos l�quidos
ser�o destinadas a subscri��o pela Uni�o de a��es e obriga��es da Sociedade ou de
suas subsidi�rias.
Art. 49 As sociedades de economia
mista, a que se refere o inciso II do art. 18, dispensadas da prova de nacionalidade
brasileira dos seus s�cios ou acionistas, s�o exclusivamente as existentes na data da
vig�ncia desta lei.
Art. 50 Sempre que o Conselho
Nacional do Petr�leo tiver que deliberar s�bre assunto de inter�sse da Sociedade, o
presidente desta participar� das sess�es plen�rias, sem direito a voto.
Art. 51 Na regulamenta��o desta
lei, o Poder Executivo disciplinar� rela��es entre a Sociedade e o Conselho Nacional do
Petr�leo.
Art. 52 O saldo das dota��es
or�ament�rias e cr�ditos adicionais do Conselho Nacional do Petr�leo, para o
exerc�cio em que entrar em funcionamento a Petrobr�s correspondente a servi�os,
encargos, obras, equipamentos e aquisi��es, ou quaisquer outras relativas a atividades
que passarem � sociedade, lhe ser� entregue logo que constitu�da.
Par�grafo �nico. Essas quantias
ser�o levadas � conta de integraliza��o de capital da Uni�o.
Art. 53. Da
receita do imposto �nico s�bre combust�veis e lubrificantes l�quidos de que trata a
lei n� 1.749, de 28 de novembro de 1952, 48% (quarenta e oito por cento) caber�o aos
Estados e Distrito Federal, feita a distribui��o separadamente para os produtos oriundos
de mat�ria prima nacional e para os produtos importados ou de �leo importado. (Vide Decreto-lei n� 335, de 1967)
I A parte da receita
destinada aos empreendimentos ligados � ind�stria do petr�leo (art. 3� da lei n�
1.749, de 28 de novembro de 1952) ter�, a aplica��o prevista na art. 13 desta lei.
II A parte da receita
destinada ao Fundo Rodovi�rio Nacional ser� aplicada de ac�rdo com as disposi��es da
lei n� 302, de 13 de julho de 1938, e
lei n� 1.749, de 28 de novembro de 1952.
� 1� A receita resultante dos
produtos de mat�ria prima nacional ser� distribu�da, observadas as disposi��es dos
incisos anteriores, aos Estados e Distrito Federal da seguinte forma:
1) 18% (dezoito por cento)
proporcionalmente �s superf�cies;
2) 36% (trinta e seis por cento)
proporcionalmente �s popula��es;
3) 36% (trinta e seis por cento)
proporcionalmente aos consumos;
4) 10% (dez por cento)
proporcionalmente � produ��o de �leo cr� de po�o ou de xisto ou ainda de
condensados.
� 2� A receita resultante de
derivados importados ou produzidos com �leo cr� importado ser� distribu�da aos Estados
e ao Distrito Federal pela forma seguinte:
1) 20% (vinte por cento)
proporcionalmente �s superf�cies;
2) 40% (quarenta por cento)
proporcionalmente �s popula��es;
3) 40% ( quarenta por cento)
proporcionalmente aos consumos.
� 3� As propor��es de consumo
previstas nos par�grafos anteriores ser�o calculadas com base nas quantidades consumidas
em cada unidade federativa e n�o s�bre o imp�sto pago.
� 4� A distribui��o da cota
de 12% (doze por cento) do imp�sto �nico, que caber� aos Munic�pios, far-se-�,
tamb�m, no que f�r aplic�vel, pelos crit�rios dos par�grafos anteriores
� 5� Os novos crit�rios de
distribui��o, estabelecidos no presente artigo, s� vigorar�o a partir de 1954.
Art. 54 Anualmente o Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem empregar� em obras rodovi�rias, nos Territ�rios
Federais, quantia n�o inferior � cota que caberia a cada um, caso participasse da
distribui��o prevista no art. 53 da presente lei, tornando-se por base a arrecada��o
do ano anterior.
Art. 55 Aos empregados e
servidores da Sociedade aplicar-se-�o os preceitos da legisla��o do trabalho nas suas
rela��es com a Petrobr�s.
Art. 56 Esta lei entrar� em
vigor na data de sua publica��o, revogadas as disposi��es em contr�rio.
Rio de Janeiro, 3 de outubro de
1953; 132� da Independ�ncia e 65� da Rep�blica.
GETULIO VARGAS.
Tancredo de Almeida Neves
Renato de Almeida Guillobel
Cyro Espirito Santo Cardoso
Vicente R�o
Oswaldo Aranha
Jose Americo
Joao Cleofas
Ant�nio Balbino
Jo�o Goulart
Nero Moura
Este
texto n�o substitui o publicado no DOU de 3.10.1953
TABELA A QUE SE REFERE O ARTIGO 15 DESTA LEI
A) Autom�veis, inclusive camionetas:
a) Particulares:
Cr$
At� o peso de 1.000 Kg
inclusive........................................................................
.................................1.000,00
De mais de 1.000 at� 1.500
Kg inclusive........................................................................
.....................2.000,00
De mais de 1.500 at� 1.800
Kg inclusive........................................................................
.....................4.000,00
De mais de 1.800
Kg...............................................................................
.............................................8.000,00
Nota 1� Reduzam-se
de 20% (vinte por cento) as contribui��es quanto aos autom�veis de mais de 3 (tr�s)
at� 5 (cinco) anos de fabrica��o; de 40% (quarenta por cento) quanto aos de mais de 5
(cinco) at� 7 (sete) anos; de 60% (sessenta por cento) quanto aos de mais de 7 (sete)
at� 10 (dez) anos; e de 80% (oitenta por cento) quanto aos de mais de 10(dez) anos de
fabrica��o.
Nota 2� Aplicam-se
aos jeeps e outros autom�veis de reduzido valor, utilizados em atividades rurais,
agropecu�rias, florestais, mineiras e em obras p�blicas, as bases de contribui��o a
seguir especificadas para os autom�veis de aluguel.
b) de aluguel:
Cr$
At� o peso de 1.000 Kg
inclusive........................................................................
....................................200,00
De mais de 1.000 a 1.500
Kg...............................................................................
...................................400,00
De mais de 1.500 a 1.800
Kg...............................................................................
...................................800,00
De peso superior a 1.800
Kg...............................................................................
.................................1.600,00
Nota: Reduzam-se de 50%
(cinq�enta por cento) as contribui��es quando se relacionarem com autom�veis de mais
de 5 (cinco) anos de fabrica��o, caso em que os de p�so at� 1.000 Kg ficam isentos e
isentam-se todos os autom�veis de mais de 10 (dez) anos de fabrica��o, bem como
qualquer outro que seja o �nico possu�do e diretamente explorado pelo propriet�rio.
B) Caminh�es e outros
ve�culos de carga:
Cr$
De menos de 1 tonelada de
carga............................................................................
...............................200,00
De 1 a 2 toneladas de
carga............................................................................
........................................400,00
De 2 a 5 toneladas de
carga............................................................................
........................................800,00
De 5 a 7 toneladas de
carga............................................................................
.....................................1.200,00
De 7 a 10 toneladas de
carga............................................................................
...................................1.600,00
De mais de 10 toneladas de
carga............................................................................
...........................2.000,00
Nota: Reduzam-se de 50%
(cinq�enta por cento) as contribui��es, quando se relacionarem com ve�culos de mais de
5 (cinco) anos de fabrica��o, caso em que os de capacidade inferior a uma tonelada
ficar�o isentos e isentam-se todos os de mais de 10 (dez) anos de fabrica��o, bem como
qualquer outro que seja o �nico possu�do e diretamente explorado pelo propriet�rio.
C) �nibus:
Cr$
Com capacidade at� 20
passageiros,
inclusive........................................................................
............1.600,00
Com capacidade de 21 a 30
passageiros......................................................................
.......................2.400,00
Com capacidade de 31 a 40
passageiros......................................................................
.......................3.200,00
Com capacidade de 41 ou
mais passageiros......................................................................
.................4.000,00
D) Ve�culos Aqu�ticos:
a) Particulares, para
recreio:
Cr$
Com motor at� 5
HP...............................................................................
.................................................400,00
Com motor de mais de 5 at�
10 HP...............................................................................
.......................1.000,00
Com motor de mais de 10
at� 20 HP...............................................................................
.....................2.400,00
Com motor de mais de 20
at� 30 HP...............................................................................
.....................4.000,00
Com motor de mais de 30
at� 50 HP...............................................................................
.....................6.400,00
Com motor de mais de 50
at� 100 HP...............................................................................
.................12.000,00
Com motor de 100
HP...............................................................................
.........................................20.000,00
Nota: As contribui��es
devidas pelos propriet�rios de embarca��es destinadas a fins industriais e comerciais,
conquanto privativas, s�o as constantes da tabela a seguir,
b) Para transportes
industriais ou comerciais:
Cr$
Com motor at� 10 HP
................................................................................
............................................isentos
Com motor de mais de 10
at� 20 HP...............................................................................
........................200,00
Com motor de mais de 20
at� 30 HP...............................................................................
........................400,00
Com motor de mais de 30
at� 50 HP...............................................................................
........................800,00
Com motor de mais de 50
at� 100 HP...............................................................................
...................1.200,00
Com motor de mais de 100
HP...............................................................................
..............................2.000,00
Nota 1�: Reduzam-se de 50
% (cinq�enta por cento) as contribui��es quando se retornem a embarca��es equipadas
com motores de mais de 5 (cinco) anos de uso caso em que ser�o isentas as embarca��es
at� 20 HP.
Nota 2� Isentam-se todas
as embarca��es com motores com mais de quinze anos de uso e as que destinem � pesca
at� 20 HP, desde que seja a �nica possu�da e diretamente explorada pelo propriet�rio.
E) Ve�culos A�reos:
a) Para transporte privado
ou de recreio:
Cr$
Com motores at� 150
HP...............................................................................
......................................5.000,00
Com motores de mais de 150
at� 450 HP...............................................................................
...........10.000,00
Com motores de mais de 450
at� 1.000
HP...............................................................................
........20.000,00
Com motores de mais de
1.000 at� 2.000
HP...............................................................................
.....25.000,00
Com motores de mais de
2.000 HP...............................................................................
.....................50.000,00
b) Para transportes
industriais ou comerciais e servi�os especializados:
Cr$
Com motores at� 150 HP
................................................................................
..................................... 600,00
Com motores de mais de 150
at� 450 HP
................................................................................ .........
1.000,00
Com motores de mais de 450
at� 1.000
................................................................................
............ 2.000,00
Com motores de mais de
1.000 at� 2.000 HP
................................................................................ ...
2.600,00
Com motores de mais de
2.000 HP ................................................................................
................... 5.000,00
c) Para instru��o
................................................................................
........................................ isentos
*